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ADMINISTRAÇÃO DE PROJETOS | AUTORA Lorena de Almeida | ORGANIZAÇÃO CONEAD (Coordenação do Núcleo de Educação a Distância) - UniBrasil | PROJETO GRÁFICO Janaína de Sá Lorusso | DIAGRAMAÇÃO Cinthia Durigan | FOTOGRAFIA Shutterstock.com Freepik.com FICHA TÉCNICA Nome da disciplina 5 INDICAÇÃO DE ÍCONES SITUAÇÃO-PROBLEMA Todas as unidades de estudo giram em torno de uma problematização. Ao final da unidade, a situação-pro- blema deve ser solucionada com base no desenvolvimento. PODCAST Em algumas unidades, esse recurso de áudio poderá aparecer de forma a complementar seu estudo. Não esqueça de conectar seus fones de ouvido! RESUMO Ao concluir sua unidade, o autor po- derá apresentar um resumo dos prin- cipais conteúdos abordados. FIQUE ATENTO! Indica o ponto de maior relevância no texto. EXPLORE! Orienta o estudante para que de- senvolva atividades de pesquisa que complementem seus estudos em diferentes mídias: vídeos, filmes, jor- nais, livros e outras. GLOSSÁRIO Indica a definição de um termo, pa- lavra ou expressão utilizada no texto. VOCÊ SABIA? Oferece novas informações que enri- quecem o assunto ou “curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao tema estudado. VÍDEO Indica vídeos que devem ser assistidos pelo aluno, que complementam con- ceitos abordados na unidade. São de autoria dos professores docentes ou indicações de vídeos externos da web. CONTEÚDO INTERATIVO Algumas disciplinas oferecem um re- curso a mais, chamado de conteúdo interativo. Uma forma dinâmica de aprofundar os conhecimentos adqui- ridos na unidade. REFERÊNCIAS Listagem de autores e obras utiliza- dos pelos autores para embasar o conteúdo escrito. ANOTAÇÕES Se desejar, você pode imprimir esse livro. Ao final de cada unidade, traze- mos esse campo, onde você poderá realizar anotações. ABC Administração de Projetos 7 SUMÁRIO UNIDADE 1. FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO DE PROJETOS.............................09 UNIDADE 2. FUNDAMENTOS DE ADMINISTRAÇÃO DE PROJETOS - CICLO DE VIDA DO PROJE- TO.......................................................................................25 UNIDADE 3. FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO DE PROJETOS – AVALIAÇÃO E VIABILIDA- DE DE RISCOS.........................................................................43 UNIDADE 4. FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO DE PROJETOS – FERRAMENTAS DE PLA- NEJAMENTO E CONTROLE...........................................................59 Administração de Projetos 9 UNIDADE » CONCEITOS, ORIGEM, FINALIDADE E IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE PROJETOS » CONCEITOS » ORIGEM, FINALIDADE, IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE PROJETOS » CONHECIMENTO DO GUIA PMBOK / PMI » PERFIL DO GERENTE DE PROJETOS » ÁREAS DE CONHECIMENTO DA GESTÃO DE PROJETOS » TECNOLOGIA E GESTÃO DE PROJETOS » Apresentar conceitos, origem, finalidade, importância da Gestão de Projetos; » Conhecimento do Guia PMBOK / PMI; » Apresentar o perfil do Gerente de Projetos; » Apresentar áreas de conhecimento. 01 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO DE PROJETOS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM SEÇÕES DE ESTUDO UniBrasil - EAD | Fundamentos da Administração de Projetos 10 Administração de Projetos 11 U N ID A D E 0 1 APRESENTAÇÃO Olá, nesta unidade (Fundamentos da Administração de Projetos) você iniciará seus estudos em Administração de Projetos, portanto terá acesso ao conteúdo dos 4 objetivos de aprendizado para essa etapa e conhecerá a relação entre Gestão de Processos e Gestão de Projetos. Na sequência, entenderá a importância de Gestão de Projetos nas organizações que buscam a implantação de inovações e melhorias em suas estruturas com os menores custos, considerando a busca contínua pela gestão dos riscos que toda mudança gera. Além disso, entenderá a importância do guia PMBOK/PMI como metodologia de trabalho que proporciona o desenvolvimento de projetos de uma forma segura. Analisaremos, também, o perfil do gerente de projetos e como suas competências e habilidades influenciam no resultado do trabalho. Por fim, deslindaremos as áreas de conhecimento que a Gestão de Projetos envolve. BONS ESTUDOS! SITUAÇÃO-PROBLEMA O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informa que, cinco anos após serem criadas, pouco mais de 60% das empresas já fecharam as portas. Muitas, por falta de organiza- ção e planejamento. A globalização implica no surgimento de demandas diárias que obrigam o mundo corpo- rativo a viver em constante mutação para atender às necessidades dos seus clientes para não perder sua fatia de mercado e continuar a crescer de forma sustentável. O caminho que estas empresas buscam é a implementa- ção de inovações e as melhorias em seus produtos e serviços De forma segura, para que não coloquem a sua existência em risco em função da pressão do mercado. Nesse momento, entendemos a importância da organi- zação, do planejamento e acompanhamento das mudanças. Nasce, então, a Administração de Projetos que, apesar de existir desde os primórdios da civilização, tornou-se mais efi- ciente com a padronização das ferramentas proposta pelo PMBOK. VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/FJxlwVjnKrE VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/le0GTYjlvl4 UniBrasil - EAD | Fundamentos da Administração de Projetos 12 1. CONCEITOS, ORIGEM, FINALIDADE E IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE PROJETOS O gerenciamento de projetos sempre existiu. Todas as ve- zes que a humanidade inovou ou implantou uma melhoria com o objetivo de atender a uma necessidade ou, simples- mente, para sentir-se capaz de fazer algo, foram momentos em que o ser humano percebeu que precisava organizar, pla- nejar e acompanhar as suas iniciativas de forma eficiente. Temos como exemplo as Pirâmides do Egito: a complexidade da obra nos mostra que nada foi feito de forma aleatória. Vamos conhecer como surgiu essa forma de gerir iniciati- vas dentro das organizações e por que ela é tão importante. 2. CONCEITOS Não podemos iniciar nosso processo de aprendizagem sem dominar o conceito de Gestão Projetos, vamos lá: » O PMI (Project Management Institute, 2004) define gerenciamento de projetos como sendo o processo através do qual se aplicam conhecimentos, capacidades, instrumentos e técnicas às atividades do projeto de forma a satisfazer as necessidades e expectativas dos diversos stakeholders, ou partes interessadas, que são indivíduos ou organizações ativamente envol- vidos no projeto ou no resultado que o mesmo poderá alcançar. VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/jhaQ2b1DQUU Administração de Projetos 13 U N ID A D E 0 1 » Turner (1994) refere-se à Gestão de Projetos como um processo através do qual um projeto é levado a uma conclusão. Tem três dimensões: objetivos (âmbito, organização, qualidade, custo, tempo); processo de gestão (planejar, organizar, implementar, controlar); níveis (inte- grativo, estratégico, tático). » Conforme Maximiano (2002, p.26), a definição de projeto é “um empreendimento tempo- rário de atividade com início, meio e fim programados, que tem por objetivo fornecer um produto singular e dentro das restrições orçamentárias”, para satisfazer as necessidades dos stakeholders. Seja qual for o tipo de projeto (construção de um avião, desenvolvimento de uma nova versão de software, uma viagem, construção de um edifício etc.). Portanto, analisando os conceitos, percebemos que há algo em comum que nos chama a atenção: a palavra “processo”. Logo, é justo trazermos esse conceito para fundamentar nosso estudo. Moraes e Franco (2011) dizem que um processopode ser entendido de forma muito simples como um conjunto de atividades que transformam insumos, também chamados de input, em saídas de bens ou serviços, chamadas também de outputs. Os insumos passam por atividades, etapas que agregam certo valor, chamadas de processos. 3. ORIGEM, FINALIDADE E IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE PROJETOS Agora que já conhecemos os conceitos básicos da nossa unida- de, vamos conhecer um pouco mais da origem, finalidade e importância da Gestão de Projetos. Durante a segunda Guerra Mundial houve uma in- tensificação no processo de gerir. Desenvolveram-se técnicas de Gestão de Projetos. Com a chegada dos anos cinquenta, surge a Gestão de Projetos como um sistema eficiente para empresas relacionadas à engenharia civil e à defesa (setor bélico-militar). Logo, empresas de outros ramos de atuação percebem os benefícios de uma Gestão de Pro- jetos organizada e sistemática. Nos anos sessenta, tais técnicas já eram amplamente difundidas e se tornaram o carro chefe das empresas de informática. Atualmente, o gerenciamento de projetos continua ganhando espaço no mundo corporativo, sendo considera- do primordial para o controle de riscos na criação e alteração de processos e em todos os ramos de produção de serviços e bens. PROJETO É único Tem início e fim definidos É progressivo Tem limitação de recursos Tem objetivo claro e viável UniBrasil - EAD | Fundamentos da Administração de Projetos 14 4. CONHECIMENTO DO GUIA PMBOK / PMI Percebemos que Gestão de Projetos é um assunto de extrema relevância para as organiza- ções, mas onde está registrada essa metodologia e quem é responsável por ela? O PMBOK é um documento que agrega as melhores práti- cas para a Gestão de Projetos. É visto como um guia ou uma referência pelos profissionais da área, que consideram essa metodologia uma forma de garantir o bom planejamento de um novo empreendimento e buscam sua certificação como PMP (Project Management Professional). O PMI – Project Management Institute – é responsável pela organização e edição do PMBOK. Foi criado nos Estados Unidos em 1969 e foi internacionalmente reconhecido após a criação desse manual, que apresenta, como forma de tra- balho, um processo dividido em cinco fases: Iniciação, Plane- jamento, Execução, Controle e Finalização. Apesar das fases existirem formalmente, precisamos entender que elas fazem parte de um ciclo para que o resultado seja alcançado. 5. PERFIL DO GERENTE DE PROJETOS Chegou o momento de entendermos quem é o profissional que gerencia projetos e quais são as características, habilidades e capacidades que o diferenciam dos demais profissionais. Em 1959, Paul Gaddis escreveu The Project Manager para a Harvard Business Review, in- fluenciando as empresas a buscarem formas de gerenciamento de projetos que as tornassem competitivas no mercado. Segundo Pinto (2002), os motivos mais relevantes para as empresas buscarem gerentes de projetos com perfis adequados são: » A redução dos ciclos de vida dos produtos, que se tor- nam rapidamente obsoletos e obrigam as empresas a serem ágeis na criação de novas ideias; » A globalização, uma vez que as barreiras comerciais que impedem produtos e serviços de atravessarem o globo e concorrerem com produtos internos são cada vez me- nores; » O aumento das complexidades técnicas, forçando os produtos a serem cada vez mais inovadores; » O aumento do poder do cliente, que se tornou mais exi- gente e atuante no mercado. VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/vC23P32_nbY Administração de Projetos 15 U N ID A D E 0 1 CARACTERÍSTICAS DO GERENTE DE PROJETOS: » Liderança » Comunicação » Poder de negociação » Resolução de problemas » Autoridade » Motivação Todas as características apresentadas no slide anterior são desejáveis no gerente de proje- tos, porém uma delas se destaca em função do impacto que gera dentro do desenvolvimento do empreendimento: A comunicação é uma das características que mais se destaca no perfil dos gerentes de projetos. A comunicação efetiva se faz necessária para garantir que as informações cheguem no tempo certo, às pessoas corretas e sem cus- tos demasiados (VARGAS, 2006). A comunicação aumenta o poder de per- suasão, o comprometimento da equipe e fa- cilita a troca de informações entre todos os envolvidos (POSSI et al, 2006). Além disso, ge- rentes de projetos que exercem alto grau de comunicação, reduzem o tempo despendido com longas reuniões, aumentam a confiança da equipe e garantem o alinhamento e com- partilhamento das ideias (RABECHINI JUNIOR, 2005). VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/X6L3O4HwwNU » Experiência » Trabalho em equipe » Resolução de conflitos » Habilidades técnicas » Estilo participativo UniBrasil - EAD | Fundamentos da Administração de Projetos 16 6. ÁREAS DE CONHECIMENTO DA GESTÃO DE PROJETOS Como já estudamos nessa unidade, o Guia PMBOK é um documento que apresenta as melhores práticas de Gestão de Projetos. Esse manual está divido em dez áreas de conheci- mento. São elas: Integração, Escopo, Tempo, Custos, Qualidade, Recursos Humanos, Co- municações, Riscos, Aquisições e Partes Inte- ressadas. Veremos a seguir o objetivo de cada área e quais são os seus processos. GESTÃO DE INTEGRAÇÃO Todo projeto envolve uma inovação ou melhoria. Essa alteração na rotina da empresa pede o perfeito ajuste dessa “novidade” a um cenário que vive em função da entrega de um resultado. Logo, o gerenciamento da integra- ção do projeto inclui os processos e as ativida- des necessárias para identificar, definir, combi- nar, unificar e coordenar os vários processos e atividades dessa organização. EscOPO QualidadE inTEgRaçãOcusTOs PaRTEs inTEREssadasaQuisiçõEs TEmPOREcuRsOs HumanOs RiscOscOmunicaçãO PROJETO VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/XUCuGxOXeEU DESENVOLVER O TERMO DE ABERTURA DO PROJETO Autoriza o projeto ou fase e documenta requisitos iniciais DESENVOLVER O PLANO DE GERENCIAMENTO DO PROJETO Ações necessárias para definir, preparar, integrar e coordenar planos auxiliares ORIENTAR E GERENCIAR O TRABALHO DO PROJETO Realiza trabalho definido no planos de projeto para atingir os objetivos GERENCIAR O CONHECIMENTO DO PROJETO Melhoria contínua baseada em lições aprendidas/gestão do co- nhecimento MONITORAR E CONTROLAR O TRABALHO DO PROJETO Acompanhamento, revisão e regulação do progresso para aten- der aos objetivos de desempenho definidos no plano do projeto REALIZAR O CONTROLE INTEGRADO DE MUDANÇAS Revisão das solicitações de mudança, aprovação e gerenciamen- to de mudanças ENCERRAR O PROJETO OU FASE Finaliza todas as atividades de gerenciamento do projeto para terminar o projeto ou a fase Administração de Projetos 17 U N ID A D E 0 1 GESTÃO DE ESCOPO O gerenciamento do escopo do projeto garante que o resulta- do esperado não seja distorcido durante a execução do projeto. Consideramos natural novas necessidades surgirem du- rante a execução dos trabalhos. A Gestão de Escopo busca não permitir que estas necessidades tragam alterações não planejadas. Essa área inclui os processos necessários para garantir que o projeto abrigue todo o trabalho necessário para sua conclusão. GESTÃO DE CRONOGRAMA Gerenciar o tempo destinado a um projeto não é tarefa fácil. Segundo o Guia PMBOK, o gerenciamento do cronograma inclui os processos necessários para gerenciar o término pontual do projeto, pois qualquer desvio de seu propósito pode gerar cus- tos desnecessários para o empreendimento. Até a quinta edição, o gerenciamento do cronogramaera chamado gerenciamento do tempo. A mudança vem dar a devi- da importância ao cronograma na gestão do tempo do projeto. VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/9zkVaRUHZcc PLANEJAR O GERENCIAMENTO DO ESCOPO Define e documenta como o escopo será definido, validado e controlado COLETAR OS REQUISITOS Define e documenta as necessidades das partes interessadas DEFINIR O ESCOPO Desenvolve uma descrição detalhada do projeto e do produto CRIAR A EAP Subdivide os produtos e o trabalho em componentes mais ge- renciáveis VALIDAR O ESCOPO Formaliza a aceitação dos produtos do projeto CONTROLAR O ESCOPO Monitora o escopo e gerencia alterações na linha de base do escopo. PLANEJAR O GERENCIAMENTO DO CRONOGRAMA Estabelece políticas, procedimentos p/ planejar, desenvolver, gerenciar e controlar o cronograma DEFINIR AS ATIVIDADES Identifica as atividades específicas para produzir as entregas do projeto SEQUENCIAR AS ATIVIDADES Identifica e documenta as relações de dependência entre as atividades ESTIMAR AS DURAÇÕES DAS ATIVIDADES Estima quantos períodos de trabalho são necessários para com- pletar cada atividade DESENVOLVER O CRONOGRAMA Analisa sequência das atividades, duração, recursos e restrições para criar o cronograma CONTROLAR O CRONOGRAMA Controla as mudanças no cronograma VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/GWvHJnWxjeE UniBrasil - EAD | Fundamentos da Administração de Projetos 18 GESTÃO DE CUSTOS O gerenciamento do custo do projeto agrega os proces- sos que envolvem planejamento, estimativa, orçamento e controle dos custos que serão necessários para a conclusão do projeto a partir de uma previsão orçamentária. Essa ges- tão é extremamente importante, pois a má gestão dos custos de um projeto pode impedir sua conclusão, já que a verba destinada pode ser consumida de forma indevida. GESTÃO DE QUALIDADE O gerenciamento da qualidade busca garantir que as ati- vidades do projeto apresentem a qualidade esperada pelo cliente, evitando retrabalho e assim não impactando na ges- tão de cronograma e do tempo. Como se pode perceber, to- das as áreas de conhecimento estão interligadas para que o objetivo, estabelecido no gerenciamento de escopo, seja cumprido. VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/_ZFsJumokOQ PLANEJAR O GERENCIAMENTO DOS CUSTOS Define políticas e procedimentos para planejar, gerenciar, exe- cutar e controlar os custos ESTIMAR OS CUSTOS Estima custos dos recursos necessários para executar as atividades do projeto DETERMINAR O ORÇAMENTO Agrega os custos estimados das atividades para estabelecer uma linha de base CONTROLAR OS CUSTOS Monitora o status do projeto para atualizar o orçamento e gerenciar alterações na linha de base dos custos VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/LwCVnGq7bdQ PLANEJAR O GERENCIAMENTO DA QUALIDADE Identificar requisitos e padrões de qualidade do projeto e do produto e documentar como o projeto demonstrará a confor- midade GERENCIAR A QUALIDADE Executar o plano de gerenciamento da qualidade CONTROLAR A QUALIDADE Monitorar e registrar os resultados da execução das atividades para avaliar a performance e recomendar mudanças necessá- rias Administração de Projetos 19 U N ID A D E 0 1 GESTÃO DE RECURSOS A Gestão de Recursos inclui a equipe, os materiais, os equipamentos e toda a infraestrutura necessária para que o projeto aconteça sem interrupções. Além do mais, é uma área de conhecimento de extrema importância para que o investimento necessário seja devidamente mensurado antes do início projeto, evitando surpresas durante o desenvolvi- mento do empreendimento. Porém, a área mais critica nessa gestão é a de recursos humanos. Por essa razão, abaixo, apresentamos os proces- sos específicos do controle de equipes. GESTÃO DE COMUNICAÇÃO Destacamos no tópico Perfil do Gerente de Projetos a comunicação como sendo uma característica extremamen- te relevante, portanto, dentro das áreas de conhecimento, a Gestão de Comunicação não poderia ter um tratamento diferente, já que ela representa aproximadamente 90% do tempo do Gerente do Projetos. Essa área é responsável pela ligação entre as pessoas, as ideias e as informações. Pesqui- sas indicam que a maioria dos problemas dos projetos tem origem em falhas de comunicação e que o sucesso do pro- jeto e a habilidade do Gerente Projetos em administrar as comunicações têm relação direta. VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/DJ8zBWys8-g PLANEJAR O GERENCIAMENTO DOS RECURSOS Identificar e documentar funções, responsabilidades, compe- tências necessárias e relações hierárquicas ESTIMAR OS RECURSOS DAS ATIVIDADES Estima o tipo e quantidade dos recursos necessários para exe- cutar cada atividade ADQUIRIR RECURSOS Obter os recursos necessários para o projeto DESENVOLVER A EQUIPE Melhorar as competências e interação dos membros da equipe para aprimorar o desempenho do projeto GERENCIAR A EQUIPE Acompanhar o desempenho da equipe, fornecer feedback, re- solver problemas e coordenar mudanças para melhorar o de- sempenho CONTROLAR OS RECURSOS Garantir que os recursos estejam disponíveis conforme planeja- do e monitorar, executando ações corretivas quando necessárias VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/QGn5wGms2hM UniBrasil - EAD | Fundamentos da Administração de Projetos 20 PLANEJAR O GERENCIAMENTO DAS COMUNICAÇÕES Necessidade e relevância das informações e abordagem da co- municação GERENCIAR AS COMUNICAÇÕES Colocar as informações necessárias à disposição das partes in- teressadas conforme planejado MONITORAR AS COMUNICAÇÕES Monitorar e controlar as comunicações para assegurar que as necessidades de informação das partes interessadas sejam atendidas GESTÃO DE RISCO Gerenciar riscos significa antecipar possíveis ameaças, planejar planos de ação ou planos de contingência com o objetivo de eliminar ou mitigar todas as variáveis que pos- sam impactar de forma negativa o andamento do projeto. Essa área exige um conhecimento aprofundado do gestor de projetos sobre o ambiente interno e externo da organiza- ção que está recebendo a inovação ou melhoria. GESTÃO DE AQUISIÇÕES Gestão de Aquisição é a área de conhecimento focada na compra de produtos e serviços para que os projetos aconteçam de forma adequada. Um dos maiores desafios é encontrar for- necedores que cumpram todos os requisitos e que tragam garantias para que o projeto não se desvie dos seus objetivos, entre os quais podemos chamar a atenção para o cumprimento do prazo estabelecido no cronograma. VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/ESsfF-3lCkM PLANEJAR O GERENCIAMENTO DE RISCOS Definir como conduzir as atividades de gerenciamento de riscos para o projeto IDENTIFICAR OS RISCOS Determinar quais riscos podem afetar o projeto e documentar suas características REALIZAR A ANÁLISE QUALITATIVA DE RISCOS Avaliar a exposição ao risco para priorizar aqueles que serão ob- jeto de análise ou ação adicional REALIZAR A ANÁLISE QUANTITATIVA DE RISCOS Efetuar a análise numérica dos efeitos dos riscos identificados sobre os objetivos gerais do projeto PLANEJAR AS RESPOSTAS AOS RISCOS Desenvolver opções e ações para aumentar as oportunidades e reduzir as ameaças do projeto IMPLEMENTAR RESPOSTAS AOS RISCOS Implementar as ideias elaboradas na etapa Planejar as respos- tas aos riscos MONITORAR OS RISCOS Monitorar os riscos durante o ciclo de vida do projeto Administração de Projetos 21 U N ID A D E 0 1 PlanEJaR O gEREnciamEnTOdas aQuisiçõEs » Definir o que fazer ou adquirir; » Especificar produto/serviço; » Estabelecer critérios de avaliação; » Preparar pedido (RFP, RFQ, RFI); » Solicitar propostas. cOnduziR as aQuisiçõEs » Obter respostas dos fornecedores; » Selecionar o fornecedor; » Assinar contrato. cOnTROlaR as aQuisiçõEs » Gerenciar as relações de aquisição; » Monitorar o desempenho do contrato; » Realizar mudanças e correções, conforme necessário. VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/GCyXsTRzLn8 GESTÃO DAS PARTES INTERESSADAS A Gestão das Partes Interessadas no projeto nasceu com o objetivo de reduzir as resistências à inovação ou à melhoria proposta pelo projeto. Sabemos que as inovações geram inseguranças dentro da organização e a área de Gestão das Partes Interessadas é responsável por reduzi-las, aumentando o engajamento dos participantes e gerando uma situação de conforto em rela- ção à mudança. VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/-WAifpucGGQ IDENTIFICAR AS PARTES INTERESSADAS E seus interesses, envolvimento e impacto no sucesso do projeto PLANEJAR O ENGAJAMENTO DAS PARTES INTERESSADAS Estratégias para quebrar resistências e garantir seu engajamen- to no projeto GERENCIAR O ENGAJAMENTO DAS PARTES INTERESSADAS Comunicar e interagir para atender suas necessidades e solucio- nar as questões, quando ocorrem MONITORAR O ENGAJAMENTO DAS PARTES INTERESSADAS Monitorar relacionamentos entre partes interessadas e ajustar as estratégias para engajá-las, eliminando resistências e aumen- tando o suporte ao projeto UniBrasil - EAD | Fundamentos da Administração de Projetos 22 7. TECNOLOGIA E GESTÃO DE PROJETOS A tecnologia deve ser usada para favore- cer o desenvolvimento das empresas. A Ges- tão de Projetos é como um caminho para que essa ferramenta se estabeleça dentro das or- ganizações de maneira responsável. A ansiedade em atender às expectativas de seus clientes leva as empresas a buscarem mudanças de forma cada vez mais rápida. Muitas vezes, a tecnologia surge como uma solução milagrosa, o que representa novos desafios para gestão de projetos, pois cabe a ela garantir, através das suas áreas de conhe- cimento, que o resultado esperado seja alcan- çado. É uma função árdua mas que, se bem executada, sempre irá gerar bons resultados. RESUMO CONCEITOS, ORIGEM, FINALIDADE E IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE PROJETOS Nesse tópico entendemos os conceitos de PMI, STAKEHOLDERS, GESTÃO DE PROJETOS E PROCESSO. Esses conceitos nos permitiram entender os termos normalmente utilizados pela disciplina. Também tivemos acesso à origem, finalidade e importância da Gestão de Projetos nas organizações, o que nos levou a despertar o interesse pela continuidade do estudo. GUIA PMBOK E PMI Nesse tópico foi apresentado o Guia PMBOK, por ser a consolidação das melhores práticas de Gestão de Projetos, além do PMI, órgão responsável pela emissão e atualização das edições que norteiam os profissionais da Gestão de Projetos. PERFIL DO GERENTE DE PROJETOS Nesse tópico tivemos acesso às características desejáveis ao Gestor de Projetos e reforçamos que a boa comunicação é uma das mais relevantes, considerando o impacto dessa caracterís- tica sobre a função. ÁREAS DE CONHECIMENTO Finalizamos o estudo dessa unidade abordando as 10 áreas de conhecimento da Gestão de Projetos. Percebemos que todas as áreas estão interligadas e que uma impacta diretamente no sucesso da outra. Mais uma vez, a comunicação foi valorizada como uma área extremamente relevante para a Gestão de Projetos. Administração de Projetos 23 U N ID A D E 0 1 CONSIDERAÇÕES FINAIS Chegamos ao final dessa unidade em que entendemos onde e por que nasceu a administra- ção de projetos dentro das organizações, conhecemos mais sobre o perfil do profissional que atua nessa área e vimos sua importância para o sucesso das mudanças propostas dentro das empresas, o que pode reduzir o número de empresas que fecha as portas nos seus primeiros cinco anos, muitas vezes por falta de organização e planejamento. Ficou claro que gerir um projeto envolve várias áreas de conhecimento e que todas elas es- tão interligadas,pois, apesar de serem geridas de forma independente, o resultado de cada uma impacta no sucesso das outras. Somente se somadas, trarão o resultado desejado ao final do projeto. Dessa forma, começamos a entender como a Administra- ção de Projetos pode contribuir para reduzir o percentual de empresas que desaparecem com poucos anos de existência, conforme indica o IBGE. Agora estamos prontos a nossa segunda unidade, na qual estudaremos o ciclo de vida do projeto e a influência da or- ganização, de sistemas e processos no sucesso dos projetos. ATÉ MAIS! REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BÁSICA ALENCAR, Antonio Juarez; SCHMITZ, Eber Assis. Análise de risco em gerência de projetos. São Paulo: Brasport, 2012. CLEMENTE, Ademir. (Org.). Projetos empresariais e públicos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008. FONSECA, Jose Wladimir Freitas da. Elaboração e análise de projetos: a viabilidade econômi- co-financeira. São Paulo: Atlas, 2012. COMPLEMENTAR BERNAL, Paulo Sergio Milano. Gerenciamento de projetos na prática: implantação, metodolo- gia e ferramentas. São Paulo: Erica, 2012. CARVALHO, Fabio Camara Araujo de. Gestão de projetos. São Paulo: Pearson Brasil, 2012. GERARDI, Bart. Gerenciamento de projetos sem crise. São Paulo: NOVATEC, 2012. NOCERA, Rosaldo de Jesus. Gerenciamento de projetos: abordagem prática para o dia a dia do gerente de projetos. Rio de Janeiro: RJN, 2012. VARGAS, Ricardo Viana. Manual prático do plano de projeto. 4. ed. Rio de Janeiro: Brasport, VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/zz9FtNL0sLo Administração de Projetos 25 UNIDADE » PARTES INTERESSADAS NO PROJETO » TIPOS DE ORGANIZAÇÃO » CICLO DE VIDA DO PROJETO » Apresentar as partes interessadas do projeto » Apresentar os tipos de organização » Entender o Ciclo de Vida do Projeto 02 FUNDAMENTOS DE ADMINISTRAÇÃO DE PROJETOS - CICLO DE VIDA DO PROJETO OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM SEÇÕES DE ESTUDO 26 UniBrasil - EAD | Fundamentos da Administração de Projetos - Ciclo de Vida do Projeto Administração de Projetos 27 U N ID A D E 0 2 APRESENTAÇÃO Olá, nesta unidade, (Fundamentos da Administração de Projetos – Ciclo de Vida do Projeto), você terá acesso ao conteúdo dos 3 objetivos de aprendizado: » Apresentar as partes interessadas do projeto » Apresentar os tipos de organização » Entender o Ciclo de Vida do Projeto Iniciaremos conhecendo as partes interessadas no proje- to, em seguida apresentaremos os tipos de organizações e concluiremos entendendo o clico de vida do projeto, como ele nasce, evolui e é encerrado. BONS ESTUDOS! SITUAÇÃO-PROBLEMA A nossa situação-problema permanecerá a mesma em todas as nossas unidades de Adminis- tração de Projetos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cinco anos após serem criadas, pouco mais de 60% das empresas já fecharam as portas, muitas por falta de organização e planejamento. A globalização implica no surgimento de demandas diárias que obrigam o mundo corpora- tivo a viver em constante mutação para atender as necessidades dos seus clientes, para não perder a fatia de mercado e continuar a crescer de forma sustentável. O caminho que estas empresas buscam é a implementação de inovações e melhorias nos seus produtos e serviços de forma segura, para que não coloquem a sua existência em risco em função da pressão do mercado. Nesse momento, entendemos a importância da organiza- ção, planejamento e acompanhamento das mudanças, nas- ce então a Administraçãode Projetos, que apesar de existir desde os primórdios da civilização, tornou-se mais eficiente com a padronização das ferramentas proposta pelo PMBOK, embora o guia PMBOK não seja considerado uma metodo- logia ou um modelo de Gestão de Projetos, ele descreve os processos de gerenciamento de projetos e suas melhores práticas. VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://bit.ly/2HuC7Ok VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/le0GTYjlvl4 28 UniBrasil - EAD | Fundamentos da Administração de Projetos - Ciclo de Vida do Projeto 1. PARTES INTERESSADAS NO PROJETO Consideramos como partes interessadas no projeto, todos os envolvidos de forma ativa no projeto ou que sejam afetados pelos resultados de alguma forma, isso inclui pessoas e organi- zações, são os chamados stakeholders. Podemos citar como exemplo de stakeholders: conselho de administração, gestão de empresas, funcionários, acionistas, fornecedores, clientes e os municípios em que a empresa atua. É extremamente importante a Gestão do Projeto mapear todas as partes interessadas, para que as expectativas sejam conhecidas e alinhadas. Durante o ciclo de vida do projeto, é comum que os stake- holders mudem, por essa razão, esse tema deve ser uma constante preocupação do Gerente de Projetos. VAMOS ESTUDAR NESSE TÓPICO: » SPONSOR » STAKEHOLDER PATROCINADOR O patrocinador de um projeto é uma das principais partes interessadas de um projeto, sua função é promover o projeto e avaliar se o retorno pretendido efetivamente irá acontecer. O Patrocinador (sponsor) não está envolvido nas funções operacionais do projeto, mas é sua obrigação agir como um facilitador para que o projeto tenha sucesso. VEJAMOS ALGUMAS DAS SUAS FUNÇÕES: » Auxiliar a manter o projeto alinhado com as metas de negócios e culturais. » Organizar os recursos necessários para iniciar e sustentar a mudança dentro da or- ganização, buscando que os resultados do projeto sejam alcançados. » Agilizar a resolução de problema. » Orientar o gerente de projeto quanto aos assuntos operacionais e de negócios. » Garantir que os resultados do projeto sejam sustentáveis, assegurando sua continuidade. VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://bit.ly/2F7oXoV 29 U N ID A D E 0 2 Administração de Projetos Como percebemos, a ausência de um patrocínio efetivo aumenta a probabilidade de fra- casso do projeto, então, é responsabilidade do Gerente de Projetos identificar e administrar as expectativas das partes interessadas, incluindo o patrocinador, e garantir o engajamento adequado dos mesmos. DE QUE FORMA? a. identificando como o patrocinador gostaria de ser abordado; b. qual periodicidade das reuniões; c. quais são suas expectativas de qualidade, tempo e riscos. STAKEHOLDER O PMBOK do PMI (2013) define stakeholder como um indivíduo, grupo ou organização que pode afetar, ser afetado por ou perceber a si mesmo como afetado por uma decisão, atividade ou resultado de um projeto. Phillips et al. (2003) definem a teoria dos stakeholders como uma teoria de gerenciamento estratégico, com conteúdo moral e implicações para o gerenciamento e ética organizacional. O gerenciamento de stakeholders deve dar atenção aos interesses e bem-estar daqueles que podem ajudar ou prejudicar o atingimento dos objetivos de uma organização ou de um projeto. O Gerente de Projetos tem árdua função de em todos os projetos como identificar, analisar, classificar e preparar estratégias para gerenciar as demandas e expectativas dos stakeholders. Lanz e Tomei (2013) detalham estes três fatores para classificar um stakeholder, baseados em diversos autores: Bourne (2009), Mainardes, Alves, Raposo e Domingues (2010) e Teixeira (2010). 30 UniBrasil - EAD | Fundamentos da Administração de Projetos - Ciclo de Vida do Projeto » O poder do stakeholder pode ser definido como sua habilidade para levar a organização a fazer alguma coisa que esta não teria que fazer se não fosse solicitada. Este poder pode ser normativo (baseado na legislação e normatização), coercitivo (através de força ou de amea- ça) ou utilitário (por reter recursos ou informações). » A legitimidade do stakeholder é a percepção de que as ações são desejáveis ou apropriadas em um determinado contexto social. Pode ser classificada em individual, organizacional ou » social. » A urgência indica a necessidade de uma ação imediata às solicitações do stakeholder. O tem- po de resposta da organização deve levar em conta a sensibilidade de tempo e a criticidade. Considerando influência que as partes inte- ressadas podem exercer sobre um projeto, é importante a identificação correta, bem como sua gestão. 2. TIPOS DE ORGANIZAÇÃO É importante para o Gerente de Projetos conhecer os tipos mais comuns de estruturas or- ganizacionais, bem como suas vantagens e desvantagens, pois os projetos são influenciados pela cultura, políticas e procedimentos das organizações e faz parte das funções do Gerente de Projetos mapear essas influências e gerenciá-las. VAMOS CONHECER QUAIS SÃO ESSAS ESTRUTURAS: » Funcional » Projetizada » Matricial Para os nossos estudos, iremos nos concentrar na estrutura Funcional, Projetizada e Matri- cial, que são as mais conhecidas. cusTOmERs EmPlOyEEs invEsTORs suPPliERs cOmmuniTiEs gOvERnmEnTs sTakEHOldERs VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/-WAifpucGGQ » Orgânica » Virtual » Hibrida. 31 U N ID A D E 0 2 Administração de Projetos Baixa Baixa Gerente funcional Tempo parcial Tempo parcial Misto Tempo integral Tempo parcial Moderada a alta Moderada a alta Gerente do projeto Tempo integral Tempo integral Baixa a moderada Baixa a moderada Alta a quase total Alta a quase total Gerente do projeto Tempo integral Tempo integral Pouca ou nenhuma Pouca ou nenhuma Gerente funcional Tempo parcial Tempo parcial Estrutura da organização Características do projeto Autoridade do Gerente de Projetos Disponibilidade de recursos Quem gerencia o orçamento do projeto Papel do Gerente de Projetos Equipe administrativa de gerenciamento de projetos Matriz fraca Matriz matricial Matriz forte Projetizada Matricial Funcional ESTRUTURA FUNCIONAL A estrutura funcional é a forma mais comum de organização. Os membros de equipe estão organizados por especialidade como recursos humanos, marketing, financeiro e TI. A estrutura hierárquica é clara, se o projeto necessitar de informações, dados ou trabalho de outro de- partamento, funcionários trans- mitem a solicitação ao chefe do departamento, que a co- munica ao chefe do outro departamento. Os membros da equipe dividem seu tempo entre o tra- balho do projeto e as rotinas da área. diRETOR-PREsidEnTE Diretor Financeiro Diretor Técnico Gerente de Sistemas (TI) Gerente de Suporte Gerente de Produção Coordenador de Sistemas Coordenador de Projetos Gerente de Projetos Analistas de Sistemas Analistas de Software Analistas de Testes Analistas de Sistemas DesenvolvedorDesenvolvedor Estagiário Tester 32 UniBrasil - EAD | Fundamentos da Administração de Projetos - Ciclo de Vida do Projeto ESTRUTURA PROJETIZADA Na organização orientada por projeto, a maior parte da equipe é focada em projetos e o Gerente de Projetos tem autonomia e autoridade total sobre a equipe. Quando um projeto termina, os integrantes da equipe são ser designados a outro projeto. ESTRUTURA MATRICIAL Esta estrutura busca unir todas as vantagens da funcional e da projetizada.A equipe se reporta a dois chefes, o Gerente do Projeto e o Gerente Funcional. Em uma organização matricial, aloca-se um Gerente de Projeto que tem maior autoridade no projeto, com 100% de disponibilidade para trabalhar no projeto. A gestão é compartilhada entre o Gerente Funcional e o Gerente do Projeto. Executivo Chefe Gerente de Projetos Gerente de ProjetosGerente de Projetos Pessoal Pessoal Pessoal Pessoal Pessoal Pessoal Pessoal Pessoal COORDENAÇÃO DE PROJETO VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/bTYeUTU1cRc 33 U N ID A D E 0 2 Administração de Projetos Executivo Chefe Gerente Funcional Gerente FuncionalGerente Funcional Pessoal Pessoal Pessoal Pessoal Pessoal Pessoal Pessoal Pessoal COORDENAÇÃO DE PROJETO Gerente de Projetos 3. CICLO DE VIDA DO PROJETO UM CICLO DE VIDA É UMA PROGRESSÃO POR UMA SÉRIE DE ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO. O CICLO DE VIDA DO PROJETO DESCREVE O QUE É NECESSÁRIO FAZER PARA TERMINAR O TRABALHO, ENQUANTO O PRO- CESSO DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS DESCREVE O QUE É PRECISO FAZER PARA GERENCIAR O PROJETO. A seguir, vamos detalhar melhor estes dois conceitos e vocês poderão perceber que es- tão relacionados com as 10 áreas de conheci- mento estudadas na unidade anterior. O ciclo de vida do projeto muitas vezes também é chamado de metodologia. Em li- nhas gerais, são as orientações do que precisa ser feito para produzir as entregas do projeto. Dependendo do setor ou das características e preferências da organização, podem existir tipos diferentes de ciclos de vida de projetos. Tomando como exemplo uma organização de TI, o ciclo de vida de projetos poderia ser: design, codificação, testes, instalação e entre- ga para operações. O processo de gerenciamento de projetos inclui fases compostas por grupos de proces- sos de iniciação, planejamento, execução, mo- nitoramento e controle, e encerramento. VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/TgtGE3Z8ipk PROCESSOS DE MONITORAMENTO E CONTROLE PROCESSOS DE PLANEJAMENTO PROCESSOS DE EXECUÇÃO PROCESSOS DE INICIAÇÃO PROCESSOS DE ENCERRAMENTO 34 UniBrasil - EAD | Fundamentos da Administração de Projetos - Ciclo de Vida do Projeto » A iniciação do projeto define e autoriza o projeto ou uma fase do projeto, é um momento de insegurança, pois as definições ainda são primarias. » Planejamento do projeto define e refina os objetivos e planeja as ações necessárias para alcançar os objetivos e o escopo para os quais o projeto foi realizado. » Execução do projeto une as pessoas e outros recursos para realizar o plano de gerenciamen- to do projeto para o projeto. » Monitoramento e controle do projeto mede e monitora periodicamente o progresso do pro- jeto, identifica variações em relação ao plano de gerenciamento do projeto de forma que possam ser tomadas ações corretivas quando necessário para atender aos objetivos do pro- jeto. » Encerramento do projeto formaliza a aceitação do produto, serviço ou resultado e conduz o projeto ou uma fase do projeto a um final ordenado. INICIAÇÃO A iniciação é o marco zero do projeto, nesse momento é necessário garantir que o objetivo do projeto esta claro, mas ainda sem detalhamentos complementares, é o momento também de nomear o Gerente de Projetos e iniciar formalmente o projeto. Para que essa fase aconteça de forma segura, é necessá- rio executar um grupo de processos, pois aqui que se estabe- lecerão as bases para o planejamento do projeto. a. Desenvolvendo o Termo de Abertura do Projeto (TAP) - O Ter- mo de Abertura do Projeto é uma forma de oficializar a existên- cia de um projeto, dando ao Gerente de Projetos autorização para usar recursos organizacionais em atividades do projeto. b. Identificando as partes interessadas - Um projeto bem c. sucedido depende da identificação adequada das partes interessadas, desde o início ou fase do projeto. INICIAÇÃO PLANEJAMENTO EXECUÇÃO CONTROLE ENCERRAMENTO IN TE NS ID AD E VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/FQS8pcjfKLk 35 U N ID A D E 0 2 Administração de Projetos PLANEJAMENTO O planejamento é a fase mais complexa do projeto, envolvendo processos de todas as áreas de conhecimento, é quando a Gestão de Projetos inicia um planejamento criterioso, estratégi- co e profissional. a. Planejando o gerenciamento do projeto - planejar o gerenciamento do projeto é planejar como os pontos relevantes serão tratados como escopo, tempo, custo, qualidade, comunicação, recursos humanos, aquisições, partes interessadas e riscos. b. Plano de Gerenciamento do Projeto - O Plano de Ge- renciamento do Projeto é uma saída do processo, é um documento que define a base de todo trabalho do proje- to, como ele será executado, monitorado e controlado, e encerrado. VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/OSp40hT3VOg DESENVOLVER O PLANO DE GERENCIAMENTO DO PROJETO PLANEJAMENTO DO ESCOPO DEFINIÇÃO DO ESCOPO CRIAR EAP ESTIMATIVA DE RECURSOS DA ATIVIDADE PLANEJAMENTO DO GERENCIAMENTO DE RISCOS IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS ANÁLISE QUALITATIVA DE RISCOS ANÁLISE QUANTITATIVA DE RISCOS DEFINIÇÃO DA ATIVIDADE ESTIMATIVA DE DURAÇÃO DA ATIVIDADE SEQUENCIAMENTO DE ATIVIDADES DESENVOLVIMENTO DO CRONOGRAMA ESTIMATIVA DE CUSTOS ORÇAMENTAÇÃO PLANEJAMENTO DE RECURSOS HUMANOS PLANEJAR COMPRAS E AQUISIÇÕES PLANEJAMENTO DA QUALIDADE PLANEJAMENTO DAS COMUNICAÇÕES PLANEJAR CONTRATAÇÕES PLANEJAMENTO DE RESPOSTAS AO RISCO GRUPO DE PROCESSOS DE ENCERRAMENTO GRUPO DE PROCESSOS DE EXECUÇÃO GRUPO DE PROCESSOS DE INICIAÇÃO GRUPO DE PROCESSOS DE MONITORAMENTO E CONTROLE 36 UniBrasil - EAD | Fundamentos da Administração de Projetos - Ciclo de Vida do Projeto c. Plano de Gerenciamento do Escopo - O Plano de Gerenciamento do Escopo é uma saída do processo “Planejar o Gerenciamento do Escopo” e descreve como o escopo será definido,- desenvolvido, monitorado, controlado e verificado. d. Plano de Gerenciamento dos Requisitos - O Plano de Gerenciamento dos Requisitos tam- bém é uma saída do processo “Planejar o Gerenciamento do Escopo” e descreve como os requisitos serão analisados, documentados e gerenciados. e. Plano de Gerenciamento do Cronograma - O Plano de Gerenciamento do Cronograma é uma saída do processo “Planejar o Gerenciamento do Cronograma” e estabelece os critérios e as atividades para o desenvolvimento, monitoramento e controle do cronograma. f. Plano de Gerenciamento dos Custos - O Plano de Gerenciamento dos Custos é uma saída do processo “Planejar o Gerenciamento dos Custos” e descreve como os custos do projeto serão planejados, estruturados e controlados. g. Plano de Gerenciamento dos Recursos Humanos - Plano de Gerenciamento dos Recursos Humanos é uma saída do processo “Planejar o Gerenciamento dos Recursos Humanos” e descreve como os recursos humanos do projeto devem ser definidos, mobilizados, gerencia- dos e, por fim, liberados. h. Plano de Gerenciamento das Comunicações - O Plano de Gerenciamento das Comunicações é uma saída do processo “Planejar o Gerenciamento das comunicações” e descreve como as comunicações do projeto serão planejadas, estruturadas, monitoradas e controladas. i. Plano de Comunicação do Projeto - A falta de comunicação é apontada como o principal problema nos projetos e o plano busca evitar esse ponto. j. Plano de Gerenciamento dos Riscos - O Plano de Gerenciamento dos Riscos é o resultado/ saída deste processo e descreve como as atividades de gerenciamento dos riscos serão es-truturadas e executadas. k. Plano de Gerenciamento das Partes Interessadas - O Plano de Gerenciamento das Partes Interessadas é uma saída do processo “Planejar o Gerenciamento das Partes Interessadas” (que conforme visto anteriormente, é um processo adicionado na quinta edição do guia PM- BOK) e identifica as estratégias de gerenciamento necessárias para estimular o engajamento das partes interessadas, além dos dados reunidos no registro das partes interessadas. l. Plano de Gerenciamento da Qualidade - O Plano de Gerenciamento da Qualidade é uma saída do processo “Planejar o Gerenciamento da Qualidade” e descreve como as políticas de qualidade de uma organização serão implementadas. O estilo e detalhes do plano devem ser determinados pelos requisitos do projeto, que podem incluir foco mais agudo na propo- sição de valor, reduções de custo ou frequência de atrasos do cronograma. O plano também descreve como a equipe de gerenciamento do projeto planeja cumprir os requisitos de qua- lidade estabelecidos para o projeto m. Plano de Gerenciamento das Aquisições - O Plano de Gerenciamento das Aquisições é uma saída do processo “Planejar o Gerenciamento das Aquisições” e descreve como a equipe do projeto deve adquirir produtos e serviços fora da organização executora. O plano também descreve como os processos de aquisição serão gerenciados, do desenvolvimento dos docu- mentos de aquisições ao fechamento do contrato. 37 U N ID A D E 0 2 Administração de Projetos EXECUÇÃO A execução é uma das fases que requer maior preocupação, pois integrar todos os trabalhos em um esforço coordenado é extremamente complexo, por isso, vejamos quais são as en- tregas dessa fase. a. Mobilizando a equipe do projeto - a mobilização aconteceu no início do projeto, mas é co- mum que parte da equipe seja envolvida um pouco antes do início dos trabalhos (execução), por exemplo, fornecedores externos, ou profissionais temporários especializados (custo alto da hora de trabalho) que serão contratados para a realização de entregas específicas. b. Desenvolvendo a equipe do projeto – O desenvolvimento da equipe do projeto lida com a questão de melhorar o desempenho da equipe e do trabalho da equipe. c. Gerenciando a equipe do projeto - Assim como o desenvolvimento da equipe do projeto, o gerenciamento da equipe do projeto é feito durante a execução do projeto. EXECUÇÃO ORIENTAR E GERENCIAR A EXECUÇÃO SOLICITAR RESPOSTAS DE FORNECEDORES SELECIONAR FORNECEDORES REALIZAR GARANTIA DA QUALIDADE MONTAR EQUIPE DO PROJETO DESENVOLVER A EQUIPE DISTRIBUIR INFORMAÇÕES ENCERRAMENTO INICIAÇÃO CONTROLE PLANEJAMENTO d. Gerenciando a comunicação no projeto - Durante a execução do projeto, as partes interes- sadas necessitam receber informações sobre ele. Algumas formas são a realização reuniões e apresentações, matérias para jornais internos ou portais, publicação de informações nas ferramentas de gerenciamento de projetos disponíveis. e. Reuniões, o pesadelo da equipe do projeto - As equipes de projetos costumam considerar as reuniões como verdadeiros pesadelos. Com as dicas a seguir, é possível reverter ou miti- gar esta interpretação negativa sobre as reuniões de projeto. 38 UniBrasil - EAD | Fundamentos da Administração de Projetos - Ciclo de Vida do Projeto f. Conduzindo as aquisições - No estágio de execução, as aquisições definidas no plano de gerenciamento das aquisições, devem acontecer. Dentre as atividades mais importantes, incluem-se o recebimento e classificação das propostas dos fornecedores. g. Gerenciando o engajamento das partes interessadas - Para atender às necessidades das- partes interessadas, resolver suas questões e garantir que elas se mantenham interessadas e participativas no projeto é essencial para gerenciar seu engajamento e as expectativas. h. Realizando a garantia da qualidade - Realizar a garantia da qualidade, diferente do que cos- tumamos aplicar nas empresas, significa focar na auditoria do processo para verificar se está sendo seguido o que foi estabelecido no plano de qualidade. Vejo no dia a dia as pessoas chamando o processo de planejar a qualidade de “realizar a garantia da qualidade”. MONITORAMENTO A execução de todas as atividades do projeto, desde a iniciação até a finalização, é neces- sário rastrear, revisar e regular o progresso e o desempenho do projeto. Isto inclui o monito- ramento e controle dos trabalhos do projeto como riscos, entregas, mudanças, aquisições e a qualidade do projeto. a. Monitorando e controlando o trabalho do projeto - A monitoração e o controle do trabalho do projeto consis- tem em obter e comparar dados de desempenho reais do projeto com os dados de desempenho previstos no plano de gerenciamento do projeto, além de tomar ações que evitem ou mitiguem qualquer possibilidade de desvio nos objetivos definidos, a função de controle é realizada du- rante todo o ciclo do projeto. b. Realizando o controle integrado de mudanças - Como já visto em vários momentos durante a leitura, as mudanças fazem parte do projeto, e se bem controladas, podem tra- zer benefícios ao resultado do projeto. A equipe pode ter planejado algo no início, ainda com alto nível de incerteza que se mostra insustentável no decorrer do projeto. c. Controlando o escopo, cronograma, custos e as comunicações - O controle de escopo, cro- nograma, custos e comunicações são tratados como processos distintos pelo guia PMBOK. d. Validando o escopo - Validar o escopo envolve a realização de reuniões planejadas com o cliente ou patrocinador do projeto para obter aceitação formal das entregas durante o mo- nitoramento e controle do projeto. Para isso, o trabalho precisa estar concluído e verificado antes da reunião com o cliente. e. Controlando a qualidade - Controlar a qualidade consiste em examinar as entregas reais produzidas no projeto. Sua finalidade é garantir que as entregas estejam corretas e que cum- pram o nível de qualidade planejado, e do contrário, encontrar a causa dos problemas para recomendar maneiras de abordá-los. 39 U N ID A D E 0 2 Administração de Projetos f. Controlando os riscos - Não se pode pensar que o assunto gerenciamento de riscos termina ao final do planejamento do projeto, quando os riscos são mapeados e onde são propostas ações de resposta para tratar os riscos. g. Administrando as aquisições - O processo de administrar as aquisições diz respeito à rea- lização de pagamentos dos contratos, recebimento e entrega de atividades reavaliadas por terceiros, aplicação de multas ou bonificações de acordo com o que foi definido no plano de gerenciamento das aquisições. h. Controlando o engajamento das partes interessadas - Manter o relacionamento com as partes interessadas e controlar o seu engajamento é uma atividade contínua em um projeto. ENCERRAMENTO Nesta fase final, os custos caem drasticamente e há dois processos que devemos focar para que o encerramento aconteça com sucesso. Este grupo é responsável por encerrar todas as atividades e aquisições do projeto. a. Encerrar aquisições - As aquisições são encerradas quando um contrato é terminado ou quando um contrato é rescindido antes que o trabalho seja terminado. Neste momento, também se concluem todos os itens que por ventura não foram resolvidos, verificando se todo o trabalho e todas as entregas foram aceitos, encerrando questões pendentes e pagan- do as retenções de cada uma das aquisições no projeto. b. Encerrar projeto ou fase - O esforço empenhado no encerramento do projeto ou fase diz respeito à finalização de todas as atividades em todos os grupos de processos, encerrando formalmente o projeto ou fase do projeto. INÍCIO PLANEJAMENTO EXECUÇÃO ENCERRAMENTO CONTROLE 40 UniBrasil - EAD | Fundamentos da Administração deProjetos - Ciclo de Vida do Projeto RESUMO Nesta unidade, apresentamos as partes interessadas do projeto, os tipos de organizações e entendemos o Ciclo de Vida do Projeto, vamos a seguir, relembrar os principais tópicos. PARTES INTERESSADAS DO PROJETO Neste tópico, foi apresentada as partes interessadas nos projetos e o seu papel durante o desenvolvimento das atividades. » SPONSOR - O patrocinador de um projeto é uma das principais partes interessadas de um projeto, sua função é promover projeto e avaliar se o retorno pretendido efetivamente irá acontecer. » STAKEHOLDER - O PMBOK do PMI (2013) define stakeholder como um indivíduo, grupo ou organização que pode afetar, ser afetado por ou perceber a si mesmo como afetado por uma decisão, atividade ou resultado de um projeto. TIPOS DE ORGANIZAÇÃO Neste tópico, apresentamos as 3 estruturas organizacionais mais conhecidas, funcional, pro- jetizada e matricial e como elas afetam a vida do gestor de projetos. CICLO DE VIDA DO PROJETO Finalizamos o estudo dessa unidade abordando a 5 fases do Ciclo de Vida do Projeto, a Inicia- lização, o Planejamento, a Execução, o Monitoramento e a Finalização, também entendemos que estas fases acontecem dentro de um ciclo e que facilitam muito a gestão do projeto. CONSIDERAÇÕES FINAIS Chegamos ao final dessa unidade, entendemos quem são as partes envolvidas no projeto e as suas responsabilidades, conhecemos os tipos de estruturas organizacionais e como elas afetam o projeto e sua gestão e, finalmente, conhe- cemos o Ciclo de Vida de um Projeto. Todos esses tópicos fazem parte de uma metodologia que busca a eficiência no processo de mudanças, propostas dentro das empresas, bus- cando assim reduzir o número de empresas que fecham as portas nos primeiros cinco anos após serem criadas, muitas por falta de organização e planejamento. Dessa forma, evoluímos na nossa aquisição de conhecimentos sobre a Gestão de Projetos. Estamos prontos para anossa próxima unidade, onde estudaremos os Fundamentos da Ad- ministração de Projetos – Avaliação e Viabilidade de Riscos. ATÉ MAIS... VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/hB5TLevIjfs 41 U N ID A D E 0 2 Administração de Projetos REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BÁSICA ALENCAR, Antonio Juarez; SCHMITZ, Eber Assis. Análise de risco em gerencia de projetos. São Paulo: Brasport, 2012. CLEMENTE, Ademir. (Org.). Projetos empresariais e públicos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008. FONSECA, Jose Wladimir Freitas da. Elaboração e analise de projetos: a viabilidade econômico financeira. São Paulo: Atlas, 2012. COMPLEMENTAR BERNAL, Paulo Sergio Milano. Gerenciamento de projetos na prática: implantação, metodolo- gia e ferramentas. São Paulo: Erica, 2012. CARVALHO, Fabio Camara Araujo de. Gestão de projetos. São Paulo: Pearson Brasil, 2012. GERARDI, Bart. Gerenciamento de projetos sem crise. São Paulo: NOVATEC, 2012. NOCERA, Rosaldo de Jesus. Gerenciamento de projetos: abordagem prática para o dia a dia do gerente de projetos. Rio de Janeiro: RJN, 2012. ANOTAÇÕES Administração de Projetos 43 UNIDADE » CONCEITO DE RISCO » RISCO » AVALIAÇÃO DE RISCOS » IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS - QUALITATIVO E QUANTITATIVO » METODOLOGIA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS » Apresentar o conceito de risco » Conhecer a avaliação de riscos » Entender a Metodologia de Gerenciamento de Risco 03 FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO DE PROJETOS – AVALIAÇÃO E VIABILIDADE DE RISCOS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM SEÇÕES DE ESTUDO 44 UniBrasil - EAD | Fundamentos da Administração de Projetos – Avaliação e Viabilidade de Riscos Administração de Projetos 45 U N ID A D E 0 3 APRESENTAÇÃO Olá, nesta unidade, (Fundamentos da Administração de Projetos – Avaliação e Viabilidade de Riscos) você terá acesso ao conteúdo dos 3 objetivos de aprendizado: » Apresentar o conceito de risco » Conhecer a avaliação de riscos » Entender a Metodologia de Gerenciamento de Risco Iniciaremos conhecendo o conceito de risco, em seguida conheceremos a avaliação de riscos e concluiremos enten- dendo a metodologia de gerenciamento de risco. BONS ESTUDOS! SITUAÇÃO-PROBLEMA A nossa situação-problema permanecerá a mesma em todas as nossas unidades de Adminis- tração de Projetos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cinco anos após serem criadas, pouco mais de 60% das empresas já fecharam as portas, muitas por falta de organização e planejamento. A globalização implica no surgimento de demandas diárias que obrigam o mundo corpora- tivo a viver em constante mutação para atender as necessidades dos seus clientes, para não perder a fatia de mercado e continuar a crescer de forma sustentável. O caminho que estas empresas buscam é a implementação de inovações e melhorias nos seus produtos e serviços de forma segura para que não coloquem a sua existência em risco em função da pressão do mercado. Nesse momento, entendemos a importância da organiza- ção, planejamento e acompanhamento das mudanças, nasce então a Administração de Projetos, que apesar de existir des- de os primórdios da civilização, tornou-se mais eficiente com a padronização das ferramentas proposta pelo PMBOK, embora o guia PMBOK não seja considerado uma metodologia ou um modelo de Gestão de Projetos, ele descreve os processos de gerenciamento de projetos e suas melhores práticas. VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/-SHQIJmr9FU VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/b9rtSVVGkpw 46 UniBrasil - EAD | Fundamentos da Administração de Projetos – Avaliação e Viabilidade de Riscos 1. CONCEITO DE RISCO Segundo o PMI (2000, p. xx), “os riscos são eventos ou condições incertas que, caso ocorram, provocam um efeito positivo ou negativo nos objetivos do projeto”. Para a Cleland e Ireland (2002), “risco é a probabilidade de que algum evento impacte negativamente as metas do projeto”. Apesar de o PMI ser o principal referencial para esta dis- ciplina, o risco será abordado nesta unidade somente com relação aos seus efeitos negativos. O PMI sugere que os riscos possam ter resultados posi- tivos ou negativos sobre o projeto, porém, esses riscos com efeitos positivos nada mais são do que os resultados espe- rados do projeto e as novas oportunidades de realização de um projeto futuro, o que é claro, pediria uma outra análise, então, não vamos entender necessariamente como riscos. Os riscos podem surgir em qualquer fase do ciclo de vida do projeto, e sempre devem ser analisados e posicionados para o entendimento dos envolvidos. VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/sxOBtV6wcmE VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/QB_tR8qF6vo Identificar Rastrear Planejar Controlar Analisar GERENCIAMENTO DOS RISCOS Correção de desvios Ações de rastreamento Planejamento de ações corretivas Decisão do que é relevante Antecipação do que poderá não dar certo 47 U N ID A D E 0 3 Administração de Projetos 2. RISCO As organizações reconhecem a existência do risco quando ele significa uma ameaça para o resultado do projeto, que poderá ser admitido se o benefício compensar. Em geral, os riscos comprometem às metas, o cronograma e os custos, como também a sa- tisfação do cliente. É natural que os projetos tenham riscos associados a eles, faz parte na natureza do negócio. É impossível eliminar ou mitigar um risco por completo. E, complementando, disseram Woiler e Mathias (1985) que “o risco é parte integrante em qualquer projeto de investimento”. Sempre haverá, então, alguma incerteza com relação aoseventos futuros. Em relação a sua origem, os riscos são divididos em duas fontes, e são classificados como internos ou externos ao projeto (CLELAND; IRELAND, 2002). A partir da definição acima é possível determinar que um risco possui três componentes: » um evento, » a probabilidade de ocorrência do evento e ; » o impacto do evento. Riscos internos ou endógenos são aqueles ligados às estimativas e/ou hipóteses internas e são naturais ao projeto. Sobre esses riscos, a organização consegue obter maior controle já que eles podem ser mitigados com ações diretas. Os riscos inter- nos estão relacionados à parte técnica, ao ge- renciamento ou à organização. São exemplos de riscos internos: » utilização de tecnologias complexas; » metas de desempenho não realistas; » alocação inadequada de tempo e custos; » qualificação da mão de obra e; » inadequação dos recursos financeiros. Riscos externos ou exógenos são aqueles ligados às estimativas e/ou hipóteses exter- nas, sobre as quais a organização tem pouco ou nenhum controle. São exemplos de riscos externos: » a legislação de um país; » os problemas trabalhistas e a política eco- nômica. 48 UniBrasil - EAD | Fundamentos da Administração de Projetos – Avaliação e Viabilidade de Riscos Existem outras classificações de risco mas que não serão foco do nosso estudo, já que focaremos nos mais relevantes, porém é im- portante que as conheçam, uma delas coloca os riscos como conhecidos ou desconhecidos. Riscos conhecidos são aqueles aos quais é possível se antecipar. Riscos desconhecidos são aqueles não pla- nejados ou então que não eram conhecidos até então. Em outra classificação, os riscos são classifi- cados como de negócio ou puros. Riscos de negócio são aqueles normais a qualquer tipo de atividade como greve ou fal- ta de materiais. Risco puro é aquele que representa somente uma chance de perda, por exemplo, terremoto. 3. AVALIAÇÃO DE RISCOS Avaliação de riscos é um componente do gerenciamento de riscos corporativos que permite que a organização considere até que ponto eventos em potencial podem impactar o atingimento de seus objetivos. A avaliação de riscos é uma das ferramen- tas mais relevantes para a avaliação de pro- jetos. Está fundamentada em suportar o proces- so decisório, oferecendo ao tomador de deci- são os dados e informações necessárias para o gerenciamento de riscos. A avaliação de riscos é primordial para a determinação de retorno de investimento do projeto porque oferece compreensão dos problemas que podem afetar o projeto, le- vando a resultados indesejados. Como todo e qualquer projeto está sujeito a forças e fatores que podem de alguma maneira afetá-lo e, assim, mudar o seu resultado final, temos então a necessidade eminente de compre- ender essas forças e fatores que poderão provocar efeitos negativos no projeto. idEnTificaR avaliaR REvisaR cOnTROlaR aTEnuaR mOniTORaR gEREnciamEnTO dE RiscOs 49 U N ID A D E 0 3 Administração de Projetos A aplicação da avaliação de riscos passa pela: » identificação de perigos; » probabilidades de ocorrência; » desenvolvimento de cenários e » análise de consequências dos eventos ad- versos. SOMENTE APÓS ESTAS ETAPAS, PODEREMOS ESTABELECER AS ESTRATÉGIAS DE GERENCIAMENTO DOS RISCOS. Essa análise formal difere muito da in- tuitiva, a qual acaba por ser incompleta, por alguns riscos não serem identificados ou su- bestimados. Vale ressaltar que os riscos são tão numerosos que não é possível tratar todos eles com a mesma prioridade e rigor. Portanto, uma vez que os dados foram obtidos, é preciso aplicar uma metodologia de análise de riscos que seja eficiente para que o cronograma do projeto não seja afetado. O objetivo da avaliação de riscos é priorizá-los. Exemplo: A matriz de classificação da probabilidade/impacto de riscos, fornece uma orien- tação para os esforços, separando os riscos toleráveis e os intoleráveis, portanto, o gerente de projeto pode decidir em prevenir-se contra o risco ou não. Fica claro então, a importância de se fazer uma avaliação cuidadosa dos riscos que envolvem um projeto, a avaliação de riscos deve ser estruturada para poder ser realizada com eficiência. Vale lembrar que a avaliação de riscos precisa ser feita para as três principais dimensões dos riscos de projetos: técnicas, cronograma e custos. A gestão do risco, associada à tomada de decisão, baseia-se no nível de informação disponí- vel sobre a probabilidade de ocorrência de eventos futuros, a partir do qual gestores distintos podem tomar decisões diferentes. Aceitar os riscos equivale a reconhecer o risco e optar por não agir ou agir. MATRIZ DE PROBABILIDADE E IMPACTO PROBABILIDADE AMEAÇAS 0,90 0,05 0,09 0,18 0,36 0,72 0,70 0,04 0,07 0,14 0,28 0,56 0,50 0,03 0,05 0,10 0,20 0,40 0,30 0,02 0,03 0,06 0,12 0,24 0,10 0,01 0,01 0,02 0,04 0,08 0,05 0,10 0,20 0,40 0,80 MUITO BAIXO BAIXO MODERADO ALTO MUITO ALTO 50 UniBrasil - EAD | Fundamentos da Administração de Projetos – Avaliação e Viabilidade de Riscos Cleland e Ireland (2002) afirmam que ao se avaliar o risco, a primeira área que se deve abor- dar é a do escopo técnico, visto que partir dele o risco em geral se espalha para as de custo e de tempo. A finalidade da avaliação de riscos pode ser resumida até aqui como sendo prover o respon- sável pelo projeto do embasamento que lhe permita tomar as melhores decisões, realizar os ajustes necessários e montar planos de contingência a partir da compreensão das consequên- cias do risco ao projeto nas dimensões técnicas, de tempo e de custos. O propósito da gestão de riscos é a criação e a proteção ao valor, integrada às atividades ad- ministrativas da organização de abordagem estruturada e personalizada de forma restrita aos contextos internos. IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS A primeira etapa da avaliação de riscos é sua identificação, definida pelo PMI(2000) como um processo repetitivo que envolve determinar quais riscos poderiam afetar o projeto, além da documentação das características desses riscos. Em outras palavras, determinar quais são os eventos que constituem potenciais efeitos ad- versos ao projeto. Uma vez que nem todos os riscos do projeto são identificáveis de maneira direta, é necessário que toda a documentação relativa ao projeto seja revisada, que especialis- tas (pertencentes à organização ou não) sejam consultados, que os stakeholders sejam ouvidos e que se analisem as informações de outros projetos da organização (se houver histórico), de estudos de mercado e outros projetos que sejam similares ao projeto empreendido. Vale lembrar que mesmo que todas essas informações estejam disponíveis – obtê-las tem um alto custo – o gerente de projeto não poderá confiar nelas com uma certeza absoluta, pois sempre haverá o problema da incerteza. RISCOS 11.1 PLANEJAR O GERENCIAMENTO DOS RISCOS RISCOS 11.2 IDENTIFICAR OS RISCOS RISCOS 11.4 REALIZAR A ANÁLISE QUANTITATIVA DOS RISCOS RISCOS 11.3 REALIZAR A ANÁLISE QUALITATIVA DOS RISCOS RISCOS 11.5 PLANEJAR AS RESPOSTAS AOS RISCOS 51 U N ID A D E 0 3 Administração de Projetos PLANEJAR O GERENCIAMENTO DE RISCOS DEFINIR COMO CONDUZIR AS ATIVIDADES DE GERENCIAMENTO DE RISCOS PARA O PROJETO IDENTIFICAR OS RISCOS DETERMINAR QUAIS RISCOS PODEM AFETAR O PROJETO E DOCU- MENTAR SUAS CARACTERÍSTICAS REALIZAR A ANÁLISE QUALITATIVA DE RISCOS AVALIAR A EXPOSIÇÃO AO RISCO PARA PRIORIZAR OS RISCOS QUE SERÃO OBJETO DE ANÁLISE OU AÇÃO ADICIONAL REALIZAR A ANÁLISE QUANTITATIVA DE RISCOS EFETUAR A ANÁLISE NUMÉRICA DO EFEITO DOS RISCOS IDENTIFI- CADOS NOS OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO PLANEJAR AS RESPOSTAS AOS RISCOS DESENVOLVEROPÇÕES E AÇÕES PARA AUMENTAR AS OPORTUNI- DADES E REDUZIR AS AMEAÇAS DO PROJETO IMPLEMENTAR RESPOSTAS AOS RISCOS IMPLEMENTAR AS RESPOSTAS PLANEJADAS EM PLANEJAR AS RESPOSTAS AOS RISCOS MONITORAR OS RISCOS MONITORAR OS RISCOS DURANTE O CICLO DE VIDA DO PROJETO A execução da identificação dos riscos é algo estruturado e planejado, bem como todas as atividades da avaliação de riscos. Os riscos, além de serem identificados, precisam ser do- cumentados de forma objetiva, que inclua o contexto, as condições e as consequências caso ocorram e assim, possam ser controlados adequadamente. Podemos afirmar que uma forma processual de se identi- ficar pode ser feita pela separação dos riscos por categorias ou grupos. O responsável pelo projeto é importante que saiba que a fase de identificação dos riscos não é um evento único. Ela deve ser feita regular e continuamente ao longo do ciclo de vida do projeto, onde a fase do monitoramento, também conhecida como controle, atua na definição de estratégias a serem adotadas para riscos primários e secundários. Após essa definição, o profissional res- ponsável pelo monitoramento passa a ser dono do risco, pois é o responsável em monitorar a implementação da resposta ao risco. QUALITATIVA O PMI (2000) define a análise qualitativa dos riscos como “o processo por meio do qual se- avalia o impacto dos riscos e a probabilidade de que eles venham a ocorrer, com o objetivo de reduzir os efeitos negativos dos riscos “. Numa análise qualitativa se determinam quais são os riscos mais relevantes para o sucesso do projeto, colocando-os numa ordem de prioridade. VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/HDMS7ftQJb0 52 UniBrasil - EAD | Fundamentos da Administração de Projetos – Avaliação e Viabilidade de Riscos A análise qualitativa utiliza palavras ou escalas explicativas para descrever a importância das consequências potenciais e a probabilidade dessas consequências ocorrerem. Essas escalas podem ser adaptadas ou ajustadas de acordo com as circunstâncias, podendo se utilizar descrições diferentes para riscos diferentes. ANÁLISE QUALITATIVA DOS RISCOS ENTRADAS FERRAMENTAS & TÉCNICAS SAÍDAS 1. Plano de gerência do risco 2. Riscos identificados 3. Situação do projeto 4. Tipo do projeto 5. Precisão de dados 6. Escalas de probabili- dade e impacto 7. Restrições 1. Probabilidade de risco e impacto 2. Matriz de graduação da probabilidade x impacto de risco 3. Testando as premis- sas do projeto 4. Classificação da pre- cisão dos dados 1. Classificação do risco global para o projeto 2. Lista de riscos prioritários 3. Lista de riscos para a análise e gerencia- mento adicionais 4. Tendências em resultados de análise qualitativa de riscos A análise qualitativa é utilizada, segundo o Centro da Qualidade, Segurança e Produtividade, QSP (1999) como uma “atividade de prospecção inicial para a identificação dos riscos que requer uma análise mais detalhada”. » quando o nível de risco não justifica o tempo e os esforços necessários para uma análise mais completa; » quando os dados numéricos são insuficientes para uma análise quantitativa. A análise qualitativa de riscos é normalmente uma foma rápida e econômica de definir prio- ridades para o planejamento de respostas ao risco. A análise qualitativa de riscos deve ser revista durante todo o ciclo de vida do projeto para suportar as alterações nos riscos do projeto. A análise qualitativa de riscos exige saídas dos processos de planejamento do gerenciamento de riscos e identificação de riscos. Este processo pode levar à análise quantitativa de riscos ou diretamente ao planejamento de respostas aos ris- cos (PMI, 2000). QUANTITATIVA Está é a última etapa da avaliação de riscos definida pelo PMI (2000) como “o processo de análise numérica da probabilidade de ocorrência de cada risco e suas implicações para os obje- tivos do projeto, assim como a extensão do risco para o projeto em geral”. VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/laVFwQd-_r8 53 U N ID A D E 0 3 Administração de Projetos Ainda de acordo com o PMI (2000) os objetivos da análise quantitativa de riscos são: » Determinar a probabilidade de atingir um objetivo específico do projeto; » Quantificar a exposição do projeto a riscos e deter- minar a quantidade de reservas de contingência necessárias em termos de cronograma e custos; » Identificar os riscos que requerem mais atenção através da quantificação de sua contribuição rela- tiva aos riscos do projeto; » Identificar metas realistas e alcançáveis de escopo técnico, cronograma e custo. Uma vez qualificados os riscos, passa-se então, baseando-se em Wiermann (1999), ao pro- cesso de se traduzir, em números, a probabilidade de ocorrência de cada risco e analisar, sobre- tudo em termos de cronograma e custos, as implicações que poderão advir caso um evento de risco se concretize. A qualidade dessa análise vai depender da precisão e da abrangência dos valores numéricos utilizados (QSP, 1999). Os processos de análise qualitativa e quantitativa podem ser utilizados separadamente ou em conjunto, porém a análise quantitativa de riscos de um projeto pode ser realizada a partir da análise numérica do efei- to dos riscos identificados nos seus objetivos gerais. Para que as duas análises sejam executadas, é ne- cessário que seja verificado a disponibilidade de re- cursos do projeto, de maneira que as exigências para proceder tais análises não venham a prejudicar o cro- nograma e os custos do projeto. 4. METODOLOGIA DE GERENCIAMENTO DE RISCO Todas as etapas mencionadas nessa unidade sugeridas pelo PMI (2000) no PMBOK como os procedimentos para realização da avaliação dos riscos de projetos estão inseridas num contexto maior, no qual os riscos são tratados de forma planejada, interagindo com as outras áreas de gerenciamento de projeto. Cleland e Ireland (2002) destacam que nenhum elemento tem maior impacto no sucesso de um projeto do que seu planejamento, havendo inúmeros exemplos de projetos mal plane- jados que resultaram em grandes esforços de replanejamento no seu transcorrer. É importante ressaltar que, conforme disse Slack et al (1997), o replanejamento não é necessariamente um 54 UniBrasil - EAD | Fundamentos da Administração de Projetos – Avaliação e Viabilidade de Riscos sinal de falha no projeto ou de mau gerenciamento, mas um planejamento deficiente que quase sempre rende resultados ruins (CLELAND; IRELAND, 2002). Os fundamentos para a elaboração de um plano de proje- to abrangente giram em torno de três conceitos: » requerimentos; » diretrizes; » responsabilidades. GERENCIAMENTO O PMI (2000) define o gerenciamento de riscos de projetos como: “o processo de identifi- cação, análise e respostas aos riscos do projeto. O planejamento do gerenciamento dos riscos consiste no processo através do qual se decide como abordar e planejar as atividades ligadas ao gerenciamento dos riscos de um projeto (PMI, 2000). Esse planejamento vai fornecer as diretrizes necessárias para se avaliar os riscos, elaborar os planos de contingência e monitorar os riscos do projeto. VÍDEO ASSISTA AO VÍDEO ACESSANDO O LINK ABAIXO: https://youtu.be/ESsfF-3lCkM 1 4 3 5 2GERENCIAMENTO DOS RISCOS 1. IDENTIFICAÇÃO Identificar os riscos e compreender algumas de suas características para análise posterior 2. ANÁLISE QUALITATIVA Compreender a importância do risco através de escalas médias de impacto e probabili- dade 3. ANÁLISE QUANTITATIVA Investigar o impacto e efeitos do risco com precisão numérica 4. PLANEJAMENTO DE RESPOSTAS Decidir como lidar com cada risco consi- derando a tolerância ou aversão
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