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RESUMO MICROBIOLOGIA

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RESUMO MICROBIOLOGIA PROVA 3
AULA 1-Fungos
Micologia: Ramo da microbiologia que estuda os fungos, organismos agrupados em um reino próprio - Reino Fungi.
São Ubiquitários: Existência bastante difusa, pois são presentes no solo, na água e no ar, e em todas as partes do mundo (distribuição cosmopolita).
- Seres Heterotróficos: Necessitam de matéria orgânica para a obtenção de carbono e de energia para o seu metabolismo, por isso, estarão sempre associados ao material orgânico como saprófitos (decompositores), ou parasitas;
 - São os efeitos decorrentes destas manifestações que, dependendo do sentido, poderão ser considerados úteis ou prejudiciais.
 Características Gerais
Inicialmente considerados vegetais (Reino a parte – Whittaker, 1969).
- Características próprias (diferenciais para vegetais):
 1) Não sintetizam Clorofila;
 2) Celulose ausente da Parede Celular (excessão: fungos aquáticos);
 3) Não armazenam Amido (excessão: fungos aquáticos);
 4) Parede Celular composta por Quitina;
 5) Grânulos de Glicogênio;
 6) Podem possuir Cápsula (Polissacarídeos).
Eucariontes que podem ser: Unicelulares (Fungos Leveduriformes), ou Multicelulares (Fungos Filamentosos/Bolores).
Todos realizam nutrição heterotrófica, e podem ser: 
 1) Saprofíticos (Nutrem-se de matéria orgânica morta);
 2) Parasitários.
Reproduzem-se por Esporos oriundos de reprodução assexuada ou sexuada.
CITOLOGIA
1) Membrana Celular/Plasmática: Confere permeabilidade seletiva, segue o modelo do Mosaico Fluído. Esteróide é o Ergosterol.
2) Parede Celular: Circunda a Membrana Celular, é muito antigênica. Formada por Quitina (no lugar do Peptideoglicano bacteriano).
3) Lomassoma: Presente em alguns fungos, localiza-se entre a Parede e a Membrana Celular (formado a partir desta). 
 - Apresenta funções secretórias, exemplos: 
 - Secreção e formação de Parede Celular;
 - Pinocitose;
 - Síntese de Glicogênio.
4) Núcleo e Organelas: Típicos de células eucariontes (Nucléolo, Mitocôndrias, Aparelho de Golgi, Ribossomos, etc.).
5) Vacúolos: Existem basicamente 2 tipos: 
 5.1) Vacúolo de Reserva: Contém Glicogênio; 
 5.2) Vacúolo Digestivo: Contém enzimas digestivas, semelhantemente ao Lisossomo.
6) Septos: Projeções da Parede Celular que divide transversalmente a Hifa, e podem ser Falsos ou Verdadeiros: 
 6.1) Septos Falsos: Apresentam poro central que permite a passagem do citoplasma de um compartimento para o outro na Hifa; 
 6.2) Septos Verdadeiros: Sem poros. São formados em 2 momentos: 
 6.2.1) Traumatismo: Evitar estravasamento do material citoplasmático; 
 6.2.2) Divisão Celular: Septo é formado para isolar a área reprodutiva do restante do corpo vegetativo.
7) Flagelo: Conferem mobilidade, sendo presente nos Esporos de alguns fungos aquáticos.
8) Cápsula: Presente em alguns fungos, circunda a Parede Celular, e serve como fator de virulência antifagocitário.
Morfologia
1) Morfologia Vegetativa: 3 tipos de acordo com o crescimento:
1.1) Filamentosos/Bolores: 
 - São pluricelulares, sendo que as células formam filamentos tubulares denominados Hifas (filamentos longos de células conectadas); 
 MICÉLIO: CONJUNTO DE HIFAS QUE CONSTITUI O CORPO DO FUNGO;
- Segundo a coloração (da Parede Celular), as Hifas podem ser classificadas: 1) hialinas (cores claras ou transparentes), ou, 2) Demáceas (cores escuras).
- Segundo a divisão, as Hifas podem ser: 1) Septadas (Tabicadas ), ou, 2) Cenocíticas (Asseptadas – os núcleos estão dispersos em matriz citoplasmática comum).
- Segundo a função, as Hifas podem ser: 1) Vegetativas (função nutritiva), ou, 2) Aéreas (contém as estruturas de reprodução sexuada ou assexuada).
1.2) LEVEDURIFORMES/LEVEDURAS: 
 - Fungos unicelulares que têm formato arredondado ou ovalado. Do seu brotamento podem formar Pseudo-Hifas.
1.3) DIMÓRFICOS: 
 Alguns fungos apresentam 2 morfologias que variam em função da temperatura ambiente; 
Assumem forma Filamentosa a temperaturas mais baixas (entre 15 e 30ºC), e Leveduriforme a temperaturas maiores (entre 30 e 37ºC);
 O dimorfismo é comum a espécies patogênicas ao homem. 
Morfologia Reprodutiva
Os Esporos são as unidades reprodutivas dos fungos; 
São formados por reprodução sexuada ou assexuada; 
Esporóforos: Localizados em Hifas ou Leveduras, são estruturas que formam e dão sustentação aos Esporos.
Fisiologia
1) Nutrição:
 - Heterotróficos: Fontes de carbono prontas;
 - Absorção de nutrientes através da Membrana Celular; 
 - Para este fim, secretam exoenzimas degradativas (celulases, proteases, nucleases, lipases) – O que os capacita a viver saprofiticamente em restos de matéria orgânica, ou parasitarem.
2) Respiração:
 - Aeróbios, realizam Respiração celular (Ciclo de Krebs, CTE/Fosforilação Oxidativa).
3) Fermentação:
 - Metabolismo alternativo: Oxidação parcial de CHO. Ex. Fermentação Alcoólica.
4) Dimorfismo:
 - Propriedade de alguns fungos- Fase Filamentosa e Leveduriforme
5) Reprodução:
 - O ciclo biológico começa e termina no Esporo, que pode ser oriundo de reprodução sexuada e/ou assexuada e ainda pode ser endógeno (quando produzido no interior de células ou hifas) e exógeno (quando produzido no exterior de células ou hifas); 
 - As formas de reprodução nos fungos podem ser de 3 tipos:
5.1) Sexuada (Perfeita ou Teleomórfica): 
 - Esporo originado por divisão nuclear meiótica;
 - Formam-se poucos Esporos, mas com grande variabilidade genética;
 - Esporos: Basidiosporos, Ascosporos ou Zigosporos.
5.2) Assexuada (Imperfeita ou Anamórfica):
 - Esporo originado por divisão nuclear mitótica; 
 - Derivado de transformações do sistema vegetativo; 
 - Produz grande número de esporos, contudo com baixa variabilidade genética;
 - Esporos: Conídios, Esporângiosporos, Zoósporos, Blastosporos/Blastoconídio;
5.3) Ciclo Parassexuado: 
 - Não há formação de estruturas de reprodução (Esporóforos);
 - Ocorre por fusão de Hifas.
Micologia Clínica:
- Micose: Quadro resultante da colonização e ação patogênica de fungos instalados em determinado tecido de um hospedeiro;
- Em Micologia Clínica a classificação geral (não taxonômica) das Micoses é orientada segundo o nível de localização principal do processo patogênico;
1) Micoses Superficiais (pêlos e pele);
 2) Micoses Cutâneas (pele);
 3) Micoses Subcutâneas (músculos, ossos, tecido conectivo);
 4) Micoses Profundas/Sistêmicas (diversos órgãos ou tecidos, como pulmões, sistema linfático e sangue);
 5) Micoses Oportunistas.
AULA 2-Micoses Superficiais e Cutâneas
Micoses Superficiais
Chamadas também de Dermatofitoses Saprofitárias - Provocadas por fungos que estão no limite entre Saprofitismo e o Parasitismo;
- Parasitismo extremamente superficial localizado ao nível de pêlos e pele (camada superficial);
- Não produzem sintomas, apenas modificações de aspecto ou coloração dos tecidos colonizados, produzindo modificações essencialmente estéticas (não sintomáticas).
1) Pitiríase Versicolor - Malassezia furfur
- Chamada também de Tinea Versicolor;
- Infecção crônica assintomática que afeta a pele, e produz manchas (bordos delimitados) hipo e hiperpigmentadas (“multicolor”) que contém o fungo na forma filamentosa septada (forma patogênica);
- Mecanismo pouco esclarecido: Interferência sobre a produção da Melanina pelo Ácido Azeláico produzido pelo fungo;
- A exposição ao sol confere margens pigmentadas e centro hipopigmentado (“Micose de Praia”);
- Localização das manchas: Tórax, abdômen, pescoço, face, e com menos frequencia nos membros inferiores e superiores, axilas e virilha;
- Couro cabeludo pode ser reservatório do fungo, ocasionando reincidência da Micose – Além do tratamento antifúngico na pele, deve-se tratar o cabelo com xampus a base de Sulfeto de Selênio. 
2) Tinea Negra - Exophiala werneckii 
- Também chamada de Tinha Negra; 
- Infecção assintomática que produz manchas escurecidas que variam do marrom/castanho ao negro, de aspecto fuliginoso (contém o fungo na forma filamentosa septada);- Manchas ocorrem frequentemente na palma das mãos. Raramente na planta dos pés;
3) Piedras: Piedra Negra (Piedraia hortae) e Piedra Branca (Trichosporon beigelii). 
- São infecções que se caracterizam pela presença de nódulos irregulares aderidos aos pêlos ou cabelo visíveis ao olho nu.
Piedra Negra: Caracteriza-se pelos nódulos duros, escurecidos (marrons ou negros) aderidos firmemente ao cabelo (contém fungo na forma filamentosa septada com estruturas formadoras de Ascosporos).
Piedra Branca: Caracteriza-se pelos nódulos claros (brancos ou amarelados), fracamente aderidos aos pêlos escrotais, axilares, perianais, pubianos, ao cabelo ou bigode/barba (contém fungo na forma filamentosa septada com Conídios).
Micoses Cutâneas
- Chamadas também de Dermatofitoses (Dermatófitos);
- Micoses produzidas por fungos que parasitam a camada córnea (rica em queratina) da pele, unha e cabelo/couro cabeludo (camadas superficiais);
- Para fixarem-se secretam Queratinase (algumas cepas: Elastase), por isso, as infecções caracterizam-se pela descamação dos tecidos afetados e desagregação das unhas;
- Os agentes etiológicos presentes no solo (geofílicos), animais (zoofílicos) e no homem (antropofílicos);
- Geralmente a infecção se inicia pelo contato com ambientes contaminados (pisos úmidos, toalhas e objetos pessoais como pentes), ou então, com portadores sadios ou doentes. 
Candida albicans poderá também ocasionar Micoses Cutâneas (Pele e Unha).
1) Tinea Corporis (“Tinea/Tinha do Corpo”):
- Infecção caracterizada pelas lesões em formato de anel, com contornos irregulares e elevados (Impigem);
- As bordas são inflamadas eritematosas, por vezes microvesiculosas, e representam as porções em expansão da Micose onde o fungo está em crescimento ativo;
- As porções centrais são mais claras, podem apresentar cura e são escamosas;
- Locais mais afetados: Porções de pele onde há poucos pêlos, a região do tronco, costas e proximidades;
- Agente etiológico mais relacionado: Epidermophyton floccosum.
2) Tinea Cruris (“Micose da Virilha”):
- Infecção da pele com manifestação semelhante a observada para a Tinea Corporis (lesões com bordos eritrematosos e microvesiculosos e centros descamativos com tendência a cura);
- Difere em relação aos locais mais afetados: Porções de pele em áreas mais úmidas, como as dobras das coxas, e região em torno dos genitais;
- Agentes etiológicos mais relacionados: Trichophytum rubrum e Epidermophyton floccosum.
3) Tinea Pedis (“Pé de Atleta”):
- Infecção da pele que se desenvolve em localidades úmidas e de temperatura mais elevada (morna);
- Por isso, ocorre geralmente entre os dedos dos pés e adjacências, onde a pele apresenta-se com lesões descamadas e rachaduras;
- Indivíduos que utilizam sapatos fechados por longos períodos apresentam maior risco;
- A partir dos dedos, as unhas poderão ser infectadas (ficam amareladas e quebradiças);
- Além disso, as fissuras na pele podem acomodar infecções bacterianas oportunistas;
- Agentes etiológicos mais relacionados: Trichophytum rubrum, Trichophytum mentagrophytes e Epidermophyton floccosum. 
4) Tinea Capitis (“Tinea/Tinha do Couro Cabeludo”):
- Infecção do couro cabeludo que pode expandir para o cabelo; 
- No couro cabeludo ocorre lesão, geralmente única, que pode ser eritrematosa (de modo semelhante às observadas para as Tineas Corporis e Cruris) ou não (tipo escamosa);
- Ao afetar o Folículo Piloso o pêlo perde brilho e torna-se quebradiço, isto é uma causa importante de queda de cabelo que poderá ser extensa à medida que a infecção do couro cabeludo avança;
- A infecção poderá afetar o próprio pêlo também;
- Agentes etiológicos mais relacionados: Espécies diversas de Trichophytum e Microsporum.
5) Tinea Unguium (“Onicomicose/Micose da Unha”):
- Infecção das unhas que se tornam espessas (porosas), descoradas (branco-amareladas) e quebradiças;
- A infecção geralmente se inicia pelas bordas livres, migrando ao centro, e posteriormente, podendo atingir a área subungueal;
- Agentes etiológicos mais relacionados: Trichophytum rubrum e Trichophytum mentagrophytes.
AULA 3-Micoses Subcutâneas e Sistêmicas
Micoses Subcutâneas- Infecções que geralmente ocorrem após algum trauma ou lacerações na pele, o fungo permanece no tecido subcutâneo, ou se dissemina para tecidos próximos;
- Originalmente são fungos presentes no solo, de baixa virulência, sendo parasitas acidentais do homem.
1) Esporotricose – Sporothrix schenckii: 
- A repercussão clínica depende do local de inoculação do agente;
- Forma mais comum é a chamada Linfocutânea, acometendo pele, tecido subcutâneo e gânglios linfáticos;
- No local de inoculação ocorre lesão ulcerada (lesão primária), que pode ficar limitada, ou então, disseminar ao longo do trajeto de um vaso linfático quando aparecem nódulos amolecidos (lesões secundárias), dos quais pode sair material purulento;
- Fungo caraterísticamente dimórfico: Forma leveduriforme no corpo do hospedeiro, e filamentosa no cultivo in vitro;
- Na maioria dos casos o decurso é auto-limitado, sendo pouco frequente a cronicidade;
- Risco ocupacional para jardineiros (espinhos de plantas).
2) Cromoblastomicose – Etiologia fúngica diversa: 
- Também chamada de Cromomicose, Dermatite Verrucosa, Dermatite Verrucosa Cromoparasitária; 
- Os diversos agentes etiológicos pertencem a uma família de fungos escuros (Dematiceae): Fonsecaea pedrosoi (predomina no Brasil), Phialophora verrucosa (regiões frias), Cladosporium carrionii (distribuição diversa);
- Infecção subcutânea caracterizada por uma lesão inicial pequena, na forma de verruga;
- Após meses a anos, desenvolvem-se ao redor várias outras lesões, resultando em aspecto de ”couve-flor” (nódulos rugosos crostosos). De modo semelhante a Esporotricose, a infeccção progride acompanhando o caminho da irrigação linfática;
- Acomete geralmente membros inferiores (áreas descobertas do corpo) de trabalhadores rurais infectados por lascas de madeira. 
3) Lobomicose – Lacazia loboi (Paracoccidioides loboi):
- Também chamada de Blastomicose de Jorge Lobo, Doença de Jorge Lobo, Blastomicose Queloideana;
- Caracteriza-se pelas lesões isoladas, ou disseminadas de aspecto queloidiforme, de evolução lenta;
- O fungo penetra a pele por traumatismos, sendo comum, a região auricular e proximidades, relacionada ao hábito de carregar sobre os ombros vegetais e outras cargas extraídas direto da natureza;
- Comum na realidade brasileira, é comum entre seringueiros, lavradores e garimpeiros (homens).
Micoses Sistêmicas
- Característica comum: São geograficamente delimitadas;
- Micoses produzidas por fungos tipicamente dimórficos: Forma leveduriforme no tecido infectado, e filamentosa na natureza ou in vitro;
- Os agentes etiológicos estão presentes no solo e nos dejetos de animais, sendo as vias aéreas superiores a principal forma de infecção, após este evento, poderá haver tanto a evolução para a doença, ou não.
1) Paracoccidioidomicose – Paracoccidioides brasiliensis:
- Também chamada de Blastomicose Sul-Americana;
- A doença pode resultar tanto da inalação das formas infectantes (esporos), como também, da reativação de focos pré-existentes; 
- 90% dos casos são em homens (fator hormonal: estrogênio parece ser fator protetor);
- O pulmão é o órgão mais afetado, seguido da mucosa da boca e nariz, com frequencia, a infecção é mista; 
- Histologicamente, lesões apresentam-se na forma de abcessos (granulomas) geralmente destrutivos, com centros necróticos;
- Nos tecidos é típica a observação das chamadas “Rodas de Leme” (células esféricas a ovais com paredes grossas, dupla membrana, e múltiplos brotamentos ligados a célula-mãe). 
2) Coccidioidomicose - Coccidioides immitis:
- Fungo saprófita do solo, que predomina em regiões áridas;
- A infecção inicia pela inalação dos esporos que germinam nos Pulmões ocasionando pneumonia aguda, em seguida, pode evoluir para forma crônica tipo cavitária assemelhando-sea Tuberculose; 
- A partir dos pulmões, a doença raramente pode disseminar para Ossos, ou SNC (meningite).
3) Histoplasmose - Histoplasma capsulatum:
- Assim como na Coccidioidomicose ocorre a inalação dos esporos, que provém do solo, ocasionando infecção pulmonar;
- Para a maioria dos indivíduos a infecção é benigna, passando desapercebida, ou então, confundida com resfriado comum;
- O fungo é intracelular, quando parasita quase que exclusivamente o sistema reticulo-endotelial (macrófagos) onde se desenvolvem as formas leveduriformes;
- Quando a infecção pulmonar progride, devido a reação inflamatória, ocorre a formação de lesões granulomatosas, resultando em quadro pulmonar semelhante à Tuberculose;
- Raramente dissemina-se (via sistema reticulo-endotelial), mas pode atingir Fígado, Baço, Rins, Pâncreas, etc.

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