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Barnes - Cap 7

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CAPÍTULO 7 
Análise do processo produtivo 
O sistema completo ou processo de se executar um trabalho deve ser estudado globalmente, 
antes que se tente efetuar uma investigação detalhada de uma operação especifica nesse pro- 
cesso. Este estudo geral incluirá, na maioria dos casos, uma análise de cada um dos passos que 
compõem o processo de fabricação. 
GRÁFICO DO FLUXO DO PROCESSO. O grafico do fluxo do processo é uma técnica para 
se registrar um processo de maneira compacta, a fim de tornar possível sua melhor compreensão 
e posterior melhoria. O gráfico representa os diversos passos ou eventos que ocorrem durante 
a execução de uma tarefa especifica, ou durante uma série de ações. O diagrama, usualmente, 
tem início com a entrada da matéria-prima na fábrica e a segue em cada um dos seus passos, 
tais como transportes e armazenamentos, inspeções, usinagens, montagens, até que ela se torne 
ou um produto acabado, ou parte de um subconjunto. Evidentemente, o gráfico do fluxo do 
processo pode registrar o andamento do processo através de um ou mais departamentos. 
O estudo minucioso desse diagrama, fornecendo a representação gráfica de cada passo do 
processo através da fábrica, certamente sugerirá melhorias. É comum concluirmos que certas 
operações podem ser inteiramente eliminadas, ou então, que parte de uma operação pode ser 
eliminada, operações podem ser combinadas, um melhor (trajeto) para as peças pode ser seguido, 
máquinas mais econômicas podem ser empregadas, esperas entre operações eliminadas, em 
suma, que outros melhoramentos podem ser feitos, contribuindo para a produção de um produto 
melhor a um custo mais baixo. O grafico do fluxo do processo ajuda a demonstrar que efeitos as 
mudanças, em uma parte do processo, terão em outras fases ou elementos. Além disso, o gráfico 
poderá auxiliar na descoberta de operações particulares do processo produtivo que devam ser 
submetidas a uma análise mais cuidadosa. 
O gráfico do fluxo do processo, como outros métodos de representação gráfica, deve ser 
modificado a fim de se enquadrar ao problema em consideração. Por exemplo, poderá mostrar 
a sequência das atividades de uma pessoa ou, então, os passos a que é submetido o material. 
O gráfico deve ser do tipo homem ou do tipo produto, e os dois tipos não devem ser combinados. 
O gráfico de processo pode ser usado com proveito por qualquer pessoa de uma organização. 
O mestre, o supervisor, os engenheiros de processo e de arranjo físico devem estar tão familiari- 
zados com o gráfico de processo quanto o engenheiro de produção, sendo todos capazes de 
empregá-lo efetivamente. 
Vários anos atrás, os Gilbreth criaram um conjunto de 40 símbolos usados na preparação 
dos gráficos do fluxo do processo"'. Recentemente, os quatro símbolos da Fig. 21 têm sido usados 
intensamente e, de maneira geral, satisfazem as necessidades dos mais variados tipos de trabalho. 
Esses símbolos servem como uma espécie de taquigrafia para ajudar na enumeração rápida dos 
passos ou das atividades em um processo produtivo. 
"'F. B. e L. M. Gilbreth, Process Charts. Transactions o f the ASME, Vol. 43, 1818, 1921, pp. 
1 029- 1 050 1 
Estudo de movimentos e de tempos 
Figura 21. Simholos de Gilbreth puru grá/kos do fluxo do processo 
Em 1947, a American Society of Mechanical Engineers (ASME) introduziu, como padrão, 
os cinco sim bolo^'^) que se encontram na Fig. 22. Este conjunto de símbolos é uma modificação 
abreviada dos símbolos de Gilbreth, onde a flecha substitui o círculo menor, e um novo símbolo 
foi adicionado para representar uma espera. 
Apesar da indústria ter sido lenta em adotar os símbolos da ASME, parece que seu uso está 
sendo aceito, e 'serão usados neste volume. 
Talvez não seja tão importante usarmos um conjunto de símbolos na conkcção de um gráfico 
do fluxo do processo ou de um mapofluxograma. Com efeito, uma organização pode chegar à 
conclusão que, para suas necessidades, é necessário o uso de uma simbologia e~pec ia l '~ ) . Entre- 
tanto a experiência mostra que, onde os mestres e supervisores tomam parte ativa no desenvol- 
vimento de melhores métodos, é desejável se utilizar do menor número possível de símbolos e 
gráficos e sendo esses de construção simples e fácil entendimento. 
Os símbolos, para o gráfico do fluxo do processo, usados nas ilustrações deste livro, são 
os indicados na Fig. 22 e podem ser descritos da maneira que se segue. 
O Operu~ão. Uma operação existe quando um objeto é modificado intencionalmente 
numa ou mais das suas características. A operação é a fase mais importante no processo e, geral- 
mente, é realizada numa máquina ou estação de trabalho. 
0 Trunsporr'. Um transporte ocorre quando um objeto é deslocado de um lugar para 
outro, exceto quando o movimento é parte integral de uma operação ou inspeção. 
I n s p ~ @ o . Uma inspeção ocorre quando um objeto t: examinado para identificação 
ou comparado com um padrào de quantidade ou qualidade. 
D Esprru. Uma espera ocoi-i-e quando a execução da pi-óxiinu ação planejada não é 
efetuada. 
Armuzenumento. Um armazenamento ocoire quando um objeto é mantido sob 
controle, e a sua retirada requer uma autorização. 
SÍMBOLOS COMBINADOS. Dois símbolos podem ser combinados quando as atividades são 
executadas no mesmo local ou, então, simultaneamente como atividade única. Por exemplo, 
o círculo maior dentro de um q u a d r a d o a , representa uma combinação de operação e inspeção. 
PASSOS USADOS PARA SE REGAR UM JARDIM. Com a finalidade de ilustrar como esses 
símbolos são usados, o gráfico do fluxo do processo apresentado na Fig. 23 dá os passos seguidos 
pelo Sr. John Smith para regar o seu jardim. O Sr. John Smith, descansando em seu terraço, 
decide regar o jardim. Ele deixa o terraço, dirige-se à garagem do outro lado da casa, abre a 
porta da garagem e vai até o depósito de ferramentas. Daí retira o esguicho, carrega-o para a 
porta traseira da garagem, abre-a, encaminha-se para a torneira que se encontra atrás da gara- 
"'Operation and Flow Process Charts, ASME Siandard 101, publicado pela American Society of 
Mechanical Engineers, New York, 1947 
(3)Ben S. Graham, Paperwork Simplification. Modern Manuqement, Vol. 8, n." 2,,pp. 22-25 
Ralph M. Barnes 
U m circulo maior indica 
uma operação 
(Um0 -h 
TRANSPORTE 
uma flecha indica um 
transporte 
mnw -., 
U m quadrado indica 
uma inrpeçãa 
mnw -4 
ESPERA 
A letra D indica 
uma espera 
mmo -, 
ARMAZENAMENTO 
Um triãngulo indica um 
armazenamento 
m m 
Pregar 
Mover mter ia l com 
carrinho de mão 
Exarnimr m t w i a l quanto 
à qualidadeou quantidade 
Material no carrinha ou no 
rháo, ao lado da bancada. 
aguardando pocersamento 
-- 
Furar 
Mover m te r i a l com 
guindaste ou elevador 
vapor da caldeira 
Operário aguardando 
elevador 
Produto acabado m 
ar m d m 
Oatilografar 
Mover material 
carrqando IMensageirol 
Examimr um folheto pari 
obter informaçóes 
arquivamento 
Documentos e regiriros 
guardados no cofre 
gem. Ele coloca o esguicho na torneira, abre esta Última e começa a regar o jardim. Exami- 
nando-se o gráfico do fluxo do processo no lado esquerdo da Fig. 23, verifica-se que nove 
símbolos, cinco números e nove frases bastam para descrever inteiramente o processo. 
MAPOFLUXOGRAMA DO PROCESSO DE SE REGAR O JARDIM. Algumas vezes. 
para sc visualizar melhor um processo, dcseiihain-st: as linhas de Iluxo em uma plaiiia do editicio 
ou d:t Ai-ea em que a alividade se desenvolve. Uma planta da casa, do terreno c tio jardim é apre- 
sentada na Fig. 24. Desenham-se linhas nesta planta pala mosisarem a diieção do moviiiiento. 
e os símbolos do gi-iilico do Iluxo do processo e s t k inici-idos nas linhas para iiidicaiein o que 
Estudo de movimentos e de tempos 
MPTODO O R I G I N A L 
I r atb 6 porta dagaragem 
Abre a porta 
Vai ate o armdrio dar 
ferramentas na garagem 
Vai ate à torneira na 
parte dc trdr da garagem 
Liga o eqiiicho a toi 
neira e abre a mesma 
HESUMO DO TRABALHO EXECUTADO 
Retira o cquicho do armário 
Van atd .i porta traseira 
da garagem 
Abre a porta 
I Distai icia inicial percorrida em m I 36 1 
John Smith. wntado na mranda. 
decide aguar w u lardbm. 
Deixa a varsnda . anda 25.5 m 
atb à porta da garagem. Este 
ato 6 chamado de transporte. 
pois ele anda de u m lado pa- 
ra outra. 
Abrir a porta b uma operação 
Ele anda 3 m ate o armd 
rio para pegar o equicho. 
Esta 6 uma operação 
Ele carrega a equicho ate 
6 porta traseira da garagem 
Ena d uma operação. 
Este 6 um transporte. 
Ena b considerada uirs 
opera&. 
Inicia a opera& princtpal 
de regar o prdini. 
está sendo executaclo. Aiiotaçixs bievcs csiiio incluidas p a ~ i ii~ellioi. e;iraciei imiem oa siiiibolos: 
isto é chiiinacio de uni m:ip»t'luxogi-aina. Em alg~iii\ caso\. torriii-sc iiccczsiii.i:i a i.onatrii~iio do 
gráfico de fluxo do processo e tniiibéin do iiiiipollii\togi-~i~i~;i ;i I'iin de que SL. tornem claros os 
passos dt: um processo de l'abi-iciiçào. de Liin proccdiiiiciiio de csci.itcii io oii ouira alividade qual- 
quei . 
RECUPERAÇAO DE REBOLOS DI< ESMERII . Em giandes iiidúsirins, ontlc opci:içOcs de 
esmerilliamento e polimento siio iiece\sái ias, 6 usual i ecupci-ai em-sc os i cbolos ( Fig. 1 5 ) com 
esmcril na própi ia fibi-lcit. iiinntciiclo ;i\siiii dispciiiivei iiin cstoqiic cle icholva em coiidiçkh de 
utiliz~ição iinediata. Os disco\ hào coiiaiitiiidoa de c:ini;id:ia clc ~ectdo C I ) X [ L I I ; ~ ~ ; L S junkis, com 
peso inkdio de I8 kg. Seu diiiiiicii-o \a i I A de 45 :i 01 crii. c a i i i i czpc\auia de 7.0 ,i 11.7 cni. A cii- 
cunfciêricia ou iiicc do i-cholo i: ie\c\iid;i coiii w l a c lxi clc caiiiciii. A pi iiiiciia caiiiacia de cola 
seca aproximadnincnic meia Iioi~i ; i i i i i . \ dc qiic ac ;ipIiqiic :i \cguiitiii. A icinpci;iiiii;i do ainbieriie 
no qual os iebolos siio picp;ii.a<lo\ 6 nitiiiiiciii ciiiic 26 c 32 c ' . ccjiiiicilaiiilo -\c ianihi:iii o iiiiiidade 
relativa. 
I 
Ralph M. Barnes 
Jardim 
Inicia a regar o jardim 
Liga O esguicho A tornaira e abra a m e r m 
Anda 3 m. a16 i torneira 
Abre a wrta de t:ás & garapm 
Varanda Anda 4.5 m ate A porta trareira 
I 
I de ferramentas 
1 Anda 3 m at6 o arndrio 
t 
\ Abre a porta da garagem 
\ 
+-- 
Figura 4 . Mup~fluxogruma do processo de se regar o jardim 
Figura 25. R i 4 ~ l o paru polir Figura 26. O operador uplica cola a superfície cio 
rebolo gasto com o uuxilio de u m piticel 
Figuru 27. Método crnfigo paru se recobrir o reholo. 
O operudor rola o rebolo recoberto com colu numu 
bandeja wnfentio pó de csmeril 
Estudo de movimentos e de tempos 
Figura 211. Mapofluuogramu do método antigo 
para se rccohriwm rebolos com pó de <,.c.meril 
I 
imundo andar i I I / 
Rimeiro andar I / 
MÉTODO ORIGINAL. Consistia em aplicar-se uma camada de cola ao rebolo gasto (Fig. 26), 
e, então, rolar-se manualmente o rebolo em um recipiente raso contendo pó de esmeril, o que 
provocava a aderência do pó (Fig. 27). Após a secagem da cola, uma segunda camada de cola 
e de pó de esmeril eram aplicadas de maneira semelhante. Os rebolos eram então transportados 
para uma estufa, onde permaneciam em prateleiras até que a cola estivesse completamente seca. 
A Fig. 28 mostra o mapofluxograma, e a Fig. 29 o grálim do fluxo do processo correspondente. 
As perguntas que se seguem podem ser formuladas relativamente a este processo. Por que 
revestir os rebolos manualmente? Por que manuseá-los tão frequentemente? Poderiam todas 
as operações ser efetuadas no primeiro andar em vez de no segundo? Estas perguntas foram 
respondidas da forma que se segue. 
METODO MELHORADO. Construiu-se uma máquina especial para o revestimento (Fig. 30), 
tornando possível a aplicação da cola e do esmeril ao rebolo em uma única operação e empregando 
menos esforço e menos tempo do que no método antigo. Como esta máquina foi colocada no 
primeiro andar, entre a área de armazenamento e a estufa (Fig. 31), tornou-se desnecessária a 
movimentação dos rebolos até o segundo andar. Carrinhos especiais (Fig. 33) foram projetados 
para substituírem os de tipo comum de plataforma, o que veio a eliminar grande parte do manu- 
seio desnecessário a que era submetido o rebolo. Estes permaneciam no carrinho novo durante 
a secagem na estufa. A Fig. 32 nos mostra o gráfico do fluxo do processo do método melhorado, 
incluindo um resumo da economia obtida. 
RESULTADOS. A nova máquina, o carrinho especial para transporte e manuseio dos rebolos 
e a melhor localização da operação de recobsimento reduziram o número de operuções neces- 
sárias para a recuperação dos rebolos, de onze para quatro, 0 número de esperas de quatro para 
uma e a distância percorrida de 72 para 21 m. 
No método antigo, um grupo de quatro homens era empregado na aplicação das duas ca- 
madas de esmeril. sendo sua produçiio média vinte rebolos/h. Atualmente dois homens fazem 
o mesmo trabalho, produzindo 45 rebolos/h. Além disso, o novo método de recuperação e o 
novo tipo de cola sintética parecem ter melhorado a qualidade dos rebolos: os homens que os 
usam na retificação e polimento de grelhas de arados aumentaram sua produção aproximada- 
Rolph M. Barnes 
DISTANCIA, siMBoLo DESCRIÇAO I 
REBOLOSGASTOSNOCHAO 
[PARA SEREM RECOBERTOS) 
CARREGAR REBOLOS NO CARRINHO 
PARA O ELEVADOR 
ESPERAR O ELEVADOR 
6.0 6 PARA O 2.' ANOAR DE ELEVADOR 
10.5 PARA A BANCADA DE RECOBRIMENTO h N A B A N C A D A DE R E C O B R I M E N T O 
COLOCAR COLA 0 RECO8RlR COM ESMERIL ( 1 0 VEZ) 
@ COLOCAR COLA 
RECOBRIR COM ESMERIL IZ? VEZ) 
NO CHAO 
CARREGAR NO CARRINHO 
PARAOELEVADOR 
" 8 ESPERAR O ELEVAOOR 
6.0 PARA O 1.' ANDAR DE ELEVADOR 
22.5 PARA A ESTUFA 6 DESCARREGAR REBOLOS NA ESTUFA 
11 DESCARREGAR REBOLOS NO CHAO Q ARMAZENAGEM 
R E S U M O 
N." DE ESPERAS -- - - .- .- - - - - D 4 
N O DE ARMAZENAGENS -- -- - - - - V ' 
N.O DE INSPEÇ~ES - .- - .- I N.O DE TRANSPORTES - -- - - - - 4 
Estudo de movimentos e de tempos 
Figura 30. Desenho esqurmutico du mú- 
quina de recobrimento. O reholo (A ) a ser 
recoberto é moniado no eixo ( B ) , que é 
acoplado a alui~unca (C). Girundo-se a 
alavunca paro u direiiu, rstuhelwe-se con- 
tato com o cilindro de cola ( D ) , que cobre 
com cola a superJicic do rebolo. Giru-se u 
alavanca (C) para u esquerda, estuhele- 
rendo contaio com o cilindro (E), que 
recobre o rebolo com esmrril. Os cilindros 
(D) e (E) são acionudos mecanicamente. 
A alavanca (F) controla a quantidade de 
pó de esmeril, alimentando o cilindro (E) 
Figura 31. Mapofluxogrumu do método melhorado 
para se recobrirem rebolos com pó de esmeril 
mente em 25%. Os rebolos parecem esmerilhar mais depressa, tornando mais fácil o trabalho 
para os operadore~'~' . 
MAPOFLUXOGRAMA DA DISTRIBUIÇÃO DE FORRAGEM EM UMA PEQUENA 
GRANJA. Um numero crescente de fazendeiros tem aplicado com proveito o projeto do método 
de trabalho. Economias significativas têm sido conseguidas tanto nos pequenos sitios quanto 
nas grandes fazendas. Por exemplo, em uma granja de laticínios, com 22 vacas, situada em Ver- 
mont, efetuou-se um estudo sistemático das tarefas, projetando-se mudanças de forma a tornar 
o trabalho mais fácil e mais rápido. Foram quatro os principais tipos de mudanças executadas: 
1) rearranjo dos estábulos; 
2) melhoria das rotinas de trabalho; 
3) emprego de equipamento adequado; e 
4) localização conveniente para os equipamentos e o material de consumo. 
Como resultado, o tempo necessário para as tarefas foi reduzido de 5 h 44min para 3 h 
39 min, o que representa uma economia diária de 2 h 5 min; a distância percorrida foireduzida 
de $2 km para 2 km diários, uma economia de 3,2 km diários. Duas horas diárias equivalem 
a mais de 90 dias de trabalho por ano; 3,2 km diários representam 1 168 km por ano. 
As linhas da Fig. 34 mostram a trajetória empregada para o transporte de forragem do silo 
aos estábulos, quando isso era feito com um cesto de mão. A Fig. 35 mostra essa mesma trajetória, 
quando um carrinho de duas rodas foi empregado no transporte da ração. O tempo total para 
se obter a ração e se alimentarem 22 vacas foi reduzido de 26,4 para 14,8 min, e a distância per- 
corrida reduziu-se de 621 para 60m'5'. 
(4)Este projeto e cortesia de James D. Shevlin 
"'R. M. Caryer, Labor Saving Through Job Analysis. University of Vermont e State Agricultura1 
College, Boletim 503, p. 36 
Ralph M. Barnes 
I Distancia, 
, I Simbolo I 
Rebolos gastos. em suportes especialS. so- 
bre carrinhos. classificados por tamanho do p6 
3.0 H Para a máquina de recobrimento a 
Recobrir com cola e pó de esmeril ( l a vez) e 
wlocar nos suportes do carrinho 
2 No suporte do carrinho para secai O 
Rewbrir com cola e p6 de esmeril (Za vez) 
No suporte próximo da máquina de recobrimento 
7 , ..,te na estufa de wcagem 
10.5 $ Carrinho com suporte para armazenagem 
Armazenagem de rodas recuperadas em car- 
rinhos m m suporte 
Resumo 
GRÁFICO DO FLUXO DO PROCESSO PARA UMA ROTINA DE EsCRITÓRIO. Em um 
escritório, o gráfico do fluxo do processo pode representar a movimentação de um cartão de 
ponto, de uma requisição de material, de uma ordem de compra ou de um empréstimo qualquer, 
através de seus diversos passos. O gráfico pode começar com o primeiro registro no imprcsso 
e mostrar todos os passos, até que o impresso seja arquivado ou destruido (Figs. 36-39). 
Número de operaçOes --------O 
Número de esperas -- - - -- - - -- D 
Número de armazenagens .- --- ---v 
Número de inspeções - ----- - 0- 
Transportes 
Por carrinho -- -- - - -- 5 
Por elevador 6 ) 2 
Total 
GRÁFICO DO FLUXO DO PROCESSO PARA MONTAGEM. Um tipo especial do gráfico 
do fluxo do processo, algumas vezes denominado gráfico d o fluxo do processo para montagens, 
é útil quando empregado na descrição de situações como as seguintes: quando várias partes são 
processadas separadamente e, então, montadas e processadas em conjunto; quando um produto 
é desmontado, e as partes componentes submetidas a processamento posterior, como, por 
exemplo, a de um animal em matadouro; quando é necessário apresentar a divisãp no fluxo d o 
MBt0d0 
antigo 
11 
4 
2 
N.' 
7 
DIST. 
60 
12 
72 
MBtodo 
melhorado 
4 
1 
2 
1 
N o 
3 
O 
3 
Diferença 
7 
3 
o 
o 
DIST. 
21 
O 
21 
No 
2 
2 
4 
DIST 
39 
12 
51 
Estudo de movimentos e de tempos 
OESTE 
OESTE 
Figura 35. Mupofluxograma du distribuição de forragem para vacas em uma pequena granja (método 
melhorado). Distância percorrida. 60 m 
LABORATÕRIO DE PESQUISA 
Ercritório d 
- Escritórios 
Figuru 36. Mupofluxograma de uma rotina de 
escritório (método atual). A requisiçüo é emitida 
pelo supervisor, datilografada pela secretária, 
uprovuda pelo superintendente e pelo ugente de 
compras; entào. uma ordem dP compras c' datilo- 
grafuda pela dutilógrufa 
trabalho, tal como ação separada, nas diversas cópias de um impresso para escritório. A Fig. 41 
mostra-nos um processo mais extenso e complicado, a fabricação de biscoitos do tipo "água e 
sal". A Fig. 40 mostra o gráfico do fluxo do processo de se fabricar, pintar, encher e fechar latas 
retangulares usadas na exportação de instrumentos. Uma parte deste processo está descrita 
no Capítulo 28. A matéria-prima é armazenada, passando depois pelas várias operações 
I 
Estudo de movimentos e de tempos 
-. 
Método atual p?J GRAFICO D O F L U X O D O PROCESSO 
~ b t o d o proposto C] 
ASSUNTO PESQUISADO .Pedido de ferramentas pequenas D A T A 
O gráfico inicia na mesa do supervisor e termina na mesa da dat~lógrafa GRÁFICO POR J. C. H. 
-- - - - - - - .-.A. 
no Departamento de Compas GRÁFICO N.O R 136 
DEPARTAME-0 Laboratorio de pesquisa 
--- - 
F O L H A 1-1 F O L H A 
~.. - - 
DESCRIÇÃO D O PROCESSO 
. 
- 
-. - - . . - - - . . . . . - - . - - - - 
Pedido escrito pelo supervisor (uma copia) 
-- 
Na mesa do supervisor (esperando o mensageiro) 
~ 
Por mensageiro ate a secretária do superintendente 
. - . 
Na mesa da secretária (esperando ser datilografado) 
-. . - -- 
Pedido datilografado (cópia do pedido original) 
- - - - - 
Pedido levado pela secretária ao superintendente 
Na mesa do supertntendente (esperando aprovação) 
Examinado e aprovado pelo superintendente 
-- - - 
Na mesa do superintendente (esperando mensageiro) 
Para o Departamento de Compas 
Na mesa d o comprador (esperando aprovação) 
-. . - - - - - 
Examinado e aprovado 
-- .- - - - -- -- -- - 
Na mesa do comprador (esperando mensaqeiro) 
Para a mesa da datilógrafa 
Na mesa da datilógrefa (esperando que esta emita o pedido de mercador I. 
Pedido de mercadorias datilografado 
Na mesa da datilografa (esperando transferéncia para o Escri tot io Ceritra 
Total 
Figuru 37. Grafko do fluxo do processo paru uma rotina dr rscrii6rio (método uruul) 
de fabricação da lata. As duas p a r t e s da lata são pintadas, o produto é colocado nela, ela é soldada, 
e completa-se então a pintura. 
A observação do gráfico do fluxo do processo nos mostra vários transportes que devem ser 
eliminados. Uma observação geral da operação de pintura por pulverização torna evidente que 
algumas melhorias podem ser introduzidas. A tampa da lata e pintada exteriormente, com 
exceção da faixa, em volta de sua borda, onde ela será soldada ao fundo. Similarmente, o fundo 
da lata é pintado exteriormente, com exceção da faixa para sua soldagem com a tampa. Depois 
Ralph M. Barnes 
destas operações de pintura, as duas partes são montadas e transportadas para um depósito 
situado a cerca de 750m e, após isso, são movimentadas, por 171 m, para o departamento de 
embalagem, onde se enchem as latas. Estas são deslocadas 900 m a fim de que sejam soldadas e, 
então, transportadas para um outro edificio, onde se procede a pintura da parte da lata que não 
tinha sido pintada ainda. 
Como resultado do estudo cuidadoso desse processo produtivo, as três operações de pintura 
por pulverização foram inteiramente eliminadas. substituindo-as por uma operação de imcrsão. 
A limpeza das latas - um procedimento essencial nas operações de pulverização -, antes de 
sua imersão na laca, também resultou em desnecessária. 
O gráfico do fluxo do processo para o método melhorado encontra-se na parte inferior, 
lado direito, da Fig. 40. Um resumo fornece a economia resultante da introdução do método 
melhorado. 
Uma investigação geral deve ser a primeira a ser feita, porque operações inteiras ou séries 
de operações podem ser eliminadas desta forma. Teria sido um desperdício de tempo, fazer-se 
um estudo detalhado das operações de limpeza e de pulverização com o intuito de melhorá-las, 
pois que, mais tarde, concluia-se pela possibilidade de eliminá-las. 
Qualquer que seja a complexidade do processo de fabricação, um grafico do fluxo do pro- 
cesso pode ser construído de maneira semelhante, e com os mesmos objetivos, àqueles consi- 
derados nos exemplos anteriores. Algumas vezes, é desejável incluírem-se fotografias do local 
de trabalho ou, então, um conjunto de movimentos fundamentais em um ponto apropriado do 
grafico. Ocasionalmente, os icnipos para cada operação são também incluídos. 
O GRÁFICO DO FLUXO DO PROCESSO COMO AJUDA AO ARRANJO F~SICO DA 
FÁBRICA. O gráfiw do fluxo do processo é também ajuda valiosa na preparação de um novo 
arranjo fisiw ou, então, no rearranjo de equipamento já em uso. O seguinte casoilustrará como 
B. C. Koch, enquanto supervisor do Departamento de Padrões da Inlernational Business Ma- 
Estudo de movimentos e de tempos 59 
G R A F I C O DO F L U X O DO PROCESSO 
MPtodc pioposic 
ASSUNTO PESouISADG Pcdldu d e leirament.is pcqucn;is 
O !~rafico iiiici.i.se na mes.i do supervisar e termina na mesa do comprador G R A F I C O POR J C H. 
G R A F I C O N " R 149 
D E P A R T A M E N T O Laboratõrio de pesquisa 
F O L H A 1 1 F O L H A 
Figuru 39. G r u f i a ~ do fluxo do processo paru urna rot im dc escritório (n~erodo proposto) 
chines Corporation, usou o gráfico do fluxo do processo com essa finalidade. O processo em 
consideração é o empregado na confecção do suporte de magneto para uma tabuladora (Fig. 44). 
Como mostram as Fig. 42 e 43, originalmente eram empregadas 31 operações, e a parte 
se deslocava 1 71 3 m durante o processo de fabricação. O gráfico do fluxo do processo das Figs. 
42 e 46 não mostra os armazenamentos temporários, pois é implícito que, em todas as operações 
desta fábrica, existe uma armazenagem temporária, precedendo e seguindo cada uma delas. 
Verniz Chave e li* p/ wlda Corpo do rscipiaite 
31~1. prmrr i . simbalo hcrieo Dia. permrri- Slmbalo ~ s s c r i g ~ o Dirt. petmrri- Slmbolo LbsriSãa 
da (em MsI da (em ehl da lem &I 
msmtregar do caminhão ( 
P/ almxarifado no 70 H400 C 
Inspecionar 
Armizenagem no almox. no 70 
[ 
PI a cabine da pmtura H525 [ 
Dncarragar do caminha Dsrairregar do caminhão 
P/ almoxarifado no 53 
Inspscionar Inspcionar 
Armzenapm na almox. o0 53 Enoque nos armadns n.O 
P/ s bancada de wlda 
Armazenar sobre s l w s 
Cortar na larg. e m m p . Itirarl 
Armazenar o b r e calws 
Armsxenar sobre calws 
Fa la 4 cantor nas tiras 
Armazenar em carrinho 
Armazenar em carrinho 
Soldar mnura lateral 
Armazenar perto da bancada da wlda 
Montar ar vdriar peças e soldar 
Armazenar no carrinho, peito da bancada 
Armazenar perto da bancada 
Inrpcionar. Iavir. secar 
Armz. emcarrmho. perto da bancada 
'Armal. em carrinho na cabine de pintura 
Retirar tampa do corpo. Envernizar paredes ex. 
ternas dar mrmos 
H 45 para a enufa 
Extremidade superior i çecar verniz Para a bancada Inrpcionar e montar tampa e corpo Armazenar em carrinho, perto da bancada K 2500 Para armazéns no edif icio 10 B 
Armazenagem na almox. de mar. acabadas 
H 570 8 Para sepão de embalagem 
&mal. em carrinho eqto. ertiver na se+ de embal 
Abrir recip.. mirodum produto, fechar rtpiente 
kmar . r/ calços eqto. estiver na se& 
de embalagem 
~ rmaz . r/ calpr. perto da bancada 
Soldar tampa ao corpo 
Armazenar r/ caI$os, perto da bancada 
Armazenar r/ calços. perto da b a n a 
Envernizar a solda 
Armazenar p/ deixar secar o verniz 
Figuru 40. Grafko do fluxo do processo de se fuhricur, encher e fi~chai. lutus retungulurrs pura u e.wportu~cio 
de insrrutnontos I 
Extremidade superior 
e inferior do recipiente Tampa do rec ip ien te 
Llist. percorri. 
dd Iem rAr) 
Símbolo Descri+ 
Descarregar da caminhão 
P/ armadns n.O 96 
Inspcloner 
Espera nos armizdns n.O 96 
P/ tesoura na edificia 428 
Armazenar wbre caltos 
Cortar na Isrg. e m m p . (tiras) 
Armezanar sobre caltos 
bscarresar do caminhão 
P/ armazéns no 96 
Inrpcionar 
Estoque nos armazéns n O 96 
H 50 ' Plteroura n o edtf ic io 428 
Arrrszenar robre calçor 
Cartar na larg. e eomp. (tirar) 
Armazenar sobre calçor 
P/ a pensa exGntrica P/ a prensa excèntrica 
Armazenar s/caltos. pei to da prenui A r m i . r/ calços. perto da prensa 
Puncionar furo na aba da tira 
Dobrar os 4 cantor a meta esquadria wra abrir o rectpwnte 
Armerenar r/ calços, perto da prensa Armaz r/ calçar, perto da prensa 
P/ a pensa exc6ntrica 
Arnazenar r / calçor, perto da prensa a Armaz. s/ calçor, perto da bancada Dobrar os 4 lados Marcai e cortar. dobrar aba p / trAr Armazenar sobre calços Armaz. dcalçor. p r t a da bancada 
Para a bancada de solda Para a dabradew 
Armaz. r/calçor. perto da dabradeira 
Executar o inicia da corte na tira 
p/ abrir o recipiente 
H 40 Para a bancada 
Metodo melhorado p/ envernizar recipientes 
Dist. percorri- Simbolo DescriqZa 
da (em d r l 
Armazenar perto da bancada de solda 
Montar ar peças e roidar 
Armazenar em carrinho, perto da bancada 
P/ se+ de embalagem no edif 10 8 
Armazenar sobe o carrinho enquanto estiver 
na secão de embalagem 
Abrir recipiente. inrpecionar tampa e corro. introduzir produto 
fechar recipiente 
Armazenar robre calçor eqto estiver na SWo de embalagem 
Para a bancada 
Armazenar robre calçor. perto da bancada 
Soldar recipiente, enuernizar p / imerrão. colocar em 
pateleira para deixar secar 
Armazenar em ganchos eqto. o verniz seca 
Para a e x p d i ~ ã o no edbf 19 A 
Ralph M. Barnes ' 
B I S C O I T O S D E A G U A E S A L 
FARINHA AGUA FERMENTO BIC. DE SÓOIO-SAL CAIXAS PAPEL CAIXOTES 
ao lado da má< 
do rotor Colocar na rrá, 
Para o rotor Selar 
mclmado 
de empacat. 
Colocar no carr 
No carro de 
transporte 
Empacotar 
Pesar 
Fechar a caixa 
-- 
h Empacotar 
Selar 
Carregar 
Ar m a r h 
Para esteira transportadora 
Prepara@ do pdkdo 
No carro de transporte 
Descarregar Descarregar 
R do carrinho do carrinho 
Carregar f ' M ZO Para mera de 
R E S U M O 
N"merodearmarenamen 
1 Par correia tranrportad. 01 I I 1 816 1 
TOTAL --------- 31 4116 
Estudo de movimentos e de tempos 
Distância. 
e m m Simtnlos 
Selecionar tirar de material no 
almoxarifado de mat6ria-prima 
Para o Depto. de Prensas 
Semi-acabado 
Para o Depto. de Metalurgia 
Colocar no forno 
Revenw 
Retirar do forno 
Para o Depto. de Prensas 
Endireitar 
Moldar 
Para o elevador 
Sobe u m andar 
Para o Depto. de Endirettamnto 
Endireitar para fresar 
Endireitar extremidades 
Para o Depto. de Fresas 
Fresar paralelo 
Para o Depto. de Rebarbacão 
Rebarbar as bordas 
Para o elevador 
Descer u m andar 
Para o Depto. de Prensas 
Formar gancho 
Para o elevador 
Subir u m andar 
Para o Depto. de Endireitamnto 
Endireitar pino 
Endireitar para fresar de topo 
Para o Depto. de Furadeiras Pesadas 
Abrir furo e fresar de topo 
Para o Depto. de Furadeiras Leves 
Figunr 43. 
do sttporlr 
Ercariar e mandrklar 
Para o Depto. de Inspe(50 
Para o Depto. de Rebarbaçáo 
Rebarbar extremidades 
Para o Depto. de Fresas 
Para o Depto. de Endireitarnento 
Rerificar e rebarbar 
Endireitar e calibrar 
Ajustar gancho pelo calibre 1 
Ajustar gancho pelo calibre 2 
Rebarbar gancho 
Para o Depto. de Inspgáo 
Para o elevador 
Descer u m andar 
Para o Depto. de Metalurgia 
Cnlocar no forno 
Retirar do forna 
Endurecer a ponta 
Para o elevador 
Subir u m andar 
Para o Depto. de Endirettamnto 
Retirar o chumho 
Para o Depto. de Inspeçáo 
Para o elevador 
Descer u m andar 
Para o almoxarifado 
DEPTO. DE REBARBACÁO E EIIDIREITAYENTO 
OEPTO. DE FRESAS 
Ralph M. Barnes 
TAMANHO DUPLO 
Figura 44. Suporte de mugneto para tubulutloru 
ESTAMPAR 
CEMENIAR E TEMPERAR c o m nosnado 
IBM 
O estudo deste grafiw do fluxo do processo e das linhas de fluxo nos diversos pavimentos 
da Fig. 43 conduziram a um rearranjo do equipamento. Uma pequena bancada, contendo um 
retificador de discos e alguns dispositivos especiais para limagem, foi transferida do departa- 
mento de bancadas para o departamento de prensas.. Esta transferência permitiu a melhoria de 
várias operações. As Figs. 45 e 46 mostram as operações (n.OS 8 a 16) que foram afetadas pela 
mudança. 
O melhor arranjo físico resultou no seguinte: 
1 ) todos os furos foram executados com uma única furadeira; 
2) combinavam-se duas inspeções; 
3) combinavam-se duas operações de endireitar e rebarbar; 
4) eliminaram-se quatro transportes;Figuru 45. Arrunjo físico puta fubricu~ão do 
.sirportt. (método rncll7orudo) 
Estudo de movimentos e de tempos 65 
5) reduziu-se a distância total percorrida de 1 713 m para 1 125 m, ou seja, uma redução 
de 34%; e 
6) reduziu-se o tempo total de manufàtura de 16 para 11,s h por 100 peças, uma reduçiío 
de 28% (Tab. 5) 
Distância, em rn Slrnbolo Descrição 
Figuizr 46. Gruflco do fluxo do processo de /a- 
bricação do suporte (método melhorudo) 
@ Para a seção de furade~ras 
Endireitar para fresar 
Endireitar para formar ex- 
tremidades de apoio 
Para a seção de fresamento 
@ Fresar 2 faces paralelas 
@ Para a ieção de furadeiras 
6 Rebarbar os cantos 
6 Rettficar e rebarbar o gancho 
Tabela 5. Surnurio dm economim resultantes da melhoriu no método da fabricação do suporte de mugneto 
N? TOTAL DE OPERAÇÕES O 
TRANSPORTES 
POR CARRO ELÉTRICO @ 
POR CARRO DE MÃO @ 
POR ELEVADOR 
TOTA L 
31 
- 
28 3 
"O 
22 
3 
6 
31 
No 
-I---- 
3 
1 
O 
4 
DIST. 
(m) 
564 
24 
O 
588 
DIST. 
Im) 
1011 
114 
33 
1 158 
Da No 
1575 
1 38 
33 
1 746 
19 
2 
6 
- - - - - - 
27 
Ralph M. Barnes 
Estudo de movimentos e de tempos 67 
UTILIZAÇÃO DE ESPAÇO NUM DEPOSITO. Para aumentar sua capacidade de estoque, 
urna fábrica construiu um novo depósito. As caixas do produto eram empilhadas em colunas 
de três, e as passagens estavam dispostas como em A, na Fig. 47. Porém, com uma análise cuida- 
dosa do problen~a. a utilização do espaço atual foi aumentada de 45.75 caixas!in2 para 84 cai- 
xasjm2, em conseqüência das mudanças apresentadas em B, C'e D, na Fig. 47. Estas modificações 
tornaram desneccssiria a construção do novo armazém. 
GRÁFICO DO FL.UXO DO PROCESSO PARA GRUPOS. O gráfico do Iluxo do processo 
para grupos é uma técnica auxiliar para o estudo das atividades de um grupo de pessoa5 tra- 
balhando juntas'"'. Este gráfico compõe-se dos gráficos do fluxo do processo para cada membro, 
dispostos de forma a permitir análise completa. As operações que são executadas simultanea- 
mente pelos membros do grupo são colocadas em uma mesma linha. A finalidade básica deste 
gráfico é analisar as ntividades do grupo e, então, compô-lo de forma a reduzir-se a um mínimo 
todas as esperas. 
1) São usados os mesmos símbolos qiic no gráfico do fluxo do processo. 
2) Um gráfico do fluxo d o processo cobre o ciclo ou a rotina que cada um dos membros do 
grupo segue. Esses gráficos são então colocados lado a lado, com os passos executados simulta- 
neamente representados na mesma linha horizontal. A Fig. 48 mostra-nos o impresso usado 
nesses gráficos para grupos. Os pontos auxiliam a construção do gráfico, sendo os símbolos 
centrados nesses pontos. e 
3) A fim de que os símbolos dos indivíduos possam ser colocados próximos uns dos outros, 
codifica-se os vários passos em lugar de se escrever descrições ao lado de cada símbolo. Coloca-se 
números no centro de cada símbolo, e as explicações correspondentes são localizadas na margem 
do gráfico. isto elimina a duplicação de descrições quando se repetem passos e, ao mesmo tempo, 
permite que os gráficos individuais sejam colocados lado a lado. 
4) Deve-se ter o cuidado de se colocar lado a lado operações ocorrendo simultaneamente. 
Em alguns casos, uma operação executada por um membro do grupo continua enquanto um 
segundo membro executa várias operações. Num caso como este, para cada passo repete-se o 
símbolo da operação que ocupar o maior número de passos. No gráfico da Fig. 48, pode-se ve- 
rificai- que o transporte foi dividido em intervalos de 6 m, pois quc esta distância era percorrida 
enquanto um outro operário iniciava e terminava sua tarefa. Tais divisões das distâncias são 
aproximadas, sendo, entretanto, razoáveis para os objetivos da análise. 
5) 0 gráfico deve cobrir um ciclo completo do membro que executa o maior número de 
passos. Geralmente, durante esta execução, os demais membros do grupo simplesmente repetem 
seus ciclos. 
6 ) Elementos que não ocorrem em todos os ciclos podem ser excluídos do gráfico. Isto inclui 
trabal:.~ preparatório, que é executado antes do início do ciclo, como, por exemplo, a obtenção 
de suprimentos para uma oficina. Por outro lado. se um elemento ocorre periodicamente dentro 
do ciclo, tal como a movimentação de engradados vazios na operação 6 da Fig. 49, ele deve 
ser incluído no gráfico. Se tal operação ocorre a cada dois ou três ciclos, deve-se mostrar um 
número suficiente destes, de tal forma que se inclua a operação. 
7) Em geral, o resumo assume forma diferente daquela que foi descrita na primeira parte 
deste capítulo. Passos por unidade, antes e depois do estudo, são usados nos resumos de grupo. 
Esta relação é obtida dividilido-se o número total de passos do grifico pelo número total dc 
'''0 gráfico do fluxo do processo para grupos Iòi criado por John A. Aldridge, a descrição do grá- 
fico e as ilustraçoes aqui apresentadas foram desenvolvidas por ele. Veja também Gang Process Charts 
in Work Simplification por John V. Valenteen, Facfory Mirr~uyemerlt t r i d Muirrfer~trtice, Vol. 104, pp. 125-127 
i 
Ralph M. Bames 
GRAFICO w FLUXO DD PROCESSO PARA GRUPDS 
opERACiD D c s c w w p x produtor enlatados de um vagão I ~ i i o v i l i i o com <a, i inho de 680 o e 2 iodar OP~RACio T I O 
T IPO O p r r a ~ ã o em a r r n a i h N'DA PECA 4 5 
OAT* 
OEPARTAIIENTO Eipedi(ão c recebimento L O C A L I Z A C ~ O 814-A7 ATUAL PROPOSTO O 
~ i a a i c r 643 TABELADA POR J H FOLHA I - I FOLHA 
Figura 48. Gráfico do fluxo do processo para grupos & estivudores, para a descurga de produtos enlatados 
do vagão de transporte (método atual) 
unidades manuseadas durante os ciclos representados no gráfico. No gráfico ilustrado pela 
Fig. 42, o número total de passos é 120, e o número total de unidades (caixas) manuseadas é 24. 
Quatro caixas são carregadas em um caminhão, e seis caminhões são carregados durante o ciclo 
descrito no gráfico; 120 dividido por 24, fornece 5 passos por unidade. , 
Estudo de movimentos e de tempos 69 
DATA 
EIPP~ICJO e recebimento L O C A L I Z A ~ ~ O 014 A7 
ATUAL 0 
PROPOSTO @ 
r i s a i c ~ 6 4 3 T A B E L A D A POR J H S FOLHA 1 - 1 FOLHA 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
I - - -~ ~p --+cqü€ntia por unidades I 5 1 1.25 ( 7% I I I 
Figuru 49. Grufico do fluxo do processo paru grupos de estivudorus, paru u descargu dc produto.^ rwlutrido~ 
do iugüo de transporte (método proposto) 
8) Não se deve construir um gráfico da observação de um único ciclo. Deve-se observar um 
número razoável de ciclos, desde que o tempo de espera possa variar de um ciclo para outro. O 
gráfico deverá refletir sempre as condições médias. 
Ralph M. Barnes 
Na anhlise de um grifico do fluxo d o processo para grupos, seguem-se quatro passos prin- 
cipais. Primeiro, as seis perguntas o que, quem, onde, quando, como e por que - são formu- 
ladas sobre o processo global. Depois, cada operação e inspeção é analisada, utilizando-se as 
mesmas seis perguntas. Em terceiro, são estudados os transportes e armazenagensrestantes. 
Estes três passos são os mesmos que os usados na análise dos gráficos individuais do fluxo do 
processo. O quarto passo consiste na aplicação da pergunta "como" de uma nova maneira, 
depois que estiverem completos os refinamentos sugeridos pelos passos um, dois e três. A per- 
gunta formulada é "como deveria ser composto o grupo a fim de reduzir ao mínimo o tempo 
de espera?". Os seguintes itens ajudarão os analistas a balancearem o grupo de acordo com o 
quarto passo : 
I ) determine a classe dos operadores que têm o maior tempo de espei-a por ciclo e a classe 
para a qual este tempo é mínimo; e 
2) ajuste o grupo diminuindo o número de operadores, tanto os mais quanto os menos 
ocupados. Geralmente, é preferível obter-se um grupo menor do que um maior. 
Um caso espc,cífico. A atividade a ser considerada é a descarga de um vagão com mercadorias 
enlatadas (Figs. 48 e 49). Em resposta à pergunta "como o trabalho poderia ser executado melhor : 
se uma empilhadeira fosse usada no transporte do material, ou se as latas fossem colocadas 
sobre tabuleiros dentro do vagão?" determinou-se que uma empilhadeira poderia descarregar 
dois vagões. Esta pergunta resultou em mudança radical de todo o processo. A introdução da 
empilhadeira eliminou todos os condutores e empilhadores. 
Estudo de movimentos e de tempos 
Awuiljo jisico d u srpio de ~ O I . I I O S . A Fig. 50 mostra a instalação de doze tornos-revólveres 
pesados Gisholt, para tornear superficies cônicas concêntricas rosqueadas, que formarão juntas 
estanques em tubos-padrão sem costura. Cada par de tornos-revólveres é colocado simetrica- 
mente, tendo uma mesa com roletes entre eles. Os tornos usinam com um mínimo de manuseio 
os dois lados dos tubos cujos comprimentos variam de 9 a I ? m. 
R C U ~ I . U I I ~ O d o s dqxr r /a~nen to . s dc um ho tc l . O gráfico do flii\o do processo tem sido usado 
mais na fábrica, como auxiliar para a eliminaçao de opcrar;C)es, melhorando o arranjo fisico do 
equipamento e reduzindo o manuseio de materiais. Como conseqüência da oportunidade de 
se realizarem grandes economias, escritórios, bancos, restaurantes c hotéis estão usando também 
essa iécnica no estudo de vários de seus processos. 
O Lowry Hotel obteve sucesso notável neste campo. H. E. Stats, que dirigiu este tipo de 
trabalho, afirma que, embora o seu objetivo original fosse o estudo do arranjo íisico com a fina- 
lidade de se melhorar o aproveitamento do espaço e o manuscio de materiais, este emprecndi- 
mento foi tão bem sucedido quc seus objetivos foram estendidos e passaram a incluir u m apli- 
cação, em pequena escala, de administração científica nos campos que seguem. 
1) Arranjo fisico e movimentação de materiais. 
2) Administração do pessoal, incluindo treinamento para melhoria da produtividade de 
indivíduos e de grupos"'. 
3) Funções auxiliares (incluindo contabilidade de custos, análise de impressos, política de 
manutenção etc.). 
4) Uso da administração científica no estudo do sistema organizacional'". 
O hotel possuía aproximadamente 250 empregados, tendo sido possível desenvolver todas 
estas atividades a um custo inferior a 0,5 ?,, do volume total de vendas da organização. Os pará- 
grafos seguintes sumarizam algumas das modificqòes introduzidas. 
1) Todos os dcpósitos tòrum agrupados eiu uma unidade dirctamente subordinada a um 
departamento de compras centralizado. Sete gerentes'", que até então dispendiam parte de seu 
'"H. E. Stats, Personnel Relations in Hotel Management. Joirr.~iul oj Society f o r thc Adrciiic~enlent 
of Mantrqenwni, Vol. 2, n." 4. p. 101 
'*'H. E, Stats, Evolution of an Organiration Plan. Proc~rrdirzqs o/ tlre Mirrruwr~i Hotcl A.w)cicirioti 
"'Gerente. auditor, gerente de fornecimentos, chelè, chelè dos garçons, chelè da limpeza e 5Lipe- 
rintendente do edificio 
72 Ralph M. Barnes 
tempo na tarefa de compras, quando cada departamento fazia suas próprias compras, foram 
aliviados dessa responsabilidade, tornando-se, assim, capazes de se encarregarem de tarefas 
adicionais de supervisão. 
2) O departamento de recepção foi combinado com o depósito central, eliminando-se, 
assim, a existência de uma seção de recepção funcionando como unidade independente. 
3) Mudança do local da rouparia, resultando na consolidação de dois outros depar- 
tamentos (o departamento de liberação do trabalho e o departamento de serviços), tornou pos- 
sível que as funções desses departamentos fossem executadas somente pelo departamento de 
serviço. Esta mudança melhorou o controle exercido sobre os suprimentos e sobre o pessoal. 
4) A carpintaria, a seção de pintura, a oficina de manutcnção, que se localizavam em locais 
diferentes e em diferentes andares, foram reunidas em um departamento de manutenção, ante- 
riormente usado como simples depósito. 
5) 0 rearranjo do departamento de engarrafamento resultou em grande redução nas des- 
pesas com mão-de-obra e equipamentos. 
6) A mudança d o açougue, que se situava nos armazéns do porão, para o nível da cozinha 
no andar principal eliminou a necessidade de requisições interdepartamentais para a retirada 
de carnes. As carnes cortadas podem agora ser obtidas mais rapidamente, e o açougueiro utiliza 
seu tempo de espera em outras tarefas da cozinha. 
7) Talvez a mudança mais revolucionaria no arranjo fisico e na movimentação dos materiais 
tenha sido a centralização de toda a lavagem de pratos em um departamento junto d cozinha 
principal. Este departamento é alimentado por um transportador aéreo de corrente, que tam- 
bém tem acesso i cozinha do café. O transportador é também usado para o ti-ansporte de ordens 
e de matérias-primas entre as cozinhas. 
CENTRALIZAÇÃO D O DEPARTAMENTO DE LAVAGEM DE PRATOS 
a) A secagem de pratos e de copos é agora completamente automática. Equipamento novo 
seca os pratos e os copos automaticamente. 
b) O uso do transportador na transferência dc pratos preparados permite que se feche uma 
das cozinhas, quando a procura cai abaixo de um certo nível. As ordens são transmitidas por 
um sistema de intercomunicação e entregues pelo transportador. 
c) O ritmo do transportador em movimento estabelece a velocidade dc trabalho para outras 
operações na cozinhau0'. 
d ) O transportador serve também para armazenar louça suja durante as horas de maior 
movimento, eliminando gargalos na operação e diminuindo as quebras devidas ao congestiona- 
mento no departamento de lavagem (Fig. 52). 
e) O transportador é empregado para o armazenamento temporário de pratos limpos durante 
as horas de menor movimento, evitando dessa forma que os pratos sejam manuseados e guar- 
dados desnecessariamente. 
0 A concentração do pessoal do departamento de lavagem de pratos em um único local 
torna a supervisão mais simples. 
INSTALAÇÃO DE UMA PONTE DE TUBULAÇÕES EM UM EDIFICIO INDUSTRIAL. 
A Procter and Gamble Company faz uso extensivo do projeto de métodos na construção de 
seus edificios industriais. Uma analise cuidadosa dos métodos de construção de uma ponte para 
'LO'Os responsáveis pelas cozinhas têm relatado a excepcional inlluência psicólógica, exercida 
sobre os empregados do departamento, resultante do movimento constante e regular de um transportador 
por monovia. Aparentemente, o transportador auxilia os operários a manterem uma velocidade de 
trabalho constante e suave, mesmo quando suas atividades não estão diretamente ligadas ao transportador 
Estudo de movimentos e de tempos 
Figura 52. Síyão t,enrrali:uiici paru a kuvugcm de pruto.s com polidor de talheres fl frente; uo fundo. duas 
muquinas dr luvar pratos e wn trunsporttrdor aéreo dc correnie pura o trunsportc dos pratos 
tubulações, e a subscqucntc instalação de tubos e eletrodutos na mesma, proporcionou uma eco- 
nomia substancial de tempo e de dinheiro. A ponte que vemos nas Figs. 53 e 54 foi instalada nafábrica da empresa situada na Flórida"". A ponte foi construída em uma fabrica de estruturas 
metálicas c transportada para o local em uma única peça. O método usual de se construir uma 
ponte desse tipo era o de pegá-la com um guindaste, elevá-la até sua posição e, então, instalar a 
Figuru 53. Ponte clr tubuluçdes, visru exreriiu 
U1)Gunnar C. Carlson, A Cost Reduction Program for Construction. Proceedings Eighth Indirstrial 
Engineering In.,titute, University of California, Los Angeles-Berkeley, Ièvereiro, 1956, p. 21 
Ralph M. Barnes 
tiibuliir;io e os cvnduítes. Um método mais eficiente consistiu na instalacio dos tubos e dos 
conduites quando n ponte ainda se encontrava no chio. Alem do mais, a isolaçào e a pintura 
hriirn feitas t~imbém nessa posição. Com ri tubulação já instalada, Icvnntou-se a ponte com o 
incsino guindaste que seria empregado para instalar a ponte varia. Estc método permitiu,uina 
i-eduçio cic custos de 2 XOO dólai-es em i-elaçào ao método tradicional. 
CUIDADOSA ANÁLISE DO PROCESSO É NECESSÁRLA EM LINHAS DE PRODUÇÃO 
MECANIZADAS. Quando se estuda o arranjo fisico para a produção em massa de um praduto 
especifico, o processo de fabricação é estudado cuidadosamente, e as máquinas, equipamentos, 
locais de trabalho são dispostos de tal forma que o produto será movimentado através da fibrica, 
com um mínimo de movimentos desnecessários e de retrocessos. O caminho que cada parte e 
subconjunto deve seguir é estudado antes que o equipamento seja instalado na fábrica. 
O arranjo fisico mostrando um departamento da fábrica Ford (Fig. 55) ilustra este tipo de 
manufatura. Entretanto, na maioria das indústrias, a disposição não é deste tipo. Em vez disso, 
o matei-ia1 se movimenta de um local de trabalho para outro, de forma intermitente, transpor- 
tado por carrinhos, e, em muitos casos, pouca atenção é dada a sequência de operações ou ao 
fluxo através da fábrica. Devido a isso, muitas são as oportunidades para se economizar tempo 
e dinheiro, como resultado de uma análise do processo produtivo. 
PASSOS A SEREM SEGUIDOS NA EXECUÇÃO DE UM GRÁFICO DO FLUXO DO 
PROCESSO E DE UM MAPOFLUXOGRAMA 
I ) Determine a atividade a ser estudada. Decida se o objeto a ser seguido é uma pessoa, 
produto, peça, material ou impresso. Não mude de objeto durante a construção do gráfico do 
fluxo do processo. 
2) Escolha pontos definidos para o início e o término do gráfico, a Iim de que se garanta a 
cobertura da atividade que se deseja estudar. 
3) 0 gráfico do fluxo d o processo deve ser executado em uma folha de papel com dimensõeb 
suficientes para conter: (a) o cabeçalho, (h) a descrição e (c) o sumário. O cabeçalho deverá 
Estudo de movimentos e de tempos 75 
Figuru 55. Motl~41 da Ii1111rr ~ k , producüo nircunizudu iicr Ford Motor Comput~y. Foi,feitu ruidudosu crtiulise 
do proces.so. it~cluii~do o uso rk. modelos tridinlrnsioiruis dus muyuirim r oprrudorrs, untcs rh instalação 
definiriia do rntiquit~rírio c rvpipurnrnto (C'orft.siri drr Ford Motor C o . ) 
identificar o processo em estudo. O corpo do gráfico do fluxo d o processo deverá conter uma 
coluna para a Distância pcrcorrida (em m), uma para o Símbolo, uma para a Descrição e, pos- 
sivelmente, uma para o Tempo. Devem ser empregados os cinw símbolos do gráfico do fluxo 
do processo. Cada passo d o processo produtivo deve ser indicado para que a análise tenha real 
valor. É necessário que reconheçamos e identifiquemos os passos desnecessários e as ineficiências 
para que possamos elimina-los. 
4) Inclua no gráfico do fluxo do processo um sumário tabelar mostrando o número de ope- 
rações, o número de movimentos, as distâncias percorridas pelas peças, o número de inspeções, 
o número de armazenamentos e as esperas. Depois de terem sido executadas as melhorias, 
deve-se compilar um sumário combinado fornecendo essas informações relativas ao método 
antigo, ao método proposto e à diferença. 
5) Obtenha plantas do departamento ou da fabrica mostrando a localização das máquinas 
e o equipamento usado na produção. Se não puderem ser obtidas, desenhe esquemas em escala. 
Frequentemente, é desejável montar-se as plantas em uma prancha de madeira, cortando-se 
tentplates de papelão para representaçiio das maquinas, usando-os quando novo arranjo fisico 
para o equipamento for supxido. Algiimas vezes, modelos tridimensionais de máquinas e equi- 
pamentos são usados em lugar dos trmplates (Fig. 55). 
6) Desenhe nas plantas o fluxo da peça através da fabrica, anotando a direção do movimento 
por meio de flechas. O mapofluxograma deve ser feito no próprio local de trabalho e não de 
memória na mesa do analista. As distâncias devem ser realmente medidas ou, ao menos, ava- 
liadas.

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