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Resumo Enfermagem 6 periodo Obstetricia (Pratica Clinica e Processo de Cuidar na Saude da Mulher/Criança/Adolescente) Anatomia Ciclo ovariano 1) Desenvolvimento folicular – cerca de 15 a 20 folículos por dia. Mas apenas 1 atinge a maturação. Folículo estimulado pelo FSH Crescimento e diferenciação do oócito I Proliferação de células Formação de teca folicular (capsula) 2) Ovulação – folículo se rompe e expulsa o óvulo Alta de estrógeno gera alta produção de LH pela hipófise induzindo a ovulação 3) Formação do corpo lúteo – pós ovulação, as células da granulosa se hipertrofiam e enchem de liquido amarelado formando o corpo lúteo produtor de estrógeno e progesterona 4) Formação do endométrio – estrógeno e progesterona estimulam secreção de glândulas endometriais preparando o endométrio para a implantação do óvulo. Ao fertilizar o óvulo, o corpo lúteo aumenta de tamanho constituindo o corpo lúteo gravídico – produz progesterona – que não degenera pela ação do HCG até 8º a 9º semana quando a placenta assume a produção de progesterona. Ovulacao 14º dia que antecede a menstruação. Ocorre a liberação de oócito secundário do folículo ovariano que é capturado pelas fímbrias das trompas e transportado para o útero por peristalse e movimentos ciliares tubários. Fecundacao Processo que ocorre na ampola da tuba uterina. Reação de zona – Quando o espermatozoide penetra na membrana do óvulo e uma membrana é formada em torno de ambos, para proteger a penetração de outros espermatozoides. Clivagem (replicação mitótica): O óvulo fertilizado divide se dando origem á pequenas células (blastômeros). A clivagem tem seu ínicio a partir da movimentação do zigoto da tuba uterina até o útero (3 à 4 dias). No 4º dia há formação da mórula (bola maciça) na cavidade uterina. Mórula: Se divide em duas partes trofoblasto (origem à placenta) e o embrioblasto (origem ao embrião). Pré-Embrionario - Até 15º dia após a fecundação . - Corresponde a fase de replicação celular Embrionario - 15º dia até 8ª semana - Rápido desenvolvimento e produção dos anexos embrionários e organogênese. Periodo Fetal - 8ª semana até o final da gestação - Crescimento e maturação das estruturas formadas no período embrionário. Blastocisto As células do trofoblasto dão suporte nutricional e tem a capacidade de causar citólise (destruição de uma célula viva por dissolução por equilíbrio osmótico) das células endometriais, auxiliando no processo da implantação. A massa celular interna do blastocisto dão origem ao embrião. Nidação: Implantação do blastocisto na parede do endométrio (6-10 dias). O blastócito se incorpora no endométrio, geralmente na região fûndica anterior ou posterior. Decídua: É a parte da muscosa uterina onde a placenta está implantada e que se hipertrofia durante a gestação e que é expulsa durante e após o parto. É formada a partir da camada do endométrio que recobre o ovo, após ocorre a nidação. Sua função é conferir a proteção ao embrião. Estagios do Desenvolvimento Intrauterino Formacao dos Anexos Embrionarios Membranas/Placenta São membranas fetais que envolvem o embrião Córion: Desenvolve a partir do trofoblasto. Âmnio: Desenvolve a partir das células internas do blastocisto. Líquido amniótico (ILA): 800 a 1.200 ml no termo Oligoidrâmnio – menos de 300 ml – anormalidade renal Polihidrâmnio – mais 2 l – mal formação gastrointestinal Funções Mantem a temperatura do feto Amortece contra traumas Facilita a movimentação fetal, permitindo o desenvolvimento musculoesquelético Permite o desenvolvimento pulmonar Cordão umbilical 2 artérias e 1 veia 20 a 90 cm (55 cm) Hormonios da manutencao da gravidez Até o 12ª semana das gestação é o corpo lúteo quem responde pelos hormônios sexuais mantenedores da gravidez. Progesterona: Acentua à partir da 5ª a 6ª semana de gravidez; Diminui para o parto – mas não desencadeia o parto; Relaxamento da musculatura lisa; Preservação/manutenção do endométrio ( endométrio não desenvolvido – aborto); Complementa os efeitos do estrogênio nas mamas; No feto: Estimula a produção corticotrofina placentária – maturação pulmonar. Estrogênio: Estimula o crescimento da musculatura uterina e o fluxo sanguíneo; Contração da musculatura uterina. Aumento da vascularização uterina> órgãos sexuais externos e da abertura vaginal mais vascularizados, proporcionando uma via mais ampla para o parto; Proliferação do tecido glandular mamário; Relaxamento dos ligamentos pélvicos; Manutenção hídrica e aumenta a circulação. HCG (Gonadotrofina coriônica humana): Secretado pelo blastocisto após a nidação – 7º a 9º dia após a concepção. Valores máximos 10º a 12º Declínio até 20º semana Após consolidação placentária, ocorre declínio acentuado na contração de HCG do corpo lúteo. Estimular as células intersticiais sobre os testículos para a produção de testosterona em fetos masculinos até o nascimento. hPl (Hormonio Lactogênio Placentário Humano ou Somatomamotropina coriônica humana): Proporciona efeito lipolítico, mediante aumento da resistência materna à ação da insulina e estimula o pâncreas na secreção de insulina, ajudando no crescimento fetal, pois proporciona maior quantidade de glicose e de nutrientes para o feto em desenvolvimento. Efeito diabetogênico: ↑ Ácido Graxo ↓ Reduz da utilização da glicose materna . Fonte de energia para o feto. Relaxina: Secretada pelo corpo luteo e pela placenta. Aumenta o numero de receptores para ocitocina – preparação para o trabalho de parto; Produz ligeiro amolecimento das articulações pélvicas e de suas capsulas articulares – flexibilidade necessária para o parto. Aumenta ao máximo antes do parte e depois cai rapidamente. Funcoes Metabolicas Placentação: Processo em que as estruturas extraembrionárias estabelecem contato entre o concepto e o organismo materno. Constituindo sistema de troca de gases, nutrientes, metabólicos e dejetos. O oxigênio se difunde no sangue materno para sangue fetal e o dioxido de carbono em sentido contrario – funcionando como pulmões. Atendimento a Gestante Abordagem pré-concepcional: Prevenção de doenças e promoção da saúde. Acolhimento e vínculo incial da gestante: Muitas vezes pelo diagnostico de gravidez Incentivar a presença de acompanhante Maternidade-vinculo Avaliação do nível de risco da gestação 90% - Risco Habitual. Fatores de risco que podem indicar encaminhamento ao pre-natal de alto risco Cardiopatias Pneumopatias graves (incluindo asma brônquica); Nefropatias graves (como insuficiência renal crônica e em casos de transplantados); Endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus, hipotireoidismo e hipertireoidismo); Doenças hematológicas (inclusive doença falciforme e talassemia); Hipertensão arterial crônica e/ou caso de paciente que faça uso de anti-hipertensivo (PA>140/90mmHg antes de 20 semanas de idade gestacional – IG); Doenças neurológicas (como epilepsia); Doenças psiquiátricas que necessitam de acompanhamento (psicoses, depressão grave etc.); Doenças autoimunes (lúpus eritematoso sistêmico, outras colagenoses); Alterações genéticas maternas; Antecedente de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar; Ginecopatias (malformação uterina, miomatose, tumores anexiais e outras); Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis terciária (USG com malformação fetal) e outras DSTs (condiloma); Hanseníase;Tuberculose; Dependência de drogas lícitas ou ilícitas; Qualquer patologia clínica que necessite de acompanhamento especializado. Morte intrauterina ou perinatal em gestação anterior, principalmente se for de causa desconhecida; História prévia de doença hipertensiva da gestação, com mau resultado obstétrico e/ou perinatal (interrupção prematura da gestação, morte fetal intrauterina, síndrome Hellp, eclâmpsia, internação da mãe em UTI); Abortamento habitual; Esterilidade/infertilidade Restrição do crescimento intrauterino; Polidrâmnio ou oligoidrâmnio; Gemelaridade; Malformações fetais ou arritmia fetal; Distúrbios hipertensivos da gestação (hipertensão crônica preexistente, hipertensão gestacional ou transitória); Infecção urinária de repetição ou dois ou mais episódios de pielonefrite (toda gestante com pielonefrite deve ser inicialmente encaminhada ao hospital de referência, para avaliação); Infecções como a rubéola e a citomegalovirose adquiridas na gestação atual; Diabetes mellitus gestacional; Desnutrição materna severa; Obesidade mórbida ou baixo peso (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante para avaliação nutricional); NIC III (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante ao oncologista); Alta suspeita clínica de câncer de mama ou mamografia com Bi-rads III ou mais (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante ao oncologista); Adolescentes com fatores de risco psicossocial Pre-natal de Alto Risco Abrange cerca de 10% das gestantes que cursam com critérios de risco, o que aumenta significamente nestas gestantes a probabilidade de intercorrências e óbito materno e/ou fetal. Pre-natal de Risco Habitual Gestantes que não apresentam fatores de risco individual, sociodemográficos, de historia reprodutiva anterior, de doença ou agravo. Risco Intermediario Gestantes que apresentam fatores de risco relacionados às características individuais (raça,etnia e idade), sociodemográficos (escolaridade) e de historia reprodutiva anterior, relacionadas a seguir: Gestantes negras ou indígenas; Gestantes analfabetas ou com menos de 3 anos de estudo; Gestantes com mais de 40 anos; Gestantes com histórico de óbito em gestação anterior (aborto, natimorto ou óbito). Pricipios da Rede Cegonha Qualificação técnica das equipes de atenção primária e nas maternidades; Realização de exames de rotina com resultados em menor tempo; Vaga sempre para gestantes e bebês; Vinculação da gestante à maternidade; Acolhimento da gestante e do bebe, com classificação de risco em todos os pontos de atenção; Organização dos serviços de saúde-Sistema ágil de referência hospitalar; Humanização do parto e do nascimento; Ampliação de serviços e profissionais para estimular o parto fisiológico. 10 passos para o Pre-Natal de Qualidade na Atencao Basica 1º Passo: Iniciar o pré-natal na Atenção Primária à Saúde até a 12º semana de gestação (captação precoce); 2º Passo: Garantir os recursos humanos, físicos, materiais e técnicos necessários à atenção pré-natal; 3º Passo: Toda gestante deve ter assegurado a solicitação, realização e avaliação em tempo oportuno do resultado dos exames preconizados no atendimento pré- natal; 4º Passo: Promover a escuta ativa da gestante e de seus (suas) acompanhantes, considerando aspectos intelectuais, emocionais, sociais e culturais e não somente o cuidado biológico: “rodas de gestantes”; 5º Passo: Garantir o transporte público gratuito da gestante para o atendimento pré-natal, quando necessário; 6º Passo: É direito do (a) Parceiro (a) ser cuidado (realização de consultas, exames e ter acesso a informações) antes, durante e depois da gestação: “pré-natal do (a) parceiro (a)”; 7º Passo: Garantir o acesso à unidade de referência especializada, caso seja necessário; 8º Passo: Estimular e informar sobre os benefícios do parto fisiológico, incluindo elaboração do “Plano de Parto”; 9º Passo: Toda gestante tem direito e conhecer e visitar previamente o serviço de saúde no qual irá dar a luz (vinculação); 10º Passo: As mulheres devem conhecer e exercer os direitos garantidos por lei no período gravídico-puerperal.
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