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Exame Físico + Evolução de Enfermagem Professora: Jaqueline da Silva Soares Souto Mestranda em Enfermagem (EEAN/UFRJ) Enfermeira Cardiologista (HUPE/UERJ) Pós-graduação em Saúde da Família Pós-graduação em Gestão de Saúde e Administração Hospitalar Disciplina: Fundamentos de Enfermagem III Sinais Vitais Responsabilidade básica da enfermagem; Método importante para monitorar as funções corporais essenciais; São medidos para estabelecer os padrões basais, observar tendências, identificar problemas e monitorar a resposta do cliente ao tratamento; Sinais Vitais Temperatura Deve ser feita por meio do auxílio de um termômetro, podendo ser verificada na cavidade oral, retal e axilar. Temperatura Bulbo Temperatura Termômetro de mercúrio: Estão contraindicados para o uso em crianças pelo alto grau de toxicidade do mercúrio através da quebra acidental; Pode ser usado para verificar a temperatura axilar e retal; É necessário deixá-lo por 5 minutos para fazer a leitura. Termômetro digital: Ligar o termômetro, carregando no botão, e verificar se no visor aparece o número zero antes de iniciar o procedimento; Pode ser usado para verificar a temperatura axilar, oral e retal; É necessário aguardar a emissão sonora do termômetro digital para fazer a leitura. Temperatura Temperatura axilar: É contraindicada em caso de queimaduras no tórax, furúnculos axilares e fraturas dos membros superiores; Temperatura oral: É contraindicada para pacientes inconscientes, desorientados ou propensos a convulsões, em crianças muito novas ou bebês, após ingerir líquidos quentes ou gelados, mascar chicletes ou fumar, e em pacientes submetidos a cirurgias de boca, extrações dentárias ou portadores de inflamações orofaríngeas; Localização: embaixo da língua no saco sublingual; Temperatura Temperatura retal: É contraindicada em pacientes com diarreia, cirurgias ou ferimentos retais recentes e pacientes após infarto do miocárdio recente (pois a manipulação anal pode estimular o nervo vago, causando bradicardia ou outra arritmia); Posicionar o paciente na posição de Sims; Lubrificar a ponta do termômetro. Temperatura Valores normais T retal 37° - 38ºC T oral 36,5° - 37,5ºC T axilar 35,9° - 36,9ºC Quanto a intensidade: Estado febril: 37,5° a 38,5°C Pirexia: 39,1° a 40°C Hiperpirexia: 40,1°C a 41°C Hipotermia: Abaixo de 36°C Temperatura Padrões de Febre Contínua ou persistente: temperatura corporal constante e contínua acima de 38°C que demonstra pouca variação; Remitente: a febre age e cai sem retornar aos níveis normais de temperatura; Intermitente: a febre age intercalada com níveis usuais de temperatura. A temperatura retorna ao valor aceitável no mínimo uma vez em 24h; Recorrente ou recidivante: períodos febris intercalados com valores aceitáveis de temperatura. Episódios e períodos febris de normotermia podem ser superiores a 24h. Pulso O Pulso do cliente reflete a quantidade de sangue ejetada a cada batimento cardíaco. Para medir o pulso, palpe um dos pontos de pulso arterial do cliente e observe a frequência, o ritmo e a amplitude; Pode ser aferido nos pulsos radial, carotídeo, braquial, apical, femural, pedioso. Pulso Faixa aceitável da frequência cardíaca em adultos: 60 – 100 batimentos por minuto (bpm); Acima do valor normal: taquicardia; Abaixo do valor normal: bradicardia; Pulso Respiração Enquanto conta os movimentos respiratórios, atente para a profundidade e o ritmo de cada movimento; O paciente não deve saber que sua respiração está sendo avaliada; Sinais e sintomas de função respiratória alterada Aparência azulada ou cianótica dos leitos ungueais, lábios, membranas mucosas e pele; Agitação, irritabilidade, confusão, nível reduzido de consciência; Dor durante a inspiração; Respiração trabalhosa ou difícil; Ortopneia; Uso dos músculos acessórios; Sons respiratórios adventícios; Impossibilidade de respirar espontaneamente; Catarro espesso, sanguinolento ou em grandes quantidades produzido ao tossir. Alterações da Respiração Dispneia: está associada ao aumento do esforço para inspirar e expirar assim como ao uso ativo dos músculos intercostais e acessórios; Ortopneia: é a dificuldade de respirar quando deitado em posição plana e é aliviada na posição sentada ou em pé; Taquipneia: acima dos valores da normalidade; Bradipneia: abaixo da normalidade; Apneia: As respirações cessam por vários segundos. A persistente cessação resulta em parada respiratória. Respiração Pressão Arterial A pressão arterial é a força exercida sobre as paredes de uma artéria pelo sangue que pulsa sob a pressão do coração; A pressão arterial sistólica é a pressão durante a contração cardíaca, quando o sangue é forçado dos ventrículos sob alta pressão dentro da aorta; A pressão arterial diastólica é a pressão presente quando os ventrículos estão relaxados e há mínima pressão exercida contra a parede arterial; Pressão Arterial Locais para posicionamento do manguito: a) Braço – artéria braquial b) Antebraço – artéria radial c) Coxa – artéria poplítea d) Tornozelo – artéria pediosa Pressão Arterial Pressão Arterial Pressão Arterial Procedimento: Posicionar o braço na altura do coração; A palma da mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido; Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço; Colocar o manguito sem deixar folgas acima da fossa cubital, cerca de 2 a 3 cm; Estimar o nível da pressão sistólica (palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento, desinflar rapidamente e aguardar 1 minuto antes da medida); Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula do estetoscópio sem compressão excessiva. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica; Pressão Arterial Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 a 4 mmHg por segundo). Determinar a pressão sistólica na ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff), que é um som fraco seguido de batidas regulares, e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de deflação; Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff). Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa; Esperar 1 a 2 minutos antes de novas medidas; Anotar os valores e o membro que foi verificado. Pressão Arterial Classificação da Pressão Arterial para adultos com idade igual ou superior a 18 anos Categoria Sistólica mmHg Diastólica mmHg Normal < 120 e < 80 Elevada 120-129 e < 80 Hipertensão Estágio 1 130-139 ou ou 80-89 Hipertensão Estágio 2 140 ou mais ou 90 ou mais Crise Hipertensiva> 180 e/ou > 120 Avaliação Antropométrica Altura Peça ao cliente para ficar de pé e ereto, com os calcanhares nus juntos, pernas retas, braços aos lados, ombros relaxados; Abaixe a “tábua de cabeça” até tocar a coroa da cabeça; Leia e anote a medida obtida. Avaliação Antropométrica Peso Calibre a balança para zero; Pese antes do desjejum, se possível, depois do esvaziamento da bexiga, com o cliente com pouca roupa, sem sapatos; Posicione os pés sobre o centro da plataforma; Ajuste os pesos na barra horizontal da balança e, em seguida, leia e anote a medida obtida. Índice de Massa Corporal - IMC O Índice de Massa Corporal (IMC) é reconhecido como padrão internacional para avaliar o grau de obesidade. O IMC é calculado dividindo o peso (em kg) pela altura ao quadrado (em m). Categoria IMC Abaixo do peso Abaixo de 18,5 Peso normal 18,5 - 24,9 Sobrepeso 25,0 - 29,9 Obesidade Grau I 30,0 - 34,9 Obesidade Grau II 35,0 - 39,9 Obesidade Grau III 40,0 e acima IMC = Peso (Altura X Altura) Exame Físico Resolução COFEN 159/1993; Dispõe sobre a consulta de enfermagem; Revogada pela Resolução COFEN 544/2017; “Considerando que a Consulta de Enfermagem compõe-se de Histórico de Enfermagem (compreendendo a entrevista), exame físico, diagnóstico de Enfermagem, prescrição e implementação da assistência e evolução de enfermagem”. Exame Físico Determinar sinais vitais e dados antropométricos; Examinar todos os órgãos e sistemas corporais; Possibilitar a orientação do cliente; Aperfeiçoar as habilidades de raciocínio crítico e diagnóstico; Orientar seu plano de assistência. Abordagem ao Cliente Aja de modo calmo, competente e organizado; Avalie o cliente em uma determinada ordem (céfalo-caudal); Assegure ao cliente que não há necessariamente algo de errado se você demorar um pouco mais; Abordagem ao Cliente Seja seletivo quanto às informações que compartilha; Termine o exame antes de tirar conclusões. Como observar o cliente? Acuidade Mental Encontra-se alerta, confuso, agitado ou desatento; Aparência Encontra-se asseado e vestido de modo adequado; Como observar o cliente? Expressão Aparenta estar com dor, assustado ou ansioso? Fala A fala é tranquila, clara, compreensível e adequada? Material utilizado: Esfigmomanômetro Estetoscópio Termômetro Fita métrica Lanterna Abaixador de língua Algodão Relógio com ponteiro de segundos ou digital Técnicas do Exame Físico 1) Inspeção É a técnica de exame empregada com mais frequência. Começa quando você encontra o cliente e continua durante a história de saúde e o exame físico; A inspeção pode ser estática, quando se observam apenas os contornos anatômicos; ou dinâmica, quando o foco da atenção está centrado nos movimentos próprios do segmento inspecionado; 1) Inspeção Exige iluminação adequada; Descobrir apenas o segmento a ser inspecionado; Inspecionar o tamanho, forma, cor, simetria, posição e anormalidades em cada área; Comparar cada área inspecionada com a mesma área do lado oposto do corpo; Verifique e esclareça todas as anormalidades com os dados subjetivos do paciente. 2) Palpação Técnica que permite a obtenção do dado através do tato e da pressão. A palpação permite a identificação de modificações de resistência, rugosidade, textura, temperatura e mobilidade; 2) Palpação Diferentes partes da mão serão utilizadas para detectar características específicas: Dorso: é sensível às variações de temperatura; Pontas dos dedos: detectam as mudanças sutis na textura, forma, tamanho, consistência e pulsação de partes do corpo; Obs: Avalia-se a consistência e o turgor segurando levemente a parte do corpo com as pontas dos dedos Palma da mão: é especialmente sensível à vibração; Características fundamentais a palpar: Textura; Temperatura; Umidade; Consistência das estruturas. 2) Palpação Obs: É necessário utilizar luvas ao realizar a palpação de mucosas ou de outras áreas onde poderá entrar em contato com líquidos corporais. 2) Palpação Aqueça as mãos antes de começar; Explique o que irá realizar ao paciente, e descreva o que o mesmo pode esperar, especialmente nas áreas mais sensíveis; Estimule o paciente a relaxar (pedir ao paciente para realizar respirações lentas e profundas aumenta o relaxamento muscular) Interrompa a palpação imediatamente se o cliente se queixar de dor. Pode ser tanto leve quanto profunda e é controlada pela pressão aplicada com os dedos ou a mão; Leve (superficial): Pressão suave contra a pele e tecidos subjacentes, pode detectar áreas de irregularidade ou sensibilidade. Profunda: Depressão da pele para avaliar o estado dos órgãos subjacentes. 2) Palpação Palpação: Avaliar a textura, temperatura e turgor da pele; Avaliar o tempo de enchimento capilar nos leitos ungueais das mãos e dos pés (até 3 segundos); Avaliar presença de edema (1+/4+); 3) Percussão Baseia-se nas vibrações originadas através de pequenos golpes realizados em determinada superfície do corpo para avaliar a localização, o tamanho, as bordas, a consistência dos órgãos e investigar a presença de fluidos nas cavidades do corpo. Método direto Golpear a superfície do corpo diretamente com um ou dois dedos; Método indireto O examinador bate o dedo contra o dedo médio da outra mão, mantido contra a superfície da pele; Percussão - Método indireto 3) Percussão Sons produzidos pela percussão: Maciço: obtém-se percutindo regiões desprovidas de ar (ex.: fígado). Transmite a sensação de dureza e resistência; Submaciço: variação do maciço, é a presença de ar em pequena quantidade que lhe confere essa característica peculiar (ex.: músculo); Timpânico: obtido em espaço fechado que contenha ar (ex.: estômago; intestino); Claro Pulmonar: obtém-se quando se percute especificamente a área dos pulmões. É dependente da presença de ar dentro dos alvéolos e demais estruturas pulmonares. 4) Ausculta A ausculta, geralmente a última etapa, envolve a audição de diferentes sons, advindos da respiração, do coração e do intestino, com um estetoscópio. Os sons auscultados resultam de movimentação de ar ou líquido. Atenção!!! Para auscultar anomarlidades, primeiro é preciso conhecer os sons normais 4) Ausculta Boa acuidade auditiva; Um bom estetoscópio e o conhecimento de como usá-lo corretamente. 4) Ausculta Nos pulmões: observam-se sons que indiquem anormalidades na passagem de ar, os ruídos adventícios; No coração: auscultam-se as bulhas consideradas normais e suas alterações, para reconhecer sopros ou outros ruídos; No abdome: observa-se os ruídos normais dos intestinos, denominados ruídos hidroaéreos. 5) Olfato Utiliza-se este sentido durante a avaliação do paciente; Detecta as anormalidades que passam despercebidas por outros meios; Algumas alterações na função do corpo e certas bactérias criam odores característicos. 5) Olfato Atenção!!! Priorizar a avaliação com base na apresentação de sinais e sintomas ou necessidades de saúde de um paciente; Use o julgamento para garantir que o exame é relevante e inclusivo; Usar uma abordagem cefalopodálica, seguindo a sequência de inspeção, palpação e ausculta (exceto para a avaliação abdominal); Incentivar a participação ativa do paciente; Seguir as precauções-padrão de controle de infecção; Realizar o registro dos dados; Usar as habilidades de avaliação durante cada contato com o paciente; Atenção!!! Utilizeabreviações comumente aceitas para manter as anotações concisas; Seja minucioso e descritivo, especialmente para os achados anormais; Avaliar quanto à evidência de alergia ao látex, que pode incluir a dermatite de contato ou reações sistêmicas; O exame geral deve ser feito pelo enfermeiro; Assistir à interação do paciente com o cônjuge ou o companheiro, crianças mais velhas ou cuidador; Observar a higiene e a limpeza; Inspecionar a superfície da pele. Atenção!!! Avaliação da Pele, Mucosa e Anexos Coloração Umidade Temperatura Textura Turgor Presença de lesões Edema Avaliação da Pele, Mucosa e Anexos Umidade: Observar a presença de ressecamentos, oleosidades e de sudorese; Textura: É importante, pois pode estar relacionada à alguma patologia, como no caso de apresentar aspereza no hipotireoidismo; Turgor: Pode estar associado a estados de desidratação e pode ser avaliado por meio da formação de uma prega cutânea, verificando-se a facilidade com que ela é descolada e a velocidade de seu retorno. Avaliação da Pele, Mucosa e Anexos Lesões; Edema: Poderá apresentar variações na sua consistência, duração e horário de aparecimento, dependendo de sua origem, que pode estar relacionada ao sistema cardiovascular, renal ou periférico; A pesquisa do edema é feita por meio de inspeção e da palpação. Na inspeção, observamos o aumento do volume, o desaparecimento das proeminências ósseas e também o aparecimento de marcas de correntes ou roupas ou calçados. Na palpação, realizamos a compressão digital de uma superfície óssea, o que ocasiona uma depressão na região comprimida, o chamado sinal de Godet. Avaliação da Pele, Mucosa e Anexos Atenção: As mucosas devem ser inspecionadas com bastante rigor, verificando-se a sua coloração e hidratação. A presença de icterícia e descoramento é evidenciada na mucosa ocular, e a cianose apresenta-se frequentemente nos lábios e na língua; Em relação aos anexos, é fundamental a avaliação por meio de inspeção da distribuição dos pêlos, pois podem estar relacionada à maturidade sexual, idade, bem como a algumas patologias ou uso de medicações. As unhas também são avaliadas por meio de inspeção e geralmente devem ser róseas, lisas e convexas. Algumas patologias podem deformar as unhas como nos casos de pneumopatias crônicas, cardiopatias congênitas ou mesmo caso de infecções (micoses). Exame da Cabeça e do Pescoço Para realizar o exame, a enfermeira utilizará as técnicas de inspeção e palpação. Posição da cabeça: Ereta e em perfeito equilíbrio, sem apresentar movimentos involuntários. *Alterações na postura, inclinação para frente ou para trás, podem indicar doenças do pescoço ou meninges. Os movimentos involuntários sugerem parkisionismo. Tamanho do crânio: Varia de acordo com a idade e biotipo. *Microcefalia, Macrocefalia, Hidrocefalia. Lesões: Cistos sebáceos, tumores ósseos, hematomas ou nódulos no couro cabeludo Exame da Cabeça e do Pescoço Observar características dos cabelos: distribuição, quantidade, alterações na cor, higiene e presença de parasitas. * A Palpação do crânio deve ser realizada a fim de verificar a presença de pontos dolorosos, tumorações e outras lesões. Face: Observar quanto à coloração, presença de manchas e simetria. * Denomina-se fácies ao conjunto de alterações na expressão da face que caracteriza uma doença. Por exemplo, a fácies do paciente com insuficiência renal crônica apresenta palidez cutânea e edema palpebral bilateral. Exame da Cabeça e do Pescoço Olhos: - Pálpebra: Devem ser inspecionadas e podem ser palpadas, quando necessário, para avaliar nódulos ou lesões. Avalia-se o fechamento e abertura das pálpebras, se há alterações na mobilidade e presença de movimentos conjugados. *Avaliar presenças de :Ptose palpebral, edema palpebral, processos inflamatórios das glândulas ou folículos pilosos. - Globos Oculares: protrusos (exoftalmia)- causado por tumoração ou hipertireoidismo; Afundamento de globo ocular (enoftalmia) –ocorre por exemplo em desidratação grave; Desvios (estrabismo, movimentos involuntários) - Conjuntiva palpebral: Observar a coloração, a congestão ou a presença de secreção mucopurulenta (Conjuntivite aguda) e hemorragia subconjuntival. - Esclerótica: Observar a presença de icterícia e hemorragias causadas por rompimento de vasos. - Pupilas: Devem apresentar esféricas, negras e isocóricas. (Miose/ Midríase – A reação fotomotora é verificada com o auxílio de um foco de luz artificial – lanterna de bolsos- quando ausente, indica lesões do olho ou lesões mesencefálicas). - Acuidade Visual Exame da Cabeça e do Pescoço CATEGORIA DO EXAME JUSTIFICATIVA Determinar se o cliente tem uma historia de doença, trauma ocular, diabetes, hipertensão ou cirurgia oftalmológica. Algumas doenças ou traumas podem causar risco parcial ou completo de perda visual. A cirurgia pode ter sido realizada para um distúrbio visual. Determinar se existe historia familiar de distúrbios oculares ou doenças Certos problemas oculares, tais como glaucoma são inerentes. Avaliar as medicações que o cliente esta tomando, incluindo as gotas ou pomadas oftalmológicas. Determina a necessidade de avaliar o conhecimento do cliente quanto aos medicamentos. Certos medicamentos podem provocar sintomas visuais. Os exames dos olhos inclui o histórico de acuidade visual, dos campos visuais, dos movimentos extra-oculares e das estruturas internas e externas dos olhos; Exame da Cabeça e do Pescoço Nariz: A enfermeira deve observar forma e tamanho do nariz, que pode estar alterado nos traumatismos, tumores ou doenças endócrinas (acromegalia). Examinar a superfície externa do nariz, observando a simetria e a presença de deformidades. O movimento das asas do nariz, durante a respiração, apresenta-se aumentado na dispneia. - Exame endonasal: O enfº inclina a cabeça para trás. Empurrando a ponta do nariz para cima, o enfermeiro examina as estruturas internas do nariz, inspecionando a mucosa para a coloração, inchação, exsudato ou sangramento. Mucosa Nasal Normal: avermelhada (mais até do q a mucosa oral). Resfriado: inchada e hiperêmica Rinite alérgica: pálida e inchada. Exame da Cabeça e do Pescoço Pavilhão Auricular: Verificar forma e tamanho, presença de deformações congênitas ou adquiridas como nódulos, tumorações e hematomas Atenção: A posição da orelha deve também ser quase vertical. As orelhas que são baixas ou que apresentam um ângulo incomum são um sinal de anormalidade cromôssica (síndrome de down). A coloração deve ser a mesma da face, sem molas, cistos, deformidades ou nódulos. A vermelhidão é sinal de inflamação ou febre. Exame da Cabeça e do Pescoço CATEGORIA DO EXAME JUSTIFICATIVA Perguntar se o cliente tem apresentado dor auditiva, prurido, drenagem, vertigem, tinido (ruídos nos ouvidos) ou alteração na audição. Estes sinais e sintomas indicam infecção ou perda auditiva. Avaliar se cliente utiliza grandes doses de aspirina ou outros medicamentos ototóxicos, como, por exemplo, amnoglicosideos, furosemida, estreptomicina entre outros. Os medicamentos tem efeito colaterais relacionados com a perda auditiva. Avaliar os fatores de riscos de problemas auditivos. Os fatores de riscos predispõem o cliente a perda auditiva permanente. Ouvidos: Exame da Cabeça e do Pescoço Boca: Deve-se inspecionar as estruturas da boca com auxílio de luvas e uma espátula. - Lábios: observar deformações congênitas, ulcerações, lesões herpéticas ou neplásicas, rachaduras nas comissuras e edema. - Mucosa Oral: Observar coloração, inspecionar gengivas que podem apresentar alterações (hiperplasia gengival, lesões ulceradas ou hemorrágicas, processosinfeciosos ou inflamatórios peridontais). - Dentes: Quantidade, presença de cáries, presença de prótese dentária. Atenção: A Enf. deve avaliar Higiene Oral, desidratação e Trauma oral. Exame da Cabeça e do Pescoço Boca: CATEGORIA DO EXAME JUSTIFICATIVA Avaliar as práticas de higiene dental O exame revela a necessidade do cliente quanto a educação Determinar se o cliente recentemente alteração no apetite ou no peso Os sintomas podem resultar de condições orais doloridas ou higiene precária. Rever a historia de consumo de álcool. Os alcoolistas têm maior risco para câncer oral. Exame da Cabeça e do Pescoço Pescoço: O exame deve ser feito com o paciente sentado. Avaliar tamanho, simetria e posturas. *Alterações da postura como inclinações, podem ser decorrentes de contraturas ou paralisias da musculatura ou artrite da coluna cervical. Nos processos inflamatórios agudos das meninges, a musculatura posterior do pescoço contrai- se, causando rigidez de nuca. Linfonodos: Com o queixo do cliente elevado e a cabeça levemente inclinada, primeiro se inspeciona a área onde os linfonodos estão distribuídos e compara com ambos os lados. Esta posição estica a pele suavemente sobre quaisquer possíveis nódulos aumentados. Os nódulos visíveis são inspecionados quanto a edema, eritema ou estrias avermelhadas. Os gânglios normalmente são imperceptíveis. Exame da Cabeça e do Pescoço Linfonodos Exame da Cabeça e do Pescoço Pescoço CATEGORIA DO EXAME JUSTIFICATIVA Avaliar quanto à historia de resfriados ou infecção recente. Resfriados ou infecções podem causar aumeno temporário ou permanente do linfonodo. Pessoas infectadas por HIV. Hemofilia contatos sexuais promiscuo entre outras atividades. Estes são fatores de riscos epode ocorrer aumento dos linfonodos por conta da infecção. Perguntar se o cliente tem historia de dor no pescoço com restrição do movimento. Pode indicar tensão muscular, lesão da cabeça, lesão local no nervo ou linfonodo edemaciado. Exame da Cabeça e do Pescoço Glândula Tireóide Localizada na região anterior média do pescoço, normalmente não é visível e nem palpável. O aumento do volume da tireóide pode revelar nódulo ou bócio, que indica disfunção da glândula. Uma palpação delicada, suave, é necessária para perceber quaisquer anormalidades. Exame da Cabeça e do Pescoço Exame das Mamas Mamas Antes de examinar as mamas, certifique-se de que o ambiente esteja bem iluminado. Inspeção: - Inspecione as aréolas e os mamilos para posição, pigmentação, inversão, secreção, formação de crostas e massas. - Examine o tecido mamário para tamanho, formato, coloração, simetria, superfície, contorno, características cutâneas e nível das mamas. Note qualquer retração ou abaulamento da pele. - Peça à paciente que eleve suas mãos acima da cabeça; - Peça à paciente que aperte suas mãos contra os quadris; Exame das Mamas Mamas Palpação: É mais bem realizada com a paciente deitada. - O braço no lado da mama que está sendo palpado deve estar levantado acima da cabeça da paciente; - Palpe uma mama de cada vez, começando com a mama “ assintomática”, caso a paciente se queixe de sintomas; - Para palpar, use as faces palmares dos dedos em um movimento de rotação, comprimindo o tecido mamário contra a parede torácica; - Observe a textura da pele, a umidade, a temperatura ou as massas; - Aperte delicadamente o mamilo e observe qualquer secreção que possa aparecer; - Repita o exame na mama oposta e compare os achados. Exame das Mamas Exame das Mamas Auto-exame das mamas Exame das Mamas Mama Masculina - Observe o mamilo e a aréola para ulceração, nódulos, edema ou secreção. - Palpe aréola para nódulos e sensibilidade. Exame do Tórax Configuração do tórax: Existe 4 deformidades principais do tórax associados a doenças respiratórias que alteram essa relação: tórax em barril, tórax em funil, tórax de pombo e cifoescoliose. - Tórax em barril: Acontece em consequência da insuflação excessiva dos pulmões. Existe um aumento no diâmetro Antero-posterior do tórax. Ex: enfisema; envelhecimento e a doença crônica do pulmão. Exame do Tórax - Tórax em funil: Ocorre quando existe uma depressão na porção inferior do esterno. Isso pode comprimir o coração e os grandes vasos, resultando em sopros. Exame do Tórax - Tórax em peito de pombo: É consequência do deslocamento do esterno; Existe um aumento do diâmetro Antero-posterior. Ex: raquitismo Exame do Tórax - Cifoescoliose: Caracteriza-se por elevação da escápula e por uma coluna em forma de S correspondente. Essa deformidade limita a expansão pulmonar dentro do tórax. Ex: osteoporose. Exame do Tórax: Aparelho Respiratório São empregadas as técnicas de inspeção, palpação, percussão e ausculta. O exame dos pulmões e do tórax exige que o cliente esteja despido acima da cintura; 1º inspeciona a forma e a simetria do tórax do cliente da parte posterior para a anterior; O diâmetro ântero-posterior é observado. A forma ou a posição podem comprometer o movimento ventilatório; Todo o tórax normalmente se expande e relaxa regularmente com igualdade de movimento. Exame do Tórax: Aparelho Respiratório PALPAÇÃO TORÁCICA: EXCURSÃO RESPIRATÓRIA: Posiciona os polegares adjacentes à coluna vertebral no nível da 10ª costela; O paciente é instruído a fazer uma inspiração plena e expirar por completo; O enfº observa o achatamento normal da prega cutânea e sente o movimento simétrico do tórax. Exame do Tórax: Aparelho Respiratório Palpação Exame do Tórax: Aparelho Respiratório Ausculta Exame do Tórax: Aparelho Respiratório DESCRIÇÃO LOCALIZAÇÃO ORIGEM VESICULARES Os sons são suaves, tipo brisa e de baixa tonalidade. A fase inspiratória é 3 vezes mais longa do que a fase expiratoria Mais audíveis sobre a periferia pulmonar (exceto sobre a escapula) Criados pelo movimento do ar através das pequenas vias aéreas. BRONCOVESICULARES Os sons broncovesiculares são de media intensidade. A fase inspiratória é igual à fase expiratória. Mais audíveis posteriormente entre as escapulas e anteriormente sobre os bronquíolos laterais ao esterno, no primeiro e segundo espaços intercostais Criados pelo movimento do ar através das grandes vias aéreas. BRONQUICOS Os sons brônquicos são fortes e de alta tonalidade, com uma qualidade de ronco. A expiração dura mais do que a inspiração. Mais audíveis sobre a traquéia. Criados pelo movimento do ar através da traquéia próximo à parede torácica. Exame do Tórax: Aparelho Respiratório Ruídos Local auscultado Causa Característica Crepitações ou estertores São mais comumente ouvidas nos lobos inferiores: bases pulmonares direita e esquerda Reinflação súbita, passagem interrompida do ar. As crepitações finas são de alta intensidade, currtas, sons quebradiços, interrompidos, ouvidos durante a parte final da inspiração; geralmente não desaparecem com a tosse. Muitas crepitações são de baixa tonalidade, sons mais úmidos ouvidos durante a inspiração; podem desaparecer com a tosse. Roncos São basicamente ouvidos sobre a traquéia e brônquios,se altos o bastante, podem ser ouvidos na maior parte dos campos pulmonares Espasmo muscular, liquido ou muco na grandes vias aéreas, provocando turbulência São sons fortes, de baixa tonalidade; roncos grosseiros, ouvidos continuamente durante a inspiração ou expiração; podem ser limpos coma tosse. Sibilos Podem ser ouvidos sobre todos os campos pulmonares Fluxo de ar em alta velocidade através do brônquio gravemente estreitado São de alta tonalidade; sons musicais contínuos, ouvidos continuamente durante a inspiraçãoou expiração; não podem ser limpos coma tosse. Atritos pleurais ouvidos sobre o campo pulmonar Antero-lateral (se o cliente esta sentado em posição ereta) Pleura inflamada, atrito da pleura parietal contra a pleura visceral Tem uma qualidade seca, áspera, ouvidos melhor durante a inspiração; não desaparecem na tosse; são ouvidos sobre a superfície Antero-lateral inferior. Ruídos Adventícios: Exame do Tórax: Aparelho Respiratório CATEGORIA DO EXAME JUSTIFICATIVA Avaliar a historia de uso de tabaco ou maconha, incluindo o tipo de tabaco, a duração e a quantidade usada. O tabagismo é um fator de risco para câncer de pulmão, doença cardíaca e enfisema pulmonar ou bronquite. Perguntar se o cliente tem tosse persistente (produtiva ou improdutiva), produção de escarro, dor torácica, dispnéia, ortoponeia, dispnéia de esforço e ataques recorrentes de peneumonia ou bronquite. Os sintomas de alterações respiratórias podem ajudar o enfº a localizar dados físicos objetivos. (sinais de alerta para câncer de pulmão estão em itálico) Avaliar a historia a poluentes, poeira ou outros irritantes aéreos, bem como alimentos, medicamentos ou substancias químicas. Sintomas tais como sensação de sufocamento, broncoespasmo com estridor respiratório, sibilos à ausculta e dispnéia podem ser causados por resposta alérgicas. Perguntar se o cliente tem tosse, perda de peso, fadiga, sudorese noturna e febre. Fatores de risco tanto pra tuberculose quanto para o HIV. Exame Cardíaco Clientes com problemas cardíacos normalmente apresentarão queixas como: Dor torácica; Batimentos cardíacos irregulares ou palpitações; Dispnéia aos esforços, ao deitar-se à noite; Tosse; Cianose ou palidez; Fraqueza; Fadiga; Alteração de peso sem explicação; Cefaleia; Hipertensão ou hipotensão; Alterações cutâneas periféricas, como diminuição da perfusão capilar, alterações de cor da pele ou pele com aspecto fino e brilhante; Dor em membros, como dor nas pernas ou câimbras; Exame Cardíaco O enfermeiro deve: Perguntar ao cliente há quanto tempo ele tem o problema; Como esse problema afeta sua rotina diária; Quando começou o problema; Perguntar sobre localização, irradiação, intensidade e duração da dor; Ausculta Cardíaca Bulhas Cardíacas normais: “tum-ta” B1 (“tum”)- representa a sístole – o som corresponde ao fechamento das valvas mitral e tricúspide; B2 (“ta”) – representa a diástole – o som corresponde ao fechamento das valvas aórtica e pulmonar. Bulhas Cardíacas anormais: B1 e B2: podem apresentar-se acentudas, diminuídas ou inaldíveis; B3 (“galope ventricular”, “tum-tá-tá”): ocorre no início até a metade da diástole, no final da fase de enchimento ventricular; B4 (“galope atrial”, “tum-tum-tá”): precede imediatamente o a B1 do próximo ciclo cardíaco; Focos Cardíacos Foco aórtico – localizado no 2o. espaço intercostal direito, região paraesternal (ao lado do esterno); Foco pulmonar – localizado no 2o. espaço intercostal esquerdo, região paraesternal; Foco tricúspide – localizado no 5o. espaço intercostal esquerdo, borda esternal inferior esquerda; Foco mitral – localizado no 5o. espaço intercostal esquerdo, linha hemi-clavicular. Exame Físico - Abdominal Queixas principais: Dor; Azia; Vômito; Diarréia; O enfermeiro deve perguntar sobre: Início, localização, duração, qualidade, frequência e intensidade dos sintomas. Divisão Anatômica em quadrantes: Inspeção abdominal: O enfermeiro deve: Verificar a simetria, saliências e massas; Observar a forma e o contorno abdominal; Avaliar a cicatriz umbilical (deve localizar-se na linha média e ser escavada); Asculta abdominal: Ascultar todos os quadrantes (no sentido horário); Os ruídos intestinais são agudos, gorgolejantes, devido a mistura de ar com líquido durante a peristalse; Esses ruídos ocorrem de 5 a 34 vezes por minuto; Percussão abdominal: A percussão (direta ou indireta) é usada para verificar o tamanho e a localização dos órgãos abdominais e para detectar ar ou líquido no abdome, no estômago e no intestino; A percussão deve começar pelo quadrante inferior direito e passar pelos demais quadrantes no sentido horário; Palpação abdominal: A palpação abdominal pode ser superficial ou profunda; Determina o tamanho, a forma, a posição e a sensibilidade dos principais órgãos abdominais e detecta massas e acúmulos de líquido; Exame do Sistema Musculo-esquelético Inspeção: Observar a marcha e os aspectos anterior, posterior e lateral da postura do cliente, conforme este caminha e fica de pé. Desvios posturais: CIFOSE: “corcunda”, é um exagero da curvatura posterior da coluna torácica. Ex: idoso. LORDOSE: “empinamento”, é uma acentuada curvatura lombar. ESCOLIOSE: curvatura lateral da coluna. Lordose, cifose e escoliose: Escoliose Borrell, FC. Entrevista clínica: habilidades de comunicação para profissionais de saúde. Porto Alegre : Artmed, 2012. Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificação 2018-2020. organizadoras: T. Heather Herdman,Shigemi Kamitsuru . Porto Alegre : Artmed, 2018. Potter, P; Perry, AG. Fundamentos de enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. POTTER, Patricia. Fundamentos de enfermagem. 8ª ed. Elsevier Brasil, 2013. Referências: Obrigada!!!
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