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Insuficiência cardíaca congestiva A Insuficiência cardíaca frequentemente chamada de ICC (Insuficiência cardíaca congestiva), ocorre quando o coração é incapaz de bombear o sangue numa frequência proporcional as necessidades metabólicas dos tecidos ou só pode fazê-lo com uma pressão de enchimento elevada. Ela pode aparecer durante o estágio final de muitas formas de cardiopatias crônicas, como por exemplo hipertensão, doença valvar, cardiopatia isquêmica, infarto do miocárdio, lesão cardíaca extensa, entre outras. A insuficiência cardíaca congestiva é uma condição comum quase sempre recidivate com prognostico sombrio (taxa de mortalidade de 50% em menos de 5 anos). O sistema cardiovascular atua para manter a pressão arterial e a perfusão dos órgãos vitais ao responder a carga hemodinâmica excessiva ou a um distúrbio da contratilidade do miocárdio através de vários mecanismos. Os mais importantes são : o mecanismo de frank-starling adaptação miocárdicas ,incluindo hipertrofia com ou sem dilatação da camarás cardíacas . ativação dos Sistemas neuro-humorais Esses mecanismos adaptativos podem ser adequados para manter o débito cardíaco em níveis relativamente normais, porem a capacidade em manter o desempenho, com o tempo, pode ser excedida. Além disso, alterações patológicas sobrepostas, tais como a apoptose dos miócitos. Que pode provocar alterações estruturais e funcionais. Uma das caracterizações desta patologia seria a redução do débito cardíaco, ou represamento de sangue no sistema venoso. Hipertrofia cardíaca – resposta compensatória do miocárdio ao aumento de trabalho mecânico ou a sinais tróficos como por exemplo, hipertireoidismo através da estimulação dos receptores b-adrenérgicos. Insuficiência cardíaca esquerda É frequentemente causada por, (1) cardiopatia isquêmica, (2) hipertensão, (3) doença valvar entre outras. Os defeitos morfológicos resultam primariamente da lesão progressiva do sangue no interior da circulação pulmonar e das consequências do fluxo sanguíneo periférico diminuído. Insuficiência cardíaca direita Em gera trata-se de uma consequência secundaria as insuficiência cardíaca esquerda, visto que qualquer elevação as pressão na circulação pulmonar , produz um aumento de carga sobre o lado direito do coração. Cardiopatia Valvular ou Valvopatia Um conjunto de doenças relacionadas as valvas cardíacas. Qualquer valva cardíaca pode apresentar mal funcionamento e tornar-se estenosada (oferece resistência ao fluxo sanguíneo que se faz no sentido habitual) ou insuficiente (Não se fecha adequadamente, estimulando o fluxo do sangue no sentido reverso), provocando alterações hemodinâmicas (mudança no comportamento do fluxo sanguíneo, pressão arterial, frequência cardíaca...) Disfunções da válvula cardíaca incluem: Insuficiência aórtica: incompetência da valva aórtica que causa fluxo reverso do sangue da veia aorta para o ventrículo esquerdo durante a diástole. Estenose aorta: estreitamento da valva aórtica, obstruindo o fluxo sanguíneo do VE para aorta ascendente durante a sístole; Insuficiência mitral(bicúspide): provoca o fluxo do sangue do VE para o AE durante a sístole ventricular; Estenose mitral(bicúspide): estreitamento do orifício mitral que obstrui o fluxo sanguíneo do AE para o VE; Prolapso da válvula mitral: abaulamento das lacínias da valva mitral para o AE durante sístole; Insuficiência pulmonar: incompetência da valva pulmonar que provoca fluxo sanguíneo da arteira pulmonar para o ventrículo direito durante diástole; Estenose pulmonar: estreitamento da via de saída pulmonar provocando obstrução do fluxo sanguíneo do VD para a artéria pulmonar durante a sístole; Insuficiência tricúspide: incompetência da valva tricúspide, que provoca fluxo sanguíneo do VD para AD durante a sístole. CAUSAS Uma das principais causas de valvopatias adquiridas durante a vida é a febre reumática (é uma inflamação que afeta o coração, articulações, pele e cérebro), podendo também surgir de forma congênita, devido ao mau desenvolvimento do embrião. SINTOMAS Falta de ar, tosse, fadiga, náuseas, palpitações e aparecimento de inchaço nos pés. Porém, em alguns casos a doença apresenta-se assintomática. DIAGNÓSTICO Há alguns anos atrás o diagnostico das valvopatias realizado por observação, palpação e asculta. Hoje, com exame físico suplementado por ultrassonografia(diagnostico comparativo e simples). Estudos bidimensionais padrão mostram a anatomia. Ecocardiograma com Doppler avalia os gardientes de pressão e o fluxo sanguíneo. A avaliação também inclui ECG (para detectar o ritmo cardíaco e alterações das câmaras) e radiografia de tórax(para detectar alterações das câmaras) e exames ergométricos TRATAMENTO A valvopatia pode ser tratada com medicação, procedimentos minimamente invasivos ou cirurgia aberta do coração. Em alguns casos o reparo da válvula cardíaca é o melhor meio de tratamento da doença. É um procedimento cirúrgico ou minimamente invasivo que corrige uma válvula cardíaca que não esteja funcionando adequadamente. Esse reparo envolve os folíolos da válvula que se abre e fecham para bombear o sangue. Em outros casos a substituição da válvula lesionada é o tratamento mais eficiente para o problema. Infarto do Miocárdio O que é? O infarto do miocárdio, ou ataque cardíaco, é a morte das células de uma região do músculo do coração por conta da formação de um coágulo que interrompe o fluxo sanguíneo de forma súbita e intensa. A principal causa do infarto é a aterosclerose, doença em que placas de gordura se acumulam no interior das artérias coronárias, chegando a obstruí-las. Na maioria dos casos o infarto ocorre quando há o rompimento de uma dessas placas, levando à formação do coágulo e interrupção do fluxo sanguíneo, levando a diminuição da oxigenação das células do músculo cardíaco (miocárdio). O infarto pode ocorrer em diversas partes do coração, depende de qual artéria foi obstruída. Em casos raros o infarto pode acontecer por contração da artéria, interrompendo o fluxo de sangue ou por desprendimento de um coágulo originado dentro do coração e que se aloja no interior dos vasos. Sintomas As pessoas podem ter: -Dores locais: braço, braço esquerdo, maxilar ou peito -Dores circunstanciais: em repouso -No corpo: fadiga, tontura, pele fria e úmida, suor ou suor frio -No aparelho gastrointestinal: azia, indigestão, náusea ou vômito -No pescoço: desconforto ou rigidez -No braço: desconforto ou rigidez -Também é comum: ansiedade, desconforto no ombro, falta de ar, palpitações ou pressão no peito Em idosos, o principal sintoma pode ser a falta de ar. A dor também pode ser no abdome, semelhante à dor de uma gastrite ou esofagite de refluxo, mas é pouco frequente. Nos diabéticos e nos idosos, o infarto pode ser assintomático, sem sinais específicos. Por isso, deve-se estar atento a qualquer mal-estar súbito apresentado por esses pacientes. Fatores de risco Os principais fatores de risco para o infarto são o tabagismo, o colesterol em excesso, hipertensão (pressão alta), diabetes, obesidade, estresse e depressão. Os diabéticos têm de duas a quatro vezes mais chances de sofrer um infarto. Pacientes com familiares próximos (pais ou irmãos) com histórico de infarto também tem mais chance de desenvolver a doença. Diagnóstico Além da avaliação clínica dos sintomas, são feitos exames de eletrocardiograma, ecocardiogama e cateterismo. Tratamento O mais importante no tratamento do infarto é a desobstruçãoda artéria entupida. Existem duas formas de realizar esta desobstrução: angioplastia coronária (desobstrução mecânica) ou fibrinolíticos (desobstrução com medicamentos). No primeiro, um cateter-balão é inserido por meio de uma punção arterial (no punho ou virilha) e direcionado até o local do entupimento da artéria. Esse cateter é inflado para que seja aberta a artéria. Em seguida é colocado um stent (um dispositivo semelhante a uma mola), mantendo a artéria aberta e normalizando a circulação de sangue. Já os fibrinolíticos são medicamentos para dissolução do coágulo. Essa técnica é indicada somente quando não é possível a desobstrução por angioplastia, pois pode causar hemorragias. Medicamentos Alteplase Rompe coágulos que estão bloqueando o fluxo normal do sangue nos vasos sanguíneos. Anticoagulante Ajuda a prevenir a formação de coágulos sanguíneos ou a dissolver coágulos existentes. Betabloqueador Retarda a frequência cardíaca e diminui a pressão arterial. Quando usado como colírio, reduz a pressão ocular. Estatina Diminui a produção de colesterol ruim pelo fígado. Inibidor da ECA Relaxa os vasos sanguíneos, reduz a pressão arterial e previne danos nos rins relacionadas ao diabetes. Procedimento médico Stent coronário Um tubo colocado nas artérias do coração para mantê-las abertas. Cateterismo cardíaco Inserção de um tubo longo na virilha, no pescoço ou no braço, levando-o pelos vasos sanguíneos até o coração. Angioplastia coronária Desobstrução de uma artéria inflando um balão dentro dela. Uma endoprótese também pode ser inserida para manter a artéria aberta. Angioplastia Desobstrução de uma artéria inflando um balão dentro dela. Também é possível inserir um stent para manter a artéria aberta Prevenção Além da prática regular de exercícios físicos, alimentação adequada e cessação do tabagismo, o controle dos fatores de risco, como diabetes, hipertensão arterial e colesterol elevado são fundamentais para evitar o entupimento das artérias e consequente infarto. Além disso, são associados ao tratamento outros medicamentos que tem por objetivo evitar a formação de novos coágulos, prevenir arritmias e controlar o colesterol, além de favorecer a cicatrização da área afetada. Miocardite A miocardite se refere a inflamação do miocárdio associado a necrose e degeneração dos miocitos. Essa definição especificamente exclui a cardiopatia isquêmica. É difícil estabelecer a verdadeira incidência de miocardite, porque muitos casos são assintomáticos. A miocardite pode correr em qualquer idade, mas é mais comum em crianças entre 1 e 10 anos de idade. É uma das poucas cardiopatias que podem produzir insuficiência cardíaca aguda em crianças previamente saudáveis, adolescente ou adultos jovens. A miocardite grave pode causar arritmias e até mesmo morte súbita cardíaca. A causa mais comum de miocardite na américa do Sul é a infecção pelo protozoário Tryponosoma cruzi, o agente da doença de chagas. Miocardite por vírus Miocardite viral ocorre preferencialmente em crianças, mulheres grávidas ou indivíduos imunodeprimidos. O vírus do grupo Coxsackie B parecem ser os que mais frequentemente infectam o miocárdio. Outros, como Coxsackie A, ECHO, Pólio, influenza, HIV, Epstein-Barr, Parvovirus, vírus da hepatite C e praticamente todos os vírus da infância (caxumba, varicela, sarampo etc.), podem infectar o coração. Em geral se suspeita de comprometimento do miocárdio quando há descompensação cardíaca e arritmias dias ou semanas após uma infecção viral em outro órgão (pulmão, vias respiratórias superiores, sistema digestivo etc.). Miocardite por bactérias A infecção bacteriana do miocárdio se caracteriza por múltiplos focos de um infiltrado celular inflamatório misto com neutrófilos como o principal componente. Microabcessos podem ocorrer quando êmbolos sépticos se alojam na circulação coronária, muitas vezes em consequência de endocardite infecciosa. Miocardite por riquétsias Comumente causam vasculite disseminada, que acomete os pequenos vasos coronários. Miocardite por fungos Tipicamente ocorre em pacientes imunocomprometidos, embora o coração seja relativamente resistente a infecção por fungos. Miocardite por parasitas A toxoplasmose pode acometer o miocárdio em pacientes imunocomprometidos, os parasitas intracelulares proliferam dentro dos miocitos cardíacos e suscitam uma resposta inflamatória mista focal com neutrófilos e eosinófilos. A doença de chagas está associada a proliferação de parasitas no interior dos miocitos cardíacos é um infiltrado inflamatório celular misto, composto principalmente de linfócitos, plasmocitos e macrófagos. Miocardite por hipersensibilidade A miocardite por hipersensibilidade decorre em geral, de reação a fármacos, como penicilina, sulfonomidas. Miocardite nas síndromes imunológicas Doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico, esclerose sistêmica e polimiosoite, podem provocar miocardite por mecanismos imunológicos. Outra miocardite com nítida participação imunitária é a rejeição celular de coração transplantado; neste caso as células inflamatórias predominantes são linfócitos T. Miocardite de causa desconhecida Algumas formas de miocardite sem etiologia conhecida merecem destaque. A sarcoidose pertence a essa categoria e atinge o miocárdio em locais circunscritos, determinando lesões macroscópicas de cor amarelada que se assemelha a infarto. A miocardite de células gigantes caracteriza-se por processos inflamatórios, não possui agente etiológico, presume-se que seja uma doença de cunho imunitário.
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