Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Osteoporose Prof° Hélio Damasceno Fisiopatologia Clínica na Saúde do Idoso MKT-MDL-05 Versão 00 Definição • Doença sistêmica esquelética, caracterizada pela diminuição da resistência óssea, predispondo ao risco de fraturas; • Resistência óssea depende da integração entre a densidade óssea e a qualidade do osso (microarquitetura); Remodulação Óssea O processo de remodelação óssea: • O esqueleto está em atividade constante para manter sua integridade mecânica; • Osteoclastos - células de reabsorção óssea, secretam ácido hidroclorídrico e enzimas proteolíticas; • Osteoblastos – células de formação óssea, fazem a deposição de nova matriz óssea composta 90% por colágeno tipo 1; Definição • Densidade é determinada pelo pico de massa óssea e pela taxa de perda óssea. (gramas de mineral / área ou volume); • Qualidade refere-se ao arranjo da microarquitetura, remodelamento ósseo, acúmulo de lesões e mineralização; • Nem sempre a osteoporose resulta de perda óssea. Função do Osso • O esqueleto ósseo é um tecido vivo e complexo; • Dá suporte aos músculos e proteção a órgãos vitais; • Armazena o cálcio, incluindo a manutenção da densidade e força dos ossos. O organismo usa o cálcio dos ossos quando não existe ingestão suficiente ou quando há necessidade adicional, como na gravidez e na lactação, por exemplo. Definição • Durante a vida, os ossos são constantemente formados e reabsorvidos, ou seja, o osso velho é removido e um novo osso é adicionado ao esqueleto. • Na infância e na adolescência, a adição ocorre rapidamente do que é a reabsorção e, como resultado, os ossos ficam maiores, mais pesados e mais densos. • A formação permanece mais rápida do que a reabsorção até que o pico de massa óssea (máxima densidade do ossos) é alcançado, por volta dos 30 a 35 anos. A massa óssea é maior no homem do que na mulher e também é maior na raça negra. Definição • Depois dos 30-35 anos, a reabsorção óssea lentamente começa a exceder a formação. Para a mulher, a perda óssea é muito maior durante os cincos anos seguintes à menopausa, porque a ação protetora do hormônio estrógeno diminui, porém persiste nos anos seguintes. • O homem também perde densidade, mas numa proporção menor. Definição • Após aos 70 anos existe outra forma de osteoporose que acomete tanto homens quanto mulheres, a osteoporose senil, própria do envelhecimento. • A osteoporose é um fator de risco para fraturas assim como a hipertensão é risco de infarto de miocárdio ou AVC, se o osso é mais fraco, um trauma mínimo ou uma queda pode cansar uma fratura ou colapso vertebral. • Não temos como medir a resistência óssea, então medimos a densidade mineral óssea que corresponde a 70% da resistência; • OMS define densitometricamente a densidade mineral óssea como sendo abaixo de - 2,5 desvios padrão em relação à média para mulheres jovens brancas e saudáveis. (escore T); Definição RESISTÊNCIA = DENSIDADE MINERAL ÓSSEA + QUALIDADE ÓSSEA Epidemiologia: • Problema de saúde pública; • “ Epidemia Silenciosa”, sendo subdiagnosticada e subtratada; • Acomete 20% das mulheres pós-menopausa; Epidemiologia • 10 milhões de pessoas tem osteoporose no Brasil • 80% das pessoas acometidas são mulheres • A partir dos 50 anos, 30% das mulheres poderão sofrer algum tipo de fratura por osteoporose • As mulheres podem perder até 20% da massa óssea nos 5 a 7 anos após a menopausa; • Fraturas ocorrem principalmente no quadril, vértebras e antebraço distal; Osteoporose no Homem • Estima-se que ente 1/5 a 1/3 das fraturas do quadril ocorram no gênero masculino. • 17% dos homens que atingem a idade de 90 anos podem ter uma fratura de quadril. • Um homem branco tem probabilidade de 25% de sofrer uma fratura relacionada a osteoporose; • Baixos níveis de testosterona é um fator de risco. Classificação 2. SECUNDÁRIA: • Síndrome de Cushing; • Hiperparatireoidismo; • Hipertireoidismo; • Síndrome de má absorção; • Osteogênese imperfeita; • Doenças do tecido conjuntivo; 1. PRIMÁRIA: • Osteoporose juvenil idiopática; • Osteoporose idiopática em adulto jovem; • Osteoporose involucional; Fatores de Risco • idade > 65 anos; • História familiar; • Baixa estatura; • Magreza; • Sexo feminino; • Raça branca; • Menopausa precoce; • Sedentarismo; • Pouca exposição solar; • Imobilização; • Pouca ingestão de alimentos ricos em cálcio; • Ingestão excessiva de álcool e cafeína; • Tabagismo; • Medicamentos; • Risco de quedas; Quadro Clínico • Assintomáticos; • Dor aguda ou crônica; • Progressão da cifose; • Perda da altura; • Limitação da atividade física; • Isolamento social; • Depressão; Diagnóstico Quem deveria fazer a Densiometria? • Todas as mulheres com mais de 65 anos, independente de fatores de risco presentes ou não; • Mulheres no pós-menopausa imediato com 1 ou mais fatores de risco; • Mulheres pós-menopausadas que apresentem fratura; Diagnóstico • Radiografias comuns não são sensíveis o suficiente para detectar osteoporose, somente mostra alterações quando há perda de mais de 30% da massa óssea Critérios de diagnóstico de osteoporose pela Densitometria óssea, segundo OMS: Frequência Características do paciente DMO basal “normal” (T-score > -1.0) Pacientes em programa de prevenção de osteoporose Pacientes em programa terapêutico Frequência de DMO Cada 3 a 5 anos; pacientes com DMO bem acima do mínimo aceitável não necessitam de re- exame Cada 1 a 2 anos até estabilizar, e então cada 2 a 3 anos Anual por 2 anos; se estabilizado, seguir medindo cada 2 anos Tratamento 1. Não farmacológico: • Exercício • Dieta (cálcio e vitamina D) • Prevenção de quedas • Parar de fumar • Protetores de quadril Tratamento: 2. Farmacológico: AGENTES ANTI-REABSORTIVOS • Cálcio e vitamina D • Terapia de reposição hormonal (TRH) • Moduladores seletivos dos receptores de E2 (SERM) • Bisfosfonatos • Calcitonina PREVENÇÃO Dieta (rica em cálcio e vitamina D) Correção postural e exercícios físicos adequados Exposição à luz solar Eliminar o fumo Uso moderado de bebidas alcoólicas e café Osteoporose Prof° Hélio Damasceno Fisiopatologia Clínica na Saúde do Idoso MKT-MDL-05 Versão 00
Compartilhar