Grátis
96 pág.

Denunciar
5 de 5 estrelas









11 avaliações
Enviado por
Leticia Almeida
5 de 5 estrelas









11 avaliações
Enviado por
Leticia Almeida
Pré-visualização | Página 9 de 23
que é instituída por lei, no Brasil, buscava, com bases científicas, alcançar o desenvolvimento integral da adequação da personalidade do educando, visando o seu ajustamento pessoal, escolar e social. Não tendo em vista a formação da personalidade do aluno em função de princípios morais e religiosos, e nem mesmo a sua adequação ao exercício da profissão(BONFIM, 1981, P. 62). Nessa fase, segundo Ferreira (2009), o sucesso do orientador dependia, em grande parte, da sua compreensão de escola como um sistema social, a fim de determinar o tipo de ajuda que deveria oferecer e ainda como iria oferecê-la. Para a autora, nesse período, as contradições da própria sociedade não eram questionadas e as atividades da orientação eram marcadas por um cunho assistencial. Nessa primeira aula do tópico II, vimos que a história da Orientação Educacional está dividida em cinco principais períodos: Período Implementador, Período Institucional; Período Transformador; Período Disciplinador e Período Questionador. Aprofundou-se na discussão sobre os períodos Implementador e Institucional. Na próxima aula, aprofundaremos nas características dos períodos Transformador e Disciplinador. PARA VOCÊ LER MAIS Sugerimos, para ampliar seus conhecimentos sobre os períodos da Orientação Educacional, a leitura da dissertação de mestrado “Orientação Educacional no Brasil: estudo da produção literária (1940-1980)”, defendida e publicada em 1981, Por Elizabeth de Melo Araújo Bonfim, na UFRJ. É uma obra mais antiga, mas por se tratar de um resgate histórico, é extremamente relevante! A referência completa encontra-se ao final desta Unidade II. Boa leitura! . AULA 2: Período Transformador e Período Disciplinador Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 No início da década de 60, com base em Ferreira (2009), sabe-se que surgiu um movimento com o objetivo de transformar a orientação importada em uma orientação realmente necessária à realidade educacional do Brasil, assinalando assim, o surgimento de um novo período na Orientação Educacional, conhecido como Período Transformador. Nesse período, foi finalmente criada a profissão de Orientador Educacional em nosso país, através da Lei de Diretrizes e Bases de 1961. Nesse período, também se buscava delimitar um campo próprio para a Orientação Educacional, e afirmar a sua obrigatoriedade, estabelecendo critérios para a formação desse profissional, conforme nos mostra Ferreira (2009). Em 1968, a Orientação Educacional passou a ser realizada de maneira a focar na formação integral do indivíduo, preparando-o para o exercício das ações básicas na vida em sociedade. Pensou-se nesse período em um ambiente educativo e saudável, que proporcionasse a interação das várias funções e papéis das pessoas que fazem parte da comunidade escolar. Segundo Ferreira (2009), ainda nesse período, estabeleceu-se a formação do Orientador Educacional em nível de graduação, como uma das habilitações do curso de pedagogia. Na década seguinte, década de 70, inicia-se a fase chamada de Período Disciplinador. Nesse período, houve uma ênfase de adaptação às necessidades sociais e à formação profissional, focando no aconselhamento vocacional. Nesse momento, a orientação vocacional busca entender o contexto em que o estudante estava inserido, buscando a caracterização da comunidade, da escola e da clientela, além de buscar conhecer os interesses, aptidões e habilidades do aluno. Segundo Bonfim (1981), em seu resgate histórico sobre a história da Orientação Educacional no Brasil, vê-se um período em que se preocupava em oportunizar que cada aluno tivesse uma construção saudável de sua autonomia, buscando formar um cidadão crítico e objetivo. Nesse período, segundo Ferreira (2009), a Orientação Educacional a ser entendida como a responsável pelo aprimoramento das relações interpessoais e, desta forma, importante em todos os níveis de ensino. Nessa aula 2, buscamos caracterizar os períodos Transformador e Disciplinador. Na próxima aula, discutiremos sobre o Período Questionador e suas principais características! Boa aula! Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 PARA VOCÊ SABER MAIS Para você obter mais informações sobre os Períodos da Orientação Educacional e a história desse profissional, sugerimos que assista ao vídeo “Histórico sobre o Orientador Educacional”, de Roberta Guedes, disponível através do link: https://www.youtube.com/watch?v=NEcFJX_BxEw AULA 3: O Período Questionador Fonte: acervo Ipemig (2019). Segundo Ferreira (2009), a perspectiva de Orientação Educacional citada na aula anterior, foi a precursora de todo o movimento crítico a se desencadear na década de 80. Nos anos 80, começam a surgir os questionamentos dos profissionais com relação tanto à ideologia que regia a prática da Orientação Educacional, como as próprias teorias e instrumentos utilizados no dia a dia do profissional, iniciando assim o Período Questionador. De acordo com Ferreira (2009). Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Esse período se configurou como um momento de parada e reflexão que retrata as inquietações pelas quais passou a Orientação Educacional na busca por um espaço próprio, específico e definido no campo educacional. Havendo nesse período uma busca intensa por uma análise crítica do papel do orientador educacional nas escolas, bem como por uma caracterização do próprio serviço de Orientação Educacional no processo educativo (FERREIRA, 2009, P. 17). Nesse momento os trabalhadores que atuavam como Orientadores Educacionais, buscaram organização através dos sindicatos e, acabaram assim, fortalecendo a relação desse profissional com os demais profissionais da educação, segundo Ferreira (2009). O papel do orientador educacional discutido, evidenciando o compromisso político e pedagógico desse profissional: A prática dos orientadores ia sendo diferenciada de acordo com as possibilidades e espaços conquistados. Dessa forma, toda a prática da Orientação ia se debruçando nesta concepção de educação como um ato político, estando intrinsecamente relacionada com as mudanças ocorridas no núcleo da sociedade. Discutia-se a questão do trabalho não pelo caminho da sondagem de aptidões individuais, mas pelas questões sociais e pelo significado do próprio trabalho (FERREIRA, 2009, P. 17). Diante disso tudo, se percebe que, no Período Questionador, os Orientadores Educacionais ganham autonomia na luta pela defesa de uma escola pública, democrática e de qualidade. Vimos nessa aula que um dos últimos períodos da Orientação Educacional, o Período Questionador é aquele em que esses profissionais começaram a organizar- se como categoria, fortalecendo assim, essa profissão. No próximo tópico de estudos vamos discutir sobre o período mais recente da Orientação Educacional, o Período Orientador, sobre os dias atuais e a importância da ética nessa profissão. Boa leitura e boas reflexões! PARA VOCÊ SABER MAIS Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com (31) 3270 4500 Para você obter mais informações sobre as origens da Orientação Educacional e a história desse profissional, sugerimos o vídeo intitulado “Origem e Evolução Histórica da Orientação Educacional”, com Mirian Grinspun, educadora que se dedicou a escrever sobre a Orientação