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Evasão escolar e Políticas Públicas na Educação

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É importante a discussão referente à evasão escolar, o que diz respeito a saída de muitos jovens e a desistência do ensino público, muitas vezes precário por questões diversas, mas que são decisivas no êxodo desses alunos. Como citado na entrevista, onde o entrevistado comentou sobre a importância de uma organização a nível nacional para resolver essa questão, a fim de manter os alunos no ambiente e incentivá-los; entretanto, o mesmo classifica isso como uma vantagem, a crescente mudança no sistema Educacional e as recentes reformas, pois as mesmas são atrativas para o aluno, mas são negativas para a organização dessas políticas a longo prazo, pois são inconstantes, segundo Souza.
“Outro aspecto a ser mencionado é a grave constatação da existência da defasagem série-idade, marca da repetência no interior do sistema. O enfrentamento dessa questão deu-se por meio de várias iniciativas governamentais, tais como: a implantação da política de ciclos, as classes de aceleração de aprendizagem, a progressão continuada ou promoção automática, entre outras iniciativas.” (Souza, M. Psicologia Escolar e Políticas Públicas em Educação. 2010)
Ou seja, é importante que haja a mudança no sistema, entretanto, elas precisam ser alinhadas a nível nacional, caso contrário são apenas projetos inacabados, que quase nuca saem do papel, e quando são, acabam se tornando ineficientes frente as necessidades reais dos alunos dentro de um contexto, muitas vezes ignorado. O que só corrobora para uma qualidade de ensino ruim, e a crescente nos baixos índices educacionais a nível nacional. Para isso, é necessária abandonar a ideologia que vem agregada as práticas das políticas púbicas em educação, ou seja, o olhar neutro.
Entretanto, mesmo que decisões macrossociais sejam tomadas, é importante lembrar da subjetividade de cada região do Brasil, e isso envolve o sistema educacional, onde existe toda uma diferença regional, como um país diversificado e plural; isto é, o que vale em uma gestão em determinado Estado pode não valer para outro. Isso é muito enfatizado durante a entrevista, onde o entrevistado diz que as diferenças entre Mato Grosso e São Paulo, nos âmbitos de sistema implantado para educação eram gritantes e diferentes. Mesmo sendo São Paulo o Estado mais abonado da federação, ficava atrás no que diz respeito à aplicação de toda a verba que tem no Sistema de Educação.
“Entretanto, ao analisarmos a vida diária escolar, partimos também da concepção de que a escola se materializa em condições histórico-culturais, ou seja, que ela é constituída e se constitui diariamente a partir de uma complexa rede em que se imbricam condições sociais, interesses individuais e de grupos, atravessada pelos interesses do Estado, dos gestores, do bairro etc. A peculiaridade de uma determinada escola se articula com aspectos que a constituem e que são do âmbito da denominada rede escolar ou sistema escolar no qual são implantadas determinadas políticas educacionais.” (Souza, M. Psicologia Escolar e Políticas Públicas em Educação. 2010)
Ou seja, as políticas públicas devem ser aplicadas pelos Estados com uma responsabilidade social, com a real intenção de mudar todo o sistema e para melhor, ter uma melhora efetiva, nos índices, como bom indicativo quanto a questão da educação, mas também frente a qualidade de ensino que é oferecida aos alunos. Ou seja, abandonar a tentativa de medicalização da educação e passar a trata-la como uma ferramenta fundamental na nossa sociedade.

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