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A LUDICIDADE DA EDUCAÇÃO INFANTIL ROMPENDO AS BARREIRAS DO AUTISMO 2

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A LUDICIDADE DA EDUCAÇÃO INFANTIL ROMPENDO AS BARREIRAS DO AUTISMO.
AMBRÓS, Beatriz da Silva
Psicóloga Clinica �
KUHLKAMP, Moacir Cesar (professor)�
RESUMO
Este trabalho buscou entender e reforçar a ideia da importância da inclusão das crianças com TEA na educação infantil. Pois a inclusão precoce ajuda na adaptação ao ambiente escolar regular. A ludicidade presente na educação infantil vem contribuindo com as concepções psicológicas e pedagógicas do desenvolvimento infantil. A brincadeira e os jogos não são apenas um passatempo, são também formas de despertar na criança autoconfiança, desenvolvimento psicomotor, afetividade e são as principais formas de socialização, pois, através do brincar, a criança aprende regras e limites. A convivência das crianças com TEA com outras da mesma faixa etária possibilita o estímulo às suas capacidades interativas, impedindo o isolamento contínuo e preparando-as para o aprendizado. É nesse sentido que um diagnostico precoce e uma inclusão já nos primeiros anos da educação infantil, vão auxiliar na autonomia e independência das crianças autistas.
 
Palavras chave: Educação infantil. Ludicidade. Autismo. Inclusão.
1 INTRODUÇÃO 
O presente trabalho é componente obrigatório para conclusão do curso de Pós-graduação Especialização em Educação Especial e inclusiva. Foi realizado através de pesquisas bibliográficas.
E teve como objetivo reforçar a importância da educação inclusiva na educação infantil para crianças portadoras do transtorno do Espectro Autista e a influencia da ludicidade presente no cotidiano escolar infantil contribuindo no desenvolvimento psicológico, cognitivo e afetivo das crianças.
Embora as crianças com Espetro Autista apresentem dificuldades com a interação social e a comunicação, podendo ter pouco ou nenhum interesse em estabelecer relações e apresentar dificuldades na reciprocidade social e emocional saliento que a oportunidade da criança com TEA em poder compartilhar do espaço escolar regular com outras crianças favorece a integração e a socialização e contribui significativamente para o desenvolvimento da criança e a habilita para o aprendizado reforçando suas potencialidades.
E nesse sentido que enfatizo a importância dessas crianças estarem incluídas desde a educação infantil onde através de praticas pedagógicas e lúdicas ocorra o favorecimento a comunicação , interação social e o aprendizado dentro das suas limitações fortalecendo as suas potencialidades.
2 REFERENCIAL TEORICO
Atualmente, compreende-se o autismo como o resultado de uma perturbação de determinadas áreas do sistema nervoso central, que afetam a linguagem, o desenvolvimento cognitivo e intelectual e a capacidade de estabelecer relações com outras pessoas. O autismo é um distúrbio de desenvolvimento humano que vem sendo estudado pela ciência há várias décadas.
As atividades lúdicas tem papel fundamental na estruturação do psiquismo da criança, Para Trindade (2012) apud Antunes (2004) é brincando que a criança usa a fantasia e a realidade e começa a fazer distinção do que é real ou imaginário desenvolvendo a imaginação, fortalecendo seus afetos, elaborando suas ansiedades e conflitos através de habilidades e competências cognitivas e interativas.
Para Alcantara (2013) apud Schwartzman (1994) o Autismo é uma síndrome definida por alterações presentes desde idades muito precoces e que se caracteriza, sempre pela presença de desvios nas relações interpessoais. Trata-se de uma condição crônica com início sempre na infância, em geral até o terceiro ano de vida, com maior incidência entre meninos.
Segundo Trindade (2013) apud Vygotsky (1991) a essência da brincadeira é a possibilidade que a criança tem de evidenciar maneiras simbólicas as motivações , os planos, as intenções, criando uma nova relação entre situações reais, preenchendo suas próprias necessidades.
O comportamento de uma criança com síndrome do espectro autista é influenciado pelas pessoas que convive e pelo meio que interage, por isso é de suma importância que o ambiente aonde a criança esta inserida seja acolhedor, e com praticas lúdicas onde os profissionais sejam dedicados, responsáveis e trabalhem com projetos e propostas curriculares vigentes visando uma inclusão de qualidade onde a prioridade seja o bem estar da criança.
De acordo com Alcantara (2013) apud Bereohff (1991), para educar uma criança autista, é preciso levar em consideração a falta de interação com o grupo, comunicação precária, dificuldades na fala e a mudanças de comportamento que apresentam essas crianças.
Segundo Ziliotto, (2007) quando a escola possibilita inovações curriculares e avalia o aluno com necessidades educacionais especiais em suas competências, tendo como ponto de partida seus próprios avanços e não o parâmetro da turma, o aprender acontece de forma prazerosa. 
O sucesso da inclusão escolar vai além da dedicação dos professores, entre outros fatores, a inclusão escolar bem sucedida e fruto do trabalho de profissionais e pessoas importantes da vida do aluno desenvolvendo e implantando estratégias na construção de uma escola democrática (SILVA, 2012).
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, na Seção II, no artigo 29: “A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade” (BRASIL, 1996).
Frequentar a educação infantil permitirá ao autista ampliar o desenvolvimento de suas habilidades através do lúdico identificando suas dificuldades e estimulando aprendizagens nas diversas áreas. 
Conforme Santos (2013), A convivência compartilhada da criança com autismo na escola favorece não só o seu desenvolvimento, mas o das outras crianças, através da convivência pois aprendem com as diferenças. Proporcionar às crianças com autismo oportunidades de conviver com outras da mesma faixa etária possibilita o estímulo às suas capacidades interativas, impedindo o isolamento contínuo. 
Para Silva (2015) apud Bosa (2006), é de suma importância que as crianças com TEA sejam incluídas desde a Educação Infantil, espaço de desenvolvimento integral da criança, de brincar, imaginar, questionar e aprender através da interação, podendo a partir de práticas pedagógicas inclusivas, favorecer a comunicação, a interação social e a aprendizagem de modo geral.
A inclusão é um movimento mundial de luta das pessoas com deficiências e seus familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade. O termo inclusão já trás implícito a ideia de exclusão, pois só é possível incluir alguém que já foi excluído. Temos que diferenciar a integração da inclusão, na qual na primeira, tudo depende do aluno e ele é que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar, ao passo que na inclusão, o social deverá modificar-se e preparar-se para receber o aluno com deficiência. (SANTOS,2013,p 01)
As crianças com autismo apresentam dificuldades de interação e comunicação o que reforça a ideia da necessidade de que a inclusão escolar no ensino regular dessas crianças seja realizada na educação infantil, quanto mais cedo elas participarem do espaço lúdico, e da interação com outras crianças maior será seu desenvolvimento. O contato com a rotina da escola intercalado com momentos de brincadeiras vai fazendo com que as crianças com TEA se preparem para o aprendizado do ensino fundamental e principalmente descobrir suas potencialidades que poderão ser exploradas e ampliadas. 
Segundo Silva ( 2015) O Autismo geralmente aparece antes dos 36 meses de vida da criança. As características da criança com TEA, geralmente, interferem na aprendizagem e afeta amplamente o desenvolvimento da linguagem, dificultando às habilidades de interação social. O que reforça a ideia de que o quanto antes sejam feitas as intervenções maiores serão as chances de amenizar tais comprometimentos.É nesse sentido que um diagnostico precoce e uma inclusão já nos primeiros anos da educação infantil, vão auxiliar na autonomia e independência das crianças tornando as mais capacitadas para ocupar o seu lugar no ensino regular e descobrir suas próprias potencialidades.
Portanto com a chegada de um aluno autista na educação infantil a sala de aula deve estar programada para recebê-lo e buscar maneiras para auxiliar no seu aprendizado, pois a educação é um ato que proporciona para as crianças o desenvolvimento de suas capacidades, transmitindo valores e praticas culturais que levaram para toda a vida (UCHÔA, 2015).
Conforme Silva (2015), A Educação é um direito de todos e cada vez mais percebemos os benefícios de inserir a criança com TEA, desde a Educação Infantil na escola, através da interação entre os pares e da intervenção dos profissionais pode-se potencializar seu desenvolvimento.
Diante da diversidade e da proposta educacional na perspectiva de uma educação inclusiva (MEC/2008), são garantidos aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/ superdotação, não só o aceso ao ensino regular, mas uma inclusão plena, com direito a aprendizagem e um ensino que pode ir desde a educação infantil até o ensino superior.
A Educação Infantil é um lugar privilegiado, espaço de interação social que pode proporcionar muitas possibilidades de aprendizagem nas diversas áreas como: motora, linguística, social, capaz de favorecer o desenvolvimento de qualquer criança, quando as práticas pedagógicas são bem planejadas em função das necessidades educacionais de cada criança. (SILVA,2015).
Uma instituição educacional que acredita no verdadeiro processo de inclusão deve promover situações diárias onde os alunos da Educação Infantil, cultivem o respeito, cidadania, o cuidar de si e do outro, aceitação, companheirismo e tantos outros valores necessários a formação de um cidadão justo.
São objetivos principais da educação especial, proporcionar a criança com deficiência a promoção de suas capacidades, envolvendo o desenvolvimento pleno de sua personalidade, a participação ativa na vida social e no mundo do trabalho, assim como o desenvolvimento biopsicossocial, proporcionando maior autonomia as crianças de 0 a 5 anos, portadora de necessidades especiais. O trabalho pedagógico deve respeitar o ritmo da criança e propiciar-lhe estimulação adequada para o desenvolvimento de suas habilidades, levando em consideração suas necessidades.
Frequentar a escola de ensino infantil permitirá a criança especial adquirir, progressivamente, conhecimentos cada vez mais complexos, que serão exigidos da sociedade e cujas bases são indispensáveis para a formação de qualquer indivíduo.
A criança tem que ser vista de forma global e educá-la não é apenas trabalhar a mente e sim o todo, abrangendo todos os aspectos inclusive a necessidade de interagir com o meio tendo contato direto com o universo de objetos e situações que o cercam, podendo assim, efetivar suas construções sobre a realidade.
Todas as atividades proporcionadas à criança devem ter por objetivo a aprendizagem ativa que possibilite a criança desenvolver suas habilidades.
Conforme Alcantara (2013) para desenvolver uma prática educacional adequada e eficaz, que supra a necessidade das crianças com TEA é necessário muito investimento pessoal, capacitação, informação, e união de esforços, para que as crianças ampliem suas competências e habilidades, e dê satisfação ao profissional. 
Depois da família a escola é o espaço fundamental para o processo de socialização da criança. A oportunidade de convívio com pessoas não portadoras de deficiência torna possível uma vida de normalidade as crianças com TEA que pode se perceber como uma pessoa capaz de se desenvolver em todos os aspectos. Sabe-se que quanto mais cedo se estabelecer essa integração, será mais fácil a adaptação da criança. Infelizmente não é fácil de conseguir essa interação o desconhecido e o medo por parte das pessoas é um obstáculo.
2.1 METODOLOGIA
A metodologia utilizada para a realização desse artigo foi a pesquisa bibliográfica desenvolvida através de consulta em livros, artigos, dissertações e teses com a utilização da internet como ferramenta auxiliar. Segundo Cervo, Bervian e da Silva (2007, p.61), a pesquisa bibliográfica “constitui o procedimento básico para os estudos monográficos, pelos quais se busca o domínio do estado da arte sobre determinado tema.”;
Busquei coletar e descrever dados e informações referentes aos objetivos propostos no artigo oque se constituiu em uma pesquisa bibliográfica descritiva.
Para Cervo, Bervian e da Silva (2007, p.61), este tipo de pesquisa ocorre quando se registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos, sem manipulá-los.
Segundo Barros e Lehfeld (2000, p.71) por meio de pesquisas descritivas, procura-se descobrir com que frequência um fenômeno ocorre, sua natureza, suas características, causas, relações e conexões com outros fenômenos.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A necessidade de trabalhar com a criança com TEA desde os primeiros anos de vida, tornando-se fundamental seu ingresso na escola, desde a Educação infantil, o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças autistas precisa de tempo e espaço para acontecer, porque sua realização não é fácil e nem imediata, fazendo-se necessário  preparar professores e ambiente propicio a esse aprendizado.
Os dados e informações obtidos na pesquisa nos levam a conclusão de que a educação infantil é primordial para a aquisição do aprendizado, principalmente nos primeiros anos de vida, quando a criança encontra-se em período de maturação orgânica e seu sistema nervoso está sendo moldado pelas experiências e estímulos recebidos e internalizados. 
A estimulação da criança com TEA na fase inicial da vida é extremamente importante para o desenvolvimento da criança e minimizam as ocorrências de possíveis déficits de linguagem na primeira infância, o cérebro humano é altamente flexível devendo ser estimulado para que possa desenvolver todas as suas potencialidade.
A ludicidade na educação infantil torna-se uma aliada fundamental para o desenvolvimento emocional, e cognitivo da criança possibilitando a integração com as demais crianças de forma prazerosa reconhecendo o mundo ao seu redor e descobrindo suas potencialidades apesar de suas limitações.
REFERÊNCIAS
ALCANTARA, Sandra Kelly, FRIGHETTO, Alexandra Magalhães, Autismo: Os Benefícios da Interação Professor/Aluno/Família. 2013. Disponível em:< http://revistanativa.com/index.php/revistanativa/article/viewFile/87/pdf > acesso:
SANTOS, M. et al. O Autista no Contexto Escolar. 2013. Disponível em:< https://psicologado.com/atuacao/psicologia-escolar/o-autista-no-contexto-escolar © Psicologado.com> acesso :
SILVA, Aline Maira. Educação Especial e Inclusão Escolar : historia e fundamentos. Curitiba: InterSaberes, 2012.
SILVA, Cleonice Aparecida, SILVA, Rosimeri Arruda Práticas pedagógicas inclusivas com crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na Educação Infantil. 2015, Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Pedagogia) Centro de Educação- UFPE. 2015
TRINDADE, Patricia .A IMPORTANCIA DA LUDICIDADE NO APRENDER DA CRIANÇA. 2012 Disponível em: < http://enfrentandooautismo.blogspot.com.br/2012/04/importancia-da-ludicidade-no-aprender.html
UCHÔA,Yasmin Figueredo. A Criança Autista na educação infantil: desafios e possibilidades na educação inclusiva. 2015 Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Pedagogia) Universidade Estadual da Paraíba, Centro de Educação 2015
ZILIOTTO, Gisele Sotta. Fundamentos psicológicos e biológicos das necessidades especiais. 2.ed.rev.Curitiba:Ibpex 2007.
�	 Psicóloga, Bacharel em psicologia pela Universidade de Passo Fundo. UPF- Especialização em educação especial e inclusiva pela Uninter. 
�	 Matemático, Neuropsicológo, Especialista em Educação Especial e Especialista em Educação Étnico-Raciais.Professor Orientador do Centro Universitário Internacional UNINTER.

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