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Avaliação do Idoso - Fisioterapia Geriátrica

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Avaliação Fisioterapêutica do Idoso
Normalmente, o envelhecimento vem acompanhado de declínio da funcionalidade geral e a motora é quase sempre a mais comprometida. O equilíbrio dos sistemas cardiovascular, osteomuscular, neuroendócrino, nervoso e sensorial é necessário para boa funcionalidade geral, incluindo a marcha. O conhecimento dessas alterações é essencial para a construção do diagnostico, prognostico e plano de tratamento.
Na fisioterapia é importante uma boa avaliação do idoso para que possamos elaborar o tratamento para independência nas AVD´s, minimizar as consequências das alterações fisiológicas e patológicas acompanhadas do processo de envelhecimento, promovendo melhora da mobilidade. 
Principais alterações fisiológicas do envelhecimento que interferem na funcionalidade e motricidade
Tecido Muscular: Após os 60 anos, o ritmo de perda das fibras musculares se acelera levando a uma atrofia e perda de força muscular. Há uma perda da elasticidade do tecido, devido a diminuição de fibras musculares tipo II, de condução rápida, aumento do tecido gorduroso e presença de ligações aleatórias de colágeno, consequentemente prejuízo de unidades motoras funcionais (Granger, 1997).
Sistema Cardiorespiratório: Entre os 20 e 60 anos, a capacidade aeróbica tende a diminuir 1% ao ano contribuindo para o declínio funcional. Mudanças nos hábitos cotidianos, são visíveis com o envelhecimento, além do que a diminuição da atividade física e o sedentarismo propiciam uma maior debilidade e fadiga da musculatura do idoso. Esse sedentarismo torna-se um ciclo vicioso, pois diminui também contribui para um descondicionamento cardiorespiratório, que tem como consequência o declínio funcional e da mobilidade (Vandervoort, 1998).
Propriocepção: há uma degeneração dos receptores proprioceptivos, principalmente nas informações proprioceptivas inconscientes dos movimentos articulares, as quais influenciam a capacidade de controle da precisão, da agilidade e do automatismo dos movimentos corporais (Alexander, 1994; Craik, 1993; Lewis e Bomttoley, 1994).Essas alterações levam a diminuição no comprimento e na altura dos passos, na diminuição da flexão de joelhos e tronco, perda de sincronismo de membros superiores e aumento da base de apoio. Tudo isso está relacionado a mecanismos de compensação da marcha, mas pode resultar em quedas (Gomes e Diogo, 2004).
Degeneração das estruturas articulares: Componentes articulares tornam-se menos flexíveis. Ocorre calcificação, diminuição da vilosidade e da vascularização das cartilagens. Estas alterações podem gerar desestabilização biomecânica da marcha e desajustes da mobilidade articular pela incongruência de seus compartimentos (Gomes e Diogo, 2004).
Perda da massa óssea: mesmo a fisiológica, pode trazer riscos ao idoso. Podem ocorrer algumas alterações posturais, tais como: aumento da cifose, protusão de ombros e de pescoço e diminuição da estatura que levam a alteração na estabilidade de deambular e dificuldades na realização de atividades funcionais (Olney e Culham, 1998).
Sistema Nervoso Central e Periférico: A atrofia cerebral, a perda do número de células neuronais e as alterações dos componentes bioquímicos do tecido cerebral têm papel preponderante na realização do ato motor. A diminuição dos neurotransmissores cerebrais é uma das alterações mais importantes decorrentes do processo de envelhecimento, que interferem na função motora (Lewis e Bottomley, 1994).
Anamnese
A anamnese de pacientes idosos pode requerer um tempo maior pois podem ter características que interferem na avaliação. Na entrevista devemos considerar:
Déficits sensoriais: Dentaduras, óculos de grau ou aparelhos auditivos devem ser usados, se for o caso, para facilitar a comunicação durante a entrevista. Iluminação adequada e eliminação da distração visual ou auditiva podem ajudar.
Relato incompleto de sintomas: por considerarem que fazem parte do envelhecimento normal (p. ex., dispneia, déficits auditivos e visuais, problemas de memória, incontinência, distúrbios de marcha, constipação intestinal, tontura, quedas). Porém, nenhum sintoma deve ser atribuído ao envelhecimento normal, a menos que outras causas possíveis sejam eliminadas.
Déficit de memória: Os pacientes podem não se lembrar com precisão de doenças passadas, internações, cirurgias e uso de medicamentos; os médicos podem ter que obter esses dados de outras fontes (p. ex., por meio dos membros da família ou prontuários).
Medo: O idoso pode relutar em informar determinados sintomas pelo receio de ser hospitalizado, pois associa esse fato à morte.
Distúrbios e problemas associados à idade: A depressão (comum em idosos vulneráveis ou em risco), perdas cumulativas associadas à idade avançada e o desconforto decorrente de uma enfermidade podem tornar o paciente idoso menos apto a dar informações relacionadas à saúde aos médicos. Os indivíduos com degeneração da função cognitiva podem ter problemas em descrever as dificuldades, impedindo a avaliação médica.
Identificação 
Deve incluir nome, idade, gênero, idade, estado civil, escolaridade, peso, altura, profissão, naturalidade e procedência, hábitos de vida e dados para contato.
Exames físicos
Inspeção, palpação, ausculta e sinais vitais. 
Questões r elativ as à dur ação do declínio funcional podem 
adicionar informações muito úteis , como: 
Lucidez 
Questões relativas quanto a duração do declínio funcional pode adicionar informações muito úteis, como: Quanto tempo você não vai ao mercado?
Permitir que o paciente fale com orgulho de sua vida e realizações podem facilitar a interação terapeuta-paciente, visto que o idoso é propenso a se fechar durante as entrevistas. Se estiver lúcido, deixá-lo ser entrevistado sozinho pode o encorajar para discussões de assuntos pessoais. 
O formulário do estado mini mental adotado pode ajudar a elucidar quanto ao estado de lucidez do paciente. 
Medicamentos
Deve ser registrado os medicamentos usados, doses, horários, medicamentos de uso tópico, automedicação, médico que o prescreveu e motivo. 
História nutricional
Quantidade e qualidade dos alimentos, frequência por dia e semana. Indagar quanto a dietas especiais e ingestão de álcool, vitaminas ou suplementos ingeridos por conta própria.
História Psiquiátrica 
Algumas vezes, podem apresentar sintomas como insônia, perda de peso, fadiga, aumento do consumo de álcool, e são facilmente encontrados em idosos. Episódios frequentes de choro e desespero podem demonstrar pacientes depressivos. 
A Escala de Depressão Geriátrica pode ajudar a identificar sintomas de depressão. 
Estado Funcional
Avaliação funcional pode ser constituída por vários itens, porem as comuns são relacionadas a questões referentes à mobilidade, AVD´s, e algumas avaliações contemplam o desempenho do indivíduo no trabalho, no ambiente social e no lazer.
Escalas de avaliação do estado funcional
Índice de AVD’s de Katz: esse índice avalia o indivíduo em seis tarefas básicas de vida diária (banho, vestuário, higiene, transferências, continência, alimentação).
Índice de Barthel: avalia o potencial funcional e os resultados do tratamento de reabilitação dos indivíduos que sofreram um AVE, esse teste mede o grau de assistência exigido, em dez atividades (alimentação, banho, higiene pessoal, vestir-se, controle da bexiga, do intestino, transferências cadeira e cama, deambulação e subir e descer escadas).
Berg Test: Avalia o equilíbrio em 14 situações: assentado sem suporte, passando de assentado para de pé, de pé sem suporte em tempo progressivo até 2 minutos, de pé sem suporte com os pés juntos, pegar um objeto ao chão, girar 360°, um pé à frente, passar de pé para assentado, ficar de pé com os olhos fechados, projetar-se para frente, rodar o tronco e olhar para trás. Cada tarefa é subdividida e pontuada de 0 a 4 pontos de acordo com o grau de dificuldade.
Avaliação da marcha
A avaliação requer um corredor em linha reta, sem distrações ou obstruções, e um cronômetro.
Osdispositivos de assistência ou apoio fornecem estabilidade, mas também afetam a marcha. 
O uso de andadores muitas vezes resulta em postura flexionada e marcha descontínua. Caso o paciente use bengala, o fisioterapeuta deve andar ao lado da bengala ou apoiar seu braço e caminhar com ele. 
O equilíbrio é avaliado mediante mensuração do tempo em que o paciente fica apoiado em ambos os pés em posição unipodal; o normal é ≥ 5 s.
A velocidade da marcha é medida usando um cronômetro. Os pacientes são cronometrados ao caminhar uma distância fixa (preferencialmente, 6 ou 8 m) na velocidade preferida do paciente. O teste pode ter que ser repetido com o paciente andando o mais rápido possível. A velocidade normal da marcha em idosos saudáveis varia de 1,1 a 1,5 m/s.
A cadência é medida no formato de passos/min. Varia com o comprimento da perna em cerca de 90 passos/min para adultos altos (1,83 m) para cerca de 125 passos/min para adultos baixos (1,5 m).
O comprimento da passada pode ser determinado pela medida da distância percorrida em passos de 10 e dividindo esse número por 10. Como as pessoas mais baixas dão passos mais curtos e o tamanho do pé está diretamente relacionado à estatura, o comprimento normal da passada é três comprimentos do pé, e o comprimento anormal da passada é < 2 comprimentos do pé. Uma regra de ouro é que, se pelo menos um metro de comprimento é visível entre as passadas do paciente, o comprimento da passada é normal.
Referências
REGIS, M.O. R., ALCÂNTARA, D. & GOLDSTEIN, G. C. DE A. Prevalência da Síndrome da Fragilidade em idosos residentes em Instituição de Longa Permanência na cidade de São Paulo. Revista Kairós Gerontologia,16(3), pp. 251-262, 20 13. Disponível em: http://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/view/18802, acesso em 21/09/2019. 
JACOB FILHO, W; KIKUCHI E L. Geriatria e gerontologia básicas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 
COSTA, E. F. A.; MONEGO, E. T. - Avaliação Geriátrica Ampla (AGA). Revista da UFG, Vol. 5, No. 2, dez 2003 online. Disponível em http://www.proec.ufg.br/revista_ufg/idoso/aga.html. Acesso em 21/09/2019
Silva, S., Vieira, R., Arantes, P., & Dias, R. (2009). Avaliação de fragilidade, funcionalidade e medo de cair em idosos atendidos em um serviço ambulatorial de Geriatria e Gerontologia . Fisioterapia E Pesquisa, 16(2), 120-125. https://doi.org/10.1590/S1809-29502009000200005. Acesso em: 21/09/2019
A anamnes e de paciente idos os r equer um tempo maior 
que de pacientes mais j ov ens . 
•Deficiências s ens or iais ( alter ações auditivas ou v is uais) e 
comprometimentos de demência podem inter f er ir no 
pr oces s o de av aliação. 
•Podem omitir s intomas tais como dis pneias , diminuição da 
acuidade v is ual, alter ações da memória, tontur as e quedas 
por acharem comuns na 
A anamnes e de paciente idos os r equer um tempo maior 
que de pacientes mais j ov ens . 
•Deficiências s ens or iais ( alter ações auditivas ou v is uais) e 
comprometimentos de demência podem inter f er ir no 
pr oces s o de av aliação. 
•Podem omitir s intomas tais como dis pneias , diminuição da 
acuidade v is ual, alter ações da memória, tontur as e quedas 
por acharem comuns

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