Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Gabriela Nogueira Barros Porto Nacional 2019/2 Medida: 7-10cm comprimento; Diâmetro 0,5cm. Irrigação: a. apendicular < a. ileal < a. ileocólica < colateral AMS. Localização: FID; base sempre fixa no ceco – confluência das tênias; ponta variável; mais comum = retrocecal. Anatomia Causa mais comum de abdome agudo cirúrgico e de AAI; Comum entre 5 e 40 anos, com pico aos 20-30 anos (hiperplasia do tecido linfoide); Causa mais comum de cirurgia extrauterina em gestantes; Sexo masculino; Fisiopatologia: Hiperplasia do tecido linfoide (principal); Obstrução da luz do apêndice por fecalitos; Obstrução por parasitas; Obstrução por corpo estranho; Obstrução por tumor; Epidemiologia e Fisiopatologia Acúmulo de secreção com supercrescimento bacteriano > aumento da pressão intraluminal e distensão. Efeito Desencadeante Obstrução do lúmen apendicular Comprometimento do retorno venoso e linfático > isquemia > necrose e perfuração. Inicia com dor abdominal INSIDIOSA em epigástrio ou periumbilical (dor visceral), seguida de anorexia, náuseas e vômitos (surgem após a dor), que progride e irradia para FID (12-24h); 25% já começa na FID. Febre baixa: 37,5 e 38ºC. Decúbito dorsal e pernas fletidas. Cuidado com crianças, idosos, gestantes e obesos. Quadro Clínico Inspeção: Flexão de MID, quieto no leito, distensão abdominal – íleo paralítico secundário (quando presença de pus, pode ocorrer irritação da cavidade abdominal). Ausculta: RHA diminuidos ou ausentes, devido a irritação da cavidade abdominal e diminuição do peristaltismo. Exame Físico Palpação: Dor a palpação do ponto de McBurney; Blumberg: Dor a descompressão brusca de FID; Rovsing: Dor em FID após compressão de FIE; Sinal de Dunphy: dor à percussão do ponto de McBurney; dor ao tossir Exame Físico Sinal do Psoas: dor no QID após flexão da coxa direita, com paciente em DLE. Sinal do Obturador: dor após flexão da perna e rotação interna da coxa, com paciente em DD. Toque retal? Não. Toque vaginal? Sim, quando houver suspeita de DIPA. Exame Físico O diagnóstico de apendicite é CLÍNICO. Paciente apresenta quadro clínico clássico, SEM suspeita de diagnóstico diferencial, NÃO necessita solicitar exames (Homens). Na prática e na prova escrita: solicita a rotina de abdome agudo. Leucocitose moderada com neutrofilia. Leucograma normal NÃO exclui apendicite. Rx abdome: Apendicolito; Apagamento do Psoas; Nível hidroaéreo em FID, Escoliose antálgica; RX tórax: sem alterações. Diagnóstico O 1º exame a ser solicitado é a USG de ABDOME. Apêndice não compressivo (>6mm diâmetro) Presença de apendicolito Líquido ou massa periapendicular Dor à compressão do transdutor Dúvida Diagnóstica Padrão ouro: a TC de abdome. USG inconclusivo; Obesos; Massa palpável; Suspeita de tumor; Suspeita de perfuração; Dúvida Diagnóstica Adultos: Ileite de crohn; Diverticulite de cólon direito; Litíase renal; ITU; Torção testicular; Pancreatite. Mulheres: DIPA – questionar corrimento e fazer toque VAGINAL; Cisto de ovário roto ou torção de ovário; Gravidez; ITU; Nefrolitíase; Ovulação dolorosa/dor do meio. Crianças: GECA, adenite mesentérica; pneumonia, meningite, diverticulite de Meckel. Diagnósticos Diferenciais Perfuração: dor + intensa e febre alta; Raro antes de 12h; Extremos de idade; Bloqueio → plastrão e processo localizado Peritonite generalizada Peritonite: Íleo paralítico; Rigidez generalizada; Sinais de irritação peritoneal difusa. Apendicite hiperplásica/pseudotumoral. Raro antes de 12h. Complicações O tratamento é sempre cirúrgico? Teoricamente NÃO! Dieta zero HV Laparoscopia (melhor) x Laparotomia ATB – perfuração, necrose ou de abscessos localizados. Indicação de tratamento não cirúrgico: Apendicites hiperplásica/pseudotumorais, que formam plastrão, com quadros arrastados (1 semana) drenagem percutânea + ATB + programar cirurgia em 6 a 10 semanas. Tratamento Via preferencial: Apendicectomia Via laparoscópica - Diagnóstica e terapêutica, melhor avaliação da cavidade Incisão localizada no ponto de McBurney: Pacientes sem sinais de peritonite difusa. Retira o apêndice e liga a base; bolsa de tabaco. Tratamento Cirúrgico Laparotomia mediana: Paciente com sinais de peritonite difusa → dor difusa e intensa, abdome em tábua, que piora com a movimentação, febre, distensão abdominal, náuseas e vômitos, parada na eliminação de flatos e fezes; Plastrão palpável; Dúvida diagnóstica. Base do apêndice necrosada → retira ceco e íleo terminal. Complicações pós-operatórias: infecção de pele é a mais comum. Tratamento Cirúrgico Diverticulite de Meckel – buscar até 100 cm de delgado. Doença inflamatória intestinal. Salpingite Retirar o apendice e evitar dúvidas futuras. Apendice Normal A Apendicite Aguda é considerada a emergência cirurgica mais comum. Sobre esta patologia responda a alternativa correta: A) A complicação pós operatória mais comum é deiscência de ferida. B) Quadro clinico compatível com apendicite aguda, associado a exame físico compatível, em paciente do sexo masculino, necessita de TC de abdome com contraste VO ou EV para confirmação diagnóstica. C) Poucos episódios de vômito, febre alta, Blumberg e Murphy (+) são característicos do quadro clínico. D) Fecaloma é considerada a causa mais comum de Apedicite Aguda. E) Perfuração, necrose ou abcesso são indicações do uso de ATB. A Apendicite Aguda é considerada a emergência cirurgica mais comum. Sobre esta patologia responda a alternativa correta: A) A complicação pós operatória mais comum é deiscência de ferida. B) Quadro clinico compatível com apendicite aguda, associado a exame físico compatível, em paciente do sexo masculino, necessita de TC de abdome com contraste VO ou EV para confirmação diagnóstica. C) Poucos episódios de vômito, febre alta, Blumberg e Murphy (+) são característicos do quadro clínico. D) Fecaloma é considerada a causa mais comum de Apedicite Aguda. E) Perfuração, necrose ou abcesso são indicações do uso de ATB. Um adolescente de 14 anos, com queixa de dor abdominal, inicialmente periumbilical, com posterior migração para a fossa ilíaca direita, há 2 dias, refere febre de 38°C, vômitos e anorexia. Nega sintomas semelhantes e alteração do hábito intestinal ou disúria. Ao exame abdominal, observam-se abdome tenso e sinais de irritação peritoneal na fossa ilíaca direita. Com base na principal hipótese diagnóstica, assinale a alternativa correta: A) É necessária a solicitação de exames complementares como hemograma e ultrassonografia de abdome para definição diagnóstica. B) O tratamento deve ser clínico e consiste em internação hospitalar, jejum, hidratação e antibioticoterapia com cobertura para germes Gram negativos e anaeróbios. C) O paciente deve ser encaminhado ao centro cirúrgico, sem a realização de exames complementares, para se submeter ao tratamento cirúrgico, de preferência por videolaparoscopia.D) A complicação pós-operatória mais comum dessa patologia é a fístula entérica. E) Se for feita a opção por tratamento cirúrgico convencional, a via de acesso de escolha é a incisão mediana, pois há grande chance de o paciente apresentar peritonite purulenta generalizada. Um adolescente de 14 anos, com queixa de dor abdominal, inicialmente periumbilical, com posterior migração para a fossa ilíaca direita, há 2 dias, refere febre de 38°C, vômitos e anorexia. Nega sintomas semelhantes e alteração do hábito intestinal ou disúria. Ao exame abdominal, observam-se abdome tenso e sinais de irritação peritoneal na fossa ilíaca direita. Com base na principal hipótese diagnóstica, assinale a alternativa correta: A) É necessária a solicitação de exames complementares como hemograma e ultrassonografia de abdome para definição diagnóstica. B) O tratamento deve ser clínico e consiste em internação hospitalar, jejum, hidratação e antibioticoterapia com cobertura para germes Gram negativos e anaeróbios. C) O paciente deve ser encaminhado ao centro cirúrgico, sem a realização de exames complementares, para se submeter ao tratamento cirúrgico, de preferência por videolaparoscopia. D) A complicação pós-operatória mais comum dessa patologia é a fístula entérica. E) Se for feita a opção por tratamento cirúrgico convencional, a via de acesso de escolha é a incisão mediana, pois há grande chance de o paciente apresentar peritonite purulenta generalizada. Paciente, sexo feminino, 29 anos, histerectomizada, sem comorbidades, apresenta quadro de dor abdominal com início há 2 dias em região epigástrica e piora há 2 horas, com mais intensidade em FID. Refere hiporexia, 3 episódios de vômitos e febre termometrada 38ºC. Ao exame físico: BEG, LOTE, febril 38ºC, sinais vitais sem alterações. Abdome plano, flácido, sem cicatriz cirurgica e apresenta dor a descompressão brusca em FID. A) Diagnóstico sindrômico? B) Diagnóstico etiológico mais provável? C) Cite 2 Dx diferenciais. D) Quais sintomas e achados no exame físico sugerem sua HD? E) Como fecha o Dx? F) Qual sua próxima conduta? G) Qual exame solicitaria inicialmente? H) Qual exame solicitaria para confirmar Dx? I) Qual o tratamento indicaria? se cirúrgico, melhor via. J) Se procedimento cirúrgico convencional, qual incisão? E qual incisão em casos de complicação? A) Diagnóstico sindrômico? AAI B) Diagnóstico etiológico mais provável? Apendicite aguda C) Cite 2 Dx diferenciais. Ileite de crohn; Diverticulite de cólon direito; Litíase renal; ITU; D) Quais sintomas e achados no exame físico sugerem sua HD? Dor progressiva e migratória, hiporexia, vômitos, febre baixa e blumberg + E) Como fecha o Dx? Clínico F) Qual sua próxima conduta? Rotina de AA G) Qual exame solicitaria inicialmente? USG de abdome H) Qual exame solicitaria para confirmar Dx? TC de abdome I) Qual o tratamento indicaria? se cirúrgico, melhor via. Cirurgico, apendicectomia via laparoscópica. J) Se procedimento cirúrgico convencional, qual incisão? E qual incisão em casos de complicação? Incisão de McBurney para convencional e Mediana em complicação. Atenção para sexo e idade do paciente (NÃO PEÇA beta-HCG para homens ou para mulheres fora da idade fértil e histerectomizadas); “Nada” ou “Nenhum” também podem ser a resposta correta; Se você tem certeza de uma resposta, não fique procurando interpretações amplas para as perguntas. Atenção para questões em que há duas perguntas (Exemplo: “Qual o diagnóstico sindrômico? Justifique.”) Não esqueça de colocar de que região vai pedir o exame de imagem. (Exemplo: “USG de abdome total”, “Rx de tórax”, “TC de abdome com contraste VO”... DICAS DE PROVA Leia com muita atenção, palavra por palavra. Geralmente as armadilhas ficam NO MEIO da frase... Quem lê somente o início e o fim, erra. Ao ler o caso clínico, vai destacando tudo que pode direcionar para o tipo de abdome agudo, para não se confundir na hora de responder; RISQUE LOGO PALAVRAS ERRADAS. NÃO IR PRA PROVA SEM SABER OS EXAMES DE ROTINA DE AA! A prova geralmente é muito extensa, não dá tempo de colar (e os monitores não deixam); FIQUE CALMO (A)! A maioria das pessoas que se saem mal na N1 surtam na hora da prova e escrevem coisas incoerentes, mesmo sabendo a matéria. O que de tão ruim pode acontecer se você tirar 1 nota baixa? Se acontecer, estude o dobro pra N2 (em que você já vai estar acostumado com o tipo de prova , portanto vai se sair melhor) e segue o baile. DICAS DE PROVA FIM
Compartilhar