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Resumo Processo civil III

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RESUMO: PROCESSO CIVIL III – AV1
COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA E RECURSO DOS TRIBUNAIS
Competência originária, em que o processo tem origem naquele órgão. 
Competência recursal, em que o processo origina-se em instância inferior, ou seja, em outro órgão, mas “sobe” até determinado tribunal por meio de recurso.
Então, imagine que um processo teve início perante os juízes federais. Da decisão do juiz federal poderá caber recurso, que, normalmente, será julgado pela instância seguinte – os Tribunais Regionais Federais (TRF), nos termos do art. 108, II da CF/88.
Nesse caso, o juiz federal exerceu a competência originária, e o TRF sua competência recursal.
Exceções:
Nem todas as ações se iniciam no primeiro grau 
Há ações que se iniciam diretamente no TRF, como é o caso do julgamento dos juízes federais. Ou seja, juiz federal cometeu crime. Quem julga? Outro juiz federal? Não... O processo se inicia diretamente (originariamente) no TRF.
O Presidente da República cometeu crime comum no exercício das suas atribuições. Quem julga? O juiz federal, o juiz estadual? Não, o processo se inicia diretamente no STF (após o juízo de admissibilidade realizado pela Câmara dos Deputados, nos termos do art. 51, I , da Constituição Federal).
ORDEM DOS PROCESSOS NO TRIBUNAL
1 - Uma vez estando no tribunal, os autos serão registrados e distribuídos a um dos órgãos internos, podendo ser câmara ou turma. 
2 - Após, será feita a distribuição com base no regime interno, observando a alternatividade – equilibrar o volume de processo para cada um, sorteio eletrônico, como forma de determinar quem será competente para julgar, e a publicidade, para que as partes tenham conhecimento de todos os atos praticados. 
3 – Por fim, o relator, terá o prazo de 30 dias, para encaminhar o relatório para secretaria.
PODERES DO DESEMBARGADOR RELATOR
Art. 932. Incumbe ao relator:
I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar auto composição das partes;
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal;
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida;
IV - negar provimento a recurso que for contrário a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado originariamente perante o tribunal;
VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso;
VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal.
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.
CONCEITO DE RECURSO
Recurso é um meio de impugnação voluntário, previsto em lei, através do qual a parte ou quem esteja legitimado a intervir na causa provoca o reexame das decisões judiciais.
REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE
São intrínsecos: Os requisitos intrínsecos dizem respeito ao direito de recorrer bem como ao exercício deste direito.
- Legitimidade para recorrer - De acordo com o art. 499 do CPC, caput “o recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público.
- Interesse para recorrer - O interessado deve vislumbrar, na veiculação do recurso, alguma utilidade que somente pode ser obtida através de via recursal, fazendo-se necessário para tanto que a parte interessada em recorrer tenha sofrido algum prejuízo jurídico em decorrência da decisão judicial a ser atacada ou tenha ficado insatisfeita com tal decisão
São extrínsecos: Diz respeito ao modo como se pode recorrer a esse direito.
- Regularidade formal - o recurso só será admitido se o procedimento utilizado para sua interposição pautar-se nos critérios descritos em lei.
- Tempestividade - Pelo requisito da tempestividade, o prazo para a interposição do recurso cabível deve obedecer ao previsto em lei, já que os prazos são em regra peremptórios, sob pena de a não obediência de tal pressuposto ensejar a preclusão temporal
PRINCÍPIOS RECURSAIS
Principio do Duplo Grau de jurisdição: Qualquer parte tem o direito de ter a decisão judicial desfavorável que foi proferida contra si, revista por um órgão jurisdicional diferente e de hierarquia superior.
OBS: Não está expresso na CF, é fruto de interpretação da constituição.
Princípio da taxatividade: Somente pode se valer dos recursos, que tem previsão em lei.
Principio da unirrecorribilidade, singularidade ou unicidade: Para cada tipo de decisão, cabe um único recurso específico.
Exceções: Contra decisões interlocutórias, cabem agravo de instrumento, embargos de declaração ou até mesmo apelação.
Principio da fungibilidade recursal: A possibilidade de se admitir um recurso, no lugar do outro.
Desde que:
- Não tenha havido esgotamento do prazo do recurso correto.
- Não haja erro grosseiro.
- Não tenha havido má-fé do recorrente.
Principio da reformatio in pejus: O recurso não pode piorar, agravar a situação do recorrente, apenas para beneficiar.
Principio do dispositivo: A decisão do juiz, está limitado ao que foi pedido pela parte.
TIPOS DE RECURSOS
Do cabimento da Apelação- Da sentença e cabível apelação e as questões resolvidas na fase de conhecimento.
Do cabimento do Agravo de Instrumento- O Agravo de Instrumento tem cabimento restrito ao que a Lei Disciplina sua função e impugnar decisões interlocutórias.
Artigo 1015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I-Tutelas provisórias;II - mérito do processo;III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;VI - exibição ou posse de documento ou coisa;VII - exclusão de litisconsorte;VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o;XII - (VETADO);XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.
Do cabimento do Agravo Interno- O Agravo Interno se presta a impugnar decisões Monocráticas do Relator.
Do cabimento do Embargo de Declaração – Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;III - corrigir erro material.
Recurso Ordinário- Serão julgados em recurso ordinário. (art. 1027 do novo CPC)
I - pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão;
II - pelo Superior Tribunalde Justiça:
a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
b) os processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.
§ 1o Nos processos referidos no inciso II, alínea b, contra as decisões interlocutórias caberá agravo de instrumento dirigido ao Superior Tribunal de Justiça, nas hipóteses do art. 1.015.
§ 2o Aplica-se ao recurso ordinário o disposto nos arts. 1.013, § 3o, e 1.029, § 5o.
Do recurso Extraordinário e do Recurso Especial- Em se tratando de recurso especial e extraordinário, o NCPC permite que o STJ e o STF desconsiderem vício formal e admitam um recurso tempestivo, desde que não o repute grave.
Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas.
Do Agravo em Recurso Especial e em Recurso Extraordinário-
O Agravo se presta a impugnar a decisão que inadmite o recurso especial ou extraordinário em certas situações, exemplo de intempestividade. Não tem recolhimento de custas, desde que seja assegurada a sustentação oral é permitido que seja julgado o agravo com os demais recursos na sessão.
Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos
Dos Embargos de Divergência
Os Embargos de Divergência no Novo CPC tiveram ampliadas as hipótese de cabimento alem disso e cabível a interposição quando a divergência tiver sido no mesmo órgão, condicionada à alteração de mais da metade de seus membros, quando os mesmos são interpostos no STJ, interrompem o prazo para interposição do recurso Extraordinário.
Art. 1.043. É embargável o acórdão de órgão fracionário que:
I - em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito;
II-(Revogado pela Lei nº 13.256, de 2016)
III - em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo um acórdão de mérito e outro que não tenha conhecido do recurso, embora tenha apreciado a controvérsia;
IV-(Revogado pela Lei nº 13.256, de 2016)
§ 1o Poderão ser confrontadas teses jurídicas contidas em julgamentos de recursos e de ações de competência originária.
§ 2o A divergência que autoriza a interposição de embargos de divergência pode verificar-se na aplicação do direito material ou do direito processual.
§ 3o Cabem embargos de divergência quando o acórdão paradigma for da mesma turma que proferiu a decisão embargada, desde que sua composição tenha sofrido alteração em mais da metade de seus membros.
§ 4o O recorrente provará a divergência com certidão, cópia ou citação de repositório oficial ou credenciado de jurisprudência, inclusive em mídia eletrônica, onde foi publicado o acórdão divergente, ou com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores, indicando a respectiva fonte, e mencionará as circunstâncias que identificam ou assemelham os casos confrontados".
RECURSO ADESIVO
Recurso Adesivo: Não é uma nova espécie de recurso. É conhecido como recurso subordinado, deve haver anteriormente um recurso interposto pela parte contrária. 
OBS: O que permite esse recurso é a sucumbência recíproca. Ou seja, ambas as partes, saíram perdendo e vencendo no processo.
Ex: Seu cliente pede indenização por danos morais e materiais, no entanto, ele foi vencido no dano moral e vencedor no dano material, ou seja, ganhou parcialmente, daí, imaginemos que seu cliente ficou satisfeito, no entanto, a parte contrária entra com o recurso questionando aquilo que você saiu ganhando, nesta hora, seu advogado, pode aproveitar a oportunidade, pra rediscutir sobre aquilo que você já havia perdido.
PREPARO
Conceito: É basicamente o pagamentos das custas judiciais que é feita no ato da interposição.
Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.
§ 1o São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, os recursos interpostos pelo Ministério Público, pela União, pelo Distrito Federal, pelos Estados, pelos Municípios, e respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal.
§ 2o A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias.
Ou seja, Seu recurso não será considerado deserto, se por algum motivo, você depositar um valor a menos, terá o prazo de 5 dias para completar o valor.
§ 3o É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos eletrônicos.
OBS: Não existe mais posse de remessa e retorno para os processos eletrônicos.
§ 4o O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção.
Ou seja, entrou com recurso, você tem que comprovar que recolheu o preparo, caso não faça, será intimado para recolher em dobro.
§ 5o É vedada a complementação se houver insuficiência parcial do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, no recolhimento realizado na forma do § 4o.
Caso você não tenha comprovado o recolhimento, foi intimado pra recolher em dobro, no entanto, você recolhe a menos. Neste caso, você não poderá completar.
§ 6o Provando o recorrente justo impedimento, o relator relevará a pena de deserção, por decisão irrecorrível, fixando-lhe prazo de 5 (cinco) dias para efetuar o preparo.
Se o recorrente, conseguir provar que não recolheu o preparo, por algum justo impedimento.
§ 7o O equívoco no preenchimento da guia de custas não implicará a aplicação da pena de deserção, cabendo ao relator, na hipótese de dúvida quanto ao recolhimento, intimar o recorrente para sanar o vício no prazo de 5 (cinco) dias.
REEXAME NECESSÁRIO
O reexame necessário constitui exigência da lei para dar eficácia a determinadas sentenças. Consiste na necessidade de que determinadas sentenças sejam confirmadas pelo Tribunal ainda que não tenha havido nenhum recurso interposto pelas partes. Assim, enquanto não sujeito ao reexame necessário, tais sentenças não poderão ser executadas.
De acordo com o artigo 496, do Código de Processo Civil, "está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:
I – proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público;
II – que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal".
Hipóteses de dispensas da Remessa Necessária
Como já havia adiantado, o instituto perdeu um pouco de sua aplicabilidade (mas não de sua importância), pois agora só é exigível em causas de conteúdo econômico realmente relevantes, vejamos:
Art. 496. § 3º Não se aplica o disposto neste artigo (remessa necessária) quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a:
I – 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público;
II – 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados;
III – 100 (cem) salários-mínimospara todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público

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