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Importância da Educação Inclusiva


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0 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEDIANE DO JORGE DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂCIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO COTIDIANO ESCOLAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Feira de Santana 
2019 
1 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEDIANE DO JORGE DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂCIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO COTIDIANO ESCOLAR 
 
 
Projeto apresenta como exigência da disciplina PPE 
– Projeto. 
 
Orientador (a): Marcia Cristina de Faria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Feira de Santana 
2019 
2 
 
A IMPORTÂCIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO COTIDIANO 
ESCOLAR 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema 
educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de 
forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades 
físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e 
necessidades de aprendizagem (BRASIL, 2015). 
A educação inclusiva visa apoiar as qualidades e necessidades de cada um e 
de todos os alunos da escola. Enfatizando a necessidade de se pensar na 
heterogeneidade do alunado como uma questão normal do grupo/classe e pôr em 
macha um delineamento educativo que permita aos docentes utilizar os diferentes 
níveis instrumentais e atitudinais como recursos intrapessoais e interpessoais que 
beneficiem todos os alunos (SANCHEZ, 2005). 
A inclusão escolar está diretamente relacionada às ações políticas, 
pedagógicas, culturais e sociais. Esse movimento torna possível a interação de 
crianças com necessidades especiais junto com as crianças sem necessidades 
especiais convivendo no mesmo ambiente escolar, aprendendo e respeitando as 
diferenças (LIMA, 2006). 
 
1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA 
 
A questão central deste trabalho foi promover uma reflexão sobre a Educação 
Especial, na perspectiva da Educação Inclusiva, reforçando o sentido da educação 
como um direito humano fundamental. 
 
1.2 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA 
 
O processo de inclusão é uma luta social e a falta de conhecimento da 
legislação, deficiências, transtornos, síndromes e do processo do acompanhamento 
especializado dificulta ações em prol do desenvolvimento do aluno, desta forma, é 
3 
 
necessário através de pesquisas, fazer reflexões sobre o cenário da educação 
inclusiva atual. 
 
1.3. APRESENTAÇÃO DOS OBJETIVOS DESSA PESQUISA 
 
O objetivo do presente artigo é compreender a importância da educação 
inclusiva como suporte metodológico facilitador do processo de 
ensino/aprendizagem, desenvolvendo estratégias para atender às necessidades 
educacionais do estudante, tornando o cotidiano escolar mais acessível. 
 
1.4. APRESENTAÇÃO DA JUSTIFICATIVA DA PESQUISA 
 
Esse projeto é de suma importância para área da educação, pois possibilita 
reflexões voltadas a necessidade dos alunos especiais dentro do ambiente escolar. 
Apesar do histórico de lutas por uma educação equitativa e de qualidade e dos 
avanços das políticas públicas, as pessoas com deficiência ainda carregam o 
estigma da segregação e do preconceito. O presente trabalho visa refletir sobre a 
real situação em que se encontra a educação inclusiva e quais os benefícios que 
ela, quando bem sucedida, pode trazer para todos os envolvidos no processo 
educativo. 
 
1.5. APRESENTAÇÃO DA METODOLOGIA UTILIZADA 
 
O presente trabalho trata-se de um estudo bibliográfico, de caráter 
exploratório e abordagem qualitativa, com objetivo de revisar na literatura cientifica 
temas relacionados com a Importância da Educação Inclusiva no Cotidiano Escolar. 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
A educação é um direito que está garantido na Constituição Federal 
Brasileira, desde 1988, no artigo 205, que diz: “a educação, direito de todos e dever 
do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da 
sociedade [...]”, sendo assim, todos sem exceção devem ter acesso à educação. 
4 
 
Para Amado (2008), a educação é uma realidade complexa de práticas e 
processos, objetivos e subjetivos, mediante os quais o educando se transforma – a 
criança e o jovem em adulto, o adulto num ser completo e “melhor” – em ordem a um 
desenvolvimento que se pretenda integral. E este conjunto de elementos está 
inserido no contexto da educação escolar no qual a “escola” se configura como o 
espaço mais adequado para a produção do conhecimento sistematizado. 
O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: 
 I- ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a este não 
tiveram acesso na idade própria; II– progressiva extensão da 
obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio; III- atendimento educacional 
especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede 
regular de ensino; VII- atendimento ao educando, no ensino fundamental, 
através de programas suplementares de material didático - escolar, 
transporte, alimentação e assistência à saúde (MAZZOTA, 2005). 
 
Duarte (2006) tem-se o ensino como a base da democracia e a ponte 
extremamente fundamental para a superação das desigualdades sociais. No entanto 
é necessário que os espaços destinados ao ensino permitam o acesso a todos. 
Mesmo com toda a importância que a educação possui na vida do homem e sendo 
amparadas por lei, várias pessoas não possuem as mesmas oportunidades de 
acesso a mesma. No meio escolar nos deparamos com “uma grande parcela da 
população brasileira que não possui acesso à educação, particularmente, os 
portadores de necessidades especiais”. 
De acordo com Paulo Freire (2000), a educação verdadeira é aquela que visa 
à humanização, ou seja, que busca na construção de uma vida social mais digna, 
livre e justa, partindo sempre da realidade do educando. Por isso, sugere aos 
educadores a construção de uma postura dialógica e dialética, não mecânica, de 
forma humilde, mas esperançosa, contribuindo para a transformação das realidades 
sociais históricas e opressoras que desumanizam a todos. 
Conforme Santos (2009), a educação é um processo pelo qual uma 
sociedade molda os indivíduos que a constituem, assegurando sua repetição ou 
continuidade histórica, pois o processo de escolarização dura por toda a vida; 
mostrando-nos que a sociedade pode moldar seus indivíduos de acordo com o seu 
interesse particular, visando repassar a seus membros, suas significações, valores, 
saberes e interpretações do mundo. Utilizando o meio que mais o favorece: a 
escola. 
 
5 
 
2.1 EDUCAÇÃO ESCOLAR 
 
A escola, no dizer de Gouveia-Pereira (2008) é uma das instituições 
extrafamiliares, a que a sociedade tem confiado à tarefa de socializar as crianças e 
os jovens, no sentido da sua inserção no mundo social. Além da escola, ser um local 
de aprendizagem de diferentes saberes e de formas de socialização, é também um 
espaço de construção de normas e valores sociais. 
Canivez (1991) mostra que a escola passa a ser o espaço social, depois da 
família: 
 A escola, de fato, institui a cidadania. É ela o lugar onde as crianças deixam 
de pertencer exclusivamente à família para integrarem-se numa 
comunidade mais ampla em que os indivíduos estão reunidos não por 
vínculos de parentesco ou de afinidade, mas pela obrigação de viver em 
comum. A escola institui, em outras palavras, a coabitação de seres 
diferentes sob a autoridade de uma mesma regra. 
 
Para Moreira (2017) a contribuição da escolanão está apenas, e 
exclusivamente, relacionada ao saber científico, onde se visa à construção e 
desconstrução do conhecimento. Está relacionada também com a cultura, e esta por 
sua vez, possui um fator importante, pois é através dela que conhecemos a história, 
a cultura e a ideologia de um país, lugar, grupo ou sociedade. Com isso, 
aprendemos a respeitar o que é “diferente”, evitando atos de preconceitos. Nada 
mais é do que um meio educativo que prepara a criança para futuramente viver no 
mundo social adulto. 
Conforme Oliveira (2009), a escola é uma organização em que tanto seus 
objetivos e resultados quanto seus processos e meios são relacionados com a 
formação humana, ganhando relevância, portanto, o fortalecimento das relações 
sociais, culturais e afetivas que nela têm lugar. 
Para Santos (2009), a aprendizagem escolar é considerada um processo 
natural na vida do aluno. Neste processo o aluno pode desenvolver seus 
pensamentos, suas percepções, suas emoções, sua memória e motricidade, de 
maneira dinâmica e complexa relacionando os conhecimentos adquiridos fora da 
escola. Dessa maneira, a aprendizagem tende a ser prazerosa. 
Uma escola capaz de pensar criticamente o presente e de imaginar 
criativamente o futuro, contribuindo para a sua realização através do engajamento 
político em causas públicas e da ação educativa comprometida com o bem comum e 
6 
 
o destino coletivo da humanidade, só pode ser uma escola deliberativa e autónoma, 
de sujeitos produtores de regras (LIMA, 2006). 
Santos (2009) aponta que atualmente, a política educacional prioriza a 
educação para todos e a inclusão de alunos que, há pouco tempo, eram excluídos 
do sistema escolar, por portarem deficiências físicas, cognitivas ou dificuldade de 
aprendizagem. Na década de 1970 e 1980, muitas crianças eram reprovadas 
sucessivamente da escola, chegando até a evasão. 
Quanto à escola, esta deve oferecer subsídios materiais, mas jamais se 
esquecendo de oferecer um espaço privilegiado para o bom desenvolvimento da 
aprendizagem, pois através dela o aluno pode ter um convívio direto com novas 
perspectivas de conhecimentos e diferentes contatos. A escola não pode ser apenas 
transmissora de conteúdos e conhecimentos, muito mais que isso, tem a tarefa e o 
papel de evitar que o aluno seja apenas um receptor, mas proporcionar a ele, que 
seja o criador do seu conhecimento, da mesma forma, levar o aluno a pensar e 
buscar informações para o seu desenvolvimento educacional, cultural e pessoal 
(SOARES, 2003). 
Para Freitas (2011) cabe à escola formar cidadãos críticos, reflexivos, 
conscientes de seus direitos e deveres, tornando-se aptos a contribuir para a 
construção e/ou desconstrução de uma sociedade visando à igualdade e justiça. 
Entretanto, sua função não está apenas em proporcionar a simples transmissão do 
conhecimento, tem o compromisso social para, além disso. Preocupa-se também em 
prover a capacidade do aluno de buscar informações segundo as exigências de seu 
campo profissional ou conforme as necessidades de seu desenvolvimento individual 
e social. 
Adaptações curriculares, de modo geral, envolvem modificações 
organizativas, nos objetivos e conteúdos, nas metodologias e na organização 
didática, na organização do tempo e na filosofia e estratégia de avaliação, 
permitindo o atendimento às necessidades educativas de todos os alunos, em 
relação à construção de conhecimento (OLIVEIRA; MACHADO, 2009). 
Ainda de acordo com Freitas (2011), a escola precisa: fazer o aluno pensar, 
refletir, analisar, sintetizar, criticar, criar, classificar, tirar conclusões, estabelecer 
relações, argumentar, avaliar, justificar, etc. Para isto é preciso que os professores 
trabalhem com metodologias participativas, desafiadoras, problematizando os 
conteúdos e estimulando o aluno a pensar, a formular hipóteses, a descobrir, a falar, 
7 
 
a questionar, a colocar suas opiniões, suas divergências e dúvidas, a trocar 
informações com o grupo de colegas, defendendo e argumentando seu ponto de 
vista. 
Segundo Bartolomeu (2006), a escola tem uma tarefa muito importante que é 
desenvolver na criança a sua autoestima, ensinar o aluno a se relacionar, a resolver 
seus conflitos particulares e o autocontrole de suas decisões e emoções. As escolas 
devem buscar formas de prevenção nas propostas de trabalho, preparar os 
professores para entenderem os alunos, respeitar o ritmo de cada um, tendo a plena 
consciência que cada criança tem um desenvolvimento diferente uma da outra. A 
escola deve ser um ambiente onde as crianças possam sentir-se, motivadas e, 
principalmente, respeitadas. 
 
2.2 EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
 
O movimento mundial pela educação inclusiva é uma política, cultura, social e 
pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem 
juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação (MAZZOTA, 
2010). 
Nos últimos 50 anos a inclusão social contribuiu para a elaboração de 
políticas e leis na criação de programas e serviços focados no atendimento de 
pessoas com necessidades educacionais especiais (JÚNIOR, 2012), criando novas 
condições de adaptações aos indivíduos em sistemas sociais comuns, dando-lhes a 
mesma oportunidade dentro da sociedade que são excluídos. 
 [...] a luta pela inclusão das pessoas com deficiência é fortalecida no mundo 
todo, deixando para trás a história de séculos de descaso e discriminação 
em relação às suas necessidades diferenciadas (PIRES; SANCHES; 
TORRES, 2011). 
 
De acordo com a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, Art. 
4º, “Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as 
demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação” (BRASIL, 2015). 
Desta forma, a igualdade de oportunidades entre cidadãos brasileiros, dentre 
os quais se encontram os que têm algum tipo de deficiência, é um direito legítimo e 
adquirido, que deve estar presente em todos os espaços e instâncias sociais. O 
mesmo documento, em seu Art. 2º, define deficiência como questão(ões) que 
cause(m) “impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou 
8 
 
sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua 
participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as 
demais pessoas” (BRASIL, 2015). 
A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na 
concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores 
indissociáveis, e que avança em relação à ideia de equidade formal ao 
contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da 
escola (BRASIL, 2008). 
Sassaki (1997) aponta o conceito de inclusão social como, processo pelo qual 
a sociedade e o portador de deficiência procuram adaptar-se mutuamente, tendo em 
vista a equiparação de oportunidade e, consequentemente, uma sociedade para 
todos. A inclusão significa que a sociedade deve adaptar-se às necessidades da 
pessoa com deficiência para que esta possa desenvolver-se em todos os aspectos 
de sua vida. 
Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com 
as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação. Desta forma, 
a igualdade de oportunidades entre cidadãos brasileiros, dentre os quais se 
encontram os que têm algum tipo de deficiência, é um direito legítimo e adquirido, 
que deve estar presente em todos os espaços e instâncias sociais (BRASIL, 2015). 
Stainback (1999) esclarece que o ensino inclusivo proporciona às pessoas 
com deficiência a oportunidade de adquirir habilidades para o trabalho e para a vida 
em comunidade.Os alunos aprendem como atuar e interagir com seus pares, no 
mundo ‘real’. Igualmente importante, seus pares e professores também aprendem 
como agir e interagir com eles. 
Inclusão é a nossa capacidade de entender e receber o outro e, assim, ter o 
privilégio de conviver e compartilhar com pessoas deferentes de nós. A educação 
inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o estudante com 
deficiência, física, para os que têm comportamento mental, para os superdotados, e 
para toda criança que é discriminada por qualquer outro motivo (MANTOAN, 2005). 
Dessa maneira “a inclusão diz respeito a cada pessoa ser capaz de ter 
oportunidade de escolha e de autodeterminação. Em educação, isso significa ouvir e 
valorizar o que a criança tem a dizer, independente de sua idade ou de rótulos” 
(MITTLER, 2003). 
9 
 
Segundo Zimmermann (2008), a luta pela escola inclusiva, embora seja 
contestada e tenha até mesmo assustado a comunidade escolar, pois exige 
mudança de hábitos e atitudes, pela sua lógica e ética nos remete a refletir e 
reconhecer, que se trata de um posicionamento social, que garante a vida com 
igualdade, pautada pelo respeito às diferenças. 
 
2.3 IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO COTIDIANO ESCOLAR 
 
O trabalho didático-pedagógico em sala de aula, com o comum e o específico 
entre a diversidade que caracteriza o ser humano, constitui o objetivo da inclusão 
escolar que postula uma reestruturação do sistema educacional, ou seja, uma mu-
dança estrutural no ensino regular, cujo objetivo é fazer com que a escola se torne 
inclusiva, um espaço democrático e competente para trabalhar com todos os 
educandos, sem distinção de raça, classe, gênero ou características pessoais, 
baseando-se no princípio de que a diversidade deve não só ser aceita como 
desejada (BRASIL, 2001). 
A escola configura-se como o espaço institucional e se constitui o palco das 
diversas interações, sobretudo entre os intervenientes, professores e alunos e na 
relação entre eles, na qual aparecerão a autoridade e o poder, num primeiro 
momento, representados na figura do professor. Nesse contexto, a escola permite o 
confronto diário com normas e regras de comportamento institucional, que vão para 
além das relações pessoais e informais (GOUVEIA-PEREIRA, 2008). 
A inclusão escolar está diretamente relacionada às ações políticas, 
pedagógicas, culturais e sociais. Esse movimento torna possível a interação de 
crianças com necessidades especiais junto com as crianças sem necessidades 
especiais convivendo no mesmo ambiente escolar, aprendendo e respeitando as 
diferenças (LIMA, 2006). 
Alunos com deficiência(s) são particularmente beneficiados do processo de 
escolarização. Vygotski (2012) ressalta a importância do grupo para que estas 
pessoas desenvolvam estratégias de compensação da deficiência, ou seja, de 
ampliação das possibilidades de participação social a partir da apropriação dos 
recursos da cultura. 
Neste sentido, ainda segundo o autor, uma educação incompleta, ou privação 
cultural, pode causar uma deficiência secundária, caracterizada pelo 
10 
 
desenvolvimento incompleto das funções psicológicas superiores: pensamento 
verbal, memória, lógica, formação de conceitos, atenção voluntária, entre outras 
(VYGOTSKI, 2012). 
Um currículo centrado fundamentalmente nos conteúdos conceituais e nos 
aspectos mais acadêmicos, que propõe sistemas de avaliação baseados na 
superação de um nível normativo igual a todos, lança ao fracasso alunos com mais 
dificuldades para avançar nestes âmbitos. Os currículos mais equilibrados, nos quais 
o desenvolvimento social e pessoal também tem importância e em que a avaliação 
seja feita em função do progresso de cada aluno, facilitam a integração dos alunos 
(MARCHESI, 2004). 
Segundo Mantoan (2006), incluir é necessário, primordialmente, para 
melhorar as condições da escola, de modo que nela se possam formar gerações 
mais preparadas para viver a vida em sua plenitude, com liberdade, sem 
preconceitos, sem barreiras. 
Pensar num espaço de educação inclusivo significa pensar em um espaço de 
educação que caiba e envolva a todos e todas de forma, educacionalmente, 
proveitosa. Contudo, promover um ambiente que transcenda as questões da 
normatização, investindo em ensinos que se apoiem nas singularidades discentes, 
tem se mostrado um desafio na atual conjuntura educacional brasileira (MOREIRA, 
2017). 
Ainda, de e acordo com Mantoan (2006): 
 A inclusão é produto de uma educação plural, democrática e transgressora. 
Ela provoca uma crise escolar, ou melhor, uma crise de identidade 
institucional que, por sua vez, abala a identidade dos professores e faz com 
que a identidade do aluno se revista de novo significado. O aluno da escola 
inclusiva é outro sujeito, sem identidade fixada em modelos ideais, 
permanentes, essenciais. 
 
2.4 PAPEL DO PROFESSOR NA INCLUSÃO ESCOLAR 
 
A inclusão é um motivo para que a escola se modernize e os professores 
aperfeiçoem suas práticas e, assim sendo, a inclusão escolar de pessoas deficientes 
torna-se uma consequência natural de todo um esforço de atualização e de 
reestruturação das condições atuais do ensino básico (MANTOAN, 2006). 
As necessidades básicas de aprendizagem das pessoas portadoras de 
deficiências requerem atenção especial. É preciso tomar medidas que garantam a 
11 
 
igualdade de acesso à educação aos portadores de todo e qualquer tipo de 
deficiência, como parte integrante do sistema educativo (UNESCO, 1998). 
A formação continuada dos professores deve capacitá-los para conhecer 
melhor o que hoje se sabe a respeito das possibilidades de trabalho pedagógico 
com crianças com necessidades educacionais especiais, bem como auxiliar as 
crianças na construção de conhecimento cada vez mais ampliado e significativo 
acerca do mundo e de si mesmo (OLIVEIRA, 2005). 
É essencial que os professores reconheçam sua própria importância no 
processo de inclusão, pois a eles cabe planejar e programar intervenções 
pedagógicas que deem sustentação para o desenvolvimento das crianças (LIMA, 
2006). 
Cada pessoa tem uma história e uma realidade diferente, dessa maneira, é 
necessário conhecer o aluno com que se está trabalhando, e mais ainda, como este 
aluno adquire os conhecimentos, ou simplesmente como ele aprende e aplica este 
conhecimento no seu cotidiano. O trabalho do professor é ajudar a promover 
mudanças, intervindo diante das dificuldades que se apresentam durante o processo 
de aprendizagem, trabalhando com os desequilíbrios e facilitando o aluno a 
aprender a aprender (SOARES, 2003). 
Bueno (2001) aponta que um ensino de qualidade para crianças com 
necessidades educacionais especiais, na perspectiva de uma educação inclusiva, 
envolve no mínimo dois tipos de formação profissional docente, sendo elas: 
professores “generalistas” do ensino regular, com um mínimo de conhecimento e 
prática do aluno diversificado; e professores “especialistas” nas diferentes 
necessidades educacionais especiais, tanto para o apoio desses indivíduos quanto 
para o apoio do trabalho a ser realizado. 
Diante de tais obstáculos que os profissionais têm de enfrentar na educação 
inclusiva, Bueno (2001) ainda argumenta ser necessário promover uma avaliação 
das reais condições dos sistemas de ensino, a fim de que a inclusão ocorra de forma 
gradativa, contínua, sistemática e planejada. 
Entretanto, isso traz a todos os âmbitos do ensino a sensação de 
enfrentamento de um grande desafio: encontrar metodologias de ensino e recursos 
diferenciados que assegurem êxito na tarefa de atingir os objetivos curriculares 
básicos propostos às crianças comnecessidades educativas especiais (LIMA, 
2006). 
12 
 
 Para que isso seja possível, o professor precisa organizar-se com 
antecedência, planejar com detalhes as atividades e registrar o que deu certo e 
depois rever de que modo às coisas poderiam ter sido melhores. É preciso olhar 
para o resultado alcançado e perceber o quanto “todos” os alunos estão se 
beneficiando das ações educativas (MINETTO, 2008). 
 
REFERÊNCIAS 
 
AMADO, J. A construção da disciplina na escola: suportes teórico-práticos. Lisboa: 
Edições ASA, 2000. 
 
BARTHOLOMEU, Daniel; SISTO, Fermino Fernandes; MARIN RUEDA, Fabián 
Javier. Dificuldades de aprendizagem na escrita e características emocionais de 
crianças. Psicol. estud., Abr 2006, vol.11, no.1, p.139-146 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes nacionais para a educação especial na 
educação básica. Brasília, 2001. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf>. Acesso em: 20 mar. 
2017. 
 
Brasil. Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. 
Brasília, 2008. Disponível em: 
http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. Acesso em: 20 mar. 
2017. 
 
BRASIL. Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da 
Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Diário Oficial da 
União, Seção I, 7 de julho de 2015. 
 
BOAVIDA, J.; AMADO, J. Ciências da Educação – Epistemologia, Identidade e 
Perspectivas. 2. ed. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2008. 
 
BUENO, J. G. S. (2001). A inclusão de alunos deficientes nas classes comuns do 
ensino regular. Temas sobre Desenvolvimento, v. 9, n. 54, (pp. 21-7). São Paulo: 
Memnon. 
 
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Seattle: University of Washington, 2009. Disponível em: 
<http://www.washington.edu/doit/sites/default/files/atoms/files/ Universal-Design-
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CANIVEZ, Patrice. Educar o cidadão? Campinas: Papirus, 1991. 
COLL, C., PALACIOS, J. & MARCHESI, A. (organizadores). Desenvolvimento 
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escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. 
 
13 
 
CRUZ, Vilma Aparecida Gimenes. Metodologia do trabalho Científico. In UNOPAR – 
Universidade Norte do Paraná. Graduação em Serviço Social: módulo I. Londrina: 
UNOPAR, 2007. Cap. 6., p.195-232. 
 
DUARTE, Cristiane Rose de Siqueira; COHEN, R. Proposta de Metodologia de 
Avaliação da Acessibilidade aos Espaços de Ensino Fundamental. In: Anais NUTAU 
2006: Demandas Sociais, Inovações Tecnológicas e a Cidade. São Paulo, USP: 
2006. 
 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança. São Paulo: Paz e Terra, 2000. 
FREITAS, Ione Campos. Função social da escola e formação do cidadão. Disponível 
em: <http://democracianaescola.blogspot.com.br/2011/10/cabe-escola-formar-
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GOUVEIA-PEREIRA, M. Percepções de justiça na adolescência: a escola e a 
legitimação das autoridades institucionais. Coimbra: Fundação Calouste Gulbenkian, 
2008. 
 
JÚNIOR, E. M. 50 anos de Políticas de Educação Especial no Brasil:movimentos, 
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