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Reforma Trabalhista - Atualização na Prática

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REFORMA TRABALHISTA
ATUALIZAÇÃO NA PRÁTICA
REFORMA TRABALHISTA
ATUALIZAÇÃO NA PRÁTICA
1
CURSOS E TREINAMENTOS
◘ Professor de Cursos Jurídicos e de Pós-Graduação.
◘ Mestrando em Direito do Trabalho pela PUC/SP.
◘ Pós-Graduado em Direito Processual Civil pela
Escola Paulista de Magistratura do TJ/SP.
◘ Especialista em Direito Social pela Universidade
Presbiteriana Mackenzie.
◘ Assessor de Desembargador e Professor da Escola
Judicial no TRT/SP da 2ª Região.
Facebook: Ricardo Calcini
Twitter: @rcalcini
LinkedIn: Ricardo Souza Calcini
Instagram: ricardo_calcini
Whatshapp: (11) 97144-1528
E-mail: rcalcini@gmail.com
MÓDULO 1 – DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO
Penalidades Administrativas aplicadas pelos Órgãos de Fiscalização
Multas pela ausência de registro em CTPS x Critério da dupla visita. Particularidades das microempresas e 
empresas de pequeno porte.
Jornada de Trabalho
Tempo à disposição para fins de Jornada de Trabalho. Horas de trajeto, percurso ou “in itinere”. Trabalho em 
Regime de Tempo Parcial. Acordo de Compensação e Prorrogação. Pagamento e Dedução das Horas Extras. 
Banco de Horas e Semana Espanhola. Banco de Horas, Regime de Compensação e 12x36.Regime 12x36: 
Feriados e Horário Noturno. Atividades Insalubres e Regime 12x36. Atividades Insalubres x Autorização da 
SRTE. Intervalo Intrajornada x Redução.
Regime do Teletrabalho
Nova regulamentação e seu enquadramento. Elementos e características especiais do contrato de trabalho. 
Conversão do teletrabalho em trabalho presencial. Responsabilidade pelos equipamentos tecnológicos, 
infraestrutura e reembolso de despesas para a prestação do trabalho remoto. Doenças e Acidentes do 
Trabalho.
PROGRAMAÇÃO
3
MÓDULO 1 – DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO
Concessão e Época das Férias
Fracionamento do período concessivo. Início do termo “a quo” do dia de férias.
Regime em tempo parcial.
Proteção do Trabalho da Mulher
Igualdade entre homens e mulheres. Intervalo de 15 (quinze) minutos. Empregada gestante ou lactante x 
Labor Insalubre. Períodos para amamentação.
Contrato Individual de Trabalho
Trabalhador autônomo sem vínculo de emprego. Contrato Individual por Prazo Determinado.
Livre Estipulação. Uniforme.
PROGRAMAÇÃO
4
MÓDULO 1 – DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO
Regime de Trabalho Intermitente 
Requisitos legais para sua caracterização. Regras da dinâmica da prestação de serviços. Prazos e condições. 
Penalidade em caso de descumprimento. Período de inatividade. Parcelas trabalhistas inerentes ao contrato 
intermitente. Recolhimento do FGTS e Encargos do INSS. Benefícios Previdenciários: auxílio-doença e salário-
maternidade. Período de Férias x Parcelamento. Modalidades de Rescisões Contratuais. Pagamento de 
Verbas Contratuais e Rescisórias.
Remuneração
Parcelas Indenizatórias. Auxílio-Alimentação. Diárias de Viagem. Prêmios e Abonos. Salário “in natura”. 
Equiparação Salarial. Alterações Contratuais. Gratificação Função x Princípio Estabilidade Financeira.
Extinção Contratual
Anotação em CTPS. Homologação. Pagamento em dinheiro, depósito e cheque visado. Prazo do Pagamento. 
Multa do artigo 477 da CLT. Dispensa individual, plúrima e coletiva x PDV. Nova Modalidade de Justa Causa. 
Culpa Recíproca. Acordo entre as Partes. Cláusula compromissória de arbitragem. Termo de quitação anual 
de obrigações trabalhistas.
PROGRAMAÇÃO
5
PARECER n. 00248/2018/CONJUR-MTB/CGU/AGU
NUP: 46010.000393/2018-71
INTERESSADOS: GABINETE DO MINISTRO
ASSUNTOS: APLICABILIDADE DA MODERNIZAÇÃO TRABALHISTA (LEI
13.467/2017) AOS CONTRATOS DE TRABALHO
EMENTA: I. Consulta Jurídica. II. Interpretação sobre a aplicabilidade da Lei nº 13.467/2017, conhecida também
como Modernização Trabalhista, aos contratos de trabalho. III. Direito Intertemporal ou aplicabilidade da Lei no
tempo IV. Repercussão da perda de eficácia do artigo 2º da MP 808/2017. V. Modernização legislativa aplicável
de forma geral, abrangente e imediata a todos os contratos de trabalho regidos pela Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), inclusive, àqueles iniciados antes da vigência da referida lei, e que continuaram em vigor após
11/11/2017. VI. Parecer. Efeito vinculante para a Administração. Possibilidade, e utilidade como segurança
jurídica, sobretudo na atuação fiscalizatória dos servidores desta Pasta Ministerial.
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO
6
III - CONCLUSÃO
Pelo exposto, entende-se que mesmo a perda de eficácia do artigo 2º da MP 808/2017, a qual estabelecia de
forma explícita, apenas a título de esclarecimento, a aplicabilidade imediata da Lei 13.467/2017 a todos os
contratos de trabalho vigentes, não modifica o fato de que esta referida lei é aplicável de forma geral,
abrangente e imediata a todos os contratos de trabalho regidos pela CLT (Decreto-lei nº 5.542, de 1º de maio
de 1943), inclusive, portanto, àqueles iniciados antes da vigência da referida lei e que continuaram em vigor
após 11/11/2017, quando passou a ser aplicável a Lei 13.467/2017.
Brasília, 14 de maio de 2018.
RICARDO LEITE
Procurador Federal
Consultor Jurídico
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO
7
Nota de esclarecimento da ANAMATRA – Parecer MTE
A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho - Anamatra, entidade representativa de mais
de 4 mil juízes do Trabalho em todo o Brasil, acerca do Parecer nº 00248/2018, emitido pela Consultoria
Jurídica do Ministério do Trabalho sobre a aplicação da Lei nº 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), diante das
várias dúvidas encaminhadas à entidade pelos canais da sua Ouvidoria, vem a público esclarecer, como
segue.
1. O entendimento do Ministério do Trabalho, como vazado no Parecer nº 00248/2018/CONJUR-
MTB/CGU/AGU, publicado no Diário Oficial da União desta terça (15/5), tem efeito vinculante apenas para a
Administração Pública Federal, na esfera do Poder Executivo, não influenciando, em nenhum aspecto, a
atuação dos juízes do Trabalho.
NOTA PÚBLICA - ANAMATRA
8
2. A Anamatra defende a independência técnica de todos os juízes do Trabalho, cabendo à jurisprudência dos
tribunais consolidar o entendimento majoritário da Magistratura do Trabalho acerca da Lei 13.467/2017,
inclusive quando à sua aplicação aos contratos antigos, o que só ocorrerá com o decorrer do tempo.
3. A Assembleia Geral Ordinária da Anamatra, reunida por ocasião do 19º Congresso Nacional dos
Magistrados da Justiça do Trabalho (Conamat), aprovou tese no sentido de que, com a caducidade da Medida
Provisória n. 808/2017, diante da perda de eficácia de seu art. 2º, "os preceitos jurídico-materiais da
reforma trabalhista aplicam-se apenas aos contratos individuais de trabalho celebrados a partir de
11/11/2017. Nesses contratos, ausente decreto legislativo a respeito, somente os atos jurídicos e materiais
praticados durante a vigência da MP n. 808/2017, regidos que são por ela (cf, art. 62, § 11), permanecem
regulados pelas regras da Lei n. 13.467/2017".
NOTA PÚBLICA - ANAMATRA
9
4. A previsão legal da aplicação dos dispositivos da Reforma Trabalhista aos contratos de trabalho vigentes,
então explícita na Medida Provisória 808/2017 (art. 2º), perdeu o seu efeito com a caducidade da MP em
23/04/2018, restando igualmente aos tribunais do trabalho definir as consequências dessa perda de
eficácia nos contratos de trabalho celebrados antes de 11/11/2017.
Brasília, 15 de maio de 2018
Guilherme Guimarães Feliciano
Presidente da Anamatra
NOTA PÚBLICA - ANAMATRA
10
Decisão: Após o voto do Ministro Roberto Barroso (Relator), julgando parcialmente procedente a ação
direta de inconstitucionalidade, para assentar interpretação conforme a Constituição, consubstanciada nas
seguintes teses: “1. O direito à gratuidade de justiça pode ser regulado de forma a desincentivar a litigânciaabusiva, inclusive por meio da cobrança de custas e de honorários a seus beneficiários. 2. A cobrança de
honorários sucumbenciais do hipossuficiente poderá incidir: (i) sobre verbas não alimentares, a exemplo de
indenizações por danos morais, em sua integralidade; e (ii) sobre o percentual de até 30% do valor que
exceder ao teto do Regime Geral de Previdência Social, mesmo quando pertinente a verbas remuneratórias.
3. É legítima a cobrança de custas judiciais, em razão da ausência do reclamante à audiência, mediante prévia
intimação pessoal para que tenha a oportunidade de justificar o não comparecimento, e após o voto do
Ministro Edson Fachin, julgando integralmente procedente a ação, pediu vista antecipada dos autos o
Ministro Luiz Fux. Ausentes o Ministro Dias Toffoli, neste julgamento, e o Ministro Celso de Mello,
justificadamente. Presidência da Ministra Cármen Lúcia. Plenário, 10.5.2018.
ADIN 5.766 – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
11
❖ Criada para debater e regulamentar a aplicabilidade intertemporal da Lei nº 13.467/2017, o parecer da
comissão não enfrentou as normas de direito material, por entender que “se trata de disposição que comporta
o enfrentamento jurisdicional, para que, operando-se a construção jurisprudencial, seja definida a aplicação
da lei nova aos casos concretos”.
❖ Já no que se referem às normas de direito processual, deliberou-se pela sua aplicação imediata aos processos
trabalhistas em curso, respeitando-se, porém, situações pretéritas iniciadas ou consolidadas sob a vigência
da lei antiga. Foram utilizados como fundamentos os artigos 10, 15, 1.046, §§1º e 5º, 1.047, 1.054, 1.056 e
1.057 do CPC, e 912 da CLT, nada dispondo a comissão, contudo, sobre a interpretação do conteúdo das normas
de direito processual.
❖ Assim sendo, para efeitos de direito intertemporal das normas processuais, a regulamentação proposta pela
Comissão do TST, através da Instrução Normativa, busca preservar o ato jurídico perfeito, a coisa julgada e o
direito adquirido processual, que se encontram plasmados no art. 6º da LINDB c/c art. 5º, XXXVI, da CRFB.
INSTRUÇÃO NORMATIVA DO TST
12
DOS LIVROS DE REGISTRO DE EMPREGADOS
Art. 41 - Em todas as atividades será obrigatório para o empregador o registro dos respectivos
trabalhadores, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico, conforme instruções a serem
expedidas pelo Ministério do Trabalho.
Parágrafo único - Além da qualificação civil ou profissional de cada trabalhador, deverão ser anotados
todos os dados relativos à sua admissão no emprego, duração e efetividade do trabalho, a férias, acidentes e
demais circunstâncias que interessem à proteção do trabalhador.
Art. 42. (Revogado pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001)
Art. 43. e 44 (Revogados pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
Art. 45 - e 46 (Revogados pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.2.1967)
Penalidades Administrativas aplicadas pela SRTE
13
Art. 47 - A empresa que mantiver empregado não registrado nos termos do art. 41 e seu parágrafo único,
incorrerá na multa de valor igual a 1 (um) salário-mínimo regional, por empregado não registrado, acrescido
de igual valor em cada reincidência.
Parágrafo único. As demais infrações referentes ao registro de empregados sujeitarão a empresa à multa de
valor igual à metade do salário-mínimo regional, dobrada na reincidência.
Segundo precedente da 5ª Turma do STJ, não cabe ação penal por falta de registro em carteira de trabalho
se não há pretensão de burlar fé pública ou previdência social. Para o Relator, Min. Marco Aurélio Bellizze, é
imprescindível que a conduta preencha não apenas a tipicidade formal, mas antes, e principalmente, a
tipicidade material. É indispensável, portanto, a demonstração do dolo de falso e da efetiva possibilidade
de vulneração à fé pública, sem o que haverá apenas ilícito trabalhista, nos termos do art. 47 da CLT.
Penalidades Administrativas aplicadas pela SRTE
14
Art. 47. O empregador que mantiver empregado não registrado nos termos do art. 41 desta Consolidação
ficará sujeito a multa no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) por empregado não registrado, acrescido de
igual valor em cada reincidência.
§ 1o Especificamente quanto à infração a que se refere o caput deste artigo, o valor final da multa aplicada
será de R$ 800,00 (oitocentos reais) por empregado não registrado, quando se tratar de microempresa ou
empresa de pequeno porte.
§ 2o A infração de que trata o caput deste artigo constitui exceção ao critério da dupla visita.
Penalidades Administrativas aplicadas pela SRTE
15
Art. 47-A. Na hipótese de não serem informados os dados a que se refere o parágrafo único do art. 41 desta
Consolidação, o empregador ficará sujeito à multa de R$ 600,00 (seiscentos reais) por empregado
prejudicado.
Art. 634 - Na falta de disposição especial, a imposição das multas incumbe às autoridades regionais
competentes em matéria de trabalho, na forma estabelecida por este Título.
Parágrafo único - A aplicação da multa não eximirá o infrator da responsabilidade em que incorrer por
infração das leis penais.
§ 1o ......................................................................
§ 2o Os valores das multas administrativas expressos em moeda corrente serão reajustados anualmente
pela Taxa Referencial (TR), divulgada pelo Banco Central do Brasil, ou pelo índice que vier a substituí-lo.
Penalidades Administrativas aplicadas pela SRTE
16
MINISTÉRIO DO TRABALHO - NOTA TÉCNICA SIT Nº 303/2017
(i) Para os contratos de trabalho vigentes, a Reforma Trabalhista deve ser aplicada com efeitos “ex nunc”,
isto é, a partir do momento de sua entrada em vigor em diante, sem efeitos retroativos e com respeito aos
atos jurídicos praticados na vigência dos dispositivos revogados;
(ii) Para condutas típicas e ilícitas praticadas antes do início da vigência da Reforma Trabalhista e que
porventura deixaram de ser consideradas infração legal, permanecem puníveis todas as violações
perpetradas, inclusive aquelas que venham a ser verificadas em ação fiscal ocorrida em momento posterior à
entrada em vigor da Lei 13.467/2017, desde que os respectivos autos de infração se refiram, de forma clara,
a fatos geradores de obrigações constantes do diploma normativo anterior à Reforma, respeitado o prazo
prescricional de cinco anos.
Penalidades Administrativas aplicadas pela SRTE
17
Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do
empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.
Parágrafo único - Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e
estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar e por
motivo de acidente do trabalho.
Conceitua-se salário como toda parcela contraprestativa (em pecúnia ou em utilidade) devida e paga
diretamente pelo empregador ao empregado, em virtude do contrato de trabalho. Ainda, na lição de Homero
Batista Mateus da Silva, é o pagamento feito diretamente pelo empregador ao empregado: a) pelos serviços
prestados; b) pelo tempo à disposição (art. 4º, CLT); ou, c) quando a lei assim determinar (aviso prévio não
trabalhado, 15 primeiros dias da doença, etc.) (SILVA, Homero Batista Mateus da. Curso de direito do
trabalho aplicado. Volume 5 – Livro da remuneração. 2. ed. São Paulo: RT, 2015. p. 30).
Tempo à disposição para fins de Jornada de Trabalho
18
§ 1o Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os
períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar e por motivo de
acidente do trabalho.
❑ O depósito do FGTS é obrigatório nos casos de afastamento para prestação do serviço militarobrigatório e
licença por acidente do trabalho (Lei 8.036/90, art. 15, § 5º).
§ 2o Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período
extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no
§1o do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em
caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas
dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras:
Tempo à disposição para fins de Jornada de Trabalho
19
I - práticas religiosas; II - descanso; III - lazer; IV - estudo; V - alimentação; VI - atividades de relacionamento
social; VII - higiene pessoal; VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de
realizar a troca na empresa.
➢ Rol meramente exemplificativo. A jornada de trabalho passa a estar ligada à efetiva prestação de
serviço?!?
Súmula 429/TST - Sugestão da nova redação: TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR. PERÍODO DE
DESLOCAMENTO ENTRE A PORTARIA E O LOCAL DE TRABALHO (alterada em decorrência da Lei nº
13.467/2017). A partir de 11 de novembro de 2017, data de vigência da Lei nº 13.467/2017, o tempo
despendido pelo empregado entre a portaria da empresa e o local de trabalho não é considerado à
disposição do empregador, não se computando, pois na jornada de trabalho, a teor do § 2° do art. 58 da
CLT, acrescentadopelo art. 1° da Lei nº 13.467/2017.
Tempo à disposição para fins de Jornada de Trabalho
20
Súmula 449/TST - Sugestão da nova redação: MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA DE
TRABALHO. NORMA COLETIVA. FLEXIBILIZAÇÃO(alterada e incluído o item II em decorrência da Lei nº
13.467/2017). I - A partir da vigência da Lei nº 10.243, de 19.06.2001, que acrescentou o § 1° ao art. 58 da
CLT, e até 10 de novembro de 2017, é inválida cláusula prevista em convenção ou acordo coletivo que
elastece o limite de 5 minutos que antecedem e sucedem a jornada de trabalho, para Uns de apuração das
horas extras. II - A partir de 11 de novembro de 2017, data de vigência da Lei nº 13.467/2017, é válida a
cláusula normativa que elastece o limite de 5 minutos que antecedem e sucedem a jornada de trabalho
para fins de apuração das horas extras, desde que observados os limites constitucionais.
Súmula 366/TST - Sugestão da nova redação: CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS (alterada em
decorrência da Lei nº 13.467/2017). A partir de 11 de novembro de 2017, data de vigência da Lei n°
13.467/2017, não será computado como período extraordinário o que exceder à jornada normal, ainda que
ultrapasse o limite de cinco minutos, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal,
em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer
nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, a exemplo do tempo despendido em
higiene pessoal, práticas religiosas, descanso, lazer, estudo, alimentação, atividades de relacionamento
social e troca de uniforme, quando não houver obrigatoriedadede realizar amudança na empresa.
Tempo à disposição para fins de Jornada de Trabalho
21
Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de
8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
§ 2o O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio
de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil
acesso ou não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução.
§ 2o O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de
trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo
empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.
Horas de trajeto, percurso ou “in itinere”
22
§ 3o Poderão ser fixados, para as microempresas e empresas de pequeno porte, por meio de acordo ou
convenção coletiva, em caso de transporte fornecido pelo empregador, em local de difícil acesso ou não
servido por transporte público, o tempo médio despendido pelo empregado, bem como a forma e a
natureza da remuneração.
§ 3o (Revogado).
Súmula 320/TST - Sugestão da nova redação: HORAS "IN ITINERE". OBRIGATORIEDADE DE CÔMPUTO NA
JORNADA DE TRABALHO (Incluído o item II em decorrência da Lei n° 13.467/2017). I - O fato de o
empregador cobrar, parcialmente ou não, importância pelo transporte fornecido, para local de difícil acesso
ou não servido por transporte regular, não afasta o direito à percepção das horas "in itinere". II - Não tem
direito a horas ''in itinere" o empregado cujo contrato de trabalho haja sido celebrado a partir de 11 de
novembrode 2017, data de vigência da Lei n° 13.467/2017, que alterou o § 2º do art. 58 da CLT (art. 1°).
Horas de trajeto, percurso ou “in itinere”
23
Súmula 90/TST - Sugestão da nova redação: HORAS "IN ITINERE". TEMPO DE SERVIÇO (incluído o item VI em
decorrência da Lei nº 13.467 /2017). I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo
empregador, até o local de trabalho de difícil acesso, ou não servido por transporte público regular, e para o
seu retorno é computável na jornada de trabalho. II - A incompatibilidade entre os horários de início e término
da jornada do empregado e os do transporte público regular é circunstância que também gera o direito às
horas "in itinere". III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas "in
itinere". IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as
horas "in itinere" remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo transporte público. V - Considerando
que as horas "in itinere" são computáveis na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é
considerado como extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo. VI - Não tem direito a horas
"in itinere" o empregado cujo contrato de trabalho haja sido celebrado a partir de 11 de novembro de
2017, data de vigência da Lei nº 13.467/2017, que alterou o § 2° do art. 58 da CLT (art. 1º).
Horas de trajeto, percurso ou “in itinere”
24
❖Segundo a jurisprudência predominante no Tribunal Superior do Trabalho, para que se admita negociação
coletiva nessa matéria, quatro requisitos mostram-se necessários, quais sejam: a) que seja fixado, no
mínimo, o tempo médio (até 50%), ou seja, a supressão deve ser parcial, respeitado o tempo médio; b)
que a natureza da parcela seja inalterável, ou seja, deve ser considerada remuneratória e não
indenizatória; c) que seja feito mediante negociação coletiva; d) que haja concessão de vantagens
compensatórias (transação – concessões recíprocas), já que não se tolera a renúncia.
❖AgR-E-RR-58600-40.2009.5.09.0093, Relator Ministro: João Oreste Dalazen, Data de Julgamento:
12/11/2015, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT 27/11/2015; E-RR-
1924-12.2013.5.15.0143, Relator Ministro: Cláudio Mascarenhas Brandão, Data de Julgamento:
27/08/2015, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT 04/09/2015.
Horas de trajeto, percurso ou “in itinere”
25
O Supremo Tribunal Federal entendeu válida a supressão total do tempo gasto desde que tal direito fosse
compensado com vantagens suficientes. Trata-se da decisão monocrática exarada pelo Ministro Teori
Zavasck, no bojo do Recurso Extraordinário nº 895.759 (RE 895759, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI,
julgado em 08/09/2016, publicado em PROCESSO ELETRÔNICO DJe-195 DIVULG 12/09/2016 PUBLIC
13/09/2016).
✓Observa-seque, nessa decisão, o Ministro considerou válida a supressão total das horas de trajeto, mas
somente porque, em contrapartida, foram concedidas outras vantagens aos empregados, “tais como
‘fornecimento de cesta básica durante a entressafra; seguro de vida e acidentes além do obrigatório e sem
custo para o empregado; pagamento do abono anual aos trabalhadores com ganho mensal superior a dois
salários-mínimos; pagamento do salário-família além do limite legal; fornecimento de repositor energético;
adoção de tabela progressiva de produção além da prevista na Convenção Coletiva”.
Horas de trajeto, percurso ou “in itinere”
26
Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a vinte e cinco
horas semanais.
Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas
semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda
a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais.
§ 1o O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em
relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral.
§ 2o Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção
manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação coletiva.
Trabalho em Regime de Tempo Parcial
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§ 3o As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão pagas com o acréscimo de 50%
(cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal.
§ 4o Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial ser estabelecido em número inferior a
vinte e seis horas semanais, as horas suplementares a este quantitativo serão consideradas horas extras para fins
do pagamento estipulado no § 3o, estando também limitadas a seis horas suplementares semanais.
§ 5o As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser compensadas diretamente até a semana
imediatamente posterior à da sua execução, devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento do mês
subsequente, caso não sejam compensadas.
§ 6o É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial converter um terço do período de férias a
que tiver direito em abono pecuniário.
§ 7o As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no art. 130 desta Consolidação.
Trabalho em Regime de Tempo Parcial
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Art. 130-A. Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de doze meses de vigência do
contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
REVOGADO PELA REFORMA
I - dezoito dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte e duas horas, até vinte e cinco horas;
REVOGADO PELA REFORMA
II - dezesseis dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte horas, até vinte e duas horas;
REVOGADO PELA REFORMA
III - quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior a quinze horas, até vinte horas;
REVOGADO PELA REFORMA
Trabalho em Regime de Tempo Parcial
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IV - doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a dez horas, até quinze horas;
REVOGADO PELA REFORMA
V - dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a cinco horas, até dez horas;
REVOGADO PELA REFORMA
VI - oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas.
REVOGADO PELA REFORMA
Parágrafo único. O empregado contratado sob o regime de tempo parcial que tiver mais de sete faltas
injustificadas ao longo do período aquisitivo terá o seu período de férias reduzido à metade.
REVOGADO PELA REFORMA
Trabalho em Regime de Tempo Parcial
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Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não
excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito (e não tácito pela lei, mas admitido pela jurisprudência)
entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.
Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de
duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
SUM-376HORAS EXTRAS. LIMITAÇÃO. ART. 59 DA CLT. REFLEXOS.
I - A limitação legal da jornada suplementar a duas horas diárias não exime o empregador de pagar todas as
horas trabalhadas.
II - O valor das horas extras habitualmente prestadas integra o cálculo dos haveres trabalhistas,
independentemente da limitação prevista no "caput" do art. 59 da CLT.
Acordo de Compensação e Prorrogação
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SUM-85 COMPENSAÇÃO DE JORNADA (inserido o item VI) - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016. I.
A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção
coletiva. II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma coletiva em sentido
contrário. III. O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive quando
encetada mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal
diária, se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional. IV. A prestação de
horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que
ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas
à compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário. V. As disposições contidas
nesta súmula não se aplicam ao regime compensatório na modalidade “banco de horas”, que somente pode ser
instituído por negociação coletiva. VI - Não é válido acordo de compensação de jornada em atividade insalubre, ainda
que estipulado em norma coletiva, sem a necessária inspeção prévia e permissão da autoridade competente, na forma
do art. 60 da CLT.
Acordo de Compensação e Prorrogação
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§ 1º - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, a importância da
remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 20% (vinte por cento) superior à da hora normal.
§ 1o A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal.
OJ-SDI1-415 HORAS EXTRAS. RECONHECIMENTO EM JUÍZO. CRITÉRIO DE DEDUÇÃO/ABATIMENTO DOS
VALORES COMPROVADAMENTEPAGOS NO CURSODO CONTRATODE TRABALHO.
A dedução das horas extras comprovadamente pagas daquelas reconhecidas em juízo não pode ser limitada
ao mês de apuração, devendo ser integral e aferida pelo total das horas extraordinárias quitadas durante o
período imprescrito do contrato de trabalho.
Pagamento e Dedução das Horas Extras
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§ 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de
trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de
maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho
previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.
❖ BANCO DE HORAS – critérios: negociação coletiva; período máximo de 1 ano; limite de 10 horas diárias;
e não ultrapassar 44 horas semanais.
OJ-SDI-1-323 ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE JORNADA. “SEMANA ESPANHOLA”. VALIDADE. É válido o
sistema de compensação de horário quando a jornada adotada é a denominada "semana espanhola", que
alterna a prestação de 48 horas em uma semana e 40 horas em outra, não violando os arts. 59, § 2º, da CLT e
7º, XIII, da CF/1988 o seu ajustemediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.
Banco de Horas e Semana Espanhola
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COMPENSAÇÃO DE HORAS EXTRAS: Regimes de compensação: (a) compensação semanal; (b) banco dehoras; (c) compensação de semana espanhola; e (d) regime de escala (12x36).
§ 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da
jornada extraordinária, na forma do parágrafo anterior, fará o trabalhador jus ao pagamento das horas extras
não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão.
§ 3o Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da
jornada extraordinária, na forma dos §§ 2o e 5o deste artigo, o trabalhador terá direito ao pagamento das
horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão.
Acordo de Compensação e Prorrogação
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§ 4o Os empregados sob o regime de tempo parcial não poderão prestar horas extras.
❖ E pela lei anterior, nem poderiam converter um terço de férias em abono pecuniário (CLT, art. 143, § 3º).
§ 4o (Revogado).
§ 5o O banco de horas de que trata o § 2o deste artigo poderá ser pactuado por acordo individual escrito,
desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses.
§ 6o É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para
a compensação no mesmo mês.
Banco de Horas, Regime de Compensação e 12x36
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Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes, mediante acordo
individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de
doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os
intervalos para repouso e alimentação.
Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput deste artigo abrange os
pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados
compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e
o § 5º do art. 73 desta Consolidação.
Banco de Horas, Regime de Compensação e 12x36
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Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 e em leis específicas, é facultado às partes, por meio de convenção
coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e
seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação.
❖ PELA MP 808/2017, NÃO MAIS SE FALAVA EM ACORDO ESCRITO INDIVIDUAL...!
§ 1º A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput abrange os pagamentos devidos pelo
descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados e serão considerados compensados os feriados e
as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73.
§ 2º É facultado às entidades atuantes no setor de saúde estabelecer, por meio de acordo individual escrito,
convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis
horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação.
Regime 12x36: Feriados e Horário Noturno
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SUM-146 TRABALHO EMDOMINGOS E FERIADOS, NÃO COMPENSADO.
O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da
remuneração relativa ao repouso semanal.
SUM-444 JORNADADE TRABALHO. NORMACOLETIVA. LEI. ESCALA DE 12 POR 36. VALIDADE.
É valida, em caráter excepcional, a jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista
em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho,
assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. O empregado não tem direito ao pagamento
de adicional referente ao labor prestado nadécima primeira e décima segunda horas.
Regime 12x36: Feriados e Horário Noturno
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Art. 70 - Salvo o disposto nos artigos 68 e 69, é vedado o trabalho em dias feriados nacionais e feriados
religiosos, nos termos da legislação própria.
Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração
superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo
menos, sobre a hora diurna. (...) § 5º Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto neste
capítulo.
Orientação Jurisprudencial 388 da SBDI-1/TST - Sugestão da nova redação: JORNADA 12X36. ADICIONAL
NOTURNO. JORNADA MISTA QUE COMPREENDA A TOTALIDADE DO PERÍODO NOTURNO (alterada e incluído o
item II em decorrência da Lei nº 13.467/2017). I - Até 10 de Novembro de 2017, o empregado submetido à jornada
de 12 horas de trabalho por 36 de descanso, que compreenda a totalidade do período noturno, tem direito ao
adicional noturno relativo às horas trabalhadas após às 05:00 horas da manhã. II - Na jornada de trabalho de doze
horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, pactuada a partir de 11 de novembro de 2017,
início de vigência da Lei nº 13.467/2017, consideram-se compensadas pela remuneração mensal as prorrogações
de trabalho noturno, nos termos do art. 59-A, parágrafo único, da CLT.
Regime 12x36: Jornada Noturna
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Art. 59-B. O não atendimento das exigências legais para compensação de jornada, inclusive quando estabelecida
mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária se
não ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional.
SUM-85, III. O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive quando
encetada mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal
diária, se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional.
Parágrafo único. A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo de compensação de jornada e
o banco de horas.
SUM-85, IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta
hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e,
quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário.
Acordo de Compensação e Prorrogação
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Art. 60 - Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros mencionados no capítulo
"Da Segurança e da Medicina do Trabalho", ou que neles venham a ser incluídas por ato do Ministro do
Trabalho, Industria e Comercio, quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença prévia
das autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos
necessários exames locais e à verificação dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por
intermédio de autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento
para tal fim.
Parágrafo único. Excetuam-se da exigência de licença prévia as jornadas de doze horas de trabalho por trinta
e seis horas ininterruptas de descanso.
Atividades Insalubres e Regime 12x36
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Art. 61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou
convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de
serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto.
§ 1º - O excesso, nos casos deste artigo, poderá ser exigido independentemente de acordo ou contrato
coletivo e deverá ser comunicado, dentro de 10 (dez) dias, à autoridade competente em matéria de trabalho,
ou, antes desse prazo, justificado no momento da fiscalização sem prejuízo dessa comunicação.
§ 1o O excesso, nos casos deste artigo, pode ser exigido independentemente de convenção coletiva ouacordo coletivo de trabalho.
❖ Não é mais necessário avisar a autoridade competente, dentro dos 10 dias subsequentes à prestação de
serviços em sobrejornada em detrimento de necessidade imperiosa, sobre a ocorrência de tal prática.
Necessidade Imperiosa x Prorrogação da Jornada
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Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um
intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato
coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze)
minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
§ 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.
§ 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do
Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar
que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e
quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas
suplementares.
Intervalo Intrajornada x Redução
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§ 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador,
este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinquenta por
cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.
§ 4o A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a
empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido,
com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho, observados os incisos III e VI do caput do art.
8º da Constituição, têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: (Redação dada pela
Medida Provisória nº 808, de 2017)
III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas;
Intervalo Intrajornada x Redução
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§ 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador,
este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinquenta por
cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.
§ 4o A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a
empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido,
com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho, observados os incisos III e VI do caput do art.
8º da Constituição, têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: (Redação dada pela
Medida Provisória nº 808, de 2017)
III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas;
Intervalo Intrajornada x Redução
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§ 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador,
este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinquenta por
cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.
§ 4o A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a
empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido,
com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho, observados os incisos III e VI do caput do art.
8º da Constituição, têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: (Redação dada pela
Medida Provisória nº 808, de 2017)
III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas;
Intervalo Intrajornada x Redução
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Súmula 437/TST - Sugestão da nova redação: INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO.
APLICAÇÃO DO ART. 71 DA CLT (alterada em decorrência da Lei nº 13.467/2017). I - A partir de 11 de
novembro de 2017, data de vigência da Lei nº 13.467/2017, a não concessão ou a concessão parcial do
intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o
pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por
cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. II - A partir de 11 de novembro de 2017,
a parcela decorrente do intervalo intrajornada mínimo suprimido ostenta natureza indenizatória. III -
Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o gozo do intervalo intrajornada
mínimo para jornada superior a seis horas, estipulado em lei ou em norma coletiva, obrigando o empregador
a remunerar o período para descanso e alimentação não usufruído, acrescido do respectivo adicional. (Houve
a retirada de algumas palavras do dispositivo).Obs: o antigo item II da Súmula foi cancelado.
Intervalo Intrajornada x Redução
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Orientação Jurisprudencial 355 da SBDI-1/TST - Sugestão da nova redação: INTERVALO INTERJORNADAS.
ART. 66 DA CLT. INOBSERVÂNCIA. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO § 4º DO ART. 71 DA CLT (alterada e incluído o
item II em decorrência da Lei nº 13.467/2017). I - O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no
art. 66 da CLT acarreta, por analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº
110 do TST. É devido assim, o pagamento da integralidade das horas suprimidas, com o acréscimo de 50%
(cinquenta por cento) sobre o valor da hora normal de trabalho ou de percentual mais elevado definido em
negociação coletiva. II - A parcela decorrente do descumprimento do intervalo mínimo previsto no art. 66
da CLT, ocorrido a partir de 11 de novembro de 2017, início da vigência da Lei n° 13.467/2017, é de natureza
indenizatória, nos termos do § 4º do art. 71 da CLT, com a redação da Lei nº 13.467/2017.
Intervalo Intrajornada x Redução
49
Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho,
exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos: (...) Parágrafo único. Regras sobre duração
do trabalho e intervalos não são consideradas como normas de saúde, higiene e segurança do trabalho
para os fins do disposto neste artigo.
§ 5o O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, e aquele estabelecido no § 1o
poderá ser fracionado, quando compreendidos entre o término da primeira hora trabalhada e o início da
última hora trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho, ante a natureza
do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a que são submetidos estritamente os
motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de veículos rodoviários,
empregados no setor de transporte coletivo de passageiros, mantida a remuneração e concedidos intervalos
para descanso menores ao final de cada viagem. (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015)
Intervalo Intrajornada x Redução
50
Art. 6o Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no
domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da
relação de emprego. (Redação dada pela Lei nº 12.551,de 2011)
✓A Lei 12.551/2011, que conferiu nova redação ao "caput" do art. 6º da CLT, agregando-lhe novo parágrafo
único, incorporou, implicitamente, os conceitos de subordinação objetiva e subordinação estrutural.
✓O teletrabalho é desenvolvido no domicílio do empregado, ou em outro lugar, desde que seja prestado de
forma remota, com remessa ou aproveitamento de dados ou ações à distância, e a subordinação pode ser
exercida por meios informatizados e telemáticos de controle e supervisão.
Regime do Teletrabalho
51
Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam,
para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do
trabalho alheio. (Incluído pela Lei nº 12.551, de 2011)
✓Sendo a subordinação um conceito dinâmico, e tendo em vista a alteração do modo de produção,
ganharam força, presentemente, os conceitos objetivos de subordinação, como a inserção estrutural do
trabalhador na dinâmica do tomador dos seus serviços, ou como a participação integrativa da atividade do
trabalhador na atividade do credor de trabalho. Afastada, assim, a característica do recebimento de ordens
direitas pelo trabalhador como elemento necessário da identificação da subordinação.
❖ ARTIGO: A Nova Lei da Terceirização e Reforma Trabalhista (Ex-Presidente do STF, Ministro Carlos
Velloso).
Regime do Teletrabalho
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Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:
❖ Exclusão de horas extras, intervalos intra e interjornadas e adicional noturno. Só é devido o DRS.
I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho,
devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados;
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito
do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial.
III - os empregados em regime de teletrabalho.
Regime do Teletrabalho
53
CAPÍTULO II-A
DO TELETRABALHO
Art. 75-A. A prestação de serviços pelo empregado em regime de teletrabalho observará o disposto neste
Capítulo.
Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do
empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se
constituam como trabalho externo.
Parágrafo único. O comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades
específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de
teletrabalho.
Regime do Teletrabalho
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Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do contrato
individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado.
§ 1º Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo
acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual.
§ 2º Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinação do
empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondente registro em aditivo
contratual.
Art. 75-D. As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos
equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto,
bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito.
Regime do Teletrabalho
55
Parágrafo único. As utilidades mencionadas no caput deste artigo não integram a remuneração do
empregado.
Art. 75-E. O empregador deverá instruir os empregados, de maneira expressa e ostensiva, quanto às
precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho.
Parágrafo único. O empregado deverá assinar termo de responsabilidade comprometendo-se a seguir as
instruções fornecidas pelo empregador.
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho, observados os incisos III e VI do caput do
art. 8º da Constituição, têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: (Redação dada
pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
VIII - teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente;
Regime do Teletrabalho
56
Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses
subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.
§ 1º - Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 2 (dois) períodos, um dos quais não
poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos.
§ 1o Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos,
sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a
cinco dias corridos, cada um.
§ 2º - Aos menores de 18 (dezoito) anos (não há necessidade de serem estudantes) e aos maiores de 50
(cinquenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez.
§ 2o (Revogado).
Concessão e Época das Férias: Fracionamento
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§ 3o É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal
remunerado.
PN-100 FÉRIAS. INÍCIO DO PERÍODO DE GOZO (positivo). O início das férias, coletivas ou individuais, não
poderá coincidir com sábado, domingo, feriado ou dia de compensação de repouso semanal.
❖ O disposto no PN 100/TST foi incluído na CLT pela Reforma Trabalhista.
Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho,
exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos:
XI - número de dias de férias devidas ao empregado;
XII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
Concessão e Época das Férias
58
Art. 394 - Mediante atestado médico, à mulher grávida é facultado romper o compromisso resultante de
qualquer contrato de trabalho, desde que este seja prejudicial à gestação.
Art. 394-A. A empregada gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, de
quaisquer atividades, operações ou locais insalubres, devendo exercer suas atividades em local
salubre. (Incluído pela Lei nº 13.287, de 2016)
❖ De acordo com a regra celetista pré-Reforma, a empregada gestante ou lactante deveria ser afastada de
quaisquer atividades, operações ou locais insalubres, enquanto durasse a condição impeditiva (gestação ou
lactação). Era, pois, importante medida de proteção à saúde da mulher e, principalmente, de proteção à
saúde e preservação da vida do bebê, já que é indiscutível os males sofridos nos processos de
desenvolvimento do feto e amamentação conforme os tipos de substâncias absorvidas pela mulher.
Trabalho da Mulher x Locais Insalubres
59
Art. 394-A. Sem prejuízo de sua remuneração, nesta incluído o valor do adicional de insalubridade, a
empregada deverá ser afastada de:
I - atividades consideradas insalubres em grau máximo, enquanto durar a gestação;
II - atividades consideradas insalubres em grau médio ou mínimo, quando apresentar atestado de saúde,
emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento durante a gestação;
III - atividades consideradas insalubres em qualquer grau, quando apresentar atestado de saúde, emitido
por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento durante a lactação.
❖ Os incisos I, II e III do art. 394-A da CLT tinham sido revogados pela Medida Provisória nº 808, de 2017.
❖ Volta a valer a regra que condiciona o afastamento imediato da gestante ou lactante ao grau de
insalubridade da atividade.
Trabalho da Mulher x Locais Insalubres60
❖Críticas: condiciona-se a permissão para o exercício de atividades insalubres a simples atestado médico de
profissional de confiança da empregada, sem que seja realizada perícia por médico vinculado ao Ministério
do Trabalho e Emprego.
❖ Ponto Positivo: tem-se a liberdade conferida à mulher para decidir pela pertinência ou não de se
permanecer no trabalho, mesmo que seja em ambiente insalubre, prevalecendo, neste caso, a escolha dela
pela sua manutenção no mercado de trabalho.
❖ Nascituro: tem-se a obrigatoriedade de se prezar pela vida e saúde tanto da mulher quanto do feto/bebê,
especialmente durante o período de gestação. Se a empresa possui condições de remanejar a mulher para
exercício de atividade salubre, esta mudança de funções deve ocorrer de forma automática,
independentemente de laudo médico e do grau de insalubridade, realizando o direito constitucional a um
meio de ambiente de trabalho saudável.
Trabalho da Mulher x Locais Insalubres
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Art. 394-A. A empregada gestante será afastada, enquanto durar a gestação, de quaisquer atividades,
operações ou locais insalubres e exercerá suas atividades em local salubre, excluído, nesse caso, o
pagamento de adicional de insalubridade. (Redação dada pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
❖ Pela MP 808/2017 a empregada era afastada de quaisquer atividades, operações ou locais insalubres, e
perdia o direito ao pagamento do adicional respectivo, já que a insalubridade é salário condição.
§ 1o (VETADO) (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2º Cabe à empresa pagar o adicional de insalubridade à gestante ou à lactante, efetivando-se a
compensação, observado o disposto no art. 248 da Constituição Federal, por ocasião do recolhimento das
contribuições incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer
título, à pessoa física que lhe preste serviço.
Trabalho da Mulher x Locais Insalubres
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§ 2º O exercício de atividades e operações insalubres em grau médio ou mínimo, pela gestante, somente será
permitido quando ela, voluntariamente, apresentar atestado de saúde, emitido por médico de sua confiança,
do sistema privado ou público de saúde, que autorize a sua permanência no exercício de suas atividades.
(Redação dada pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
❖ Pela MP 808 era possível que a gestante permanecesse no exercício de atividade insalubre mediante duas condições:
A) que fosse a insalubridade em graus mínimo ou médio; B) que houvesse atestado, emitido por médico de confiança
da mulher, pelo sistema privado ou público de saúde, que permitisse o exercício das atividades mesmo durante o
período de gestação.
§ 3º Quando não for possível que a gestante ou a lactante afastada nos termos do caput deste artigo exerça
suas atividades em local salubre na empresa, a hipótese será considerada como gravidez de risco e ensejará
a percepção de salário-maternidade, nos termos da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, durante todo o
período de afastamento.
Trabalho da Mulher x Locais Insalubres
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❖ Volta a valer a suspensão do contrato de trabalho, em razão da percepção de salário-maternidade, seja no
período de gestação e/ou de lactação, quando não for possível prestar serviços em local salubre.
§ 3º A empregada lactante será afastada de atividades e operações consideradas insalubres em qualquer
grau quando apresentar atestado de saúde emitido por médico de sua confiança, do sistema privado ou
público de saúde, que recomende o afastamento durante a lactação. (Redação dada pela Medida Provisória
nº 808, de 2017)
❖ Crítica: fragilidade da regra – não havia qualquer tipo de perícia e controle de autoridades administrativas.
❖ Em relação ao abordo criminoso, a regra do art. 395 da CLT foi mantida, de forma que, caso ocorra, será
assegurada licença remunerada de duas semanas. Importante lembrar que será considerado aborto o
nascimento sem vida até o 06º mês de gestação. Acima deste período, mesmo diante do nascimento sem
vida – natimorto – será concedida licença maternidade de 120 dias.
Trabalho da Mulher x Locais Insalubres
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Art. 396. Para amamentar seu filho, inclusive se advindo de adoção, até que este complete 6 (seis) meses
de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais de meia hora
(e não uma hora) cada um. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
Parágrafo único - Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis) meses poderá ser dilatado, a critério
da autoridade competente. § 1º .......................................................................
§ 2º Os horários dos descansos previstos no caput deste artigo deverão ser definidos em acordo individual
entre a mulher e o empregador.
Conclusões: (i) são dois intervalos especiais de 30 minutos cada (remunerados); (ii) serão concedidos à
mulher ou adotante; (iii) serão concedidos até que a criança complete 06 meses de vida; (iv) a idade da
criança (até 06 meses) pode ser alterada, considerando período maior para concessão do intervalo especial,
mediante determinação da autoridade competente; (v) o momento de concessão dos dois intervalos
especiais (se concedidos fracionados dentro da jornada, ou de forma cumulativa antes ou ao final da jornada,
por exemplo), poderá ser definido em acordo individual entre empregada e empregador.
Trabalho da Mulher: Amamentação
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Art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de
emprego.
Parágrafo único – Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo
empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela.
Art. 442-A. Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação de
experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade.
Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem
exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3º desta
Consolidação.
EMPREGADO: PF + pessoalidade + serviço não eventual (habitual) + subordinação + salário + sem risco.
Contrato Individual de Trabalho: Autônomo
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Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, de forma contínua
ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3º desta Consolidação. (Redação dada pela
Medida Provisória nº 808, de 2017)
§ 1º É vedada a celebração de cláusula de exclusividade no contrato previsto no caput. (Incluído pela
Medida Provisória nº 808, de 2017)
§ 2º Não caracteriza a qualidade de empregado prevista no art. 3º o fato de o autônomo prestar serviços a
apenas um tomador de serviços. (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
§ 3º O autônomo poderá prestar serviços de qualquer natureza a outros tomadores de serviços que exerçam
ou não a mesma atividade econômica, sob qualquer modalidade de contrato de trabalho, inclusive como
autônomo. (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
Contrato Individual de Trabalho: Autônomo
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§ 4º Fica garantida ao autônomo a possibilidade de recusa de realizar atividade demandada pelo contratante,
garantida a aplicação de cláusula de penalidade prevista em contrato. (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de
2017)
§ 5º Motoristas, representantes comerciais, corretores de imóveis, parceiros, e trabalhadores de outras
categorias profissionais reguladas por leis específicas relacionadas a atividades compatíveis com o contrato
autônomo, desde que cumpridos os requisitos do caput, não possuirão a qualidade de empregado prevista o art.
3º. (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
§ 6º Presente a subordinação jurídica,será reconhecido o vínculo empregatício. (Incluído pela Medida Provisória
nº 808, de 2017)
§ 7º O disposto no caput se aplica ao autônomo, ainda que exerça atividade relacionada ao negócio da empresa
contratante. (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017) (ATENÇÃO – SUBORDINAÇÃO ESTRUTURAL..!)
Contrato Individual de Trabalho: Autônomo
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MTE - Portaria nº 349, de 23 de maio de 2018
Art. 1º A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem
exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3º do Decreto-Lei
nº 5.452, de 1º de maio de 1943, que aprova a Consolidação das Leis do Trabalho.
§ 1º Não caracteriza a qualidade de empregado prevista no art. 3º da Consolidação das Leis do Trabalho o
fato de o autônomo prestar serviços a apenas um tomador de serviços.
§ 2º O autônomo poderá prestar serviços de qualquer natureza a outros tomadores de serviços que exerçam
ou não a mesma atividade econômica, sob qualquer modalidade de contrato de trabalho, inclusive como
autônomo.
§ 3º Fica garantida ao autônomo a possibilidade de recusa de realizar atividade demandada pelo contratante,
garantida a aplicação de cláusula de penalidade, caso prevista em contrato.
Contrato Individual de Trabalho: Autônomo
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MTE - Portaria nº 349, de 23 de maio de 2018
§ 4º Motoristas, representantes comerciais, corretores de imóveis, parceiros, e trabalhadores de outras
categorias profissionais reguladas por leis específicas relacionadas a atividades compatíveis com o contrato
autônomo, desde que cumpridos os requisitos do caput, não possuirão a qualidade de empregado prevista o
art. 3º da Consolidação das Leis do Trabalho.
§ 5º Presente a subordinação jurídica, será reconhecido o vínculo empregatício.
OPINIÃO: Portaria do MTE regulamenta contratação de autônomos e intermitentes (JOTA – Dia 24/05/2018)
OPINIÃO: Portaria regulamenta trabalho intermitente e de autônomos (Valor Econômico – Dia 25/05/2018)
Contrato Individual de Trabalho: Autônomo
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Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas
em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes
sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.
Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às hipóteses previstas no
art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos
coletivos, no caso de empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual
ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.
❖ HOJE - R$ 5.645,80.
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho, observados os incisos III e VI do caput do
art. 8º da Constituição, têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: (Redação dada
pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
Contrato Individual de Trabalho: Super Empregagdo
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Art. 443 - O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e
por prazo determinado ou indeterminado.
Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito,
por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente.
§ 1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da
execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada.
§ 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando: (...)
§ 3o Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é
contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas,
dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas,
regidos por legislação própria.
Contrato Individual de Trabalho: Intermitente
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Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter
especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou
àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato
intermitente ou não.
Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente será celebrado por escrito e registrado na CTPS, ainda que
previsto acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva, e conterá: (Redação dada pela Medida
Provisória nº 808, de 2017)
I - identificação, assinatura e domicílio ou sede das partes; (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
II - valor da hora ou do dia de trabalho, que não poderá ser inferior ao valor horário ou diário do salário
mínimo, assegurada a remuneração do trabalho noturno superior à do diurno e observado o disposto no §
12; e (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
Contrato Individual de Trabalho: Intermitente
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III - o local e o prazo para o pagamento da remuneração. (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
§ 1o O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de serviços,
informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência.
§ 2o Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado,
presumindo-se, no silêncio, a recusa.
§ 2º Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de vinte e quatro horas para responder ao chamado,
presumida, no silêncio, a recusa. (Redação dada pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
§ 3o A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho intermitente.
Contrato Individual de Trabalho: Intermitente
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§ 4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará
à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria
devida, permitida a compensação em igual prazo. (Revogado Medida Provisória nº 808, de 2017)
§ 5o O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o
trabalhador prestar serviços a outros contratantes. (Revogado Medida Provisória nº 808, de 2017)
§ 6o Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento imediato das
seguintes parcelas:
§ 6º Na data acordada para o pagamento, observado o disposto no § 11, o empregado receberá, de
imediato, as seguintes parcelas: (Redação dada pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
I - remuneração;
Contrato Individual de Trabalho: Intermitente
75
II - férias proporcionais com acréscimo de um terço;
III - décimo terceiro salário proporcional;
IV - repouso semanal remunerado; e
V - adicionais legais.
§ 7o O recibo de pagamento deverá conter a discriminação dos valores pagos relativos a cada uma das
parcelas referidas no § 6o deste artigo.
§ 8o O empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e o depósito do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço, na forma da lei, com base nos valores pagos no período mensal e fornecerá
ao empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações. (Revogado Medida Provisória nº 808, de
2017)
Contrato Individual de Trabalho: Intermitente
76
§ 9o A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes, um mês de
férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador.
§ 10. O empregado, mediante prévio acordo com o empregador, poderá usufruir suas fériasem até três
períodos, nos termos dos § 1º e § 2º do art. 134. (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
§ 11. Na hipótese de o período de convocação exceder um mês, o pagamento das parcelas a que se referem
o §6º não poderá ser estipulado por período superior a um mês, contado a partir do primeiro dia do período
de prestação de serviço. (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017) (ATENÇÃO – NÃO É MÊS CIVIL..!)
§ 12. O valor previsto no inciso II do caput não será inferior àquele devido aos demais empregados do
estabelecimento que exerçam a mesma função. (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
❖ Independentemente de serem intermitentes. Parte final da então redação do art. 452-A da CLT.
Contrato Individual de Trabalho: Intermitente
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§ 13. Para os fins do disposto neste artigo, o auxílio-doença será devido ao segurado da Previdência Social a
partir da data do início da incapacidade, vedada a aplicação do disposto § 3º do art. 60 da Lei nº 8.213, de
1991. (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017) (INTERMITENTE EQUIPARADO AO NÃO
EMPREGADO)
❖ Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doença,
incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral.
§ 14. O salário maternidade será pago diretamente pela Previdência Social, nos termos do disposto no §
3º do art. 72 da Lei nº 8.213, de 1991. (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
❖ O salário-maternidade devido à trabalhadora avulsa e à empregada do microempreendedor individual de
que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, será pago diretamente pela
Previdência Social.
Contrato Individual de Trabalho: Intermitente
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§ 15. Constatada a prestação dos serviços pelo empregado, estarão satisfeitos os prazos previstos nos § 1º e
§ 2º. (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017) (DESRESPEITO AOS PRAZOS X CONVOCAÇÃO)
Art. 452-B. É facultado às partes convencionar por meio do contrato de trabalho intermitente: (Incluído pela
Medida Provisória nº 808, de 2017)
I - locais de prestação de serviços; (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
II - turnos para os quais o empregado será convocado para prestar serviços; (Incluído pela Medida Provisória
nº 808, de 2017)
III - formas e instrumentos de convocação e de resposta para a prestação de serviços; (Incluído pela Medida
Provisória nº 808, de 2017)
Contrato Individual de Trabalho: Intermitente
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IV - formato de reparação recíproca na hipótese de cancelamento de serviços previamente agendados nos
termos dos § 1º e § 2º do art. 452-A. (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
Art. 452-C. Para fins do disposto no § 3º do art. 443, considera-se período de inatividade o intervalo
temporal distinto daquele para o qual o empregado intermitente haja sido convocado e tenha prestado
serviços nos termos do § 1º do art. 452-A. (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
• A intermitência (que é igual a alternância entre períodos de trabalho e de não trabalho) ocorre entre uma
convocação e outra. Cuidado com a PREVISIBILIDADE: Contrato “Part Time”.
§ 1º Durante o período de inatividade, o empregado poderá prestar serviços de qualquer natureza a outros
tomadores de serviço, que exerçam ou não a mesma atividade econômica, utilizando contrato de trabalho
intermitente ou outra modalidade de contrato de trabalho. (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de
2017)
Contrato Individual de Trabalho: Intermitente
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§ 2º No contrato de trabalho intermitente, o período de inatividade não será considerado tempo à disposição do
empregador e não será remunerado, hipótese em que restará descaracterizado o contrato de trabalho intermitente
caso haja remuneração por tempo à disposição no período de inatividade. (Incluído pela Medida Provisória nº
808, de 2017)
Art. 452-D. Decorrido o prazo de um ano sem qualquer convocação do empregado pelo empregador, contado a
partir da data da celebração do contrato, da última convocação ou do último dia de prestação de serviços, o que
for mais recente, será considerado rescindido de pleno direito o contrato de trabalho intermitente. (Incluído pela
Medida Provisória nº 808, de 2017) (PEDIDO DEMISSÃO X RESCISÃO IMOTIVADA)
Art. 452-E. Ressalvadas as hipóteses a que se referem os art. 482 e art. 483, na hipótese de extinção do contrato
de trabalho intermitente serão devidas as seguintes verbas rescisórias: (Incluído pela Medida Provisória nº 808,
de 2017)
Contrato Individual de Trabalho: Intermitente
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I - pela metade: (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
a) o aviso prévio indenizado, calculado conforme o art. 452-F; e (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de
2017)
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, prevista no § 1º do art. 18
da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990; e (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas. (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
§ 1º A extinção de contrato de trabalho intermitente permite a movimentação da conta vinculada do
trabalhador no FGTS na forma do inciso I-A do art. 20 da Lei nº 8.036, de 1990, limitada a até oitenta por
cento do valor dos depósitos. (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
❖ Equiparação com a Rescisão Contratual por Comum Acordo entre as Partes (CLT, 484-A).
Contrato Individual de Trabalho: Intermitente
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§ 2º A extinção do contrato de trabalho intermitente a que se refere este artigo não autoriza o ingresso no
Programa de Seguro-Desemprego. (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
Art. 452-F. As verbas rescisórias e o aviso prévio serão calculados com base na média dos valores recebidos pelo
empregado no curso do contrato de trabalho intermitente. (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
§ 1º No cálculo da média a que se refere o caput, serão considerados apenas os meses durante os quais o
empregado tenha recebido parcelas remuneratórias no intervalo dos últimos doze meses ou o período de
vigência do contrato de trabalho intermitente, se este for inferior. (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de
2017) (MÉDIA ARITMÉTICA: somam-se os valores e divide-se pelo número de meses em que houve pagamento)
§ 2º O aviso prévio será necessariamente indenizado, nos termos dos § 1º e § 2º do art. 487. (Incluído pela
Medida Provisória nº 808, de 2017)
Contrato Individual de Trabalho: Intermitente
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Art. 452-G. Até 31 de dezembro de 2020, o empregado registrado por meio de contrato de trabalho por prazo
indeterminado demitido não poderá prestar serviços para o mesmo empregador por meio de contrato de
trabalho intermitente pelo prazo de dezoito meses, contado da data da demissão do empregado. (Incluído
pela Medida Provisória nº 808, de 2017) (QUARENTENA – EVITAR FRAUDES NA DISPENSA E CONTRATAÇÃO)
Art. 452-H. No contrato de trabalho intermitente, o empregador efetuará o recolhimento das contribuições
previdenciárias próprias e do empregado e o depósito do FGTS com base nos valores pagos no período mensal e
fornecerá ao empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações, observado o disposto no art. 911-A.
(Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
Art. 911-A. O empregador efetuará o recolhimento das contribuições previdenciárias próprias e do trabalhador
e o depósito do FGTS com base nos valores pagos no período mensal e fornecerá ao empregado comprovante
do cumprimento dessas obrigações. (Incluído pela Medida Provisória nº 808, de 2017)
Contrato Individual de Trabalho: Intermitente
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§ 1º Os segurados enquadrados como empregados que, no somatório de remunerações

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