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DISPONÍVEL EM http://euamomedicina.blog.com/?p=215. ACESSO EM 27/01/2015. GASTROENTEROLOGIA,HEMATOLOGIA fev 17, 2012 POR EDUARDO BOTELHO Metabolismo da Bilirrubina A bilirrubina é um pigmento amarelado resultante do catabolismo da hemoglobina. Quando pensamos em metabolismo de bilirrubina, temos que lembrar três estruturas do nosso organismo: hemácias, baço e fígado. Diante disso, vamos entender resumidamente todo o processo. Esquema do metabolismo da bilirrubina Quando as hemácias estão senescentes, ou seja, velhas, acabadas, sem exercer sua função adequadamente, o que ocorre por volta de 120 dias de formadas, o baço se encarrega de eliminá-las. Esse processo de destruição das hemácias é chamado de hemocaterese. A hemocaterese é um processo que ocorre por que nosso sangue passa o tempo todo pelos sinusóides esplênicos. Os sinusóides são formados por capilares com células endoteliais descontínuas. Isso quer dizer que existem espaços entre o endotélio no qual as hemácias precisam passar. É nesse momento que ocorre o controle de qualidade das células vermelhas. As hemácias jovens e saudáveis têm perfeita maleabilidade, conseguindo ultrapassar os sinusóides da polpa vermelha. Já as senescentes, não possuem a capacidade de se conformar, e acabam sendo destruídas nos sinusóides esplênicos. Os macrófagos do baço então fagocitam os restos celulares e quebram a molécula de hemoglobina em grupos hemes. DISPONÍVEL EM http://euamomedicina.blog.com/?p=215. ACESSO EM 27/01/2015. O grupo heme é logo convertido, dentro dos macrófagos, em biliverdina, um pigmento verde, que mais tarde será transformado em bilirrubina. Essa bilirrubina é lançada na corrente sanguínea, sendo chamada de Bb não-conjugada livre. Essa Bb imediatamente se liga na principal proteína plasmática, a albumina, agora chamada de Bb não-conjugada. Obs: Perceba essa diferença importantíssima. A Bb não-conjugada livre é a Bb sozinha. Isso quer dizer que não estar se quer ligada à albumina. Ela está totalmente livre. Já a Bb ligada a albumina é chamada somente de Bb não-conjugada. A Bb não-conjugada livre é lipossolúvel e extremamente tóxica. Ela pode impregnar os neurônios e causar uma doença chamada kernicterus. A Bb precisa se ligar a albumina para ser tornar hidrossolúvel e alcançar os hepatócitos para a conjugação. A Bb não-conjugada é encaminhada até os hepatócitos dentro dos sinusóides hepáticos. Na membrana celular externa dos hepatócitos, está expressa um receptor de Bb, chamado lingadina ou glutationa-transferase. Esse receptor separa a Bb da albumina e carrega somente a Bb até o retículo endoplasmático agranular, onde a enzima glicorunil- transferase conjugará com o ácido glicurônico. Agora que a Bb está ligada ou conjugada é chamada de Bb conjugada. Obs: Grave isso: a Bb não-conjugada é também chamada de Bb indireta; e a Bb conjugada é sinônima de Bb direta. Encontramos a nomenclatura de direta e indireta nos resultados dos exames. Então, não se esqueça: o in combina com não. Obs: A Bb não-conjugada se refere à conjugação com o ácido glicurônico e não com albumina! Não confunda: Bb conjugada com albumina, ainda se chama Bb não-conjugada. A Bb conjugada é excretada pelos hepatócitos no canalículo biliar, juntamente com produtos que formarão a bile. A bile será armazenada na vesícula biliar, onde posteriormente será excretada no intestino delgado. Quando a bile chega ao intestino grosso, as bactérias da microbiota intestinal desconjugam e convertem a Bb, através da enzima β-glicuronidase. O resultado é o urobilinogênio, que é reabsorvido no intestino, ou convertido em estercobilinogênio, que é eliminado, dando a cor marrom característica das fezes. Obs: As Bb não-conjugada e conjugada são hidrossolúveis. Portanto, concentrações elevadas podem acarretar em deposição nas escleróticas e pele, dando-as uma cor amarelada, chamado de Icterícia (ver post de icterícia). Portanto, esse o mecanismo de metabolismo da bilirrubina, essencial para o bom entendimento de muitas matérias de medicina, especialmente gastroenterologia e hematologia. Abc. Até a próxima DISPONÍVEL EM http://euamomedicina.blog.com/?p=215. ACESSO EM 27/01/2015. OUTROS SITES E LINKS BACANAS PARA VOCE SE APROFUNDAR NESTE ASSUNTO: VÍDEO AULA, DA KHAN ACADEMY: Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=xqG6-‐Zyjo9U AULA em power point, POR DR. MARCOS MENDES, FMABC: Disponível em: http://www.fisiologiafmabc.com.br/Eritr%C3%B3citos+(MED).pdf , último acesso em 27/01/2015. TEXTO POR DR. PAULO CESAR NAOUM, DA ACADEMIA DE CIENCIAS E TECNOLOGIA SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (SP) Disponível em : http://www.hemoglobinopatias.com.br/hb-‐normais/produtos.htm, último acesso em 20/01/2015. ARTIGO TRADUZIDO: Means Jr., RT. Red blood cell function and disorders of iron metabolism. ACP Medicine. 2008;1-‐18. Artigo traduzido. Disponível em: http://www.medicinanet.com.br/m/conteudos/acp-‐ medicine/4935/funcao_das_hemacias_e_disturbios_do_metabolismo_do_ferro_%E 2%80%93_robert_t_means_jr.htm
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