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NOÇÕES DE ARITMÉTICA DE MÁQUINA E ZEROS DE FUNÇÕES MACHINE ARITHMETIC NOTIONS AND FUNCTION ZEROS Maria B. Santosa e Ana C. Reisb aUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE), Campus Acadêmico do Agreste (CAA), Rodovia BR-104, km 59, S/N, Nova Caruaru, CEP. 55.014-900, Caruaru-PE, Brasil, http://www.ufpe.br/caa mariabrunnachagas@gmail.com. bUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE), Campus Acadêmico do Agreste (CAA), Rodovia BR-104, km 59, S/N, Nova Caruaru, CEP. 55.014-900, Caruaru-PE, Brasil, http://www.ufpe.br/caa carolinasreis02@gmail.com. Palavras-chave: Bases numéricas, método de bissecção, erros, método de Newton. Resumo: Este presente relatório tem por objetivo avaliar o conhecimento dos discentes da disciplina de Cálculo Numérico referente aos assuntos ministrados em sala de aula que envolve as noções de aritmética de máquina e zeros de funções. O relatório possui uma lista de exercícios que envolve mudança de base e algarismos significativos assuntos de suma importância ao lidar com as máquinas para resolução de problemas matemáticos. Além do uso de métodos como o de Newton, da secante, do ponto fixo e da bisseção para encontrar a raiz da função além do uso de software para compilação dos cálculos como o matlab e o devc++. Com esses exercícios se torna possível concluir que o uso das implementações computacionais facilita o encontro das raízes de forma mais prática e rápida, além de que o método da secante se torna melhor que o método de Newton quando a derivada da função é mais trabalhosa. Abstract: This report aims to evaluate the knowledge of the students of the subject Numerical Calculus regarding the subjects taught in the classroom that involve as arithmetic notions of machines and zeros of functions. The report has a list of exercises that involve basic changes and digits of subjects of major importance for dealing with machines such as mathematical problem solving. In addition to using methods such as Newton, Secante, fixed point and bisection to find the root of the function, as well as the use of software for compiling calculations such as matlab and devc ++. With these exercises, it becomes possible to conclude the use of computational implementations that facilitate the finding of roots in a more practical and fast way, besides that the secant method becomes better Newton's method when derived from the function is more laborious. Keywords: Numerical bases, bisection method, errors, Newton's method. 1. INTRODUÇÃO Os avanços na criação de software e hardware reformulou a ciência, assim como a engenharia hoje é indispensável o uso computacional no processo de solução dos problemas matemáticos para solucionar e simular problemas reais, graças as estas ferramentas os resultados são mais precisos, exatos, confiáveis e acima de tudo rápidos tornando possível a resolução de equações complexas. Para o seu uso se faz necessário compreender bem o funcionamento das máquinas a fim de não gerar resultados que não correspondem aos problemas iniciais, podendo gerar grandes prejuízos. Neste relatório trabalhou-se com dois temas de suma importância que serão apresentados ao decorrer dos exercícios que é a representação do sistema numérico em diferentes bases, visto que cada máquina possui sua própria base a depender de sua capacidade e complexidade. Além dos algarismos significativos que afetam a precisão e exatidão dos resultados, pois ao escolher uma determinada quantidade de algarismos significativos, a depender da capacidade máxima da máquina, é realizada o processo de aproximação seja por truncamento ou arredondamento estes por sua vez geram erros que a depender da escala que se faz necessário levar em consideração e podem ser facilmente calculados. E por fim os zeros das funções ou raízes das funções corresponde a solução onde a função zera e para isso pode-se usar métodos do tipo intervalares que delimitam uma zona próxima da solução até encontrar o valor, ou através de métodos abertos que se baseiam em equações prontas e exigem um Ansatz inicial. Os métodos usados neste trabalho foram Método da Bisseção, Ponto fixo, Newton e o Método da Secante. 2. EXERCÍCIOS PROPOSTOS Exercício 1: Converta para a base decimal cada um dos seguintes números: a) (110)2: Segundo Franco (2006), uma mesma quantidade pode ser representada por meio de diferentes sistemas de numeração a depender de sua base. E para converter um número de uma base para a base decimal segue-se os seguintes passos que serão usados nesse e nos demais problemas, referentes ao Exercício 1. 1º Multiplica-se cada algarismo do número em questão na ordem, da direita para a esquerda, pelo numeral referente a sua base cujo está elevado a uma potência que inicia do 0 e cresce à medida que percorre os outros algarismos. 2º Soma-se todos os produtos. (110)2 = (0 * 2 0 ) + (1 * 21) + (1 * 22) = 6 = (6)10 (1) b) (1011)2 (1011)2 = (1 * 2 0) + (1 * 21) + (0 * 22) + (1 * 23) = (11)10 (2) c) (3112)4 (3112)4 = (2 * 4 0) + (1 * 41) + (1 * 42) + (3 * 43) = (214) 10 (3) d) (12)4 (12)4 = (2 * 4 0) + (1 * 41) = (6)10 (4) e) (𝐴2𝐴)16 No caso da base hexadecimal existem dígitos representados pelas letras A até a F, onde recebe valor respectivamente do 10 até o 15. (𝐴2𝐴)16 = (A * 160) + (2 * 161) + (A * 162) = (2602)10 (5) f) (721)8 (721)8 = (1 * 8 0) + (2 * 81) + (7 * 82) = (465)10 (6) Exercício 2 Escreva os números abaixo na base decimal. Os mesmos processos utilizado no exercício 1 será usado neste exercício. a) (52,13)8 (52,13)8 = (5 * 8 1) + (2 * 80) + (1 * 8-1) + (3 * 8 –2) = (42.171875)10 (7) b) (110,1)2 (110,1)2 = (1 * 2 2) + (1 x 21) + (0 x 20) + (1 x 2-1) = (6.5)10 (8) c) (21𝐹, 3)16 (21𝐹, 3)16 = (2 * 162) + (1 x 161) + (16 x 160) + (3 x 16-1) = (544.1875) (9) d) (12,1)3 (12,1)3 = (1 * 3 1) + (2 x 30) + (1 x 3-1) = (5.333333)10 (10) Exercício 3 Considerando a equação √𝑥 = cos(𝑥) + 2, use o método da bissecção com intervalo inicial [𝑎,𝑏] = [1,3] e 𝑥(1) = 𝑎+𝑏 2 para calcular a aproximação 𝑥(8) da solução desta equação. Através do método da bisseção que obedece ao teorema do valor intermediário, encontrou- se a raiz aproximada para a equação √𝑥 - cos(𝑥) – 2 = 0, utilizando-se 8 iterações (n) conforme pré definido. Com base em Arenales (2008) seguiu-se os seguintes passos cujos resultados se encontram na tabela 1: 1. Dado o intervalo [a,b] / f(a)*f(b) < 0, ou seja possuem sinais opostos 2. Calcula-se o ponto médio (x) do intervalo e caso este seja igual a 0, encontra-se a raiz. 3. Caso não, como neste exercício prossegue-se onde se f(an)*f(xn) < 0, então define-se an+1 = an e bn+1 = xn. 4. Se f(bn)*f(xn) < 0, então define-se an+1 = xn e bn+1 = bn. 5. E assim segue-se até o critério de parada, que neste caso é a 8ª itereção e nela o x8 corresponde ao zero da função. O erro relativo é calculado com a seguinte equação: ᴈ = ( xn+1 + xn ) / xn+1 () Tabela 1: Método da Bissecção Sendo assim a aproximação do zero da função será no x = 2,136719. Exercício 4 O polinômio 𝑝(𝑥) = −4 + 8𝑥 − 5𝑥2 + 𝑥3 tem raízes 𝑥1 = 1 e 𝑥2 = 𝑥3 = 2 no intervalo [ 1/2 , 3]. a) Se o método da bisseção for usado com o intervalo inicial [ 1/2 , 3], para qual raiz as iterações convergem? Tabela 2: Método da Bisseção Utilizando o método da bisseção e considerando 6 algarismos significativos em todas as repetições, após 20 iterações, o valor da raizda função convergiu para 1.000000, quando f(x)= 0.000000. O erro associado não foi definitivo para parada do método em questão, porém, ao final das iterações o erro foi de 2.5e-06. Figura 1: Implementação do método de bisseção no DEVc++ b) É possível usar o método da bisseção para a raiz 𝑥 = 2? Justifique sua resposta. Sim, é possível. O método da bisseção é baseado no fato de que se uma função for contínua em um dado intervalo [a,b] dentro do qual a função admite sinais opostos e é monótona, então ela deverá assumir uma raiz na qual a função assume o valor zero. Porém, devido a unicidade da raiz em um respectivo intervalo, seria necessário um diferente intervalo para que, ao ser encontrado o valor de ponto médio, estivesse incluída uma raiz diferente de 1 porém não incluído o 1, para que ao serem feitas as repetitivas iterações, os valores convergissem para uma raiz distinta, como o 2. Exercício 5 O polinômio 𝑓(𝑥) = 𝑥4 − 4𝑥2 + 4 possui raízes duplas em √2 e −√2. O método da bisseção pode ser aplicado a 𝑓? Explique e justifique sua resposta. Não, pois segundo a definição do método de bissecção é necessário considerar um intervalo [a,b] para o qual f(a) * f(b) < 0 para assim aplicar o método e para que isso aconteça é necessário que a função intercepte o eixo x alterando assim o seu sinal, o que não ocorre com a função apresentada. Os produtos da função de a com x ou de b com x serão sempre positivos e não será possível delimitar para se aproximar do zero da função. Ao plotar o gráfico é possível analisar visualmente pois a curva não cruza o eixo x, tendo seu f(x) sempre positivo. Exercício 6 Considere a equação de Lambert dada por 𝑥𝑒 𝑥 = 𝑡, onde 𝑡 é um número real positivo. Mostre que esta equação possui uma única solução 𝑥 ∗ que pertence ao intervalo [0,𝑡]. Usando esta estimativa como intervalo inicial, quantos passos são necessários para obter o valor numérico de 𝑥 ∗ com erro absoluto inferior a 10−8 quando 𝑡 = 1, 𝑡 = 10 e 𝑡 = 100 através do método da bisseção? Obtenha esses valores. Para t=1: F(x) = xex = t Logo, F(x) = xex –1 Aplicando o método da bisseção no intervalo [0,1] Tabela 3: Método de Bisseção Logo, pode-se concluir que ao aplicar o método da bisseção na função para t=1, foi possível encontrar o valor de x* equivalente a 0.56714332 após 24 iterações. O erro associado corresponde a 3x10e-08 decorrente da aproximação feita pelo algoritmo, no qual a partir da 24º iteração o valor de x se mantém igual ao valor de a, e assim, as substituições que seriam feitas ao encontrar diferença de sinal entre f(a) ou f(b) e f(x) não resultariam mais em uma aproximação à raiz da função. Então, o erro associado a qualquer iteração posterior seria constante. Para t=10: F(x) = xex = t Logo, F(x) = xex –10 Aplicando o método da bisseção no intervalo [0,10] Tabela 4: Método de Bisseção Neste caso, o erro associado foi 6x10e-08 pela mesma razão da letra a, com uma pequena diferença, o valor de x se mantém igual ao valor de b, a partir da 28º iteração. Analisando o intervalo [0,10] para a função quando t= 10 pelo método da bisseção, a raiz encontrada foi igual a 1.74552846. Para t=100: F(x) = xex = t Logo, F(x) = xex –100 Aplicando o método da bisseção no intervalo [0,100] Tabela 5: Método da Bisseção Por fim, analisando os resultados para t= 100, coube-se esperar que o erro associado convergiria a um valor constante pela mesma razão das letras anteriores, o erro encontrado foi de 12x 10e-8. Após 29 iterações, valor do erro se manteve e o valor da raiz encontrado foi de 3.38563108. Figura 2: Implementação do método de bisseção no DEVc++ Exercício 7 Resolver a equação 𝑒𝑥 = 𝑥 + 2 é equivalente a calcular os pontos fixos da função 𝑔(𝑥) = 𝑒𝑥 − 2. Use a iteração do ponto fixo 𝑥(𝑛+1) = 𝑔(𝑥𝑛) com 𝑥(1) = −1,8 para obter uma aproximação de uma das soluções da equação dada com 9 dígitos significados. O método do ponto fixo prevê a raiz gerando sucessivos x que aplicados a função f(x) podem convergir para a solução do zero da função. Da seguinte maneira, seja a função f(x) = 𝑒𝑥 - 𝑥 – 2 utiliza o x inicial qualquer, um Ansatz, que no caso desse problema será o -1,8. Já o próximo x será o resultado a função g(x), esta por sua vez será uma releitura de f(x) com o x isolado, g(x) = x = 𝑒𝑥 – 2. E para cada x novo obtém-se um valor de f(x) que neste caso convergiu para o zero da função. Utilizou-se 9 dígitos significativos e o critério de parada adotado foi o x sendo igual ao x próximo, ou seja, o g(x) pois os valores seguintes serão sempre os mesmos e assim encontra-se uma estabilidade para a solução da raiz. O método foi aplicado no DEVc++. Figura 3: Algoritmo do ponto fixo DEVC++ Figura 4: Compilação do algoritmo da Figura 1 Conforme a figura 1 e 2 foi possível encontrar uma das soluções do zero da função aproximado sendo x=-1,84140551 com a função f(x) = 0.00000012. Exercício 8 Verifique (analiticamente) que a única solução real da equação 𝑥 2 + 𝑥 = 6 é ponto fixo das seguintes funções: O método do ponto fixo deriva do fato de que uma função pode ser escrita na forma f(x) = 0, onde x é considerado um zero da função. Sendo assim, esse método utiliza uma nova função g(x) = x, para achar através de sucessivas iterações um x = x*para o qual g(x*) = x*, esse ponto recebe o nome de ponto fixo da função g(x). Em um gráfico, o ponto fixo corresponde ao encontro de uma reta y = x e o gráfico de g(x). Utilizando então o método e adotando um intervalo inicial de [1,2], e utilizando o mesmo valor inicial para primeira iteração do código de todas as letras da questão. Sabendo-se, também, que • Se |g′(x*)| < 1, então, x está se aproximando do ponto fixo x* está diminuindo a cada iteração. • Se |g′(x*)| > 1, então, x está se distanciando do ponto fixo x* a cada iteração. • Se |g′(x*)| = 1, então, a aproximação é inconclusiva para compreender o comportamento da sequência. Sendo F(x)= x2 + x = 6 e g(x) = x a) F(x)= x2 + x – 6 = 0 g1(x) = 6 – x2 = x Pelo método do ponto fixo: Tabela 6: Método do Ponto Fixo Neste caso, o valor do ponto fixo de x não foi convergente. Tal resultado pode ser explicado pelo Teste da Convergência, a interação do ponto fixo não é estável quando o valor em módulo g’(x)>0, nesse caso |g’(x)| = 3 >1. b) Isolando x2 e elevando os dois lados a ½ : g(x) = x – 6 = x2 g2(x) = (x – 6) ½ Pelo método do ponto fixo: Iteração (i) Xi+1 F(Xi+1) 0 1.5 -2.250000 1 2.121320 0.621320 2 1.969436 -0.151884 3 2.007626 0.038190 4 1.998093 -0.009534 5 2.000477 0.002384 ... 11 2.000000 0.000000 Tabela 7: Método do ponto fixo Primeiramente, pelo Teste da Convergência, |g’(x1)| = 0,2357<1, o que garante que o método aplicado será convergente. Então, após 6 iterações o valor do ponto fixo convergiu exatamente para o valor 2, e a condição de parada foi f(x) = 0. c) Por fim, colocando x em evidência, pode-se encontrar: g(x) = x + x2 – 6 g(x) = x( 1 + x) - 6 g3(x) = 6/ ( 1 + x ) = x Pelo método do ponto fixo: Iteração (i) Xi+1 F(Xi+1) 0 1.5 -2.250000 1 2.400000 2.160001 2 1.764706 -1.121108 3 2.170213 0.880037 4 1.892617 -0.525382 5 2.074246 0.376743 ... 37 2.000000 0.000000 Tabela 8: Método do ponto fixo Primeiramente, pelo Teste da Convergência, |g’(x1)| = 0,96 <1, garantindo a convergência do método do ponto fixo. Depois, foram feitas, 37 iterações até que ponto fixo convergiu para a raiz da função, 2. A condição de parada foi a mesma da letra b. Figura 5: Implementação do ponto fixo no DEVC++ Exercício 9 Encontre a raiz positiva dafunção 𝑓(𝑥) = cos(𝑥) − 𝑥2 pelo método de Newton inicializando- o com 𝑥(0) = 1,5. Realize a iteração até obter estabilidade no quinto dígito significativo. Assim como o método do ponto fixo, o método de Newton é um método do tipo aberto que exige um Ansatz inicial e que através de equações delimita a solução encontrando x próximos, a fim de identificar a raiz da função. O x próximo no método de Newton é definido pela seguinte equação: x(n+1) = xn – (f(xn) / f ’ (xn)) (11) E o erro trabalhado refere-se ao erro relativo. Conforme apresentado os resultados na tabela abaixo, na iteração 5 já é possível determinar a solução aproximada com 5 dígitos significativos, pois a partir daí o x se repete obtendo-se assim uma estabilidade. Tabela 9: Método de Newton Exercício 10 Considere o problema de calcular as soluções positivas da equação: tan(𝑥) = 2 − 𝑥 2 10.a) Calcule as duas primeiras raízes positivas pelos métodos de Newton-Raphson e da Secante com nove dígitos significativos e discuta a convergência. Seja a função F(x) = tan(x) + x2 – 2 F’(x) = 2x + sec2(x) Aplicando o método de Newton-Raphson X(n+1) = xn – ( f(xn) / f(‘xn) ) Iteração x F(x) erro 1 2.023199238 6.857453457 0.482800084 2 2.019339702 0.035815660 0.001911286 3 2.019355401 -0.000146887 0.000007774 4 2.019355402 -0.000000002 0.000000000 Tabela 10 – Método de Newton Primeiramente, para dado o valor x = 3, o algoritmo resultou após 4 iterações pelo método de Newton-Raphson em uma raiz aproxima equivalente a 2.019355402, cuja condição de parada foi o erro associado igual a zero, considerando-se a aproximação de 1e-9. Iteração x F(x) erro 1 1.429251088 14.351419947 0.049500688 2 1.296301255 7.060392892 0.102560907 3 1.096861784 3.231488312 0.181827349 4 0.932063878 1.152706243 0.176809670 5 0.886013333 0.215407545 0.051975002 6 0.883764772 0.009605033 0.002544298 7 0.883759957 0.000020481 0.000005448 8 0.883759957 0.000000000 0.000000000 Tabela 11: Método de Newton Em seguida, ainda pelo método NR, foi utilizado o valor inicial x = 1.5, e após 8 iterações o erro associado correspondia a 0, e a raiz se aproximou-se de 0.883759957. Figura 5: Implementação no MATLAB O método da secante por ser uma variação do método de NR, o método das secantes pode ser considerado uma aproximação por diferenças finitas e é baseado no fato de que é possível encontrar uma raiz cada vez mais aproximada através das raízes de retas secantes. Logo, a iteração do método da secante é dada por: Xn+1 = Xn – F(Xn) ( (Xn – Xn-1)) / (F(Xn - F(Xn-1) ) Para inicializar as iterações são necessários dois valores de aproximações iniciais, distinguidos através do da análise gráfica da função. Iteração x erro 1 1.750770470 1.000000000 2 1.083890960 0.428822900 3 1.212987125 0.615264390 4 0.956997265 0.106428306 5 0.909620818 0.267492781 6 0.885590753 0.052083732 ... 11 0.883759957 0.000000089 Tabela 12: Método da secante Aplicando o método da Secante à mesma função e adotando como valores inicias de aproximação x0= 1 e x1 = 2. Após 11 iterações a raiz obtida foi equivalente a 0.883759957, e o erro associado a esta última iteração foi de 0.000000089. Pode-se concluir então que o resultado aplicando o método da secante foi bastante semelhante ao da segunda aplicação do método NR, e as raízes irão convergir para um mesmo valor. Uma única diferença bastante relevante para ser comparada nos dois métodos é a quantidade de iterações necessárias. Apesar de convergirem para a mesma raiz, o método da secante converge mais lentamente, ou seja, são necessárias mais iterações, enquanto o método de NR, possui uma taxa de convergência quadrática. Figura 6: Implementação no MATLAB Exercício 11 Considere as equações I. 𝑒−𝑥2 = 𝑥 II. 𝑒−𝑥2 = 2𝑥 III. 𝑓(𝑥) = 𝑥𝑠 10 + 𝑥4 − 3𝑥2 + 1 Encontre as raízes reais isolando-as pelo método do gráfico e depois usando: a) Os métodos de Newton-Raphson e da Secante. Expresse a solução com 9 dígitos significativos; b) Empregar alguma função própria do MATLAB/OCTAVE/etc.. Justifique a escolha e comente brevemente sobre o método; c) Compare e análise: os resultados, número de iterações e tempo de processamento obtidos. Resolução do I. As tabelas e a imagem abaixo representam os resultados dos métodos de Newton e da Secante cujas metodologias já foram apresentadas nos exercícios anteriores. Utilizou-se 9 dígitos significativos. No método do gráfico a raiz encontrada é a 0,65292. No método de Newton utilizando o Ansatz inicial igual a 1, sendo possível na 5ª interação encontrar a solução x=0,652918741. No método da Secante o Ansatz inicial recebeu valor 1 e o segundo recebeu valor 2 e obteve-se o mesmo valor que o método de Newton porém na 6ª interação. Já utilizando um comando próprio do MATLAB a raiz encontrada foi 0,652918640. De todos os métodos utilizados todos convergiram para o mesmo valor e com alta acurácia, o mais rápido e prático foi o uso da função pronta do MATLAB, em seguida o de Newton que necessitou de uma interação a menos que o método da Secante. Figura 7: Gráfico da função I Tabela 13: Tabela da Função I com o método de Newton Tabela 14: Tabela da Função I com o método da Secante Figura 8: Tabela da Função I com o uso de função própria do MATLAB Resolução do II. Conforme o gráfico abaixo, a solução encontrada para a função II foi 0,41936. Pelo método de Newton na 4ª iteração a solução se estabiliza sendo 0,419364861 o mesmo valor é encontrado pelo método da secante, porém com mais duas interações. Os Ansatz tanto neste método quando no de Newton foram os mesmos da resolução I e será o mesmo para resolução III. Aplicando a função no matlab a solução é 0,419364824. Figura 9: Gráfico da função II Tabela 15: Tabela da Função II com o método de Newton Tabela 16: Tabela da Função II com o método da Secante Figura 10: Tabela da Função II com o uso de função própria do MATLAB Resolução do III. Segundo a plotagem do gráfico e os valores encontrados no MATLAB a função tem 5 raízes, pelo método de Newton encontrou-se uma na sexta iteração com solução 0,621382879, já o método da Secante a solução convergiu para outra raiz 1,489564201 e demandou mais tempo sendo encontrado apenas a 17ª iteração. Figura 11: Gráfico da função III Tabela 17: Tabela da Função III com o método de Newton Tabela 18: Tabela da Função III com o método da Secante Figura 12: Tabela da Função III com o uso de função própria do MATLAB 3. CONCLUSÃO Com a resolução destes exercícios através do estudo as referências bibliográficas, foi possível conhecer e praticar as transformações das bases de representações numéricas entendendo que os computadores tem a sua própria, também tornou-se visível o fato de que a quantidade de algarismos significativos utilizados nos cálculos pode tornar o resultado mais preciso e mais próximo do exato, ao mesmo tempo que a quantidade escolhida pode tornar mais longe do valor exato visto que o uso de aproximação seja por arredondamento ou truncamento gera erro. E ao trabalhar com os métodos abertos e intervalados para resolução dos zeros das funções foi possível encontrar através deles as raízes e comparar com os respectivos gráficos e notou- se alta acurácia em todos os métodos utilizados. E nas mesmas funções usando métodos diferentes todos convergiram para a mesma raiz com exceção do exercício 11 letra c, onde o método da secante convergiu para outra raiz. Também foi possível verificar que cadamétodo tem sua vantagem e desvantagem a depender da função, por exemplo funções que possuem sua derivada mais complexa dará mais trabalho resolver pelo método de Newton a resolver pelo método da bisseção ou secante. Mais uma vez a quantidade de algarismos significativos refletiu no resultado final, visto que a depender da quantidade as iterações aumentariam ou diminuiriam a fim da solução se estabilizar. Ao comparar as raízes feitas sem o uso computacional (MATLAB e o DEVC++) e com o uso é possível notar um certo afastamento do valor real em escala muito pequena, logo o erro se torna razoável, isto é devido aos erros associados as aproximações, porém se torna uma ferramenta indispensável visto seus resultados são precisos, muito próximos do exato, possui alta confiabilidade além da praticidade e rapidez principalmente ao trabalhar com funções mais robustas. REFERÊNCIAS Arenales S. e Darezzo A. Cálculo Numérico – Aprendizagem com apoio de software. São Paulo: CENGAGE Learning, 2008. Franco, Neide Bertoldi. Cálculo Numérico. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.