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Livro-Texto Unidade IV - Teoria e Prática Cambial

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TEORIA E PRÁTICA CAMBIAL
Unidade IV
O comércio de importação e exportação revela um mundo repleto de oportunidades. Ficar restrito ao 
ambiente nacional faz com que as empresas limitem a expansão de sua escala produtiva. É necessário, 
portanto, que existam, tanto no mercado nacional quanto no internacional, formas de auxiliar esses 
comerciantes para a exposição e oferta de suas mercadorias no mercado externo, que também deve 
servir de fonte de demanda de mercadorias e serviços provenientes do exterior.
Como destacado, a exportação goza de privilégios em relação a financiamentos. Infelizmente, o 
mesmo não ocorre a respeito das importações, uma vez que, usualmente, se dispõem de poucas linhas 
de crédito para sua efetivação. A seguir, serão expostas as operações financeiras existentes no exterior, 
as quais amparam os exportadores e, em menor escala, os importadores.
7 OPERAÇÕES DE CÂMBIO REFERENTES A FINANCIAMENTOS INTERNACIONAIS
Nesta seção serão tratadas as operações de financiamentos, dividindo‑as em operações para exportação 
e operações para importação. Elas podem ser realizadas por instituições financeiras privadas e públicas, além 
de existirem linhas disponibilizadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
7.1 Financiamentos à exportação
As exportações brasileiras são passíveis de financiamento, desde que seja efetuado o registro no 
Siscomex. Desse modo, vale ressaltar que no mercado nacional estão disponíveis outras fontes de 
financiamentos à exportação, para além daquelas discutidas anteriormente, ACC e ACE.
7.1.1 Pré‑pagamento
Esse tipo de financiamento está vinculado à busca de crédito antes do embarque da mercadoria. 
Nesse caso, o exportador procura recursos com uma instituição financeira no exterior. Normalmente, 
um banco nacional possui agências no exterior e essa captação de recursos é feita através dele.
Para executar essa operação, a exportadora deverá apresentar uma previsão estruturada dos prazos 
acordados no contrato de venda. Assim, ela exibe o cronograma de execução do projeto.
Uma vez feita a devida prospecção, um contrato de pré‑pagamento é firmado entre o exportador e 
a instituição financeira responsável pelos recursos no exterior, determinando‑se os prazos e os encargos 
a serem pagos pela contratante.
O exportador pode contratar essa operação em até 360 dias antes do embarque da mercadoria. Caso 
a data seja superior, é necessário registrar tal fato perante o Banco Central do Brasil por meio do ROF.
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Unidade IV
Esse procedimento atrai as instituições exportadoras na medida que elas conseguem negociar no 
mercado externo com taxas de juros mais atraentes do que as encontradas no Brasil, além de não haver 
a incidência de imposto de renda, nem de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
7.1.2 Simplex
O Sistema de Câmbio Simplificado de Exportação (Simplex) foi criado com o objetivo de facilitar 
as operações de exportação. Ele dispensa o contrato de câmbio e utiliza apenas dois documentos: o 
Registro de Exportação Simplificada (RES) e a Declaração Simplificada de Exportação (DSE).
Por se tratar de uma operação que requer pouca documentação, o valor para o seu uso é limitado 
a US$ 10.000, ou o equivalente em outras moedas. O câmbio poderá ser fechado com a instituição 
financeira autorizada a operar em 90 dias antes ou 90 dias após o embarque da mercadoria, dessa 
forma, é gerado um boleto de câmbio. Tal operação apresenta outra facilidade, o pagamento via cartão 
de crédito internacional. O Simplex pode ser gerado perante qualquer instituição financeira autorizada 
a operar com câmbio.
7.1.3 Programa de Financiamento às Exportações (Proex)
A modalidade de financiamento Proex é administrada pelo Tesouro Nacional e intermediada 
exclusivamente pelo Banco do Brasil. Ela serve para importadores e exportadores, desde que estes sigam 
as regras de nacionalização do produto.
O financiamento, basicamente de máquinas e equipamentos, é de 85% do valor correspondente 
ao bem. Se o índice de nacionalização do produto em questão for inferior a 60%, o valor de seu 
financiamento sofrerá redução.
O prazo do financiamento está vinculado ao valor agregado do bem e ao seu grau de complexidade, 
que poderá variar de 60 dias a até 10 anos.
Geralmente, a taxação nesse caso costuma se basear na Libor mais um dado spread definido 
pelo banco. O pagamento por parte do financiado deve ser realizado em parcelas semestrais, 
porém se o prazo do financiamento estiver inserido no curto prazo, será cobrada uma parcela 
única ao seu final.
Além da modalidade convencional, existe o Proex equalização, que, por sua vez, é gerenciado 
pelo Banco do Brasil e tem o objetivo de tornar as taxas de juros nacionais equivalentes às taxas 
internacionais. Dessa maneira, o governo brasileiro, via Proex, assume parte dos encargos financeiros 
aplicados à exportação.
O prazo para essa operação é de até dez anos, dependendo do grau de complexidade do bem, e o 
valor da equalização poderá ser de até 85% do total da exportação. A especificidade em relação ao 
pagamento é o fato de ele ser feito através de Notas do Tesouro Nacional (NTN‑I).
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7.1.4 Financiamentos BNDES Exim
O BNDES financia as exportações mediante diversas modalidades de crédito. Os custos propostos pelo 
órgão de fomento à indústria são considerados atraentes e compatíveis com o mercado internacional. 
Vale salientar que tais modalidades são destinadas à exportação de bens e serviços.
Existem outras modalidades de financiamento oferecidas pelo BNDES, a saber:
• Modalidade pré‑embarque: para fazer jus a esse tipo de financiamento, o produto deve ter elevado 
índice de nacionalização, mais especificamente 60% ou superior. O exportador pode negociar até 
100% do valor da exportação no financiamento. Quanto ao prazo, o financiamento é de 30 meses, de 
acordo com o ciclo de produção do equipamento, sem que o último embarque ultrapasse 24 meses.
O custo para a contratação dessa operação é a taxa de juros em longo prazo (TJLP) ou Libor + variação 
do dólar norte‑americano. A comissão do agente financeiro também deve ser contabilizada.
O lucro do BNDES sobre a operação é definido de acordo com o tamanho do empreendimento:
— 1,0% ao ano para as micro, pequenas e médias empresas;
— 2,5% ao ano para as grandes empresas; e
— 3,0% ao ano para as grandes empresas que produzem bens de capital.
• Modalidade pré‑embarque especial: oferecida inclusive aos exportadores, nessa opção os bens 
com 60% ou mais de nacionalização poderão ser financiados, sem necessariamente estarem 
atrelados a um embarque específico.
O valor oferecido pode ser de até 100% daquele referente ao aumento previsto para os 
próximos 12 meses, tendo como base os 12 meses anteriores. Assim, o exportador se pauta 
nas exportações realizadas no período anterior, acrescentando a elas a previsão de exportações 
para os meses subsequentes.
Os dados apresentados pelo exportador serão verificados perante a Secretaria de Comércio Exterior 
(Secex) e o Banco Central.
Apesar de o prazo ser de 12 meses, poderá ser estendido em até 30 meses, somente em relação à 
parcela do incremento. Os encargos incidentes sobre essa operação são:
Custo financeiro + spread básico + spread do agente.
Custo financeiro: variação do dólar norte‑americano, acrescido da Libor.
Spread básico: 2% ao ano, com possibilidade de redução.Spread do agente: negociação entre a instituição financeira garantidora da operação e o cliente.
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Unidade IV
Entre os itens que não estão liberados para essa modalidade de financiamento, estão: automóveis 
de passeio e produtos de baixo valor agregado, como celulose, suco de laranja, açúcar etc.
• Modalidade pós‑embarque: nela há o refinanciamento das exportações de bens com elevado 
índice de nacionalização, garantidas por títulos de créditos ou cessão de direitos. A empresa 
exportadora recebe à vista até 100% do valor total da garantia negociada.
A modalidade pós‑embarque prevê um prazo de até 12 anos, no qual é incluída a carência de seis 
a 24 meses. O prazo não pode ultrapassar o descrito no Registro de operações de Crédito (RC) 
do Siscomex. O termo sempre é contado a partir da data de embarque da mercadoria, no caso da 
exportação de bens. Na hipótese de serviços, o prazo será contado conforme cada operação.
As operações do sistema de Convênio de crédito recíproco (CCR) terão o prazo limitado a no 
máximo 360 dias.
 Lembrete
O Convênio de créditos recíprocos (CCR) é o acordo existente entre os 
países da Aladi com objetivo de facilitar as relações comerciais da região.
Os encargos da operação são determinados da seguinte forma:
Custo financeiro + spread básico + spread do agente
O custo financeiro é definido pela taxa Libor da data do embarque. O spread básico dependerá 
da operação: se for no âmbito do CCR e garantida por instituições financeiras nacionais ou 
estrangeiras, o valor é de 1,0% ao ano; se for por instituição mandatária, o percentual será de 
2,0% ao ano. Agregado o spread do agente, que deve ser negociado com a instituição garantidora. 
De acordo com a operação, outros encargos poderão ser cobrados, entre eles:
• comissão de administração;
• comissão de cobrança;
• comissão de compromisso.
 Observação
O grau de nacionalização dos bens, ou seja, a quantidade de recursos 
produzidos no mercado nacional, exigido pelo BNDES, é acima de 60%. Para 
mercadorias com menor grau de nacionalização, é recomendado buscar 
outras fontes de financiamento.
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7.1.5 Export notes
Essa operação corresponde à cessão de crédito de exportação, na qual o exportador cede os direitos 
de um título futuro a um tomador. Este título é vinculado a um contrato de compra e venda. Logo, o 
exportador obtém recursos no país para financiar suas vendas no exterior com investidores locais, outras 
empresas e/ou bancos.
Com a export note, o exportador igualmente transfere os direitos de uma venda a um investidor que 
paga à vista por tal direito. O exportador é obrigado a encaminhar a mercadoria no prazo admitido no 
contrato. A exportadora emite uma nota promissória no valor total da venda, responsabilizando‑se pelo 
embarque do produto.
Com a emissão do contrato de cessão, são definidos os prazos de resgate e a remuneração do 
investidor que terá direito. No vencimento da operação, o investidor receberá o valor do principal mais 
a variação cambial acrescida de juros, conforme estabelecido.
Via de regra, o exportador fica satisfeito nas export notes, pois antecipa o valor de sua venda. 
O investidor também ficará satisfeito, pois aufere ganhos, dado que essa operação o protege de 
riscos cambiais.
Nesse sentido, constata‑se que as operações de export notes são vantajosas porque não necessitam 
de linha de crédito bancária para o exportador; o prazo de financiamento é superior a um ACC e o 
investidor protege seu patrimônio de possíveis variações cambiais.
Vazquez (2009, p. 312) argumenta sobre a desvantagem desse tipo de operação, no sentido de que 
“enquanto o ACC não necessita de operações de exportações identificadas para serem fechadas, as 
export notes exigem um contrato formalizado de venda no exterior”.
É possível descrever a sequência, em termos de procedimentos gerais, nas operações com export 
notes, em três etapas, da seguinte forma:
• Inicialmente, um contrato de exportação é formalizado e o crédito é transferido a um investidor. 
A garantia da operação será uma nota promissória emitida pelo exportador no valor da venda e 
com prazo de resgate fixado.
• Em seguida, a produção do bem é financiada com o pagamento por parte do investidor ao 
exportador. Essa transferência de valor ocorre à vista e com base no câmbio do dia.
• Por último, a mercadoria é encaminhada ao importador, que paga por ela. O exportador resgata a 
nota promissória, efetuando o pagamento ao investidor do valor principal corrigido pela variação 
cambial e por uma taxa de juros acordada em contrato.
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7.1.6 Securitização de exportação
A operação de securitização de exportações é a emissão de títulos no mercado internacional 
vinculados aos recebíveis provenientes de um contrato de exportação. A captação de recursos nesse 
tipo de financiamento gera um custo reduzido para o exportador que, ao realizar vendas no exterior, 
firma um contrato de exportação e um título negociável com prazo mínimo de um ano, e em seguida o 
oferece a investidores estrangeiros ou a instituições financeiras estrangeiras.
Essa operação é garantida pelo Banco Central por meio da circular n. 1.979, de 26 de junho de 1991, 
e tem sua receita vinculada a uma conta denominada conta de passagem. Ela possui saldo zero e serve 
apenas para que o investidor possa acompanhar todas as receitas advindas das vendas.
Para reduzir as suspeitas de inadimplência, os exportadores podem abrir uma conta no exterior 
chamada de conta de depósito. Nessa conta, serão depositados, próximo ao vencimento dos pagamentos, 
o valor do principal, adicionados os juros e os devidos encargos. Ela serve como salvaguarda de que o 
exportador irá honrar com seus compromissos. Essas duas contas foram autorizadas pelo Banco Central 
com o objetivo de diminuir o risco Brasil e eliminar as suspeitas de inadimplência (VAZQUEZ, 2009).
7.2 Supplier’s e buyer’s credits
7.2.1 Supplier’s credit
Nessa modalidade de financiamento, um banco empresta ao exportador valores mediante desconto 
de cambiais representativas de venda a prazo. O exportador vende a prazo e as divisas ingressarão 
futuramente, de acordo com o vencimento das cambiais. Este último é o responsável pela operação 
perante o banqueiro, dessa forma, ele é quem deve pagar pela cambial. Tais operações geralmente 
variam de trinta dias a cinco anos.
7.2.2 Buyer’s credit
Nessa modalidade, um banco no exterior financiará o importador, que se manterá responsável pelo 
pagamento das cambiais, assim não há vínculo entre o exportador e as cambiais. Toda a obrigação recai 
sobre o importador.
7.3 Forfaiting
A modalidade de financiamento denominada forfaiting é similar à conhecida operação de factoring, 
pois nela, o exportador vende suas mercadorias a prazo e recebe à vista, via operação que se assemelha 
ao desconto de duplicatas.
O exportador não incorre em risco, pois entrega as cambiais a um banco, transferindo qualquer 
possibilidade de inadimplência a ele. No entanto, os bancos da mesma maneira transferem o risco a uma 
organização especializada, denominada forfaiter.
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Essa operação, em resumo, é simples e ágil, a qual poderá ser assimilada pela seguinte descrição:
• O exportador remeteum saque cambial ao importador, que deverá assiná‑lo, comprometendo‑se 
a pagá‑lo no vencimento.
• É encaminhado o saque, pelo exportador, ao banco que avalia o risco do negócio e o prazo, 
estabelecendo o desconto ao valor de face e repassando a quantia à exportadora.
• Os encargos da operação são passíveis de negociação entre banco e exportador e estarão sujeitos 
à análise do risco da entidade exportadora e ao cenário econômico.
As factorings são empresas que adquirem os direitos creditórios de outras sociedades, pagando a 
estas à vista e efetuando a cobrança no prazo determinado. Elas fazem, basicamente, o desconto de 
duplicatas de venda mercantil de uma entidade e todo o processo de cobrança ao sacado.
7.4 Financiamento à importação
No Brasil, existem poucos canais de financiamento aos importadores. Dessa maneira, podemos dizer 
que as importações por aqui não são financiáveis. Alguns casos específicos gozam do direito de se 
financiar o bem importado, como, por exemplo, os bens utilizados na instalação, ampliação, renovação 
ou modernização de empresas, com ênfase nos bens de capital.
Os bancos nacionais, autorizados a captar recursos no exterior, oferecem algumas modalidades 
de financiamento aos importadores, tais como: financiamentos em curto prazo – inferiores a 360 
dias; financiamentos em longo prazo – superiores a 360 dias. O objetivo é financiar sociedades 
brasileiras que necessitam de modernização em seus parques industriais.
As linhas de crédito em longo prazo são acordos firmados entre os banqueiros nacionais e 
internacionais, no intuito de melhorar as taxas de juros.
Essas linhas de crédito podem ter prazos de dois a dez anos, de acordo com o valor e as características 
de cada produto. Algumas formas de financiamento às importações serão apresentadas a seguir.
7.4.1 Buyer’s credit
Essa modalidade, aplicada também à exportação, possibilita ao importador contrair um crédito em 
um banco no exterior, o qual efetuará o pagamento diretamente ao exportador estrangeiro.
7.4.2 Supplier’s credit
O financiamento é concedido diretamente ao importador nacional pelo exportador estrangeiro. Essa 
operação é menos onerosa para o importador, pois não incorre em encargos dos bancos.
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7.4.3 Leasing internacional
A operação de arrendamento mercantil, conhecida como leasing, segue o critério de compra de um 
bem financiado por uma instituição financeira; assim, no fim do contrato, o comprador poderá ou não 
ficar com o produto, e pagará um valor residual. Caso não haja o desejo de adquiri‑lo, ele será devolvido 
ao financiador.
Ainda em relação ao leasing internacional, trata‑se de uma alternativa de aquisição de equipamentos 
para uso do arrendatário, possibilitando ou não a incorporação deles ao seu parque fabril. O financiamento 
de tal operação é de médio prazo – entre dois e cinco anos – e os encargos são atrativos.
7.4.4 BNDES – Finem
O Financiamento a Empreendimentos (Finem) do BNDES busca auxiliar empresas que possuam 
importações no montante de R$ 20.000.000,00 visando à implantação, expansão e modernização, 
incluindo a aquisição de máquinas e equipamentos novos de fabricação nacional ou importados, e 
capital de giro.
Tanto os valores quanto os prazos e objetivos do Finem passaram por alterações a partir de 2017 e 
os projetos que beneficiam à sociedade são tratados com prioridade. Os custos financeiros da operação 
correspondem à: TJLP e/ou custo de mercado e taxa do BNDES, a qual gira em torno de 2,1% a 6,56% 
ao ano, exceto em investimentos sociais.
 Saiba mais
Para conhecer mais sobre as operações que podem usar tal financiamento, 
suas respectivas taxas e os prazos de pagamento, consulte o site do BNDES.
<http://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home>.
7.5 Operações de garantia
A crescente participação e integração dos empreendimentos no mercado internacional vem 
aumentando o volume de operações comerciais e financeiras no mercado externo, o que exige a 
presença das operações de garantia. Nesta seção, serão destacadas as principais modalidades de caução 
disponibilizadas pelo mercado.
7.5.1 Aval bancário
O aval tem por objetivo afiançar que um título será pago. No caso do aval bancário, o respectivo 
banco garante que, caso o comprador (o importador, por exemplo) não pague o valor da compra, o banco 
pagará. Vale lembrar que somente um título de crédito poderá ser avalizado, e não outro instrumento.
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7.5.2 Fiança bancária
Nessa operação, o banco se torna fiador de seu cliente, garantindo o pagamento da operação caso 
o afiançado se torne inadimplente. Ela é utilizada para garantia em concorrências públicas, obtenção de 
empréstimos, entre outras aplicações.
7.5.3 Bid bond
Quando empregada nos processos de concorrência, concede direito de saque ao beneficiário, desde 
que declare que a parte que instituiu a bid bond, apesar de ter vencido a concorrência, não queira se 
manter no negócio.
7.5.4 Performance bond
Essa modalidade assegura a execução do serviço ou entrega do produto no prazo, conforme 
determinado pelo contrato assinado entre as partes. Caso não seja cumprida alguma das cláusulas, a 
performance bond é executada.
7.5.5 Cartas de crédito
Conforme já apresentado, o objetivo de uma carta de crédito é dar garantias tanto aos importadores 
quanto aos exportadores.
Trata‑se de um documento emitido a pedido do importador a favor do exportador, que receberá o 
pagamento caso cumpra tudo que foi acordado entre as partes no contrato de exportação.
 Lembrete
As cartas de crédito (letter of credit) são usualmente chamadas L/C no 
mercado. Por exemplo: a L/C foi emitida a favor da empresa X.
8 FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Até o fim dos anos 1980, praticamente todas as operações de recursos eram viabilizadas por meio 
de empréstimos e financiamentos bancários internacionais, regulamentados pela Lei n. 4.131, de 3 de 
setembro de 1962.
A fonte de financiamento externo foi fechada devido, principalmente, ao fim da liquidez usufruída 
em outras épocas. A partir de 1993, no entanto, os fluxos de investimentos surgiram novamente, 
mas por meio dos lançamentos de títulos da dívida no exterior, e não mais por empréstimos e 
financiamentos bancários.
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 Saiba mais
Para compreender o que houve nos anos 1980, faça a leitura da obra a 
seguir, em especial do primeiro capítulo, que trata sobre o período destacado.
LANZANA, A. E. T.; LOPES, L. M. Economia brasileira: da estabilização ao 
crescimento. São Paulo: Atlas, 2009.
8.1 Commercial paper
Consistem em títulos emitidos por empresas (como uma nota promissória) e negociados entre elas 
para financiamento de curto prazo, por no mínimo 30 e no máximo 180 dias. Esses títulos são de giro 
rápido e custo inferior de captação com bancos. Desse modo, apenas as entidades com bom crédito no 
mercado conseguem emiti‑los. Eles poderão ser sem garantia, o que aumenta o valor da captação, já 
que a única segurança é a própria idoneidade do emissor. Aqueles com caução bancário conseguem 
uma taxa de juros reduzida. Os custos para emissão de uma commercial paper estão relacionados ao 
registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
 Lembrete
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é o órgão responsável por 
fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores 
mobiliários no Brasil.
8.2 Bônus e eurobônus de empresas
Trata‑sedos títulos emitidos no mercado exterior por organizações que buscam captar valores 
elevados, e estes recebem o nome de euro quando emitidos fora do país da moeda que gerou o título.
A remuneração de um bônus pode ser relacionada a uma taxa de juros fixa (fixed rate notes), na 
qual o percentual é o mesmo ao longo de todo o exercício do título, ou a uma taxa de juros flutuante 
(floating rate notes) que pode ser renegociada a cada novo período. A avaliação que se faz de um bônus 
é baseada em uma comparação com o retorno dos títulos de menor risco internacionalmente, em geral, 
os do tesouro norte‑americano (treasury bill, treasury notes, treasury bond) com o mesmo prazo.
Alguns títulos dessa categoria podem receber um prêmio pelo risco, caso o emissor apresente 
problemas de inadimplência. O nome dado a esse valor extra é fault premium.
As instituições financeiras ocupam um lugar secundário nessa operação, auxiliando apenas em seu 
planejamento, e não mais como principal ofertante de valores. Os encargos incorridos nesses títulos são 
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elevados e definidos de acordo com a comissão pela administração e venda de títulos e o custo fixo 
mínimo, que gira em torno de US$ 150 mil a US$ 250 mil, os quais incluem:
• serviços legais no local da emissão;
• confecção e impressão de prospectos de lançamentos;
• impressão dos títulos e dos cupons de juros;
• remuneração dos agentes;
• registro da emissão em bolsa de valores internacional.
8.3 Comunicado Firce 10 – Lei n. 4.131
Essa lei, conhecida como a Lei do capital estrangeiro, de 3 de setembro de 1962, disciplina a aplicação 
de capital estrangeiro dentro do País e as remessas de valores enviados ao exterior. Ela determina 
igualmente que os capitais estrangeiros ingressantes no Brasil podem retornar ao exterior com o seu 
principal acrescido de juros, conforme estipulado em contrato.
A Lei autoriza o Banco Central do Brasil (BCB), entre outras medidas, a 
determinar que operações cambiais referentes a movimentos de capital 
sejam efetuadas em mercado financeiro de câmbio, separado do mercado 
de exportação e importação, em caso de grave desequilíbrio cambial 
(MACHADO, 2011, p. 21).
Ela determinou que somente os capitais estrangeiros devidamente registrados e comprovados no 
País poderiam remeter lucros ao exterior.
Ante o Golpe Militar de 1964, o governo realizou algumas reformas no sistema financeiro, baseando‑se 
na Lei n. 4.131. Entre elas, e uma das mais importantes, está o acesso à captação de recursos no exterior 
por parte dos bancos nacionais para repassar às empresas brasileiras. Ao mesmo tempo, o Comunicado 
Firce n. 10 estipulava que as contratações de câmbio na forma de empréstimos poderiam ser fiscalizadas 
e deveriam ser autorizadas pelo Banco Central.
O que se pode concluir em relação à Lei n. 4.131 e ao Comunicado Firce n. 10 é que eles tentavam 
disciplinar o acesso ao mercado exterior em termos de capital liberando a captação, porém, sob a 
autorização do Banco Central e sujeito à fiscalização e aos registros de capital estrangeiro.
A 4.131 é objeto de críticas ferrenhas por parte de investidores e 
recebedores de recursos, com a argumentação principal de que parte do 
spread requerido é proveniente da probabilidade extrema de centralização 
do câmbio, que estancaria o retorno positivo do capital aqui aplicado 
(MARIOTTI, 2006, p. 22).
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Cabe destacar, ainda em relação a essa Lei, que muitas sociedades, mesmo atuando no Brasil há 
algum tempo, não conseguiam comprovar a entrada de tais capitais. Esse problema ficou conhecido 
como capital contaminado, pois não existia documentação legal confirmando seu ingresso ao País. 
Somente com o Plano Real em 1994 que tais recursos puderam ser regularizados.
 Observação
O capital conhecido como contaminado não pode ser objeto de remessa 
de lucros e dividendos. Existe uma estimativa de que cerca de US$ 10 
bilhões estiveram nessa situação.
8.4 Empréstimos em moeda estrangeira
A possibilidade de buscar empréstimos no exterior por parte dos bancos nacionais recebeu 
regulamentação específica mediante a Lei n. 4.131, de 1962. Porém, outras normativas emitidas pelo 
Banco Central buscavam agilizar e organizar tal procedimento, conforme será apontado nesta seção.
8.4.1 Resolução n. 63
A publicação da Resolução n. 63, em 21 de agosto de 1967, regulamentou na época os empréstimos 
adquiridos no exterior e determinou quem seriam os agentes amparados por essa autorização. Os bancos 
de investimento, de desenvolvimento e os comerciais privados estariam autorizados a contrair empréstimos 
no exterior para repassar a empresas nacionais. Nesta resolução, o BNDES não estava incluído, o que foi 
alterado pela Resolução n. 64, de 23 de agosto de 1967, permitindo a este buscar capitais no exterior.
De acordo com a resolução, as instituições financeiras deveriam finalizar a operação em um prazo médio 
de até noventa dias. Na tentativa de compatibilizar os vencimentos internos com os externos, a operação de 
repasse de capital à entidade nacional poderia ser feita com prazo mínimo de três meses ou menos.
O parágrafo IV da Resolução n. 63 destaca qual deveria ser a política de juros dos bancos autorizados 
ao repasse de valores em território nacional, buscando compatibilizar os juros internos com os externos.
Os bancos deverão preencher formulário próprio, apresentando‑o ao Banco 
Central, para fins de verificação da compatibilidade da taxa de juros declarada com 
a vigorante no mercado financeiro de onde procede o empréstimo (BACEN, 1967).
Além da cobrança da taxa de juros específica, os bancos cobrariam dos mutuários os seguintes encargos:
• Libor + spread.
• IOF: isento no período.
• Taxa de abertura de crédito (TAC): de acordo com cada instituição.
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A Resolução n. 63 regulamentou com qual finalidade os recursos captados no exterior poderiam ser 
utilizados até 29 de julho de 1999, os quais seriam designados conforme as seguintes resoluções:
• Resolução n. 2.170/1995: pessoas físicas e jurídicas destinadas a financiar a construção ou 
aquisição de imóveis novos com prazo mínimo externo e interno de 360 dias.
• Resolução n. 2.483/1998: para atividades rurais e agroindustriais com prazo mínimo interno e 
externo de noventa dias.
• Resolução n. 2.625/1999: livre aplicação dos recursos oriundos do exterior com o compromisso de 
mantê‑los em um prazo não inferior a cinco anos.
• Resolução n. 2.683/1999: os bancos ficam autorizados a repassar no mercado interno os recursos 
captados no exterior, de acordo com a necessidade do mercado, eliminando a exigência de prazo 
mínimo para amortização.
Essa resolução, mesmo que ainda restritiva em alguns aspectos, representava uma expansão no 
processo de liberdade para as instituições financeiras, o que se observa, principalmente, com a revogação 
da Resolução n. 63 e a aplicação da Resolução n. 2.770.
8.4.2 Resolução n. 2.770
Essa resolução tinha como objetivo consolidar as normas das operações de empréstimos entre os 
residentes e os não residentes no País. Conforme destaca Machado (2011), tal resolução representa 
grande modificação na economia brasileira.
A política de aprofundamento da liberalização financeira externa do período 
contou com novas medidas para facilitar a captação de recursos externos. 
Seguindo essa linha, o BCB editou as Resoluções n. 2.625/1999 e 2.683/1999,logo substituídas pela Resolução n. 2.770/2.000. A Resolução n. 2.770 passou 
a definir os critérios para as operações de repasse de recursos externos e 
eliminou as exigências de autorização e direcionamento compulsório, além 
de substituir a Resolução n. 63/67 e também revogar 237 normativos que 
disciplinavam as operações de emissão de títulos de renda fixa no exterior 
(MACHADO, 2011, p. 43).
A Resolução n. 2.770 estabeleceu que:
• Os recursos captados no exterior devem, segundo legislação específica, ser aplicados em 
atividades econômicas.
• Não é necessária autorização prévia do Banco Central para contratação dos empréstimos, porém, 
ao ingressarem no País, o registro deve ser realizado.
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Unidade IV
• Estão autorizadas a captar no exterior as instituições financeiras e de arrendamento mercantil a fim de 
aplicarem tais recursos no mercado interno e, igualmente, para repassarem a pessoas físicas e jurídicas.
• A instituição financeira que captou recursos no exterior poderá somente cobrar do mutuário 
comissão de repasse, mantendo os demais valores, como valor principal, juros e encargos acessórios, 
nos termos da contratação externa. É vedada, ainda, a cobrança por serviços de intermediação.
A União, os estados e municípios, ou seja, o setor público, passaram por restrição na captação de 
recursos externos. Desta forma, é possível observar que a citada Resolução apresentou mudanças em 
termos de eficiência para o sistema financeiro e seu processo de intermediação financeira.
Mesmo com essa evolução, o Banco Central estabeleceu uma nova normativa para os capitais 
estrangeiros no País.
8.4.3 Resolução n. 3.844
Essa Resolução, de 23 de março de 2010, orienta a respeito dos capitais estrangeiros no Brasil e seu 
registro no Banco Central. Em suma, ela define que os capitais estrangeiros aqui existentes em forma de 
moeda ou de bens deverão ser devidamente registrados no Banco Central.
As modalidades de capital prescritas pela Resolução são:
• investimento estrangeiro direto;
• crédito externo, inclusive arrendamento mercantil financeiro externo;
• royalties, serviços técnicos e assemelhados, arrendamento mercantil operacional externo, aluguel 
e afretamento;
• garantias prestadas por organismos internacionais; e
• capital em moeda nacional.
 Saiba mais
Para cada uma das modalidades de capital definidas pela Resolução n. 
3.844, o Bacen redigiu normativas específicas. Elas podem ser consultadas 
no link disponibilizado pelo próprio Banco Central.
BRASIL. Resolução n. 3.844, de 23 de março de 2010. Brasília, 
2010. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/
downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/Attachments/49646/
Res_3844_v3_P.pdf>. Acesso em: 29 mar. 2017.
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8.4.4 Carta circular n. 5 (CC5)
A carta circular n. 5, de 27 de fevereiro de 1969, instituiu no Brasil as contas conhecidas como 
CC5. Ao serem criadas, elas deram tratamento contábil às instituições financeiras para as contas de 
não residentes no país. A descrição que o sistema contábil dos bancos deveria adotar era Depósitos de 
Domiciliados no Exterior. O conceito das contas criadas pela circular n. 5 determinou dois modelos de 
conta para serem admitidos:
• Contas livres (provenientes da venda de câmbio): oriundas, exclusivamente, de depósitos de 
recursos do exterior, possibilitando o repartimento do saldo da conta.
• Contas livres (de outras origens): que podiam receber depósitos em moeda nacional, sem a 
possibilidade de repartimento.
Os correntistas poderiam usar livremente os saldos dessas contas, sem a necessidade de autorização 
do Banco Central, porém deveriam registar a origem do capital, o nome do depositante e do favorecido.
A carta circular n. 5 deixa evidente a importância dada às autorizações do Banco Central para 
qualquer outro tipo de operação com moeda estrangeira:
Esclarecemos que continua vedada a realização de compensações privadas 
de crédito ou valores de qualquer natureza, bem como a utilização, no 
País, de recursos pertencentes a pessoas físicas ou jurídicas residentes ou 
domiciliadas no exterior em pagamentos por conta de terceiros, quer se 
refiram a aplicações ou a liquidação de despesas, salvo mediante expressa 
autorização do Banco Central (BACEN, 1969).
Atualmente, as contas registradas no País por não residentes não são mais regulamentadas pela 
referida carta, mas pelo título VI da Circular 3.691, de 16 de dezembro de 2013, e pelo RMCCI.
 Lembrete
O Regulamento do mercado de câmbio e capitais internacionais (RMCCI) 
dispõe sobre todas as operações do mercado cambial.
8.4.5 Securitização de empréstimos
Assaf Neto (2015, p. 102) elucida securitização como:
Uma forma de captação de recursos envolvendo a emissão de títulos de crédito 
pelo tomador, os quais são garantidos mediante caução de recebíveis. Por 
meio dessa operação financeira, é possível uma empresa levantar fundos no 
mercado sem comprometer seus níveis atuais de endividamento de balanço.
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Unidade IV
Adicionalmente, corresponde ao “processo onde se distribui riscos pelo vínculo de instrumento de 
dívida junto a um determinado grupo de ativos e a consequente emissão de títulos lastreados a esse 
grupo” (CATÃO, 2006, p. 24).
Nesse sentido, é possível dizer que securitização trata do processo no qual uma organização emite títulos 
indexados a seus ativos recebíveis ou a suas dívidas. Compreende‑se como o processo no qual um contrato 
vinculado a certa soma é transformado em um título negociado e vendido a investidores interessados nele.
A remuneração originária dessa securitização é baseada no valor do título, no risco da operação e, 
em menor escala, na situação política do país.
 Saiba mais
A crise norte‑americana ocorrida entre os anos 2007 e 2008, além da 
bolha imobiliária, impactou os bancos, devido, principalmente, às operações 
de securitização realizadas com contratos de clientes subprimes (devedores 
em potencial). Para compreender esse processo, é importante a leitura do 
capítulo 4 do livro a seguir:
PINHEIRO, J. L. Mercado de capitais: fundamentos e técnicas. 7. ed. São 
Paulo: Atlas, 2014.
8.4.6 Derivativos de swaps
Os derivativos são definidos no site do Portal do Investidor [s.d.] como “contratos que derivam a 
maior parte de seu valor de um ativo subjacente, taxa de referência ou índice. O ativo subjacente pode 
ser físico (café, ouro etc.) ou financeiro (ações, taxas de juros etc.)”.
Assim, é possível compreender os derivativos como um contrato de um ativo em que seu valor 
será determinado com base no valor de outro ativo (ASSAF NETO, 2015). Os derivativos de swaps são 
definidos como a compra ou venda de moeda com câmbio pronto em oposição à compra ou venda de 
moeda com câmbio futuro, e o ato da operação sucede de forma simultânea (RATTI, 2011).
O exemplo adotado por Vazquez (2009, p. 273) nos ajuda a compreender tal processo:
O banqueiro “x” tem CAN$ 10.000.000,00 que equivalem a US$ 5.500.000,00, 
mas não tem interesse ou não tem mercado para desfazer‑se da moeda. 
Se aparecer uma operação de compra de US$ 5.500.000,00 por 90 dias, 
ele poderá valer‑se do swap, vendendo à vista seus dólares canadenses e 
comprando‑os para entrega em 90 dias. Em 90 dias, ele recebe os dólares de 
seu cliente e liquida a posição swap em dólares canadenses, refazendo sua 
posição na moeda canadense.
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Portanto, swap pode ser admitido igualmente como uma operação de duplo financiamento, ou seja, 
a do câmbio pronto e a do câmbio futuro (MAIA, 2008).
8.4.7 Hedges cambiais
Com taxas de câmbio flutuantes, tanto o importador quanto o exportador tornam‑se reféns de 
oscilações próprias das taxas dessa natureza. Na tentativa de minimizar e se proteger desses impactos, 
são contratados os chamados hedges cambiais.
Os empresários se servem de instrumentos financeiros que visam a garantia de seus ganhos, feitos 
através de operações futuras. “Em regra, os instrumentos utilizados podem ser através de contratos 
futuros, opções de compra ou de venda, swaps, forwards etc.” (VIEIRA, 2011, p. 261).
Para melhor compreensão, destaca‑se o seguinte exemplo:
Duas empresas, XYZ e ONE, exportam um produto cotado em dólar, por exemplo, o trigo. Assim, o 
faturamento das duas organizações pode cair caso exista uma valorização do câmbio. Com o objetivo de 
proteger seus retornos, elas praticam a operação de hedge, vendendo contratos cambiais em dólares para 
liquidação futura. Dessa forma, se protegem de qualquer flutuação cambial, pois no futuro recompram 
seus contratos, obtendo ganhos com a operação.
 Lembrete
A taxa de câmbio é o valor de uma moeda expresso em outra; se por 
acaso ela se desvalorizar, ou seja, a moeda nacional se tornar mais fraca que 
a estrangeira, haverá incentivo à exportação. Se houver o efeito contrário, 
ou seja, taxa de câmbio valorizada, isto é, moeda nacional mais forte que a 
de um país estrangeiro, as importações serão estimuladas.
8.4.8 Debêntures cambiais
Similares às debêntures nacionais, elas servem como proteção (hedge) contra as variações cambiais. 
São emitidas por empresas exportadoras e poderão ser vinculadas ou não à receita de exportações 
futuras. São consideradas como títulos de longo prazo (mínimo de três anos).
O resgate da debênture cambial só pode ocorrer na data especificada no título. Dependendo do 
acordo, ela pode pagar juros periódicos, porém o principal é pago em seu vencimento.
8.4.9 Warrants
Ao produzir um bem destinado à exportação, o empresário pode negociar certificados de garantia 
dessa mercadoria. Assim, o warrant consiste em um instrumento de crédito no qual o possuidor tem 
direito real sobre um produto; caso não receba o valor negociado, pode penhorar o bem garantidor.
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Unidade IV
 Saiba mais
Dois textos podem auxiliar a compreensão dos processos ora tratados.
FREITAS, M. C. P.; PRATES, D. M. Abertura financeira na América 
Latina: experiências da Argentina, Brasil e México. Economia e Sociedade, 
Campinas, v. 11, p. 173‑198, dez. 1998. Disponível em: <https://periodicos.
sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8643158/10707>. Acesso 
em: 31 maio 2019.
PRATES, D. M. A abertura financeira dos países periféricos e os 
determinantes dos fluxos de capitais. Revista de Economia Política, [s.l.], v. 
19, n. 1, p. 55‑71, jan./mar. 1999. Disponível em: <http://www.rep.org.br/
pdf/73‑3.pdf>. Acesso em: 31 mar. 2017.
 Resumo
Ao longo do nosso estudo, pudemos analisar que, invariavelmente, 
nenhum país é capaz de produzir tudo aquilo que necessita. Ele precisa 
comercializar com as demais nações.
A negociação de mercadorias já ocorre desde longa data, porém 
com a evolução da sociedade e o aumento no grau de especialização e 
complexidade dos processos de produção, a simples troca se tornou algo 
mais elaborado.
As exportações, objetivo da política econômica governamental brasileira 
desde o fim dos anos 1990, necessitam de formas de financiar o seu 
processo produtivo. Os exportadores, amparados por algumas facilidades 
em termos tributários, encontram no mercado financeiro inúmeras linhas 
de crédito para os seus produtos.
As instituições financeiras, por sua vez, não se limitam a suportar a produção, 
mas visam ao crédito que servirá de auxílio após o embarque das mercadorias.
O exportador, de posse da documentação necessária ao financiamento, 
tanto da produção quanto da mercadoria já embarcada, comparece a 
um banco autorizado e, após se defrontar com uma burocracia limitada, 
acerta o crédito. Essa negociação pode verificar‑se não apenas com bancos 
privados, mas com entidades financeiras públicas, além do Banco Nacional 
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
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Estudamos, ademais, as importações, as quais, atualmente, são 
consideradas inconvenientes no cenário nacional. Em consequência, 
enfrentam inúmeras dificuldades para serem financiadas. Normalmente, o 
crédito é obtido através do comprador (exportador) que, não por meio de 
valores monetários, mas por prazos, auxilia o vendedor a se organizar.
No entanto, alguns bancários estão dispostos a oferecer linhas de 
crédito às empresas importadoras. As instituições financeiras servem‑se 
das possibilidades abertas pelo governo para captar recursos no exterior e, 
posteriormente, repassar ao vendedor de mercadoria.
Vale destacar que algumas das fontes de financiamento são diretamente 
gerenciadas pelos bancos nacionais e estrangeiros, e o importador assume 
a responsabilidade de pagamento da dívida.
Salientamos ainda um ponto que diz respeito ao governo. Como o 
Brasil não é um país com grande produção de bens de capital, a importação 
deles é necessária. Em vista disso, pudemos observar que o BNDES – com 
anuência do governo – criou uma linha de crédito às importadoras (o 
Finem), porém, para ter acesso a ela deve‑se comprovar, principalmente, a 
necessidade social do respectivo bem.
Outra forma de financiamento disponibilizada para as sociedades, 
em especial às exportadoras, são os fundos de financiamento. Eles são 
regulamentados pelo Banco Central através de diversas circulares e leis. 
Elas vigoram desde 1962, amparadas também por uma lei, a Lei n. 4.131, 
que disciplina a aplicação de capital estrangeiro no País. Hoje, o RMCCI 
igualmente rege as operações no mercado de capitais estrangeiro.
Por outro lado, há a possibilidade de empréstimos em moeda estrangeira, 
os quais são disciplinados por diversas regras reguladas pelo Banco Central. 
A Resolução n. 63 é exemplo, dado que ela decretou o repasse das captações 
feitas no exterior por bancos aos residentes no Brasil.
Elucidamos, ainda, que muitas outras medidas foram estipuladas 
e revogadas até culminar na que rege os dias atuais, o que sempre será 
presidido pelo Banco Central.
Outros recursos que pudemos analisar, foram as empreendidas pelas 
sociedades na tentativa de se protegerem das possíveis oscilações da 
taxa de câmbio, tais como os swaps e o hedge, os quais geram alguma 
estabilidade cambial aos agentes exportadores.
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Unidade IV
 Exercícios
Questão 1. (TRF 2005, adaptada) Assinale a alternativa correta.
A) A arbitragem de câmbio refere‑se à transferência de moedas de uma praça para outra, com vistas 
à obtenção de vantagens relativas à diferença temporária de preços.
B) No Brasil, é facultativa a intervenção bancária para a operação de compra e venda de 
divisas estrangeiras.
C) No que atine à estrutura do mercado cambial, os exportadores se incluem no grupo comprador de 
divisas, ao passo que os importadores fazem parte do grupo vendedor de divisas.
D) O swap cambial consiste na diferença entreo valor de compra da moeda estrangeira e seu valor 
de venda, e representa o ganho do banco.
E) A desvalorização cambial de um país contribui para o aumento de suas importações.
Resposta correta: alternativa A.
Análise das alternativas
A) Alternativa correta.
Justificativa: é o próprio conceito de arbitragem.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: dizer que a intervenção bancária é facultativa para a compra e venda de divisas 
estrangeiras não pode ser considerado correto.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: os exportadores vendem aos bancos as divisas recebidas por suas vendas ao exterior.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: o conceito de swap é outro: celebração simultânea de dois contratos, sendo um pronto 
e um futuro; um de compra e um de venda.
E) Alternativa incorreta.
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TEORIA E PRÁTICA CAMBIAL
Justificativa: a desvalorização do real gera aumento de exportações (porque nossos produtos ficam 
baratos em dólar) e redução de importações (porque os importados ficam caros em real).
Questão 2. (AFRF 2002‑2, adaptada) As operações de swap são definidas como:
A) Remessa de moeda de uma praça a outra objetivando auferir lucros advindos das diferenças entre 
as taxas cambiais.
B) Remessa de divisas através do mercado de câmbio para outro país, com o objetivo de auferir 
vantagens provindas de diferenças nas taxas de juros entre dois países.
C) Compra e venda simultânea de câmbio de uma mesma moeda, com a finalidade de se equilibrar 
o fluxo cambial, mantendo‑se uma posição nivelada (operações casadas).
D) Compra e venda de câmbio pronto contra a simultânea venda ou compra de câmbio futuro, 
compreendendo quantidades equivalentes de duas moedas diferentes.
E) Compra e venda simultânea de câmbio, feitas na mesma moeda e por igual valor, com finalidade 
de se regularizar operações cambiais decorrentes de importações, exportações, transações 
financeiras e conversão em investimentos de créditos não remetidos.
Resolução desta questão na plataforma.
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FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
ASSAF NETO, A. Mercado financeiro. 13. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2015. Adaptada.
Figura 2
VAZQUEZ, J. L. Comércio exterior brasileiro. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009. Adaptada.
Figura 3
ASSAF NETO, A. Mercado financeiro. 13. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2015. Adaptada.
Figura 4
RATTI, B. Comércio internacional e câmbio. São Paulo: Lex, 2011. Adaptada.
Figura 5
RATTI, B. Comércio Internacional e câmbio. São Paulo: Lex, 2011. Adaptada.
Figura 9
BANCO DO BRASIL. Circular n. 3.545. Anexo 1: modelo de contrato de câmbio celebrado com clientes 
(NR), p. 1. Brasília, 2011. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/htms/Normativ/CIRCULAR3545.pdf>. 
Acesso em: 5 jun. 2019.
Figura 10
BANCO DO BRASIL. Circular n. 3.545. Anexo 1: modelo de contrato de câmbio celebrado com clientes 
(NR), p. 2. Brasília, 2011. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/htms/Normativ/CIRCULAR3545.pdf>. 
Acesso em: 5 jun. 2019.
Figura 11
IMG1286233616.GIF. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/public/arquivo/
img1286233616.gif>. Acesso em: 4 abr. 2017.
Figura 12
IMG1286237827.GIF. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/public/arquivo/
img1286237827.gif>. Acesso em: 4 abr. 2017.
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Figura 13
IMG1347988241.JPG. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/sistemas_web/aprendex/public/arquivo/
img1347988241.jpg>. Acesso em: 4 abr. 2017.
REFERÊNCIAS
Textuais
ALMEIDA, J. R. N. Economia monetária: uma abordagem brasileira. São Paulo, Atlas: 2009.
ASSAF NETO, A. Mercado financeiro. 9. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2009.
___. Mercado financeiro. 13. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2015.
ASSIS, N. S. Análise dos efeitos da globalização monetária e financeira sobre a estrutura e o 
funcionamento do sistema financeiro brasileiro. 2007. Dissertação (Mestrado em Economia Política) – 
Pontifícia Universidade de Católica de São Paulo, São Paulo, 2007. Disponível em: <https://sapientia.
pucsp.br/bitstream/handle/9324/1/Nanci%20Souto%20de%20Assis.pdf>. Acesso em: 30 mar. 2019.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Carta circular n. 5, de 27 de fevereiro de 1969. Brasília, 1969. Disponível em: 
<https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/
Attachments/49686/C_Circ_0005_v1_O.pdf>. Acesso em: 30 mar. 2017.
___. Circular n. 3.291, de 1º de setembro de 2005. Brasília, 2005. Disponível em: <https://www.bcb.
gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/Attachments/48365/
Circ_3291_v1_O.pdf>. Acesso em: 27 mar. 2017.
___. Circular n. 3.691, de 16 de dezembro de 2013. Brasília, 2013. Disponível em <http://www.bcb.gov.
br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/Attachments/48815/
Circ_3691_v8_P.pdf>. Acesso em: 30 mar. 2017.
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Res_0063_v1_O.pdf>. Acesso em: 30 mar. 2017.
___. Resolução n. 64, de 23 de agosto de 1967. Brasília, 1967b. Disponível em: <https://www.bcb.gov.
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Res_0064_v2_L.pdf>. Acesso em: 30 mar. 2017.
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___. Resolução n. 2.485, de 30 de abril de 1998. Brasília, 1998. Disponível em: <https://www.bcb.gov.
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Res_2485_v2_L.pdf>. Acesso em: 30 mar. 2017.
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Res_2625_v2_L.pdf>. Acesso em: 30 mar. 2017.
___. Resolução n. 2.683, de 29 de dezembro de 1999. Brasília, 1999b. Disponível em: <https://
www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/
Attachments/44959/Res_2683_v1_O.pdf>. Acesso em: 30 mar. 2017.
___. Resolução n. 2.770, de 30 de agosto de 2000. Brasília, 2000. Disponível em: <https://www.bcb.
gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/Lists/Normativos/Attachments/47271/
Res_2770_v2_L.pdf>. Acesso em: 30 mar. 2017.
___. Resolução n. 3.844, de 23 de março de 2010. Brasília, 2010. Disponível em: <https://www.bcb.gov.
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Res_3844_v3_P.pdf>. Acesso em: 30 mar. 2017.
___. Tabela de moedas. Brasília, [s.d.]b. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/Pec/Copom/Port/
taxaSelic.asp>. Acesso em: 5 jun. 2019.
___. Taxas de juros básicas: histórico. Brasília, [s.d.]a. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/Pec/
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BORGES, J. T. Câmbio. Curitiba: IBPEX, 2008.
BRASIL. Constituição Federal da RepúblicaFederativa do Brasil de 1988. Brasília, 1988. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 30 mar. 2017.
___. Drawback. Brasília, 7 dez. 2014. Disponível em: <http://receita.economia.gov.br/orientacao/
aduaneira/regimes‑e‑controles‑especiais/regimes‑aduaneiros‑especiais/drawback>. Acesso em: 
21 maio 2019.
___. Lei n. 4.131, de 3 de setembro de 1962. Brasília, 1962. Disponível em: <http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/leis/L4131.htm>. Acesso em: 29 mar. 2017.
___. Lei n. 4.380, 21 de agosto de 1964. Brasília, 1964a. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/L4380.htm>. Acesso em: 29 mar. 2017.
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___. Lei n. 4.595, de 31 de dezembro de 1964. Brasília, 1964b. Disponível em: <http://www.planalto.
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___. Lei n. 4.728, de 14 de julho de 1965. Brasília, 1965. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/L4728.htm>. Acesso em: 30 mar. 2017.
___. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Guia básico para a exportação de serviços. 
Brasília, jul. 2017. p. 27. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/images/REPOSITORIO/scs/decin/
Guia_B%C3%A1sico/Guia_B%C3%A1sico_‑versao_2017.pdf>. Acesso em: 24 maio 2019.
CATÃO, G. C. Securitização de recebíveis no setor bancário brasileiro: um estudo multicaso. 2006. 
Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis). Universidade de Brasília, Universidade Federal 
da Paraíba, Universidade Federal de Pernambuco, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 
João Pessoa, 2006. Disponível em: <http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/6466/1/2006_
GustavoCamposCatao.pdf>. Acesso em: 31 maio 2019.
COSTA, F. N. Economia monetária e financeira: uma abordagem pluralista. São Paulo: Makron Books, 1999.
CUNHA, P. H. F. Currency board: a nova tábua de salvação da economia brasileira. In: IV ENCONTRO 
NACIONAL DE ECONOMIA POLÍTICA, 1999, Porto Alegre.
DAMICO, F. S. A lei de Say. Ensaios FEE, Porto Alegre, v. 6, n. 1, p. 105‑120, 1985. Disponível em: 
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EICHENGREEN, B. História e reforma do sistema monetário internacional. Economia e Sociedade, 
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FORTUNA, E. Mercado financeiro: produtos e serviços. 15. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.
FREITAS, M. C. P.; PRATES, D. M. Abertura financeira na América Latina: experiências da Argentina, 
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periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8643158/10707>. Acesso em: 31 maio 2019.
GONÇALEZ, O. Câmbio: exportação e importação: fundamentação teórica e rotina bancária. São Paulo: 
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GREMAUD, A. P.; VASCONCELLOS, M. A. S.; TONETO JÚNIOR, R. Economia brasileira e contemporânea. 
8. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
HUME, D. Ensaios sobre economia. 3. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988. (Coleção Os Economistas)
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Pesquisa & Debate, São Paulo, v. 11, n. 2, p. 93‑106, 2000. Disponível em: <http://revistas.pucsp.br/
index.php/rpe/article/view/12001/8694>. Acesso em: 30 mar. 2017.
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LOPES, J. C.; ROSSETTI, J. P. Economia monetária. 7. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
MACHADO, F. D. Mobilidade de capitais e vulnerabilidade externa do Brasil: a nova qualidade 
da dependência financeira (1990:2010). 2011. Dissertação (Mestrado em Ciências Econômicas). 
Universidade de Campinas, Campinas, 2011. Disponível em: <http://repositorio.unicamp.br/jspui/
bitstream/REPOSIP/286097/1/Machado_FernandoD%27Angelo_M.pdf>. Acesso em: 31 maio 2019.
MAIA, J. M. Economia internacional e comércio exterior. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
MARIOTTI, F. C. E. A lógica normativa do mercado de câmbio no Brasil: impactos e consequências sobre 
o balanço de pagamentos. 2006. Dissertação (Mestrado em Economia). Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul, Porto Alegre, 2006. Disponível em: <https://lume.ufrgs.br/handle/10183/8504>. Acesso 
em: 31 maio 2019.
MOLLO, M. L. R. A questão da complementaridade da moeda: aspectos teóricos e a realidade das 
hiperinflações. Ensaios FEE, Porto Alegre, v. 14, n. 1, p. 117‑143, 1993. Disponível em: <https://revistas.
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MONTELLA, M. Economia passo a passo. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004.
PINHEIRO, J. L. Mercado de capitais: fundamentos e técnicas. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
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PRATES, D. M. A abertura financeira dos países periféricos e os determinantes dos fluxos de capitais. 
Revista de Economia Política, [s.l.], v. 19, n. 1, p. 55‑71, jan./mar. 1999. Disponível em: <http://www.rep.
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RADICCHI, C. Mercado de câmbio e operações de trade finance. São Paulo: Atlas, 2014.
RATTI, B. Comércio internacional e câmbio. São Paulo: Lex, 2011.
RÊGO, J. M. et al. (Orgs.). Economia brasileira. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
SANDRONI, P. (Org.). Novíssimo dicionário de economia. São Paulo: Best Seller, 1999. Disponível em: 
<http://sinus.org.br/2014/wp‑content/uploads/2013/11/FMI.BMNov%C3%ADssimo‑Dicion%C3%A1rio‑
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VIEIRA, A. Teoria e prática cambial: exportação e importação. 4. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2011.
Sites
<http://www.bcb.gov.br>
<http://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home>
<http://www.cvm.gov.br/>
<http://www.inep.gov.br>
<http://www.mdic.gov.br>
<https://www.swift.com/>
Exercícios
Unidade I – Questão 1: ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA (ESAF). Concurso Público Secretaria 
da Receita Federal – auditor fiscal da receita federal (AFRF) 2002: Aduana. Prova 3. Questão 2. 
Disponível em: <https://arquivo.pciconcursos.com.br/provas/10005338/08a4434028c8/prova3_afrf_ 
aduana.pdf>. Acesso em: 5 jun. 2018.
Unidade I – Questão 2: ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA (ESAF). Concurso Público para 
Analista de Comércio Exterior (ACE) 2002: Analista de Comércio Exterior. Prova 2. Questão 41. 
Disponível em: <https://arquivo.pciconcursos.com.br/provas/10014847/e921e638df88/prova2.pdf>. 
Acesso em: 5 jun. 2018.
Unidade II – Questão 1: ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA (ESAF). Concurso Público Secretaria 
da Receita Federal – Auditor Fiscal da Receita Federal (AFRF) 2003: Aduana. Prova 3. Questão 22. 
Disponível em: <https://arquivo.pciconcursos.com.br/provas/10004601/28a6425e316d/prova3_ 
aduana_afrf2003.pdf>. Acesso em: 5 jun. 2018.
Unidade II – Questão 2: ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA (ESAF). Concurso Público para 
Auditor Fiscal do Tesouro Nacional (AFTN) 1996: Aduana. Comércio Internacional. Questão 18. 
Disponível em: <https://arquivo.pciconcursos.com.br/provas/10005935/825a0be21da8/aduana.pdf>. 
Acesso em: 5 jun. 2018.
Unidade III – Questão 1: ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA (ESAF). Concurso Públicopara 
Analista de Comércio Exterior (ACE) 2002: Analista de Comércio Exterior. Prova 2. Questão 58. 
Disponível em: <https://arquivo.pciconcursos.com.br/provas/10014847/aa4b4ad98b53/prova2.pdf>. 
Acesso em: 5 jun. 2018.
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Unidade III – Questão 2: LUZ, R. Comércio Internacional e Legislação Aduaneira. Teoria e questões. 
[Concurso Público para Analista de Comércio Exterior (ACE) 1997: Analista de Comércio Exterior]. 2. ed. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
Unidade IV – Questão 1: LUZ, R. Comércio Internacional e Legislação Aduaneira. Teoria e questões. 
[Concurso Público do Tribunal Federal Regional 2005]. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
Unidade IV – Questão 2: ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA (ESAF). Concurso Público 
Secretaria da Receita Federal – Auditor Fiscal da Receita Federal (AFRF) 2002‑2: Aduana. Prova 3. 
Questão 23. Disponível em: <https://arquivo.pciconcursos.com.br/provas/10005088/e84ab315f4c6/
prova3_aduana_afrf2002_2.pdf>. Acesso em: 5 jun. 2018.
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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000