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Considera-se bradiarritmia uma frequência cardíaca menor que 60 bpm. Evidentemente esse conceito é relativo à situação metabólica e à idade do paciente, mesmo porque uma frequência cardíaca de 50 bpm ou menor é normal durante o sono ou em pacientes idosos, assim como uma frequência de 70 bpm constitui bradicardia em recém-nascidos ou em pacientes com febre. Isso demonstra que o diagnóstico de bradiarritmia depende do quadro clínico do paciente. SINAIS E SINTOMAS Hipotensão Tontura Desmaio Cansaço TRATAMENTO A não ser em condições extremas, quando associadas a outras doenças – não causam morte. “Muitas vezes, o organismo se adapta”. Mas isso não quer dizer que a condição não precise de atenção e acompanhamento, pois com o passar da idade, ela pode impactar a qualidade de vida. Marcapasso : Técnica usada somente quando o individuo tem sintomas muito intensos. Bradicardia é um termo utilizado na para designar uma diminuição na frequência cardíaca. Convenciona-se como normal no ser humano uma frequência cardíaca entre 60 e 100 batimentos por minuto. Frequências abaixo de 60 constituem a bradicardia. BRADICARDIA SINUSAL Causas : Há várias causas possíveis desse tipo de arritmia, mas as 8 principais são: Idade, medicação, doenças das artérias coronárias, FA, Doença de chagas, lesão do sistema elétrico do coração por cirurgia, patologias congênitas e desnutrição. Tratamento: Se paciente assintomático, não deve receber nenhum tratamento, somente ser observado. Sintomáticos: hipotensão, ICC, dor torácica, RNC, síncope, tremores, ou qualquer sinal de baixo do débito; O tratamento deverá ser imediato. Utilizar atropina e em caso de não haver resposta, marcapasso transcutâneo. Bradicardia Sinusal Existe onda P ? Qual a relação entre a onda P e o complexo QRS? O QRS tem aparência normal? Qual a frequência cardíaca? 46 bpm SIM Abaixo 50 bpm Bloqueio atrioventricular - Caracterizado pelo retardo ou bloqueio do estímulo atrial para os ventrículos. Podem ser: Causas: Efeito medicamentoso (digital, antiarrítmicos da classe I e III, betabloqueadores e bloqueadores dos canais de cálcio), IAM, cardiopatia congênita. (1) FC: normal, entre 60 e 100 bpm. (2) Ritmo: regular, intervalos R-R regulares. (3) Onda P: morfologia sinusal. (4) IPR: prolongado > 0,20s. (5) QRS/T: QRS estreito com onda T normal. Bloqueio atrioventricular Bloqueio AV 1º Grau- Ritmo sinusal com intervalo PR maior que 0.20 s; tem bom prognóstico e não requer tratamento específico; não apresenta alterações hemodinâmicas BAV 1º Grau Bloqueio AV 1º grau No BAV 1º grau, existe atraso constante na condução dos átrios para os ventrículos ( intervalo PR > 0,20 seg. ), porém todas as ondas P são seguidas do complexo QRS que é > 0,12 s, geralmente com intervalo RR regular. 0,20 seg. 0,40 seg. Freq. 45 bpm 0,38 seg. 0,36 seg. Bloqueio AV 2º grau No BAV de 2º grau, alguns estímulos atriais não são conduzidos para os ventrículos e algumas ondas P são bloqueadas e, portanto, não são sucedidas por complexo QRS. Geralmente apresenta intervalo RR irregular. Podem ser: Tipo I ou Mobitz I : Apresenta aumento progressivo do intervalo PR até que ocorra bloqueio da condução de uma onda P. Tipo II ou Mobitz II : Intervalo PR fixo e algumas ondas P bloqueadas. BAV 2º Grau – Mobitz I Aumento progressivo do intervalo P-R , até que um QRS não é conduzido.( Não há contração ventricular). Causas: Aumento do tono vagal, ação medicamentosa, IAM, (1) FC: normal, entre 60 e 100 bpm. (2) Ritmo: irregular, determinado pelo BAV e pela pausa (3) Onda P: morfologia sinusal. Eventuais ondas P não seguidas de QRS. (4) IPR: diferentes entre si, aumentam progressivamente de duração até o momento do bloqueio do impulso. (5) QRS/T: QRS estreito com onda T normal. Bloqueio AV 2º grau - Mobitz I Intervalo P-R com aumento progressivo Ritmo Irregular Por fim, um complexo PQRST Inteiro desaparece Freq. 55 bpm QRS < 0,10 Significado Clínico Quase sempre transitório Geralmente desaparece quando a causa subjacente é corrigida Pode ocorrer em indivíduo sob outros aspectos saudável. Sinais e sintomas • Geralmente sem sintomas • Sinais de diminuição do débito cardíaco: Hipotensão e Tontura • Sinais e sintomas acentuados se frequência ventricular for baixa Tratamento Em casos mais graves, empregam-se aminas vasoativas ou atropina como estímulo cronotrópico, ou ainda instalação momentânea de MP transcutâneo para oferecer mais segurança e estabilidade clínica até que o MP transvenoso esteja implantado . BAV 2º Grau – Mobitz II Menos comum que o tipo I, mas é mais grave. • Falha esporádica dos impulsos do nódulo SA, de serem conduzidos até os ventrículos. Ocorre abaixo da altura do nódulo AV no feixe de HIS ou nos ramos do feixe (mais comum). Bloqueio AV 2º grau - Mobitz II Tem onda P ? Toda onda P precede QRS ? Ritmo é regular ou irregular ? Ritmo regular, exceto pelas pausas Intervalo P-R é constante ? Qual a Frequência ? 50 bpm QRS ausente SIM NÃO SIM Causas : IAM de parede anterior (derivações V1, V2 e V3) Alterações degenerativas no sistema de condução Doença coronariana grave Sinais e Sintomas: Alteração no nível de consciência Dor torácica Dispnéia Hipotensão Palidez Pulso periférico com baixa frequência Tratamento: De suporte e MCTC Ondas P sempre em maior número, não seguidas e independente dos QRS/T Observa-se IPR, muito diferentes entre si. QRS estreito ou alargado ( se estreito frequência de 40 a 60 bpm; se alargado em geral frequência abaixo de 40bpm. Ritmo – Usualmente Regular. •Danos causados por uma isquemia de artéria coronária direita • Cardiomiopatias. • Cardiopatias congênitas. • Doença autoimune. •Doença de Chagas •Tumores •Causas metabólicas: hipóxia, hipercalemia,hipotiroidismo. •Overdose Causas Marcapasso para ressincronizar os impulsos. Geralmente os marcapassos modernos também estão programados para impor um ritmo cardíaco mínimo e para registrar os casos de Arritmias de origem sinusal e Fibrilação auricular (FA) duas condições secundárias comuns que podem acompanhar esse grau de bloqueio AV. O tratamento de casos mais leves pode incluir também medicamentos para controlar a pressão arterial e fibrilação atrial, bem como estilo de vida e hábitos alimentares para reduzir os riscos de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral. Quando a condição foi causada por overdose de medicamento ou toxina, pode melhorar conforme o organismo metaboliza essas substâncias. BAVT 3º grau Tem onda P ? Sim Toda onda P precede QRS ? Não existe relação entre onda P e complexo QRS...QRS: Estreito ou Alargado Intervalo P-R constante: Não Frequência : 43 bpm 0,46s 0,20s 0,38s Tem onda P ? Toda onda P precede QRS ? Ritmo é regular ou irregular ?Ritmo regular / irregular nas pausas Intervalo P-R é constante ? Qual a Frequência ? 37 bpm BAVT 3º grau 0,20s 0,30s 0,32s 0,46sSIM NÃO NÃO EXTRASSÍSTOLE Extrassístole: Trata-se de um batimento cardíaco extra, precoce em relação aos batimento precedente. É uma das causas mais frequentes de palpitações na população. Fatores desencadeantes: Estresse emocional, privação de sono, uso de medicações emagrecedoras, bebidas alcóolicas, drogas, etc. Diagnóstico: História Clínica, exame físico, ECG e Holter 24h. Tratamento: Rotineiramente não tratamos as extrassistoles, a não ser que tenha alta densidade no Holter( presença de cardiopatias), que atrapalhe a qualidade de vida. Aparecimento prematuro de complexos QRS, alargados, não precedidos de onda P. EXTRA-SÍSTOLE ... BIGEMINISMO EXTRA-SÍSTOLE ... TRIGEMINISMO Quando cada QRS normal é seguido por uma extra-sístole ventricular Trigeminismo Ventricular: Cada dois QRS normais aparece uma extra- sístole A DANÇA DO ECG BRAÇOS = ONDA P PERNAS = COMPLEXO QRS EXERCÍCIOS PERGUNTAS FREQUENTES ... Existe onda P ? Toda onda P antecede um complexo QRS ? Todo QRS precede uma onda T ? O QRS tem aparência normal ? ( 0,12 s) O intervalo PR é normal? ( 0,12 á 0,20 s ) O ritmo é regular ? Qual a Frequência Cardíaca ? 1 Qual o ritmo ? 2 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Correção dos exercícios 1 Calcule a frequência cardíaca. Identifique o ritmo Freq.136 bpm Taquicardia Sinusal 2 2 Identifique a arritmia. Extra-sístole 3 Calcule a frequência cardíaca. Identifique o ritmo. Frequência 50 bpm Bradicardia sinusal 4 Identifique a arritmia. Fibrilação Atrial Ritmo irregular, ausência de onda P. Ondas“F” fibrilatórias Frequência Variável 5 Taquicardia Atrial 6 Identifique a arritmia e sua característica. Extra-Sístole / Bigeminismo Quando cada QRS normal é seguido por uma extra-sístole ventricular 7 Taquicardia Supraventricular 8 BAV- Bloqueio Atrioventricular 1º grau Existe atraso constante na condução dos átrios para os ventrículos ( intervalo PR > 0,20 seg. ), porém todas as ondas P são seguidas do complexo QRS que é > 0,12 s, geralmente com intervalo RR regular. 9 BAVT – Bloqueio atrioventricular total 3º grau Tem onda P ? Sim Toda onda P precede QRS ? Não existe relação entre onda P e complexo QRS...QRS: Estreito ou Alargado Intervalo P-R constante: Não 10 BAV- Bloqueio atrioventricular 2º grau – Morbitz II Tem onda P ? Toda onda P precede QRS ? Ritmo é regular ou irregular ? Ritmo regular, exceto pelas pausas Intervalo P-R é constante ? 1. Taquicardia sinusal 2. Extra-sístole 3. Bradicardia sinusal 4. Fibrilação atrial 5. Taquicardia atrial 6. Extra-sístole- bigeminismo 7. Taquicardia supraventricular 8. Bloqueio atrioventricular de 1º grau ( BAV) 9. Bloqueio atrioventricular de 3º grau (BAVT) 10. Bloqueio atrioventricular 2º grau ( Morbitz II) EXERCÍCIOS - RESPOSTAS
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