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Fichamento A família e a criançaadolescente com TDAH

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINTER
ÁREA DE EDUCAÇÃO 
CURSO DE GRADUÇÃO EM: PEDAGOGIA 
INTRODUÇÃO
O TDHA é definido como um transtorno do desenvolvimento infantil, cujos sintomas surgem na infância, porem persistem na vida adulta em mais da metade dos casos e resultam em dificuldades nos âmbitos da vida pessoal, acadêmica, familiar, social e profissional do indivíduo portador, além de provocar forte impacto na vida das pessoas com quem se relaciona cotidianamente .
A primeira e mais importante etapa do tratamento é a conscientização do paciente e dos familiares, esse é o primeiro passo para um tratamento e muitas vezes, o mais importantes de todos.
O tratamento do TDAH envolve uma abordagem multidisciplinar, que inclui intervenções psicossociais e psicofarmacológicas. A psicoterapia assim como o acompanhamento psicopedagógico podem ser necessários e a família e a escola devem ser orientadas quanto ao manejo dos sintomas. O tratamento medicamentoso adequado é considerado fundamental no manejo do transtorno, sendo os estimulantes os medicamentos de primeira escolha
PALAVRAS-CHAVE: Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade (TDAH). Crianças. Adolescentes. Família.
FICHAMENTO DE ARTIGO: A família e a criança/adolescente com TDAH: relacionamento social e intrafamiliar
O quadro sintomático do indivíduo com Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade (TDAH) é resultado de múltiplos fatores biológicos e ambientais que interagem e se influenciam mutuamente, levando a um padrão único de funcionamento. A dinâmica entre as variáveis familiares e o TDAH da criança sofre a influência das características genéticas compartilhadas entre pais e filhos e a disfunção familiar também tem sido um fator evidenciado.
Numerosos estudos vêm sendo realizados nas últimas décadas, a fim de investigar aspectos neurobiológicos, genéticos, clínicos e epidemiológicos do TDAH. Suas causas precisas ainda não são conhecidas, mas há fortes indícios e ampla aceitação na literatura de que seja relacionado a alterações neuroquímicas de origem provavelmente genética com contribuição de fatores ambientais ao seu desenvolvimento. É uma síndrome heterogênea e complexa, com conseqüente complexidade etiológica e fisiopatológica. A teoria anatomofuncional inicial sobre o funcionamento neurobiológico do TDAH, extensamente pesquisada em estudos neuropsicológicos de neuroimagem funcional e de neurotransmissores, descreve o TDAH como um fraco controle inibitório frontal sobre as estruturas límbicas.
Estudos com tomografia computadorizada e ressonância magnética encontraram evidências de anormalidades estruturais nos cérebro de pacientes com TDAH, e os achados mais comuns são volumes menores do córtex pré-frontal, no cerebelo e nas estruturas subcorticais. Estudos de imagem também mostraram haver uma influência do cerebelo e do corpo caloso na patofisiológica do TDAH e incluem ao sistema atencional anterior, um segundo sistema atencional posterior noradrenérgico.
As investigações dos fatores genéticos encontram dados consistentes que confirmam a participação da hereditariedade no TDAH: o risco para o TDAH é até oito vezes mais altas nos pais das crianças afetadas do que na população em geral. Diferenças de gênero também foram associadas ao transtorno. Embora muitos estudos encontrem prevalência significativamente maior em meninos (9%) do que em meninas (3%), alguns estudos vêm encontrando resultados divergentes.
Os sintomas típicos da síndrome são desatenção, hiperatividade e impulsividade, que devem ocorrer em freqüência acima do comum, estar presentes desde a infância e em diferentes contextos, além de causar comprometimento funcional ou social.
Devido à complexidade e à heterogeneidade de suas manifestações, o tratamento do TDAH deve ser multimodal, ou seja, deve combinar farmacoterapia, psicoterapia e orientação pedagógica. Os medicamentos de primeira escolha são os estimulantes, amplamente estudados e com sua eficácia demonstrada em dezenas de estudos controlados e bem conduzidos. Apesar disso, os cientistas discutem os indicadores que sugerem que os estimulantes afetam o crescimento da criança, embora isso aconteça apenas durante o tratamento e não haja comprometimento do crescimento final. Os antidepressivos tricíclicos e a bupropiona são também eficazes e utilizados no tratamento do TDAH na presença de co-morbidades ou na ausência de resposta aos estimulantes. O papel do tratamento é de vital importância para a melhoria da qualidade de vida, assim como na prevenção dos riscos para todos aqueles envolvidos com o TDAH.
As conseqüências do TDAH não-tratado se estendem dos danos à vida pessoal do portador até a vida familiar e chegam à sociedade na forma de comportamentos anti-sociais. Entre os portadores de TDAH, é mais elevado o número de acidentes e estes estão mais propensos a ter danos severos.
O desenvolvimento de habilidades sociais fica crescentemente comprometido à medida que as limitações próprias do transtorno somam-se às reações conseqüentes de hostilidade, rejeição e discriminação vindas do seu círculo de relacionamentos. Como resultado, observamos a tendência ao isolamento.
Um estudo foi realizado com pais e mães de crianças e adolescentes com TDAH, em atendimento no Ambulatório de Déficit de Atenção (AMBDA), que funciona no Hospital das Clínicas da UFMG, com o intuito de registrar o discurso dos pais sobre suas experiências com seus filhos e as conseqüências do TDAH na vida da criança e da família. Uma das principais dificuldades relatadas foi associada aos temas do tratamento do filho e do relacionamento com a criança e com a escola. O tratamento do TDAH envolve uma abordagem multidisciplinar, que inclui intervenções psicossociais e psicofarmacológicas. A psicoterapia assim como o acompanhamento psicopedagógico podem ser necessários e a família e a escola devem ser orientadas quanto ao manejo dos sintomas. O tratamento medicamentoso adequado é considerado fundamental no manejo do transtorno, sendo os estimulantes os medicamentos de primeira escolha. Os pais apontam ainda o desconhecimento dos profissionais de saúde a respeito do TDAH, o que surge como um problema, pois geraria dificuldades tanto para o diagnóstico quanto para a manutenção do tratamento, pois freqüentemente os médicos discordam entre si e retiram a medicação. A orientação à família também é fator fundamental no tratamento. Informações muito claras sobre o transtorno são imprescindíveis para que os familiares colaborem e sustente o tratamento, eles devem ser informados sobre o que é o TDAH, quais são os sintomas, as melhores estratégias para manejá-los, os efeitos dos medicamentos e as necessidades das crianças. Para a efetividade de um tratamento, também é vital a consideração de como a desordem afeta a vida diária da criança, do adolescente e de sua família, considerando os horários dentro e fora da escola e levando em conta o funcionamento e o bem-estar da família inteira.
A relação com a escola é um problema constante na vida dos pais de crianças com TDAH. No sistema educacional brasileiro encontramos vários fatores que têm implicações prejudiciais ao rendimento escolar das crianças com TDAH, entre os quais estão o estabelecimento de objetivos iguais para todos (referenciados no aluno-padrão), com desconsideração pelas diferenças individuais, o despreparo dos professores e as turmas superlotadas. Essas crianças têm, de acordo com estudos, duas a três vezes mais chances de fracasso escolar do que as outras crianças com inteligência equivalente não-portadoras do transtorno.
As crianças com TDAH representam um grande desafio para os professores que são obrigados a lidar com o mau comportamento, que dificultam muito sua tarefa de manter a ordem na turma e de promover a aprendizagem dos alunos. Provavelmente por não terem informação sobre o TDAH nem orientação quanto ao manejo dos sintomas na sala de aula, os professores apresentam, muitas vezes, atitudes inadequadas, tratando esses alunos com descaso ou mesmo com punições que ferema auto-estima da criança e dificultam ainda mais sua adaptação na escola.
Além das atividades levadas para fazer em casa, que geram todas as dificuldades mencionadas, os professores são citados pelos pais como fonte de muitos problemas para eles e para suas crianças. São muito citadas as constantes solicitações de comparecimento dos pais à escola, com queixas a respeito do comportamento e do desempenho de seus filhos. Os pais, já desgastados, têm reações diferentes diante destas solicitações: comparecer e tentar, mais uma vez, responder à demanda da escola, recorrendo aos recursos já em vão utilizados; buscar ajuda profissional; não responder mais aos chamados da escola. As solicitações de comparecimento são percebidos pelos pais como imposição e cobrança, e não como diálogo e tentativa de apoio mútuo escola-família.
É provável que, assim como os pais, os professores se sintam impotentes e divididos no manejo e na relação com a criança portadora de TDHA. Enquanto alguns adotam comportamentos hostis ou negligentes, outros buscam soluções inusitadas, mas nem sempre viáveis em todos os contextos escolares.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
RIBEIRO, VÂNIA LÚCIA DE MORAIS A família e a criança/adolescente com TDAH: relacionamento social e intrafamiliar. Disponoivel em link: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp089134.pdf. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2008. 
SÍNTESE
Numerosos estudos vêm sendo realizados nas últimas décadas, a fim de investigar aspectos neurobiológicos, genéticos, clínicos e epidemiológicos do TDAH. As investigações dos fatores genéticos encontram dados consistentes que confirmam a participação da hereditariedade. As conseqüências do TDAH não-tratado se estendem dos danos à vida pessoal do portador até a vida familiar e chegam à sociedade na forma de comportamentos anti-sociais. No estudo realizado com famílias de crianças com TDAH foram apontados vários problemas a respeito do tratamento, o uso de medicamentos adequado é considerado fundamental no manejo do transtorno, porem os pais apontam o desconhecimento dos profissionais de saúde a respeito do TDAH, o que surge como um problema, pois gera dificuldades tanto para o diagnóstico quanto para a manutenção do tratamento. A escola é um dos principais problemas apontados pelas famílias, seja no que diz respeito à aprendizagem das crianças, ao relacionamento entre os pais e a escola, seja pela violência emocional sofrida pelas crianças neste espaço.
CITAÇÕES RELEVANTES
Numerosos estudos vêm sendo realizados nas últimas décadas, a fim de investigar aspectos neurobiológicos, genéticos, clínicos e epidemiológicos do TDHA. Suas causas precisas ainda não são conhecidas, mas há fortes indícios e ampla aceitação na literatura de que seja relacionado a alterações neuroquímicas de origem provavelmente genética com contribuição de fatores ambientais ao seu desenvolvimento. É uma síndrome heterogênea e complexa, com conseqüente complexidade etiológica e fisiopatológica. Os achados de pesquisa indicam envolvimento das catecolaminas, em especial da dopamina e da noradrenalina (HARKNETT; BUTLER, 2007; PLISZKA, 2004 e RHODE; HALPERN, 2004).
A teoria anatomofuncional inicial sobre o funcionamento neurobiológico do TDAH, extensamente pesquisada em estudos neuropsicológicos de neuroimagem funcional e de neurotransmissores, descreve o TDAH como um fraco controle inibitório frontal sobre as estruturas límbicas (RHODE; HALPERN, 2004).

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