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Resistência dos Materiais Turmas: EME0086, ENC0132, ENE0085 e EPR0204 Professor Eng. Paulo Roberto Gastão E-mail: paulo.gastao@uniasselvi.com.br 2 TRAÇÃO • Uma peça estará sendo tracionada quando uma força axial aplicada estiver atuando com sentido dirigido para seu exterior. • Quando um corpo deformável é submetido a um esforço de tração, não só se alonga más também se contrai lateralmente. Resultado ensaio de tração 3 Material Dúctil (Esquerda) e Material Frágil (Direita) COMPRESSÃO 4 • Uma peça estará sendo comprimida quando uma força axial aplicada estiver atuando com sentido dirigido para seu interior. • Quando um corpo deformável é submetido a um esforço de compressão, não só se comprime más também se alonga lateralmente. Resultado ensaio de compressão 5 Material Dúctil (Esquerda) e Material Frágil (Direita) CISALHAMENTO 6 • A tensão de cisalhamento tende a rasgar as fibras da peça quando duas ou mais forças agem em um mesmo plano, mais em sentidos opostos. • Essas forças tendem a produzir um efeito de corte. Cisalhamento Simples Cisalhamento Duplo TENSÃO DE CISALHAMENTO 7 •A tensão de cisalhamento média distribuída sobre cada área secionada que desenvolve essa força de cisalhamento é definida por: A V méd = Onde: = tensão de cisalhamento média na seção, que se supõe ser a mesma em cada ponto localizado na seção. méd V = resultante interna da força de cisalhamento na seção determinadas pelas equação de equilíbrio A = área da seção Cisalhamento simples 8 •As juntas de aço e madeira mostradas, nas figuras (a) e (c) abaixo são exemplos de acoplamento de cisalhamento simples e geralmente se denominam juntas sobrepostas. • Vamos supor que os elementos sejam finos e a porca da figura (a) não esteja muito apertada, de modo que o atrito entre os elementos possa ser desprezado. Cisalhamento simples 9 • Fazendo um corte entre os elementos, obtêm-se os diagramas de corpo livre mostrados na figura (b) e (d). • Como os elementos são finos, podemos desprezar o momento criado pela força F. • No equilíbrio, a área da seção transversal do parafuso da figura (b) e a superfície de fixação entre os elementos da figura (d) estão submetidas apenas a uma força de cisalhamento simples V=F. • Essa força é usada na equação que atua na seção cinza-claro da figura (d). 10 Cisalhamento simples Cisalhamento duplo 11 • Quando a junta é construída como mostrado na figura abaixo (a) ou na figura (c), devem ser consideradas duas superfícies de cisalhamento. Esses tipos de acoplamentos são geralmente chamados de juntas de dupla sobreposição. • Se fizemos um corte entre cada um dos elementos, os diagramas de corpo livre do elemento central serão como os mostrados nas figuras (b) e (d). • Nesse caso temos uma condição de cisalhamento duplo. Por consequência, V=F/2 atua em cada área secionada e o cisalhamento deve ser considerado quando se aplica Cisalhamento duplo 12 O pino deste trator está submetida a cisalhamento duplo. Exemplo 1 13 A escora de madeira mostrada na figura abaixo está suportada por uma haste de aço de 10 mm de diâmetro presa na parede. Se a escora suporta uma carga vertical de 5 KN, calcular a tensão de cisalhamento média da haste na parede e ao longo das duas áreas sombreadas da escora, uma das quais esta identificada como ABCD. Exemplo 2 14 A roda de apoio em um andaime é mantida em posição na perna por meio de um pino de 4 mm de diâmetro. Supondo que a roda esteja submetida a uma força normal de 3 kN, determinar a tensão de cisalhamento média desenvolvida sobre o pino. Desprezar o atrito entre a perna interna do andaime e o tubo usado na roda. Exemplo 3 15 Tensão Admissível 16 • O engenheiro responsável pelo projeto de elementos estruturais ou mecânicos deve restringir a tensão do material a um nível seguro. • Além disso, ele precisa analisar a estrutura ou máquina em uso, na ocasião, para verificar quais as cargas adicionais seus elementos ou peças podem suportar. •Então, deve-se refazer os cálculos usando uma tensão segura ou admissível. • As medições pretendidas de uma estrutura ou máquina podem não ser exatas devido a erros de fabricação ou na montagem de seus componentes. • Vibrações desconhecidas, impacto ou cargas acidentais podem ocorrer, e eles não foram considerados no projeto. Tensão Admissível 17 • A corrosão atmosférica, a deterioração ou o desgaste provocado por agentes atmosféricos tendem a danificar os materiais durante o seu uso. • Alguns materiais, como madeira, concreto ou compostos com fibras podem apresentar grande variação em suas propriedades mecânicas. Ao se projetar e cabos usados para movimentar cargas pesadas, fatores de segurança adequados devem ser considerados. Fator de segurança • O fator de segurança (FS) é a relação entre a carga entre a carga de ruptura Frup e a carga admissivel Fadm. •No caso, Frup é obtida em testes experimentais do material. 18 F F adm rup SF =. F.S pode ser expressada: 19 • Se a carga aplicada ao elemento for relacionado linearmente a tensão desenvolvida no interior do elemento, como no caso do uso de σ=P/A e τmed= V/A, então podemos expressar o fator de segurança como a relação entre a tensao de ruptura σrup (ou τrup) e a tensão admissivel σadm (ou τadm) isto é: adm rup SF =. adm rup SF =. ou • Em qualquer dessas equações, o fator de segurança escolhido é maior do que 1 afim de evitar maior possibilidade de falha. 20 • Os valores do F.S dependem dos materiais utilizados e da finalidade pretendida da estrutura ou máquina. Por exemplos: • Projetos de avião ou de veículos espaciais pode ser próximo de 1 a fim de reduzir o peso do veiculo. • Projetos de uma usina nuclear, o fator de segurança de alguns de seus componentes pode ser tão alto quanto 3, uma vez que há incertezas na carga e no comportamento do material. OBS: os valores de F.S, podem ser encontrados em códigos de projeto e manuais de engenharia, pretendem manter um equilíbrio na garantia da segurança pública e ambiental e oferecer uma solução razoavelmente econômica para o projeto. Fator de segurança 21 𝐹. 𝑆 = 𝑥. 𝑦. 𝑧. 𝑤 K – Valor do coeficiente de segurança encontrado; x – Fator de tipo de material; y – Fator de tipo de Solicitação; z – Fator de tipo de carga; w – Fator que prevê possíveis falhas de fabricação. Sendo: x – 2 para materiais comuns, 1,5 para aços de qualidade e aços liga; y – 1 para carga constante e intermitente, 3 para carga alternada; z – 1 para carga gradual, 1,5 para choques leves, 2 para choques bruscos; w – 1 a 1,5 para aços e outros materiais, 1,5 a 2 para ferro fundido. Exercício 1 • Analise a estrutura abaixo e apresente diâmetros necessários nos cabos AB e BC em milímetros, sendo que a tensão de ruptura do material AB = 250MPa e de BC = 380MPa, a massa da luminária é de 70kg e o fator de segurança do sistema é de 10,8. (utilizar g=9,81m/s²) 22 23 “Se você traçar metas absurdamente altas e falhar, seu fracasso será muito melhor que o sucesso de todos” -James Cameron-
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