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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DO TRABALHO DA ____ VARA DO TRABALHO DE PASSO FUNDO/RS 
Processo nº 00000000020190000000
Empresa Libertadores LTDA, inscrita no CNPJ sob nº 00.000.000/0001-00, cuja sede se localiza na cidade de Passo Fundo/RS, vem, por seu advogado que esta subscreve, conforme procuração anexa (doc. 01), respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento no art. 847 da CLT c/c art. 336 e ss. do CPC, apresentar sua resposta em forma de CONTESTAÇÃO na Reclamação Trabalhista que lhe move o reclamante João Pedro, já qualificado na inicial, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas e deduzidas:
I – RESUMO DA RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
O reclamante foi admitido na data de 05/12/2011, na função de auxiliar de contabilidade, e na data de 12/12/2017 houve alteração do contrato de trabalho, passando o trabalhador trabalhar em regime de teletrabalho. O local da contratação e prestação de serviços foi em Passo Fundo/RS – sede da empresa. 
Na data de 10/12/2018 foi demitido sem justa causa e com aviso prévio trabalhado, recebendo as verbas rescisórias de origem.
A Remuneração do Autor era de R$ 2.000,00, acrescido de gratificação de função de R$ 500,00, a qual foi paga apenas nos 3 anos inicias de contrato de trabalho e, posteriormente, em razão da dificuldades financeiras da empresa não foram mais repassados ao trabalhador. No mês de maio de 2014, 2015 e 2016, a empresa pagou aos trabalhadores o valor de R$ 700,00 a título de prêmio, em razão da produção superior aos serviços prestados por todos os trabalhadores.
II - PRELIMINARMENTE
O reclamante ajuizou a presente reclamatória trabalhista em Porto Alegre/RS, que, no entanto é incompetente para conhecer da ação, já que não foram obedecidos pelo reclamante os requisitos do artigo 651 da CLT.
A reclamada possui como sede a cidade de Passo Fundo/RS e, não possui agência ou filial na cidade de Porto Alegre/RS, ou em outra cidade. O reclamante foi contratado na cidade de Passo Fundo/RS para exercer a função de auxiliar de contabilidade e na data de 12/12/2017, após alteração do contrato, passou a exercer o regime de tele trabalho.
Assim de acordo com o artigo 651 da Consolidação das Leis Trabalhistas a competência para conciliar e julgar a reclamatória trabalhista intentada pelo exceto é o juízo de Passo Fundo/RS. 
Diante do exposto, com fulcro no art. 799 da CLT, requer que seja recebida e acolhida a presente exceção, para que seja julgada por esse juízo de Porto Alegre/RS nos termos do art. 653, "d", da CLT, para a final dando-se por incompetente para apreciar a reclamatória trabalhista do exceto, remeta os autos para o juízo de Passo Fundo/RS.
III – MÉRITO
DA CONDENAÇÃO POR HORAS EXTRAS. 
O reclamante pede a condenação em horas extras acima da 08h00 diária e 44h00 semanal, alegando que trabalhava em jornada extraordinária, em especial, quando passou a exercer as suas atividades através do regime de teletrabalho;
Ocorre que conforme o art. 62 inciso III da Consolidação das Leis Trabalhistas, não são abrangidos pelo regime de jornada de trabalho os empregados em regime de teletrabalho.
DA CONDENAÇÃO DOS VALORES A TÍTULO DE GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO.
O reclamante pede a condenação da empresa dos valores a título de gratificação de função de R$ 500,00, após a sua supressão até o término do contrato com os reflexos de origem, alegando alteração contratual lesiva.
Ocorre que, conforme art. 
DA INTEGRAÇÃO DO VALOR PAGO A TÍTULO DE PRÊMIO A SUA REMUNERAÇÃO COM OS DEVIDOS REFELXOS.
O reclamante pede a integração do valor pago a título de prêmio em maio de 2018 a sua remuneração com reflexos em aviso prévio, férias com 1/3, 13º salário, horas extras, FGTS e multa de 40%.
Conforme o art. 457 § 2° da Consolidação das Leis Trabalhistas, as importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário.
IV – DA CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA
O entendimento pacífico de nossas Cortes Trabalhistas é no sentido de que a atualização monetária referente aos créditos trabalhistas é a do mês subsequente ao da prestação de serviços.
Nessa linha de ideias, na remota hipótese de subsistir alguma condenação em face da reclamada, requer a mesma a aplicação da correção monetária referente ao mês subsequente ao da prestação de serviços.
Os juros deverão ser computados de acordo com os critérios estabelecidos no art. 883 da CLT combinado com o art. 39, § 1º, da Lei nº 8.177/1991 e em consonância com a Súmula 200 do Colendo Tribunal Superior do Trabalho.
V – DA JUSTIÇA GRATUITA – INDEFERIMENTO
Improcede o pedido de concessão dos benefícios da justiça gratuita pretendido pelo reclamante, posto que o mesmo demonstrou os requisitos previstos no art. 790, §§ 3º e 4º, CLT, pois não comprovou que percebe salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social ou comprovou insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo.
Pelas razões expostas, requer a reclamada seja indeferido o pedido de justiça gratuita em favor do reclamante.
VI – DA COMPENSAÇÃO
Apenas a título de argumentação, a reclamada requer que todos os valores pagos sejam compensados em uma eventual condenação.
VII – DO PEDIDO
Diante de tudo ora exposto, requer a Vossa Excelência o acolhimento da presente contestação, para a final JULGAR TOTALMENTE IMPROCEDENTE A RECLAMATÓRIA AJUIZADA PELO reclamante, condenando-o ao pagamento de custas processuais e demais cominações legais.
Ainda, requer a condenação do reclamante ao pagamento de honorários de sucumbência no percentual de 15% sobre o valor que resultar a liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, nos termos do art. 791 A da CLT.
Outrossim, requer a juntada de todos os documentos anexos.
VIII – DAS PROVAS
Protesta provar o alegado, por todos os meios de provas em direito admitidas, especialmente pelo depoimento pessoal do reclamante, que fica desde já requerido, sob pena de sofrer os efeitos da confissão, juntada de novos documentos, oitiva de testemunhas, periciais e o que mais se fizer necessário para a elucidação dos fatos.
Termos em que, pede deferimento.
Porto Alegre/RS, 26 de setembro de 2019.
Advogado
OAB

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