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Atividade educação e diversidade ciclo 3

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CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
LICENCIATURA
	Disciplina: Atualidades em Educação e Diversidade
	Tarefa: Atividade do ciclo 3 
	Nome: Kátia da Silva Oliveira
	RA: 8094991
	Turma: DGEFL1902FDSA2O
	Parecer do Tutor: 
4
Diversidade e respeito às diferenças
Filha de pai baiano e mãe mineira a história da minha família também foi marcada pela influência da forte migração nordestina para os grandes centros, em busca de melhoria de vida. No nosso caso, foi a cidade de São Paulo, onde atualmente reside praticamente todos os meus familiares. Nessas idas e vindas, eu fui a única filha entre os três irmãos que nasceu na Bahia. Exceto meu pai e minha avó paterna, meus dois irmãos, primos, tios, enfim, todos eram paulistas, ou seja, eu era a ovelha negra da família. Por ser nordestina, todos faziam chacota de mim e me chamavam de “baiana”, e eu odiava, e com isso passei a esconder desde muito pequena minha origem, principalmente na escola. Nunca disse a nenhum colega que havia nascido na Bahia, pois sabia que seria motivo de piada, ou até mesmo excluída da turma.
Quando estudava a 6ª série, chegou uma aluna nova na minha sala, e daí tive a convicção de que eu havia tomado atitude certa por ter mantido em sigilo minha naturalidade. Vi o quanto essa menina sofreu só por ser natural da Bahia e ter um sotaque diferente de todos ali daquela sala. A coitada mal podia responder a chamada da professora que a sala toda caia na gargalhada, por conta disso, ela evitava até responder, apenas levantava o dedo, não conversava com ninguém, nem sequer levantava do seu lugar, pois qualquer coisa era motivo da turma rirem dela. 
Eu a observava, e mesmo sem conhecer nada da vida ainda, conseguia perceber o quanto ela estava infeliz por ter que passar por tudo aquilo, simplesmente por ter origem nordestina, por ser vista pelos colegas como diferente, e eu a entendia, porque mesmo que não fosse com a mesma intensidade eu também sofria o mesmo preconceito. E por isso, resolvi me aproximar, e tive o privilégio de ter como colega de turma uma pessoa tão amável e inteligente. 
O que as pessoas não sabem ao terem atitudes como essas, é que muitas vezes ser “diferente” não é uma opção, e mesmo quando é, cada um tem o direito de ser o que quiser. 
É como diz o texto: O menino, o vento e a pipa, as pessoas precisam enxergar além do que elas vêem. Elas não são só uma opção religiosa, um gênero, uma cultura, uma cor, uma condição social, uma deficiência, uma etnia, entre tantos outros, são pessoas, que não são “diferentes”, são apenas elas mesmas.
Na verdade é que, ser o que é, muitas vezes não esta dentro dos padrões que são impostos pelo maior educador do nosso povo: as instituições sociais mantidas pelo capitalismo vigente, com isso cria-se um quadro mental interpretativo em que submetemos uns ao outros
Somos seres diversos, cada ser é único. Porém, essa diversidade que torna o mundo mais interessante e repleto de aprendizagens nem sempre é encarada como um fator importante para o desenvolvimento humano.
Ao invés disso, intolerância e o preconceito ainda se manifestam fortemente em pleno século XXI. Perseguições e violências baseadas apenas nas diferenças são noticiadas todos os dias. Diante desta triste realidade, pais e educadores precisam selar uma parceria para formar jovens tolerantes, que respeitem as diferenças e que lutem para afastar de vez o preconceito ainda tão presente na sociedade atual.
De acordo com SANTOS (2008, p.8), 
A construção do conhecimento na Educação Contemporânea deve ocorrer coletivamente e estar voltada para questões que contemplem as diferenças, ou seja, a diversidade humana que compõe a escola [...] valorizando todo o conhecimento que os diferentes grupos trazem para a sala de aula, enriquecendo muito mais o ensino e a aprendizagem [... ]
Porém, respeitar o diferente não é convencê-lo a aderir ao modelo de comportamento que eu apresento como correto ou que a mídia determinou como correto, e também não tem a ver com concordância com a posição alheia, mas permissão para que ela se manifeste livremente quando não cause dano a outrem.
Por fim, o reconhecimento da diferença, o diálogo, se colocar no lugar do outro e vivenciar situações com outra ótica são pontos de partida para que se possa conviver em harmonia e a educação tem um papel fundamental trabalhando no cotidiano com ações que valorizem e incentivem o respeito a diversidade e o repúdio a todo e qualquer tipo de discriminação. 
Referências
ESCOLA DA INTELIGÊNCIA. Saiba mais sobre o respeito à diversidade no ambiente escolar, por meio da convivência em harmonia com diferenças de gênero, raça, religião ou comportamento. Disponível em: https://escoladainteligencia.com.br/entenda-a-importancia-do-respeito-a-diversidade-no-ambiente-escolar/. Acesso em 15 de out. 2019
ESCOLA DA INTELIGÊNCIA. Valorização da Diversidade: Combate ao preconceito. Disponível em: https://escoladainteligencia.com.br/valorizacao-da-diversidade-uma-ferramenta-importante-no-combate-ao-preconceito/. Acesso em 15 de out. 2019.
GENTE. Respeito às diferenças. Disponível em: https://gente.globosat.com.br/respeito-as-diferencas/. Acesso em 15 de out. de 2019.
SANTOS, Ivone Aparecida dos. EDUCAÇÃO PARA A DIVERSIDADE: uma prática a ser construída na Educação Básica. Disponível em http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2346-6.pdf. Acesso em 16 de out. 2019.