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CLARETIANO – REDE DE EDUCAÇÃO CLAUDIVAN JOSÉ ALVES DA GUIA RA8123043 ATUALIDADES EM EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE PORTFÓLIO - CICLO 2 POLO MACEIÓ 2020 ATIVIDADAE: “Educação intercultural” (consta no PEGE – páginas: 10 a 12) e avalie como as diferenças culturais são trabalhadas na escola e na sala de aula, colocando suas considerações no Portfólio. Desde quando a sociedade brasileira teve inicio sua formação da nação brasileira por volta do século XVIII a idéia de raça está colocada e com ela o racismo, dentro do contexto a educação brasileira se constitui marcadamente com costumes europeus produzem estereótipos com relação à população negra, tudo isso corrobora para que a sociedade brasileira ainda conviva com esse fenômeno que é o racismo, e ainda hoje as tensões que ainda são acirradas, aquecidas, elas apontam a necessidade de consolidar uma cultura antirracista na sociedade brasileira e a educação escolar é uma espaço privilegiado para consolidar uma cultura de respeito ao outro, promovendo uma cultura antirracista. Infelizmente nossos educadores ainda não estão preparados para lidar com isso, eles têm muita dificuldade de enfrentar o racismo dentro da escola, os docentes necessitam de um maior preparo especifico para tratar do problema, como também de amparo institucional para que se trate as questões, a busca do diálogo nos conselhos de escola, do como pensar isso a partir da própria instituição. Tentando pensar a escola como um produto de nossa sociedade que traz a família da comunidade na qual está inserida, pensar o racismo, a diferença étnico-racial, a partir de projetos e pesquisa, mas mesmo assim, ainda são freqüentes os casos explícitos e implícitos de racismo, percebemos isso nos relatos das crianças dos jovens negros, das tensões que surgem entre os próprios colegas e reclamações de pais e familiares, e muitas vezes os professores se encontram perdidos nesse processo, acrescente ainda há casos de silêncio pedagógico, vamos dizer assim. Há uma dificuldade em tratar o tema, falar sobre o racismo, a negritude dentro na escola, mostrando que a instituição tem sentido muita dificuldade nessa relação. “... ampliação da consciência dos educadores de que a questão étnico-racial diz respeito a toda sociedade brasileira e não somente aos negros [e indígenas]; e entendimento do trato pedagógico e democrático da questão étnico racial como direito.” (GOMES, 2011) Há necessidade de haver mudança dos Currículos escolares, dos materiais didáticos escolares, aperfeiçoando-os, muitas vezes é possível ver no espaço escolar imagens, figuras que fortalecem a perspectiva anti-negro, portanto, racista; muitas vezes as crianças negras ou afros descendentes não se encontram representadas em murais, painéis escolares, se firmando no silêncio pedagógico. Há necessidade de produção de novos materiais didáticos que sejam produzidos a partir de outra matriz histórica também como a cultural para que de fato a educação brasileira possa “dialogar” com diversas matrizes históricas e culturais, como europeus, asiáticos, indígenas, africanos para possa fazer parte do ambiente escolar. A educação intercultural e o seu uso nos espaços educativos há a necessidade de reconhecer diferentes culturas e não a prática do monoculturalismo, esta, não está preocupada com a diversidade. “A educação é multicultural porque abriga em seus espaços múltiplas culturas, e pode ser multicultural se houver diálogo, troca de aprendizado entre elas. O multiculturalismo se opõe ao monoculturalismo”. (FREITAS, Fátima e Silva, 2012, p. 83). A educação intercultural deve ser voltada para uma cidadania plural, isto é, para uma educação levando em consideração a pluralidade de culturas de nossas sociedades. Uma socialização das práticas educacionais, pensando no atendimento a grupos ditos exclusos, como os indígenas, homossexuais, comunidades das periferias, entre outras, com respeito e convivência com as diferenças, nesse contexto, educação deve ser entendida como o processo construído pela relação entre diferentes pessoas, convivência dinâmica, interativa, conectando diferentes identidades culturais em um ambiente escolar criativo, dentro desta perspectiva surge uma proposta de respeito à diversidade cultural, aos direitos do outro, à igualdade e oportunidades, de forma democrática. Na construção de uma sociedade, negros e brancos como são tratados no Brasil, raça tem um grau de operacionalidade na cultura assim como na vida social. Se ela ao contrário, não tivesse essa intensidade, as particularidades e características físicas não seriam usadas por nós para classificar e identificar uma pessoa pela cor da pele. “...um grupo étnico não é mero agrupamento de pessoas ou de um setor da população, mas uma agregação cônscia de pessoas unidas ou proximamente relacionadas por experiências compartilhadas” (CASHIMORE, 2000, p. 196) Nas relações de poder historicamente definidos nós aprendemos a enxergar as raças, aprendemos a ver as pessoas como negras e brancas, classificá-las e a perceber suas diferenças na sociedade, na forma que fomos educados e socializados. Aprendemos a perceber as diferenças, a comparar e hierarquizar as classificações sociais, raciais, de gênero, entre outras. Tratando as diferenças de forma desigual. REFERÊNCIAS: GOMES, Nilma Lino. Educação, Relações Étnico-Raciais e a Lei 10.639/03. Páginas de 1 a 4 Disponível em: <http://antigo.acordacultura.org.br/artigo-25-08-2011> Acesso em: 01 out. 2020. FURLANI, Jimena. Educação Sexual na Sala de Aula: Relações de Gênero, Orientação Sexual e Igualdade Étnico-Racial numa Proposta de Respeito às Diferenças. 1. ed. Belo Horizonte. Autêntica Editora, 2016. Livro eletrônico. Biblioteca Pearson. Disponível em: <https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/36697> Acessado em: 30 set. 2020. FREITAS, Fátima e Silva. A Diversidade Cultural como Prática na Educação. (Livro Eletrônico). Curitiba: Editora Inter-saberes, 2012. Biblioteca Digital Pearson Capítulo 4: Multiculturalismo, Interculturalidade e Educação Escolar. Páginas 83 a 98. Disponível em: <https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/6173>. Acesso em: 30 set. 2020. http://antigo.acordacultura.org.br/artigo-25-08-2011 https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/36697 https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/6173 CASHMORE, Elis, Dicionário de relações étnicas e raciais. São Paulo: Selo Negro, 2000. p. 196.