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A INCLUSÃO E O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM: Metodologias para as crianças com deficiências

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A INCLUSÃO E O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM: Metodologias para as crianças com deficiências
Nilo Alencar Ferreira Filho[1: Especialista em Educação Infantil pelo Instituto de Ensino Superior Franciscano – IESF. Graduado em Pedagogia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA.alencardiamante@yahoo.com.br]
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR FRANCISCANO – IESF/ MA
_______________________________________________________________
RESUMO
Este artigo visa discorrer a importância do Atendimento Educacional Especializado apoiando a inclusão escolar de alunos com deficiência e como forma de assegurar direitos, visando à importância do processo de ensino aprendizagem. Trata-se de uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de modo que estas respondam à diversidade de alunos, uma abordagem inlectual, democrática, que percebe o sujeito e suas particularidades, tendo como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social. Pois, por muitos anos as pessoas com deficiência eram discriminadas pela sociedade, após muitas lutas e reivindicações a integração tornou-se uma prática. Hoje vivenciamos uma nova realidade, a inclusão dos alunos nas classes comuns, passou a ser um direito assegurado de todo discente. Mas será que as práticas desenvolvidas estariam mesmo proporcionando a este aluno um aprendizado adequado? Tendo como objetivo o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social. Na inclusão escolar não basta socializar é importante à implementação de ações efetivas que visem à superação das dificuldades e ampliação do saber. Pois no Brasil, a Política Nacional de Educação Especial, na Perspectiva da Educação Inclusiva, assegura acesso ao ensino regular a alunos com deficiência (mental, física, surdos e cegos), com transtornos globais do desenvolvimento e a alunos com altas habilidades, superdotação, desde a educação infantil até à educação superior.
Palavras – chave: Inclusão. Deficiência. Ensino. Aprendizagem
1 INTRODUÇÃO
A partir do ano de 1994, o Brasil, passou a ter participação na Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais: Acesso e Qualidade, realizada em Salamanca, na Espanha. Assumindo o compromisso de que, até o ano de 2015, garantiria o acesso de todas as crianças ao ensino fundamental, de forma gratuita e obrigatória. Comprometendo o nosso governo a transformar a educação brasileira em um sistema inclusivo, o que significa, em termos curriculares, que as escolas públicas devem ser planejadas, e os programas de ensino organizados, considerando as diferentes características e necessidades de aprendizagem do alunado. Diante desse fato, as crianças com deficiência passam a ter a garantia de uma pedagogia diferenciada, capaz de identificar e satisfazer as suas necessidades, proporcionando-lhes condições, desenvolvimento e aprendizagem como todos os outros alunos.
 No ano de 1996, os princípios da educação inclusiva são reiterados, com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Tal documento prevê que as crianças com necessidades educacionais especiais também têm direito de receberem educação na rede regular de ensino, ou seja, é garantida a matrícula em escolas e classes comuns, independentemente de suas diferentes condições físicas, motoras, intelectuais, sensoriais ou comportamentais. Os sistemas educacionais passam, assim, a enfrentar o desafio de construir uma pedagogia centrada no alunado, capaz de educar a todos.
O Atendimento Educacional Especializado (AEE), na perspectiva da educação inclusiva, tem um caráter exclusivamente de suporte e apoio à educação regular, através do atendimento à escola, ao professor da classe regular e ao aluno. O AEE é um serviço da Educação Especial que identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. Ele deve ser articulado com a proposta da escola regular, embora suas atividades se diferenciem das realizadas em salas de aula de ensino comum. (BRASIL, 2009)
     Paulo Ramos (2009) considera como o grande desafio da inclusão para alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, vai muito além da permanência do aluno na escola regular, mas no desenvolvimento do potencial de cada um através de uma educação centrada no respeito e na valorização das diferenças.
O processo de inclusão deve levar a comunidade a perceber que o aluno com deficiência não vai atrapalhar a aprendizagem dos demais alunos, mas além de exercer seu direito constitucional, permitirá a todos a ampliação de uma visão mais humana e solidária ao respeitar e conviver com as diferenças.
 O aluno com deficiência ou altas habilidades, ao ser matriculado em classes correspondentes a sua idade cronológica poderá através da convivência com os colegas participar de um grupo social que lhe é próprio. Por apresentarem alguma deficiência ou altas habilidades é importante o convívio com seus pares em escolas comuns, para que ao conviver com pessoas “potencialmente capazes”, elas possam juntas construir um referencial mais próximo da normalidade. (RAMOS, 2005).
 Como questão norteadora da questão central, pensou – se: Mas será que a convivência e as práticas desenvolvidas estariam mesmo proporcionando a este aluno um aprendizado adequado e inclusivo?
 Quanto aos objetivos, vemos que o objetivo geral consiste em avaliar o processo de ensino – aprendizado, correlacionando com as práticas educacionais desenvolvidas para a inclusão de alunos especiais.
Diante de tais indagações, este artigo procurará enfatizar inicialmente sobre o processo de inclusão e o atendimento educacional especializado, relacionando com o histórico da legislação vigente. Buscando fundamentação teórica no levantamento das fontes de informações sobre o objeto, para definição do tema, a fim de explicar o aluno com necessidade especial, pois se observa que o tópico proposto é carente de estudos, principalmente no campo educacional, sendo necessário recorrer a outras áreas para delineamento do assunto, fato que comprova a importância e a necessidade de aprofundamento sobre o tema proposto na área da educação.
Na segunda parte faremos uma reflexão sobre a interação do processo de ensino-aprendizagem, voltado para a Educação Inclusiva, acerca das práticas docentes, assim com as possíveis contribuições desses aparatos, no papel do professor, pois o atendimento educacional especializado é muito importante para os avanços na aprendizagem do aluno com deficiências na sala de ensino regular. Os professores destas salas devem atuar de forma colaborativa com o professor da classe comum para a definição de estratégias pedagógicas que favoreçam o acesso do aluno ao currículo e a sua interação no grupo, entre outras ações que promovam a educação inclusiva. Quanto mais o AEE acontecer nas escolas regulares nas que os alunos com deficiências estejam matriculados mais trará benefícios para esses, o que contribuirá para a inclusão, evitando atos discriminatórios. E por fim as considerações finais.
2 CONTEXTO HISTÓRICO SOBRE A DEFICIÊNCIA
 As crianças no século XV portadores de deficiência eram deformadas e atiradas nos esgotos de Roma na Idade Média. Porém os portadores de deficiências eram abrigados nas igrejas e passaram a ganhar a função de bobo da corte. Segundo Martinho Lutero, as pessoas com deficiências eram seres diabólicos que mereciam castigos para serem purificados.
     A partir do século XVI e XIX as pessoas com deficiências continuavam isoladas em asilos, conventos albergues, ou até mesmo em hospitais psiquiátrico como na Europa que não passava de uma prisão sem qualquer tipo de tratamento especializado. No entanto a partir do século XX, os portadores de deficiências começaram a ser considerados cidadãos com direitos e deveres da participação da sociedade, mas com a Declaração Universal dos Direitos Humanoscomeçaram a surgir os movimentos organizadores por familiares com críticas à discriminação, para as melhorias de vida para os mutilados na guerra em 1970 só então  começa a mudar a visão da sociedade nos anos 80, 90  onde passam a defender a inclusão.
 Segundo Silva (1987, p. 42 ): 
Anomalias físicas ou mentais, deformações congênitas, amputações traumáticas, doenças graves e de consequências incapacitantes, sejam elas de natureza transitória ou permanente, são tão antigas quanto à própria humanidade. 
 Nas escolas de Anatomia da cidade de Alexandria , segundo a afirmação de Silva (1987) existiu no período de 300 a. C, nela ficam registro da medicina egípcia utilizada para o tratamento de males que afetavam os ossos e os olhos das pessoas adultas. Pois havia passagem histórica sobre os cegos do Egito que faziam atividades artesanais. 
 Gugel (2008) expõe que na era primitiva, as pessoas com deficiência não sobreviviam, devido ao ambiente desfavorável. Afinal, para seu sustento, o homem primitivo tinha que caçar e colher frutos, além de produzir vestuário com peles de animais. Com as mudanças climáticas, os homens começam a se agrupar e juntos irem à busca de sustento e vestimenta. No entanto, somente os mais fortes resistiam e segundo pesquisadores, era comum nesta época desfazerem de crianças com deficiência, pois representava um fardo para o grupo.
    A construção da escola inclusiva exige mudanças nessa cultura e nas suas consequentes práticas. Segundo Perrenoud (2000) aponta alguns fatores que dificultam a construção de um coletivo, no contexto educacional, na limitação histórica da autonomia política e alternativa do profissional da educação. O significado da inclusão escolar, é que ela vem se desenvolvendo em todos os setores sociais, não somente na escola, mas em todos os âmbitos sociais:  
 - Educação como direito de todos; Igualdade de oportunidades; Convívio social; Cidadania; Valorização da Diversidade; Transformação Social.
2.1 A relação família – escola na inclusão escolar
 A inclusão escolar, influenciada por diretrizes internacionais, vem se constituindo como prioritária na legislação brasileira desde a década de noventa, com base nos princípios da Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994). Porem a legislação nacional parte do pressuposto que a educação inclusiva se caracteriza como uma ampliação de acesso à educação dos grupos historicamente excluídos.
 Devido ao âmbito do estudo da educação segundo a Unesco (1997), os objetivos da Educação Especial destinada às crianças com deficiências mentais, sensoriais, motoras ou afetivas são muito similares aos da educação geral, quer dizer: possibilitar ao máximo o desenvolvimento individual das aptidões intelectuais, escolares e sociais.
Quando se trata de inclusão primeiramente, é de suma importância um rompimento com a noção que o senso comum traz de cultura, onde um homem culto é aquele que teve a instrução, ou, seja conhecedor de alguma produção intelectual da humanidade, pois essa ideia de cultura é advinda da hierarquização da sociedade.
 A inclusão tem um sentido que indica a situação unilateral, onde apenas o deficiente teria de lutar para ser aceito em um grupo social. A inclusão procura colocar o deficiente dentro da estrutura da qual faz parte por direito. Entre estes grupos, a escola e a família são os que em primeiro lugar precisam e devem estabelecer a inclusão.
Inclusão é o processo social pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se preparem para assumir seus papéis na sociedade. A inclusão social institui então, um processo bilateral na qual as pessoas ainda excluídas, e a sociedade, buscam, em parceria, equacionar problemas, decidir sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos (SASSAKI, 1997, p. 41).
A inclusão é um assunto de extrema importância, que representa o modelo atual, ainda discutido e em implantação no Brasil, que se atingir aos objetivos propostos, poder com um espaço de tempo, modificar muito na vida da sociedade de modo geral e especialmente para as pessoas com necessidades especiais. 
A educação inclusiva não é tarefa fácil de resolver na prática, embora educadores e comunidade em geral busquem a escola de melhor qualidade para todos. Inúmeras e complexas são as condições que favorecem a proposta inclusiva. Autores nacionais e internacionais que se dedicam ao estudo da inclusão reconhecera que muitos são os obstáculos existentes. Diante deles, ou assumimos uma postura de negação e fuga, deixando de enfrentá-los, ou os encaramos como desafios a serem superados, para o que se fazem necessárias algumas ações do enfrentamento. Tais ações alicerçam-se na crença do potencial humano e na vontade política de "fazer acontecer" (PARANÁ, 2000, p. 17). 
A partir deste artigo de pesquisa pelos conteúdos pesquisados observa-se que os alunos com necessidades especiais, precisa de uma avaliação diferenciada, ou seja, escola inclusiva significa educar todos os alunos em salas de aula comuns, isto significa que todos, sem exceção recebem educação e frequentam as mesmas aulas.
O direito ao ensino regular tem possibilitado às crianças com necessidades educativas especiais, a busca de qualificação em várias áreas do conhecimento, desenvolvendo funções sociais e cognitivas.
 O processo de inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais tem sido amplamente discutido, principalmente a partir da década de 90, quando se iniciou o debate sobre a necessidade de não somente intervir diretamente sobre essa população, mas também reestruturar a sociedade para que possibilite a convivência dos diferentes (MENDES , 2002, p. 64).
Segundo Anastasiou (2004) confirma que a função do professor é, então, de provocar, instigar, valer-se dos alunos para elaborar uma ligação com o objeto de aprendizagem que, em algum estágio, consinta em uma carência deles, auxiliando-os a tomar consciência das necessidades socialmente existentes na sua formação.
O ter e o fazer devem servir para ser mais e melhor, a fim de que o ensino- aprendizagem contribua para a conscientização reflexivo-crítica dos sujeitos históricos e se recriem as possibilidades de uma pedagogia humanizadora, numa perspectiva critica e transformadora. (ANASTASIOU, 2002, p. 81). 
As relações entre ser e fazer, pois é preciso também analisar a inter-relação do ter com o ser, o ter-conhecimento comporta um valor importante, constituindo-se meio e instrumento para ser mais, aperfeiçoar e realizar o ser professor e aluno num processo de troca e interação de seus sentidos e significados em dado contexto histórico.
Dentre esses processos de ensino e aprendizagem a escola inclusiva, em uma perspectiva dos envolvidos neste processo de ensino necessita características especificas, para que possam acolher e educar todos os alunos sem distinção ou preconceito.
Segundo Kunc (1992), o principio fundamental da educação inclusiva é a valorização da diversidade e da comunidade humana, pois a educação inclusiva é totalmente abraçada, nós abandonamos a ideia de que as crianças devem se tornar normais para contribuir para o mundo.
O paradigma da inclusão vem ao longo dos anos, buscando a não exclusão escolar e propondo ações que garantam o acesso e permanência do aluno com deficiência no ensino regular. No entanto, o paradigma da segregação é forte e enraizado nas escolas e com todas as dificuldades e desafios a enfrentar, acabam por reforçar o desejo de mantê-los em espaços especializados.
A Declaração de Madrid (2002) define o parâmetro conceitual para a construção de uma sociedade inclusiva, focalizando os direitos das pessoas com deficiências, uma vida digna.
Numa escola inclusiva, o aluno é sujeito de direito e foco central de toda ação educacional a garantir a sua caminhada no processo de aprendizagem e de construçãode competências necessárias para o exercício pleno da cidadania, que por outro lado, o objetivo prioriza as potencialidades e necessidades de uma qualidade pedagogia para que a escola  se tornasse inclusiva. 
    
3 O PROCESSO DE INCLUSÃO E O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
 
             Para alguns professores do ensino regular, e para especialistas em educação especial, a inclusão escolar amedronta. Muitos argumentam que não tiveram preparo para trabalhar com crianças especiais e sentem-se “esvaziados” ao constatar que a escola inclusiva não admite a repetência tradicional. Toma-se como exemplo um aluno de 14 anos não alfabetizado, frequentar o 9º ano, vale ressaltar que a inserção por idade cronológica é um dos principais parâmetros da inclusão. (WERNECK, 2010).
            Conviver diariamente com alunos considerados deficientes ou diferentes, exige uma mudança de postura tanto dos professores como dos colegas de classe. A falta de preparo não pode mais ser usada como muleta para a falta de compromisso ético e pedagógico. Por isso faz-se necessário uma reestruturação e para Prietto (2005, p.35):
 O planejamento e a implantação de políticas educacionais para atender alunos com necessidades educacionais especiais requerem domínio conceitual sobre inclusão escolar e sobre as solicitações decorrentes de sua adoção enquanto princípio ético-político, bem como a clara definição dos princípios e diretrizes nos planos e programas elaborados, permitindo a (re) definição dos papéis da educação especial e do lócus do atendimento desse alunado.
As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela. Considerando a modalidade da Educação de Jovens e Adultos, por exemplo, o AEE possibilita a ampliação da escolarização, o incentivo para a formação e inserção no mercado do trabalho e a participação efetiva dos alunos com deficiência na sociedade.
Segundo Prieto (2005, p.40):
 
[...] na inclusão escolar o objetivo é tornar reconhecida e valorizada a diversidade como condição humana favorecedora da aprendizagem. Nesse caso, as limitações dos sujeitos devem ser consideradas apenas como uma informação sobre eles que, assim sendo, não podem ser desprezadas na elaboração dos planejamentos de ensino. 
 
 Para Prieto (2005), apesar das resistências quanto à inclusão dos alunos na escola regular, o número de adesões tem crescido nas redes de ensino, através do comprometimento de professores, pais, escolas e de instituições dedicadas ao processo de inclusão de pessoas com deficiência. A autora destaca que se deve fazer valer o direito de todos a educação regular, e que cabe a escola encontrar soluções que possibilitem o acesso e a permanência dos alunos no ambiente escolar. Um destes caminhos para a busca de soluções é a intermediação realizada pelo Atendimento Educacional Especializado através das salas de recursos multifuncionais
3.1 O papel do professor na escola inclusiva 
 O papel do professor, numa escola que pauta nos princípios de uma educação inclusiva, é de facilitador no processo de busca de conhecimento que parte do aluno. O professor é quem organiza situações de aprendizagem adequadas às diferentes condições e competências, oferecendo oportunidade de melhorar o seu desenvolvimento pleno para todos os alunos. 
 Mizukami (1996) ressalta:
O objetivo da educação, portanto, não consistirá na transmissão de verdades, informações, demonstrações, modelos, etc. e sim em que o aluno aprenda por si próprio, a conquistar essas verdades, mesmo que tenha de realizar todos os tateios pressupostos por qualquer atividade real. Autonomia intelectual será assegurada pelo desenvolvimento da personalidade e pela aquisição de instrumental lógico-racional. A educação deverá visar que cada aluno chegue a essa autonomia. (MIZUKAMI, 1996, p.71).
 Nesse sentido, a escola e seus currículos precisam ser bem diferentes do que propõe a educação tradicional. Sua atuação deve ser mais ampla e complexa, considerando o contexto histórico e político da sociedade, os interesses, competências e limitações dos sujeitos inseridos nas diferentes realidades. Tendo como base uma pedagogia problematizadora, provocará nos sujeitos o espírito crítico, a reflexão, comprometendo-se com uma ação transformadora.
4 ENSINO-APRENDIZAGEM E O USO DAS METODOLOGIAS FRENTE À INCLUSÃO ESCOLAR
 Para o desenvolvimento da aprendizagem das crianças com deficiência é preciso que aconteça intervenção pedagógica, que atenda as necessidades individuais de cada aluno, para que aconteça de fato à melhoria e a qualidade de ensino e aprendizagem dos educandos.
 Segundo Cunha (2014, p.68), a aprendizagem criativa é uma experiência consciente, manipulada e transformadora. Não se restringe simplesmente as influências sobre os conceitos existentes, mas abarca modificações operadas pelo aprendiz que vão traduzir-se em uma nova forma de executar tarefas ou manusear materiais. Alunos com deficiência já são predispostos a improvisações em razão de restrições que possuem. Há neles um potencial criativo que necessita ser explorado em sala, pois limitações genéticas podem ser superadas pelos estímulos do ambiente escolar.
 Dessa forma, cabe ao professor levar em conta os vários fatores como social, culturais e a história de vida de cada educando, com suas características pessoais, sensoriais, motores e psíquicos, para que possa dá a devida atenção e atender da melhor forma possível. Então, para um bom desempenho da aprendizagem das crianças é necessário que haja disponibilidade cognitiva e emocional, pois é um fator essencial para que aconteça uma interação com colegas e aprenda a conviver em grupo, a se socializar e a entender as normas, valores e as atitudes uns dos outros. Pois, caberá ao professor trabalhar com sua turma organizando-a em grupos, porque dessa maneira estará influenciando o processo de ensino aprendizagem, porém tem que levar em conta a diversidade dos alunos.
 O aprendizado de habilidades ganha muito mais sentido quando a criança está imersa em um ambiente compartilhado em que permite o convívio e a participação. Então, os alunos com deficiência requer recursos pedagógicos e metodológicos específicos para ter o domínio da aprendizagem, uma vez que a inclusão escolar é a oportunidade para que de fato elas não estejam à parte, isoladas realizando atividades sem acompanhamento e sem sentido.
 De acordo com Tédde (2012), a inclusão tentando garantir uma educação de qualidade para os alunos com deficiência incluídos no ensino regular, trouxe através da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), o Atendimento Educacional especializado (AEE), um serviço da educação especial que identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. 
 O AEE complementa e/ou suplementa a formação do aluno, visando a sua autonomia na escola e fora dela, constituindo oferta obrigatória pelos sistemas de ensino. É realizado, de preferência, nas escolas comuns, em um espaço físico denominado Sala de Recursos Multifuncionais. Portanto, é parte integrante do projeto político pedagógico da escola. (BRASIL, 2010).
 Nessa perspectiva, e tendo em vista o aprendizado das crianças com deficiência que o AEE tem como missão, identificar, planejar e efetuar recursos pedagógicos e de acessibilidade que facilitem a participação dos alunos incluídos no ensino regular. E as salas de AEE existente nas escolas regulares estão sendo de suma importância para o desenvolvimento e aprendizagem destes alunos.No entanto, para haver a aprendizagem, o professor não pode ser meramente um transmissor de conhecimentos, mas precisa comunicar uma ação pedagógica, onde estão entrelaçados os saberes discentes e docentes. A comunicação não traduz uma relação monaxial entre o emissor-professor e o receptor-aluno, mas uma relação triádica que abarca o mundo das significações, para a compreensão do que é ensinado (CUNHA, 2014, p. 37).
 Diante disso, o professor precisa saber que muito antes de ensinar, ele tem que aprender a comunicar-se com os alunos. Para que dessa forma possa haver uma interação entre professor e aluno, e só através dessa aproximação terá como saber qual a real necessidade de cada um, para o ensino e aprendizado dele. 
 Sousa e Tavares (2010, p. 07) afirmam que:
 
A educação das pessoas com deficiência física precisa ser repensada a partir dessa contextualização como uma questão histórica, buscando superar uma leitura abstrata da mesma. É preciso considerar o conjunto de características físicas ao interagirmos como indivíduo com deficiência física, que saibamos favorecer o seu desenvolvimento humano, caso contrário estaremos contribuindo para o desenvolvimento da deficiência.
 Além disso, as crianças precisam ser estimuladas e incentivadas o mais cedo possível, ou seja, nos seus primeiros anos de vida. Porque com esse acompanhamento elas irão crescendo e sentindo que tem todo o apoio necessário por parte dos familiares e até mesmo de profissionais, vão percebendo que são capazes de desenvolver suas habilidades e competências. Então, é necessário que acreditemos no potencial, no seu aprendizado, e que muitas vezes nos deixam surpreendido com seus avanços e desenvolvimentos.
Sousa e Tavares (2010, p.5-6) ainda continua nos dizendo que: 
O Plano Nacional de Educação (PNE), Lei nº 10.172, é uma determinação prevista na Constituição de 1988 e na LDBEN Lei n. 9.934/96 que apresenta em seu histórico a necessidade de estabelecer diretrizes e metas para a educação, documento como Declaração Mundial de Educação para Todos em 1990, assegura o acesso e a permanência de todos na escola, com o objetivo de satisfazer as necessidades básicas da aprendizagem de todas as crianças, jovens e adultos devem estar em condições de aproveitar as oportunidades educativas voltadas para satisfazer suas necessidades básicas de aprendizagem. 
Essas necessidades compreendem tanto os instrumentos essenciais para a aprendizagem (como a leitura e a escrita, a expressão oral, o cálculo, a solução de problemas), quanto os conteúdos básicos da aprendizagem (como conhecimentos, habilidades, valores e atitudes), necessários para que os seres humanos possam sobreviver desenvolver plenamente suas potencialidades, viver e trabalhar com dignidade, participar plenamente do desenvolvimento, melhorar a qualidade de vida, tomar decisões fundamentadas e continuar aprendendo.
No entanto, Sousa eTavares (2010, p. 07) declaram que:
A capacidade de se transformar o organismo e do ser humano, na capacidade do indivíduo criar processos adaptativos com intuito de superar os impedimentos que encontra. A capacidade de superação só se realiza a partir da interação com fatores ambientais, pois o desenvolvimento se dá no entrelaçamento de fatores externos e internos.
 Certamente, os alunos com deficiência necessitam ser estimulados para superarem suas dificuldades, pois existem alguns aspectos fundamentais para o processo de ensino e aprendizagem, como: afetividade, socialização e ludicidade, linguagem e comunicação, educação psicomotora, música e arte, e uma boa alimentação. Dessa maneira, a primeira coisa que se deve fazer ao trabalhar com o ensino e aprendizagem das crianças com deficiência é a afetividade, já que propicia condições para desenvolver suas criatividades. 
Portanto, ao trabalhar na educação de alunos com deficiência precisar-se demonstrar a eles o quanto é importante à vontade de aprender do que simplesmente ensinar. Precisa saber como tratar cada aluno, conquistando e mostrando qual o melhor caminho que o leva ao ensino e aprendizado, é fundamental também para o professor desenvolver um bom desempenho nas atividades realizadas com as crianças.
Nos anos iniciais, é mais comum que os professores compreendam a ludicidade como processo cotidiano de aprendizagem, pois é natural à criança aprender brincando. Já, nas últimas séries do ensino fundamental e, principalmente no ensino médio, brincar é visto, em muitos casos como antonímia de responsabilidade e compromisso. Não seria infrequente, portanto, haver em escolas rígidas e com regras inflexíveis a incidência de bullying, pois a informalidade das brincadeiras há muito cedeu lugar à imposição do rigor excessivo (CUNHA, 2014).
Percebemos que em muitas escolas ainda continuam recebendo as crianças com deficiência, isolando-as das demais, privando-as de um verdadeiro ambiente escolar, de aprendizagem, com a prática de esporte, artes, desenhos, pintura, música, literatura, na verdade estão impedindo que haja o processo de ensino aprendizagem a todos. E que muitos ainda não compreenderam o verdadeiro sentido do brincar, uma vez que cabe ao professor e até mesmo a escola deixar claro o quanto é essencial o brincar nas atividades educacionais. Tomando os devidos cuidados com o exagero por parte de algumas brincadeiras pelos estudantes, fugindo então do verdadeiro sentido da aprendizagem.
 Diante disso, se vê que muito antes de um professor ensinar tem que aprender a comunicar-se com as crianças, para que possa haver de fato um aprendizado, uma compreensão no que se é ensinado e também para que o professor tenha a certeza de que as atividades realizadas estão de acordo com a turma, podendo deste modo, estimulá-los a socialização do conteúdo trabalhado e se está acontecendo uma comunicação entre todos. Por sua vez, pode haver casos em que a dificuldade de aprendizagem tem que ser trabalhado com mais cautela, utilizando instrumentos que facilitem a comunicação com eles, e estimulá-los sempre a comunicar-se e a organizar sua linguagem por meio de fotografias, livros etc., ajuda a haver uma comunicação, dessa forma, estimula a criatividade e sua comunicação com o mundo.
Portanto, para que aconteça essa transformação temos que enfrentar alguns obstáculos que impede as escolas de se adequarem no processo inclusivo. E um desses obstáculos é o despreparo dos professores, motivo esse que não deve continuar sendo uma justificativa para deixar de existir a inclusão. E em relação a essa transformação Prieto (2006, p.57) considera que:
A formação continuada do professor deve ser um compromisso dos sistemas de ensino comprometidos com qualidade do ensino que, nessa perspectiva, devem assegurar que sejam aptos a elaborar e a implantar novas propostas e práticas de ensino para responder às características de seus alunos, incluindo aquelas evidenciadas pelos alunos com necessidades educacionais.
 Nessa perspectiva, cabe ao sistema de ensino disponibilizar ao professor uma formação continuada visando aos educandos um ensino de qualidade com novas metodologias e práticas de ensino, para que dessa maneira todos os alunos possam ter acesso ao estudo adequado, inclusive para as crianças com deficiência. 
 Deste modo, os professores devem ser capazes de aprimorarem seus métodos, bem como, elaborar atividades, criar ou adaptar materiais priorizando da melhor forma possível o atendimento aos alunos no processo de aprendizagem. Porém, o professor tem que ter um domínio amplo do seu campo de trabalho, só que infelizmente são poucos os professores que têm a teoria e prática sobre a inclusão escolar na rede regular, e vão para sala de aulas sem o conhecimento necessário para atuar com domínio. Então, não há como mudar sua prática sem ao menos ter consciência, de como se deve aprimorar seu conhecimento para a atual realidade do ensino inclusivo no país e desenvolver-se profissionalmente.Dentro deste contexto, nota-se que educar na diversidade exige do professor um planejamento flexível direcionado a diferença, ou seja, é preciso que o professor use estratégias adequadas a todos. Em sua metodologia o professor tem que procurar está sempre atualizado buscando informações de acordo com a realidade de seus alunos, já que ao inovar a educação no processo inclusivo, o professor estará contribuindo com a qualidade do ensino. 
 Para reforçar essa necessidade, Mantoan (2006, p.47) relata que a inclusão não prevê o uso de práticas de ensino escolar específicas para esta ou aquela deficiência e / ou dificuldade de aprender. Os alunos aprendem nos seus limites, e se ensino for, de fato, de boa qualidade, o professor levaram em conta esses limites e explorará convenientemente as possibilidades de cada um. 
 Com base nisso, cabe ao professor está ciente dos diferentes níveis que se encontra cada aluno. Só ele saberá como trabalhar com cada aluno, ou seja, saberá quais as limitações e irá avançando nas atividades de acordo com o desenvolvimento e a realidade deles. E através desses conhecimentos os educadores serão capazes de utilizar às estratégias adequadas que facilitará a aprendizagem das crianças com deficiência. 
 Assim, esta prática requer experiência didática do professor e, para que isso ocorra, é fundamental que o professor tenha acesso a teorias que fundamentem seu trabalho, ou seja, as professoras só ousaram implementar as estratégias por terem a possibilidade de pensar e refletir sobre a efetividade destas para o trabalho específico previsto para o aluno com necessidades educacionais especiais. Dessa forma, é de extrema importância que o professor seja flexivo para sua melhor atuação na educação inclusiva. 
 No pensamento de Santos (2013, p.08), O professor não precisa aprofundar-se a respeito das deficiências dos seus alunos, para isso existem os especialistas. Mas é necessário que tenham um conhecimento considerável sobre a necessidade do seu aluno deficiente, e que o considerem como um sujeito de direitos, um cidadão que ocupa um lugar na sociedade e que possui capacidades como todos os demais alunos, cabe ao professor planejar metodologias, fazer uso de recursos para implementar as práticas pedagógicas e proporcionar o desenvolvimento do seu aluno. 
 Por essa razão, é importante que o professor registre todos os dias ou semanalmente o avanço, o desenvolvimento de cada aluno, ou até mesmo o que não conseguiu avançar. Deste modo, o professor saberá agir nas devidas modificações em sua prática pedagógica inclusiva, ou seja, o professor mudará sua metodologia para facilitar a aprendizagem do aluno contribuindo para o processo de ensino aprendizagem. 
Enfim, para se trabalhar com a inclusão escolar o professor não pode facilitar ou adaptar as atividades escolares para beneficiar alguns, porque estará tirando a chance desse aluno de avançar, de encontrar meios para a realização das atividades. Ele se adapta ao conhecimento e só ele é capaz de regular o processo de construção podendo ir até onde for com suas limitações. Cabe ao professor ensinar consciente que todo educando pode aprender no seu tempo e do seu modo de acordo com suas limitações e habilidades, podendo progredir. Bastando apenas ser trabalhados e estimulados para ir se desenvolvendo. Desse modo, cabe ao professor sempre buscar meios para auxiliá-los nos desafios que encontrarem durante o ensino e aprendizado.
 Desde então, é preciso que os professores em suas metodologias usem os materiais didáticos como meio que facilitem a aprendizagem e a participação de todos os alunos. A questão é como organizar as situações de ensino para garantir o maior grau possível de interação e participação de todos, sem perder de vista as necessidades concretas de cada um. 
 De tal modo, que ao trabalhar com a diversidade e a utilização de várias estratégias metodológicas os alunos com certeza iram adapta-se com mais facilidade nas atividades de aprendizagem, possibilitando uma melhor compreensão entre eles. O que realmente vale é oferecer serviços e adotar práticas criativas na sala de aula, modificando o planejamento escolar de acordo com a necessidade de cada um no processo educacional.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo como base os princípios da educação inclusiva, verifica-se que é preciso não só ressignificar o conceito de Educação Especial, como, também, rever o conceito de Educação e, principalmente, o papel da escola em uma sociedade que assume o paradigma da inclusão.
Na escola inclusiva, o foco central de atuação do professor deve ser a aprendizagem de todos os alunos, inclusive dos que apresentam necessidades educacionais especiais. Qualquer fator que venha a impedir ou dificultar o processo precisa ser considerado, avaliado e, em seguida, devem ser planejadas ações conjuntas para a elaboração de uma intervenção pedagógica que procure superar o problema ou compensá-lo.
Cabe à escola, ao professor, e a toda comunidade escolar planejar e adequar as suas ações pedagógicas, tendo como ponto de partida o aluno com as suas necessidades e especificidades, e a forma como ele desenvolve seu processo de apreensão e construção do conhecimento, ultrapassando a ideia de que a classe do ensino regular é mero espaço de socialização, para que estas possam tornar-se espaços inclusivos e local de aprendizagem de todos.
Portanto, o AEE tem o propósito de atender as necessidades (peculiaridades) advindas das deficiências, transtornos globais do desenvolvimento ou ainda altas habilidades que este aluno possa ter, para melhor integração deste aluno em sala de aula, e os conteúdos escolares, bem como servir como um mediador do conhecimento através dos recursos disponibilizados na sala de Recursos Multifuncionais.
Assim, mesmo que alguns alunos tenham um ritmo, um estilo próprio ou mesmo uma deficiência que os diferenciam dos demais colegas, para realizar determinadas atividades, isso não se torna problema, pois o trabalho diferenciado passa a ser a marca da escola, a identidade da escola para todos.
Mediante a fundamentação teórica, está muito claro sobre o que é Atendimento Educacional Especializado – AEE, e para assumir, é necessário à qualificação dos profissionais, pois é o desafio, que trás muitas expectativas. Mas, à medida que conseguimos nos envolver, se tornará algo prazeroso e satisfatório, principalmente para a prática docente. 
No entanto, vale lembrar que a inclusão é um processo contínuo e caminha muitas vezes com passos lentos ou largos, mancando ou correndo velozmente, com muletas ou cadeira de rodas, sem ouvir ou ver o que se passa a sua volta, percebendo o mundo através das imagens ou na ponta dos dedos, mas acima de tudo percorrendo uma trajetória que se espera seja irreversível, fazendo-se presente na sociedade e suscitando a verdadeira essência do nosso ser: a humanidade.
INCLUSION AND THE TEACHING-LEARNING PROCESS: Methodologies for children with disabilities
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ABSTRACT
This article aims to discuss the importance of Specialized Educational Assistance supporting the school inclusion of students with disabilities and as a way to ensure rights, aiming at the importance of the process of teaching learning. It is a restructuring of the culture, practice and policies experienced in schools so that they respond to the diversity of students, an intellectual, democratic approach that perceives the subject and its particularities, aiming at growth, personal satisfaction and social insertion. For many years people with disabilities were discriminated against by society, after many struggles and claims integration became a practice. Today we live a new reality, the inclusion of the students in the common classes, has become a guaranteed right of every student. But are the developed practices actually providing this studentwith adequate learning? With the objective of growth, personal satisfaction and social insertion. In school inclusion it is not enough to socialize is important to the implementation of effective actions that aim at overcoming difficulties and expanding knowledge. In Brazil, the National Policy on Special Education, in the Perspective of Inclusive Education, ensures access to regular education for students with disabilities (mental, physical, deaf and blind), with global developmental disorders and students with high skills, giftedness, from early childhood education to higher education.
Keywords: Inclusion. Deficiency. Teaching. Learning
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