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UNIVESP UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO PÓLO SÃO CARLOS- SP Maytê Rosale Antonelli RA 1807048 Didática Respostas - Atividade Semana 04 São Carlos 2018 De que modo o problema escolhido por seu grupo se apresenta na sala de aula? Ainda existe um desafio na educação dos alunos no contraturno escolar, o qual precisa de equilíbrio e inovação, sair da reprodução do conhecimento e seguir para a produção do conhecimento que é: construa, reflita, critique, produza, argumente, projete. Afinal, a sociedade está exigindo um novo profissional, ou seja, uma nova concepção de ensinar onde deve ser repensado o modo de ensinar e formar esses alunos. As pessoas sentem quando um ensino tem qualidade, buscam sempre por qualificação do corpo docente, pelas instalações físicas, equipamentos e parte diversificada. Sendo assim, a nova escola de qualidade precisa de novos espaços, de uma nova forma de pensar, de ensinar, onde ensinar também é aprender, é uma troca. Nesse sentido, é papel da escola incentivar as aulas de contraturno e proporcionar condições para que isso aconteça, fornecendo desde material de apoio, como instrumentos adequados até o espaço físico no qual o aluno realizará suas aulas. É necessário que a escola seja repensada como um espaço público e de qualidade, formando pessoas capazes, que se tornem sujeitos e autores de seu aprendizado. Porém hoje ainda temos muita dificuldade por falta de estrutura e desempenho publico e escolar para que o contraturno esteja a disponível em todas as escolas. Segundo OLIVEIRA ( 1997, p. 146) o desafio é criar espaços que favoreçam novas relações no interior da instituição escolar para que alunos, pais, funcionários e professores tornem-se um coletivo capaz de construir uma escola onde os saberes estejam voltados para as aprendizagens do aluno e sua formação como cidadão comprometido com a transformação da sociedade. Quais contribuições o texto-base e a videoaula podem trazer para a compreensão do tema escolhido pelo seu grupo (sua origem e possíveis ações pedagógicas no âmbito da sala de aula)? Segundo ROBSON (2011, p.80) Buscar entender a aula é, acima de tudo, refletir sobre os espaços onde ela acontece. Na educação atual, salvas pequenas exceções, as aulas acontecem nas salas de aula, espaços limitados e limitadores, herméticos, fechados em um cômodo que foi construído ou adaptado para este fim. Primeiro engano! Se levarmos em conta que sala de aula pode ser chamada de espaço de aprendizagem, precisamos repensar sua estrutura física também. Sala de aula como espaço de aprendizagem será todo o espaço físico onde ocorre a aprendizagem. O contraturno escolar é entendido como uma extensão da aprendizagem de crianças e adolescentes. Ele oferece práticas pedagógicas focalizadas em atividades culturais, esportiva e artísticas e, além disso, promove a preparação dos adolescentes para o mercado de trabalho. O contraturno tema escolhido pelo grupo, é um projeto em que seu objetivo é de atuações que ajudam com um processo educacional, desenvolvendo habilidades e descobertas das crianças e adolescentes, respeitando as diversidades e que os mesmos sejam renovadores de sua realidade e futuro. Sendo assim conseguimos ver que o contraturno é um projeto com um grande potencial para fortalecer a educação, trazendo mais interesse do aluno e tornando ele participante do desenvolvimento tanto em conhecimento educacional, quanto cultural e social. Segundo as diferentes formas de se conceber o ensino tratadas no módulo 4 (Paulo Freire, Montessori, Dewey), como se pode interpretar o problema apresentado pelo grupo, identificando sua possível origem e trazendo uma solução para resolvê-lo a partir da relação pedagógica? Dewey acreditava que uma educação de qualidade devia ser algo orgânico, que ensinasse o aluno a pensar e que unisse teoria a prática. Um ensino que levasse em consideração a valorização da capacidade mental dos estudantes, preparando-os para questionar a realidade. Dewey influenciou o ensino em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, com Anísio Teixeira e sua Escola Nova, também chamada de Escola Progressiva, que ensinava os educandos a buscarem a sua autonomia e liberdade de escolhas por meio de suas próprias reflexões e consciências. Os próprios alunos buscavam sua disciplina e assumiam responsabilidades na escola, para que pudessem aprender a lidar com maiores responsabilidades no futuro, como nas questões políticas do país. O objetivo de Dewey no ensino era educar o estudante como um todo, na parte emocional e intelectual. Para Dewey, a escola era um universo em miniatura e as crianças precisavam aprender a lidar com esse pequeno espaço, para depois conseguir enfrentar o todo ao redor. Como na história de Joãozinho Orvalho, o contraturno é um projeto que traz o aprendizado através de atividades do cotidiano e culturais, proporcionando curiosidades, desejo por respostas que faz com que o conhecimento seja algo prazeroso e uma condição de mão dubla. Segundo Joãozinho “escola é lugar de vida e trabalho.” Com esse conceito ele proporcionava a seus alunos atividades diversas, que os faziam aprender a viver e a conviver, ensinando a eles cooperação, solidariedade, apoio e ajuda, assim mostrando a eles que ninguém sabe tão pouco que não tenha o que ensinar e que também ninguém sabe tanto que não precise de ajuda ou não tenha mais nada a aprender. Maria Montessorie partindo do princípio de que a criança possui uma personalidade própria, favorecia o livre desenvolvimento da atividade infantil pela concentração na aprendizagem de jogos e pela realização de tarefas autônomas preparadas por adultos. Assim como Dewey, Montessorie também via em sua forma de ensino que o aluno era aprendia muita mais fazendo do que somente sentado em uma carteira escutando o que o professor tinha para falar. O professor por outro lado não precisava usar de muitas palavras para ensinar, ele era o exemplo em sala, ensinava fazendo. Como no projeto contraturno o objetivo é que as crianças tenham acesso à matemática, português, ciências, geografia e outros, através de atividades que estimulam a curiosidades deles, além de já ensinarem a viverem em sociedade através de atividades do seu próprio cotidiano e cultural, formando pessoas que saberão usar o que apreendem, no seu dia a dia e não só como uma formação para fim profissional e sim para um fim social e pessoal. Como Montessorie dizia : Aprender significa ser protagonista da sua própria aprendizagem. Segundo Paulo Freire o homem é um ser capaz de se integrar no seu contexto para intervir no mesmo, com isso transformando o mundo. O projeto contraturno assim como Freire tem como seu objetivo geral desempenhar atividades proporcionando às crianças e adolescentes sujeitos de direitos, um ambiente acolhedor, seguro, através de ações que contribuam com o seu desenvolvimento integral, sobretudo nos aspectos bio-psíquico- social e cultural, oportunizando um processo educativo, baseado no diálogo, na compreensão, firmeza e bondade, no respeito à individualidade e na diversidade, para que se tornem agentes transformadores de sua própria realidade. Referências: OLIVEIRA, L. M. Qualidade em Educação. Um Debate Necessário. Universidade Educação Básica. 1997. ROBSON, A. S.; INFORSATO, E. C. Aula: o ato pedagógico em si. In:UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Prograd. Caderno de Formação: formação de professores didática geral. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011, p. 80-85, v. 9. ANTUNES. Celso. A aula excelente segundo Paulo Freire, P. 177-187. Acessado em 22 de novembro de 2018. Material do AVA, semana 4. ANTUNES. Celso. A aula excelente segundo John Dewey, P. 163-171. Acessado em 22 de novembro de 2018. Material do AVA, semana 4. ANTUNES. Celso. A aula excelente segundo Maria Montessori, P. 172-176. Acessado em 22 de novembro de 2018. Material do AVA, semana 4 PI Versão Parcial Contraturno, UNIVESP- Vídeo aula- A aula: O ato Pedagógico em Si. Disponível em > https://www.youtube.com/watch?time_continue=10&v=CO58mB_hNoY. Acessado em 21 de novembro de 2018.
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