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FACULDADE METROPOLITANAS UNIDAS DISCIPLINA: 080003 – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISONADA. PROFESSOR: PEDRO HENRIQUE ABREU BENATTO. TURMA: DIREITO ITAIM – NOTURNO – 003208A04 TRABALHO EM EQUIPE. Alunos: Ana Maria de Sousa Botelho RA 8286308 Antonio Carlos dos Santos RA 8129880 Beatriz Menezes da Silva RA 1887330 Felipe de Nóbrega Calisto Silveira RA 1423331 Nilson Dalagnol Júnior RA 6159437 Henrique Ribeiro Marques RA 7987826 Paulo Ernesto Mariano Schwarz RA 7907779 Lucas Guedes RA 2694520 Letícia Barcelos RA 8135439 1ª. Questão: Agiu corretamente o magistrado na distribuição do ônus da prova no caso acima apresentado? Fundamente sua opção de forma completa, inclusive abordando, de forma detalhada, a questão da inversão do ônus da prova no processo do trabalho. Resposta: Não houve, pois, no caso vertente, a inversão do ônus da prova. O Magistrado dispensou a oitiva das partes, reclamante e reclamado, e colheu depoimento das testemunhas do reclamante e do reclamado na ordem determinada pela instrução processual. Não há se falar, portanto, in casu, em inversão do ônus da prova. Vale lembrar que as provas no Direito Processual do Trabalho são orientadas pelo princípio da busca da verdade real. Nos termos do art. 818, caput da CLT, com redação dada pela Lei 13.467/17, o ônus da prova compete ao reclamante e ao reclamado na forma que lá está disposta. A inversão do ônus da prova – carga dinâmica das provas – inicialmente prevista no art. 6º, VIII, do CDC (Lei nº 8078/90), que se aplica por analogia ao processo do trabalho, pode haver tal inversão em razão de verossimilhança da alegação ou da hipossuficiência de que estiver encarregado de a produzir. Com o advento da Lei nº 13.467/17 (Reforma Trabalhista), o juiz poderá atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus (CLT, art. 818, § 1º). Tal decisão deve ser proferida antes da abertura da instrução e, a requerimento da parte, o que implicará o adiamento de audiência e possibilitará provar os fatos por meio em direito admitido (CLT, art. 818, § 1º). Essa decisão, no entanto, não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil (CLT – art. 88, §3º). Vale lembrar, sobre a Súmula 338, III, do TST, que preceitua que “Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir”. Era o que deveria ter ocorrido no caso, a aplicação da sobredita súmula, e não ocorreu. 2ª. Questão: Qual a finalidade do protesto apresentado pelo advogado do autor? Responda considerando o princípio processual cabível no caso. Resposta: O advogado protestou pela não aceitação, na contradita, da preliminar de impedimento da testemunha da reclamada (art. 447, § 2ª, II, do CPC, por aplicação subsidiária ao art. 829 da CLT), que era diretor comercial da reclamada. Pelo princípio da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias – Súmula 214 TST – a parte prejudicada deverá consignar em ata de audiência seus protestos para evitar a preclusão do direito. Para permitir que a questão seja suscitada em eventual recurso. 3ª. Questão: Diante da pretensão do autor, o réu, ao apresentar a defesa, deve abordar quais pontos? Apresente cada um deles. Quais devem ser considerados no caso concreto acima narrado? Resposta: Diante da pretensão do autor, o reclamado deve apresentar, do ponto de vista genérico, os seguintes pontos: Horas Extras: a simples anotação em carteira de que o empregado exerce tarefas externas, na conformidade com o artigo 62, II, da CLT, não basta para rebater as declarações do reclamante que que fazia duas horas extras diárias. Será necessário provar que as dez horas reclamadas não procedem. No entender de Sergio Pinto Martins, in Direito do Trabalho, op. Cit. Pag. 798, verbis “se tais empregados são subordinados a horário, têm horas extras, principalmente quando é possível prever que a jornada normal não é suficiente para a entrega ou cobrança das mercadorias vendidas, como em relação a motoristas e cobradores.” Justa Causa: Deve, o reclamado, comprovar a correta subsunção da demissão por justa às cláusulas taxativas do art. 482 da CLT. Deve comprovar, objetivamente, que o comportamento do empregado, ao participar de comércio em concorrência com seu empregador, de fato, constituiu falta grave a ensejar a demissão de empregado, nessa condição, após mais de dez anos de contrato de trabalho. Requerer também a improcedência do pedido. 4ª.Questão: Quarta Questão: Qual a medida processual utilizada pelo autor para o exame do ponto omisso da sentença? Qual o prazo? Se tivesse sido acolhida a medida quais seriam seus efeitos? Qual a medida a medida processual apresentada pelo autor após o indeferimento da medida processual em relação à omissão? Qual o prazo e o marco inicial desse prazo? Quais os seus pressupostos genéricos? A medida adequada são os embargos de declaração, no prazo de cinco dias. No caso, se acolhido os embargos, o magistrado seria deferida a justiça gratuita. No caso, havendo indeferimento dos embargos de declaração, o autor deve apresentar recurso ordinário, no prazo de oito dias, contados de sua intimação. 5ª. Questão: Qual a medida judicial cabível da denegação da medida judicial referida no item 4? Quais as obrigações da parte que avia essa medida? Qual o juízo de interposição? Qual o juízo de conhecimento? Qual o objetivo dessa medida? Havendo denegação do recurso ordinário retro, a medida cabível é o agravo de instrumento, que deverá conter, obrigatoriamente, da parte que avia: cópia da decisão agravada; certidão da respectiva intimação; das procurações; da petição inicial; da contestação; da decisão originária; do depósito recursal referente ao recurso que se pretende seja destrancado; comprovações do recolhimento das custas. O juízo de interposição é o juízo a quo. O juízo de conhecimento é o juízo ad quem. Tal medida serve para destrancar o recurso ordinário para que seja apreciado em 2º grau.
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