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Avaliação psicopedagógica - resumo

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AULA 1
- Avaliação psicopedagógica: propiciar uma reflexão sobre o processo de ensino-aprendizagem com base em uma avaliação diagnóstica clínica. Levantar o perfil de desenvolvimento e aprendizagem do sujeito. Instrumentos: EOCA, avaliação lúdica, anamnese.
QUEIXA→ENCAMINHAMENTO→DIREÇÃO
QUEIXA – reclamação – algo não está bem em relação à aprendizagem. OLHAR E ESCUTAR ATENTAMENTE A QUEIXA E OS SUJEITOS QUEIXOSOS – escola, professores, família etc. OUVIR O SUJEITO 
→1ª entrevista – rápida, para ouvir os motivos e fazer o ENQUADRAMENTO (Visca) – organizar o atendimento e um contrato de trabalho (avaliação e intervenção):
•nº de sessões, duração e frequência
• local
•cancelamentos, faltas e interrupções
•honorários – valores e opções de pagamentosc• caixa de trabalho - A FAMILIA PAGA
→ ouvir todos os envolvidos.
→ escolher o paradigma teórico do processo diagnóstico: tradicional, epistemologia convergente, enfoque psicoeducacional.
→ escolher os instrumentos de avaliação – cada caso é um caso
Aspectos a considerar
	Orgânicos:
Esfera biológica – corpo
Órgãos sensoriais (visão, audição), sistema nervoso central, alterações físicas e psicomotoras, doenças
	Cognitivos:
Do pensamento – funções psicológicas superiores – interação com o meio social, econômico, cultural, histórico e político. Pode ser decorrente de lesões, disfunções, falta de estímulos e oportunidades.
	Pedagógicos: 
Sistema educacional, metodologia de ensino, concepções e práticas avaliativas, concepções que fundamentam as praticas pedagógicas, organização das turmas na escola, currículo e planejamento das atividades, estrutura física da escola, formação dos professores, acompanhamento pedagógico da escola e medidas tomadas.
Do sujeito: conhecimentos que domina, conteúdos apreendidos e defasagens leitura, escrita, oralidade, interpretação, compreensão, pensamento matemático
	Emocionais:
Afetividade e vínculos, desejo de aprender, expressão de sentimentos e emoções. Envolvem sujeito,, família e outras relações. Observar maturidade, comportamento regressivo, comportamentos repetitivos, linguagem, autonomia, independência, instabilidade, agressividade, iniciativa, etc.
	Sociais:
Socialização, interações sociais. Cultura, nível econômico, social , ideológico, tempo histórico e político. Considerar experiências prévias do sujeito, interações com seus familiares, participação nas atividades escolares e outros grupos.
	Psicomotores:
Domínio do corpo e gestualidade, coordenação ampla e fina, equilíbrio dinâmico e estático, coordenação visomotora, lateralidade, esquema corporal, orientação espacial e temporal.
→ EOCA – Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem – Visca – 1ª sessão
ENTREVISTA OPERATIVA CENTRADA NA APRENDIZAGEM
- 1º contato com o sujeito →entrevista na qual se realizam atividades relacionadas ao processo de aprendizagem escolar, na qual há diálogo, produção, espontaneidade e direcionamento.
Porto menciona como objetivos da EOCA:	
•identificar sintomas apresentados pelo sujeito
•levantar hipóteses sobre as possíveis causas de suas dificuldades de aprendizagem
•levantar dados sobre o vínculo do sujeito com a aprendizagem e com o conhecimento
•coletar dados sobre o sujeito de modo a conhecê-lo e levantar o primeiro sistema de hipóteses
→ Material EOCA sugeridos por Visca: folha branca, folha pautada, folha quadriculada, folha colorida de dobradura, lápis sem ponta, apontador, borracha, caneta, régua, tesoura, cola, canetinha, lápis de cor, giz de cera, marcadores, revista e livro. Podem ser acrescentados outros materiais dependendo a queixa. Calberg sugere a inclusão de um compasso., transferidor, revista par adolescentes, jogo para criança em idade escolar, livro de literatura infantil com ilustrações e texto caixa alta e/ou alfabeto móvel.
→ aplicação: conversa na qual se levanta dados como nome, idade, escola, pq está ali e quem é o psicopedagogo, que vai explicar seu trabalho. Depois seleciona os materiais e os organiza sobre a mesa apresentando-os ao sujeito seguidos de CONSIGNAS, que são instruções. 
→CONSIGNAS:
•de abertura: deixar o sujeito livre para produzir espontaneamente
•fechada: direciona o que precisa observar
• direta: exatamente o que precisa fazer
• múltipla: dá opções de escolha
•pesquisa: diálogo em relação às produções do sujeito
→ postura do psicopedagogo – observador da conduta do sujeito avaliado
• interferir só quando absolutamente necessário. 
•Preparar-se para a entrevista organizando material e analisando a queixa e as consignas. 
•Utilizar diversas consignas. 
•Registar tudo.
→ análise
•observar temática – aquilo que o sujeito diz
 Dinâmica – aquilo que o sujeito faz 
 Produto- aquilo que o sujeito produz
• dimensão afetiva: distração, inadequação de postura, desatenção, fuga, condutas defensivas de medo, resistência a tarefa, a ordens e a mudança; ordem e escolha de materiais; aparecimento de conditas reativas como ansiedade, choro, agressividade, etc. 
• dimensão cognitiva: leitura dos objetos e situações, utilização adequada dos objetos, estratégias, organização, planejamento, nível de pensamento. Postura, sua relação com material, iniciativa, exploração, organização, conhecimentos, passividade, impulsividade, tensão, aspectos psicomotores, conhecimentos, justificativas, vocabulário, etc. Registar tudo, comunicar que está fará registros durante a entrevista. Registre numa folha com 2 colunas ,sendo a da esquerda para as observações e a da direita para hipóteses. Visca: tudo o que ocorrer deve ser anotado. Esse é o primeiro sistema de hipóteses para Visca, que vai nortear o processo., e serão levantadas considerando 3 linhas de pesquisa: cognitiva, afetiva e orgânico-funcional. 
Feito isso, é possível fazer levantamento do 1º sistema de hipóteses, e ver se precisa avaliação complementar.
Semiologia, Visca propõe a análise dos sintomas relacionados à aprendizagem assistemática- “detenção global da aprendizagem”, ausência absoluta de uma conduta” e “existência de uma conduta que não alcançou pleno desenvolvimento, ou seja, dificuldade parcial” e à aprendizagem sistemática – “sintomas específicos” e “sintomas inespecíficos”.
→ OBSERVAÇÃO LÚDICA 
• brincar: há uma expressão de pensamentos e sentimentos, pode ser utilizada no 1º contato entre psicopedagogo e sujeito. Weiss denomina de sessão lúdica centrada na aprendizagem. A escolha do material é importante e deve considerar a faixa etária e devem estar numa caixa, 
→ materiais para a sessão de observação lúdica :
•jogos de tabuleiro conforme faixa etária
• jogos de construção
•fantoches
•sucatas
•miniatura de utensílios domésticos
•miniaturas de mobília
•miniaturas de animais, plantas, etc
• bonecos e bonecas
• automotores
• material de arte
• bolas de diferentes tamanhos
•peças de vestuário e adereços
→ aplicação e análise:
• apresentar a caixa e incentivar o uso espontâneo
• consigna inicial: que o sujeito pode usar os materiais para brincar como quiser
•psicopedagogo observa e registra informações, considerando escolhas, maneira como brinca e relação com o profissional. Se o sujeito pedir, pode brincar com ele, senão apenas observa e faça mediações se necessário. Ao termino da sessão faça a análise registrando hipóteses e impressões, que direcionarão as próximas sessões. 
→ ANAMNESE (ou entrevista histórica para Serafini)
No paradigma tradicional ou psicoeducacional uma avaliação tem inicio com a anamnese, que consiste em uma entrevista realizada com pais ou responsáveis na qual se faz um levantamento de dados. Com roteiro, mas aberto. Dados que não podem faltar: identificação, concepção e gestação, fatores pré-natais, neonatais, desenvolvimento nas diversas fases e áreas (psicomotora, cognitiva, afetiva, social, física), doenças e intercorrências, atendimentos médicos e outros especialistas, histórico escolar e familiar, dados sobre a queixa e outros sintomas. Preferencialmente os pais devemcomparecer juntos, mesmo que estejam separados. Seus companheiros podem ser ouvidos também em outra sessão. OUVIR E NÃO JULGAR.
Observar como os pais falam do filho, pontos de discórdia, dúvidas, desconhecimentos, lapsos de memória, expressões verbais e não verbais, silêncios e vacilações. 
Na epistemologia convergente a anamnese é realizada mais tarde, após a coleta de dados e hipóteses levantadas. 
A função da anamnese é confirmar o segundo sistema de hipóteses.
Para Weiss, a anamnese integra passado, presente e futuro reconstruindo a história familiar. Ela propõe a utilização após a Efes.
Os dados coletados nos auxiliam no levantamento de possíveis causas das dificuldades apresentadas pelo sujeito e no fechamento do diagnóstico. 
AULA 2
Tema 1: As provas do diagnóstico operatório (provas piagetianas ou provas operatórias) permitem investigar o nível de pensamento do sujeito: como se organiza sua estrutura cognitiva, como ele se relaciona com os objetos do conhecimento, como o conhecimento se constrói, como ele aprende.
 Para utilizá-las no diagnóstico é fundamental conhecer a epistemologia genética, seus conceitos, o método clínico e as fases do desenvolvimento, conhecimentos que possibilitarão sua aplicação e análise. 
→ Piaget e o método clínico: Piaget elaborou suas pesquisas com o intuito de compreender como se processava a construção do conhecimento pelo sujeito. Lopes diz que Piaget queria investigar “como um sujeito passava de um estado menor de conhecimento para um estado cada vez mais rico, mais elaborado e mais complexo”.
Método clínico – caracterizado por questões que não são fixas, além das provas: apresentava aos sujeitos perguntas específicas, adaptadas em função das respostas dadas. Não se usa todas as provas, mas se seleciona as que possibilitarão a investigação do processo de aprendizagem do sujeito específico considerando a queixa.
O levantamento de dados sobre a estrutura cognitiva do avaliando propicia ao psicopedagogo compreender suas condições estruturais para aprender, possibilitando a organização do processo corretor, que será desenvolvido na intervenção pedagógica, e a organização da devolutiva e das orientações nela contidas. 
→ estágios de desenvolvimento de acordo com Piaget:
•sensório motor: do nascimento até aproximadamente 18 a 24 meses. Condutas inteligentes mas sem pensamento pois não representa mentalmente suas ações, sem recordar ou planejar ações futuras. Explora o meio que o cerca por meio de esquemas de ação sensório motoras – segurar, apertar, morder, etc- que lhe permite conhecer e estabelecer conceitos ao uso que faz do objeto (gira-não gira, maior-menor, etc). O jogo do exercício psicomotor caracteriza essa fase.
•estágio pré-operatório: 2 a 7 anos. A linguagem oral marca o início. Davis e Oliveira dizem que o pensamento nessa fase é egocêntrico, “rígido e não flexível que tem como ponto de referência o próprio sujeito”. Faz de conta, jogo simbólico, animismo.....
• estágio operatório concreto: 7 aos 11 ou 12 anos. Pensamento lógico, precisa de materiais e exemplos concretos, sem pensamento abstrato. Ações internalizadas se tornam reversíveis e o pensamento se torna menos egocêntrico, baseando-se mais no raciocínio que na percepção. Real e imaginário são percebidos distintamente. Desenvolvimento da noção de conservação: quantidade, massa, líquido, peso e volume. Davis e Oliveira: é capaz de classificar, ordenar, seriar, entre outras noções. 
• operatório formal: libertação do pensamento em relação a realidade concreta, hipotetizar, deduzir. Grau máximo de desenvolvimento cognitivo.
→ tema 2: aplicação das provas do diagnóstico operatório
Visca: importância de se aplicar as provas operatórias somente após o estabelecimento de um vínculo entre o sujeito e o examinador e o levantamento de hipóteses que serão investigadas.
As provas de diagnóstico operatório classificam-se em provas de conservação, provas de classificação, prova de seriação, provas de pensamento formal e provas de espaço.
São instrumentos informais , desenvolvidos por Piaget e seus colaboradores, utilizados para avaliar aspectos cognitivos, confirmando ou não o primeiro sistema de hipóteses e viabilizando o levantamento de novas hipóteses.
Os materiais para a aplicação das provas podem ser confeccionados pelo examinador, o que fomenta a criatividade, os conhecimentos, o planejamento e a afetividade.
A seleção das provas é feita pelo examinador considerando a faixa etária do sujeito, a queixa formulada e as hipóteses levantadas.
	Idade
	prova
	6 anos
	Conservação de pequenos conjuntos discretos de elementos
Seriação de bastonetes
	7 anos
	Conservação de pequenos conjuntos discretos de elementos
Quantidade de matéria; comprimento; superfície e líquido
Seriação de bastonetes
 Espaço unidimensional
	8-9 anos
	Conservação e quantidade de matéria; superfície
Comprimento; liquido e peso
Dicotomia ou mudança de critério
Inclusão e interscecção de classes
Espaço unidimensional e bidimensional
	10-12 anos
	Conservação de matéria; comprimento; superfície
Líquido; peso e volume
Dicotomia ou mudança de critério; Inclusão e intersecção de classes
Espaço unidimensional e bidimensional
	12 anos
	Conservação de volume
Pensamento formal; combinação de fichas, permutação de fichas
Predição
Espaço tridimensional
Material: acondicionado numa caída, separados por embalagens e etiquetas. Organizar os materiais é tarefa fundamental para a formação do psicopedagogo.
→tema 3: provas de conservação:
As provas de conservação têm uma estrutura que as aproxima e sua aplicação, bem como as estratégias do aplicador e as condutas do sujeito avaliado, são comuns, de acordo com Visca. Eis as estratégias do aplicador:
•solicitação de igualdade ou diferenciação inicial
• apresentação de um argumento hipotético
•questionamento sobre a igualdade ou diferenciação inicial
•mudanças experimentais e seu aumento ou diminuição
•questionamentos e solicitações de argumentos explicativos
•contra-argumentações
• verificação empírica e retorno empírico
•questionamentos de quoticidade
Quanto à conduta do sujeito avaliado tem-se:
• estabelecimento de igualdade ou diferenciação
• resposta não conservadora, conservadora sem argumentos e conservadora com argumentos de identidade, reversibilidade ou conservação
• justificativa das contra-argumentações
→conservação de pequenos conjuntos discretos dos elementos
Investiga a conservação de quantidades descontínuas, avaliando a noção de números. Matéria: 10 fichas redondas vermelhas e 10 fichas redondas azuis. O avaliador pede que o avaliando escolha um dos conjuntos de fichas e dispõe sobre a mesa 8 fichas, deixando 2 de lado. Pede-se que o examinando faça uma fileira com o mesmo tanto de fichas. Anotar a conduta do sujeito. Dispor os elementos para ter certeza de que o coloca igual. Se faz modificações, deformações. Pergunta-se sempre ao sujeito se tem a mesma quantidade. Respostas podem ser:
• não conservador: 5-6 anos – erra todas as transformações ou acerta apenas a quoticiade
• intermediário: julga igualdade em algumas coleções e em outras não, ou dá respostas conservadoras em todas e muda após a contra-argumentação
•conservador: a partir dos 7 anos- faz a conservação com uma ou mais das seguintes argumentações: tem o mesmo pq nada foi colocado ou tirado;– compensação: está mais comprida mas tem mais espaço entre elas, ou está mais curta pq tem menos espaço; reversibilidade: a gente pode voltar a fazer como no começo.
→conservação de superfície
2 gramados vazios, verdes, colocar 6 casinhas em cada, dispostas de formas diferente. Colocar uma vaquinha em um pasto. Perguntar:
“vc acha que tem mais pasto neste ou no outro gramado?” a partir da resposta, contra argumentar e ir colocando casas uma de cada vez em cada gramado até que ambos tenham o mesmo número na mesma posição.
A transformação a seguir é “espalhar” as casas em um dos gramados e fazer a pergunta de conservação, contra-argumentando.• não conservador: 5-6 anos – global – o examinando não acerta a conservação diante da modificação espacial
• intermediário: 5-7 anos: articulado- o examinando demonstra um conflitoentre percepção e razão
•conservador: a partir dos 7 anos –operatório concreto – o examinando é capaz de compreender que os espaços livres são iguais. 
→conservação de líquidos
2 copos do mesmo tamanho e mesma altura, um copo estreito e alto e um largo e baixo, de vidro ou plástico transparente, 4 copos idênticos com cerca de ¼ do volume dos 2 primeiros copos e 2 garrafas transparentes com liquido colorido, de cores distintas. 
Mostrar ao avaliando os 2 copos idênticos e perguntar se são iguais. Em seguida pedir que coloque um tanto de liquido de uma das garrafas num dos copos. O avaliador coloca o mesmo tanto na outra. Pergunta se tem mais, igual ou menos liquido, pede que explique e questiona com contra-argumentação. 
Depois pede que o sujeito ponha o liquido de um dos copos no copo mais alto. Pergunta se tem mais, igual ou menos liquido, pede que explique e questiona com contra-argumentação. E assim com os demais.
Avaliação:
• não conservador: 5-6 anos – em todos os transvasamentos o sujeito considera a quantidade maior ou menos, mas nunca igual. As contra-argumentações não alteram sua resposta
• intermediário: 5-7 anos: as respostas oscilam entre conservação e não-conservação. Às vezes, quando do retorno empírico, pode responder demodo conservador, contudo, suas explicações não são claras ou completas.
•conservador: a partir dos 7 anos – o sujeito considera iguais em todos os trasnvasamentos, apresentando os seguintes argumentos: identidade “tem o mesmo pq nada foi colocado nem tirado”; reversibilidade “é o mesmo tanto pq podemos colocar no anterior”; compensação “ o copo é mais baixo mas é mais largo”.
→conservação da matéria
2 massinhas de modelar de cores diferente. Pede ao sujeito pra identificar a forma e as cores. Depois fazer 2 bolas. Novamente pergunta se tem a mesma quantidade. Ai vai se modificando uma delas, achatando, alargando, dividindo, sempre perguntando se tem a mesma quantidade e contra-argumentando. 
Níveis de resolução: 
• não conservador: 5-6 anos – diante de todas as transformações uma da quantidades é considerada menor do que a outra, mesmo após as contra-argumentações e o retorno empírico.
• intermediário: 5-7 anos: as respostas oscilam entre conservação e não-conservação, diante das deformações e/ou contra-argumentações.
•conservador: a partir dos 7 anos – considera as quantidades constantes frente às transformações e contra-argumentações, apresentando os seguintes argumentos: identidade “tem o mesmo tanto, pq nada foi tirado nem colocado”; reversibilidade “tem o mesmo tanto, pq podemos fazer a bola denovo”; compensação “parece maior, mas é mais fina, portanto, tem a mesma quantidade”. 
→conservação de comprimento
2 correntinhas, uma maior outra menor, e 2 miniaturas de animais. Colocar as corrente uma ao lado da outra e perguntar o que vê. Depois dizer que as correntes serão caminhos e pergunta se o animla de cada corrente andará mais ou menos ou o mesmo tanto. 
Na 1ª transformação fazer curvas coma corrente maior de maneira que o início e o fim coincidam. Perguntar qual caminho andará mais, menos ou o mesmo tanto. Independentemente da resposta, contra-argumentar. Retorno empírico, segunda transformação deixando um dos caminhos muito menor. 
Respostas:
• não conservador: 5-6 anos – qdo as extremidades coincidem o examinando julga ter o mesmo tamanho
• intermediário: 5-7 anos: em um dos questionamentos a resposta é conservadora, em outro,não, e os argumentos são incompletos
•conservador: a partir dos 7 anos – o comprimento é sempre conservado e as respostas podem ser: identidade “é a mesma coisa, só foram feitas curvas”; reversibilidade “se estivarmos como antes, esse será maior”; compensação “terminam no mesmo lugar, mas este tem mais curvas ( operatório concreto)”. 
→tema 4: provas de classificação
Visca considera que as provas de classificação tem uma estrutura comum, embora em uma delas haja a manipulação do material e nas outras duas apenas a formulação de respostas verbais. 
→ dicotomia ou mudança de critério
Avalia a capacidade de classificar objetos e utiliza 10 círculos (5 vermelhos e 5 azuis) de 2,5cm de diâmetro, 10 círculos (5 vermelhos e 5 azuis) de 5cm de diâmetro, 10 quadrados (5 vermelhos e 5 azuis) de 2,5cm de lado, 10 quadrados (5 vermelhos e 5 azuis) de 5cm de lado e duas caixas de papelão. 
Pedir que a criança classifique por 3 vezes de forma diferente (cor, tamanho, forma), colocando dentro das caixas em cada vez. 
Níveis de resolução: 
• coleção de figuras – 4-5 anos: não consegue classificar todos ou dá às figuras apelidos como trenzinho, casinha (intuitivo global)
•início das classificações – 5-6 anos: constrói pequenas coleções não figurais, mas justapostas, sem ligação entre elas (intuitivo articulado)
• dicotomia: pelo menos 2 critérios são efetuados e o terceiro pode ser descoberto por questionamento do aplicador (operatório concreto – 3 critérios).
→ quantificação da inclusão de classes
Visca propões 10 margaridas e 3 rosas vermelhas. Podem ser outras flores ou objetos na mesma quantidade. Pergunta-se se o sujeito conhecer as flores, pedindo que as nomeie. Questionamentos:
•as margaridas são flores?
•as rosas são flores?
• neste ramo, há mais margaridas ou mais flores? Como vc sabe?
•se eu dou pra vc as margaridas, o que sobra no ramo?
• eu vou fazer um ramo com todas as margaridas, e vc, com todas as flores. Quem terá o ramo maior? Como vc sabe?
A avaliação é realizada considerando os níveis de resolução:
• ausência de quantificação da inclusão – 5-6 anos: o examinando não é capaz de comparar o número de elementos de uma subclasse e o de uma classe. As perguntas sobre subtração das subclasses são incorretas.
•conduta intermediária: 5-7 anos – apresenta dúvida quanto à terceira questão. Acerta a quarta e a quinta questões.
• conduta de quantificação inclusiva: 7-8 anos- acerta todas as questões.
→ intersecção de classes
Avalia a capacidade de identificar, em um conjunto de elementos, atributos que o façam pertencer a outros conjuntos também. São utilizadas 10 fichas (5 vermelhos e 5 azuis) de 2,5cm de diâmetro, 5 fichas quadradas vermelhas de 2,5cm de lado e uma folha de papel com o desenho de dois círculos que se intercecionam, um preto e um amarelo. 
O material deve ser disposto da seguinte forma →
Visca descreve a aplicação desta prova destacando as questões que devem ser formuladas e os níveis de resolução:
•nomeie as peças que vc vê
•pq vc acha que essas fichas estão no meio?
• há mais fichas azuis ou mais fichas vermelhas ? como vc sabe?
• há o mesmo tanto, mais ou menos fuchas quadradas ou vermelhas?
• o que tem no círculo preto? O que tem no círculo amarelo?
• há a mesma quantidade, mais ou menos fichas redondas do que fichas vermelhas?
• há a mesma quantidade, mais ou menos fichas quadradas do que fichas vermelhas?
Considerar os níveis de resolução na avaliação:
• não intercecção: 4-5 anos- as perguntas 4 e 5 são compreendidas
• intermediário : 6 anos – responde corretamente as perguntas 6 3 7, mas erra as questões 4 e 5
• intercecção: 7-8 anos – acerta todas as perguntas.
→tema 5- prova de seriação e provas de pensamento formal
Avalia a capacidade de classificar, seriar e ordenar objetos em ordem crescente e decrescente (tamanho, menor para maior e maior para menor).
Já as provas de pensamento formal requerem a capacidade de abstração e avaliam, por meio de combinação, permutação e predição de fichas, o sistema de lógica proporcional.
→ seriação de bastonetes
Weiss lista os materiais: 10 bastonetes de 16 a 10,6 cm de comprimento com diferença de 0,6 cm , um bastonete de 13,3 cm e um anteparo confeccionado de papelão. Mostrar os bastonetes fora de ordem, para que os explore. Depois pedir que ordene, lado a lado, do maior para o menor, ou do menor para o maior.Se não conseguir, demonstre com 3 bastonetes.
Anote tudo o que fizer: ordem da escolha, com faz a escolha, como a série fica no fim. Concluída a série, peça que coloque o bastão intermediário sem desmontá-la. Se houver êxito na organização da série de bastonetes, o examinador mistura, coloca o anteparo e pede que o examinando dê a ele um bastão de cada vez para formar a série em ordem crescente ou descrente. 
• ausência de seriação: 4-5 anos – não entende a ordem ou coloca 2 bastões em posições diversas; esboça séries, formando duplas ou tris; faz uma série, mas sem considerar a base.
•conduta intermediária: 6 anos – consegue ordenar do maior para o menor ou vice versa, fazendo diversas tentativa em que corrige os erros cometidos. É capaz de colocar o s intermediário mas não de montar a série atrás do anteparo.
• método operatório: 6-7 anos – constrói a série em ordem direta ou inversa, considerando a base, sem o anteparo e com o anteparo, colocando também o bastonete intermediário. 
→ combinação de fichas
6 fichas redondas (2,5cm de diâmetro), uma de cada cor. Weiss
Pedir ao examinando que faça o maior número possível de pares com as seis fichas, combinando de 2 a 2 (30). É importante observar e registrar com o sujeito chegou ao resultado, o que foi dito e se registrou sua tentativas na folha de papel disponibilizada. 
Avaliação:
• ausência da capacidade combinatória: qdo o sujeito não consegue descobrir a possibilidade das combinações. Faz tentativas aleatórias sem obter êxito.
• combinações incompletas: descobre a possibilidade de combinar fichas ao operar sobre elas, contudo, sem prever o número de combinações.
• condutas operatórias com capacidade combinatória: consegue antecipar as possibilidades combinatórias utilizando um método exaustivo e ordenado do trabalho. Descobre as 30 combinações. 
→ permutação de fichas
4 ou 5 fichas redondas de cores diferentes.
O examinando deve construir com a 4 fichas todas as permutações-combinações possíveis (Weiss). Registrar método de trabalho e comentários. 
Níveis de resolução:
•ausência da capacidade de permutação: qdo o sujeito não percebe as possibilidades de permutação, sendo grosseiras suas tentativas.
•condutas intermediárias: as permutações são incompletas, fazendo aproximações sem generalizações.
• realiza todas as permutações possíveis: faz, de modo ordenado, por exemplo, A/B, C/D; A/B, D/C, enfim, totalizando as 24 permutações possíveis.
AULA 3
→tema 1 : provas projetivas psicopedagógicas – Visca – são provas que o sujeito desenha e por meio da análise destes é poddivel conhecer vínculos afetivos.
Para avaliação da dimensão afetiva – objetivo e investigar os vínculos estabelecidos pelo o sujeito com a escola, a família e consigo mesmo. Consiste em desenhar, e, por meio da análise deste, da observação atenta da temática, da dinâmica e do produto, é possível conhecer seus vínculos afetivos. Prestar atenção ao diálogo qee se estabelece a partir do desenho, qdo o sujeito explica seu desenho mas fala de si, da escola, dos colegas, da família, expressa seus pensamento se sentimentos. 
O desenho é uma atividade gráfica que representa uma forma de linguagem projetiva: sujeito comunica seus pensamentos e sentimentos e os organiza simbolicamente.
CAlberg- conta a origem das provas, qdo Visca veio ao Brasil e percebeu que os testes usados na argentina aqui não poderiam ser usados por psicopedagogos pois eram próprios só de psicólogos então desenvolveu os testes projetivos. 
Material: folhas brancas, lápis, borracha, apontador. 
Objetivo: investigar o 1º sistema de hipóteses e obter dados sobre a dimensão afetiva, mas também sobre a cognitiva e aspectos psicomotores .
→domínio escolar 
	Par educativo
	Eu e meus colegas
	A planta da sala de aula
	Investiga o vinculo do sujeito com a aprendizagem. Solicitar que desenhe 2 pessoas, uma que ensina outra que aprende. Conversar sobre o nome das pessoas, idade, que dê um título ao desenho e relate o que acontece nele. Conversar e obter dados para o diagnóstico. Registar a dinâmica e a temática. Observar: utilização do espaço, maneira de segurar o lápis, tipo de traçado, posição, distância, perspectiva, ambiente (escolar ou extra) e característica corporais, título e relato, conteúdo, relação com o desenho e o título
	A partir dos 7 anos
Se desenhar com os colegas. Pedir nomes, idade e que fale sobre eles. 
Considerar a utilização do espaço, traçado, tamanho, posição, inclusão do professor, relato
	Conhecer o campo geográfico da sala.
Pedir que desenhe a sala. Que marque seu lugar, pq senta nesse lugar, se gostaria de sentar em outro, quem senta nos outros e que fale sobre eles, fazer perguntas.
Observar: análise, espaço, posição, traçado, tamanho, disposição, localização, perspectiva e relato
→domínio familiar
	A planta da minha casa
	Os quatro momentos de um dia
	Família educativa
	Conhecer o campo geográfico de onde vive e sua localização neste espaço. Aplicar a partir de 8 anos.
Que desenhe a casa, coloque nome nos cômodos, mostre os quartos e de quem são, mostre onde dorme, se quer dormir em outro quarto, dividir com outra pessoa. Que justifique as respostas. Perguntar quais locais da casa gosta mais e pq. Perguntas complementares.
Observar: uso do espaço, traçado do lápis, tamanho, inclusão ou não de pessoas, aberturas, espaços representados, localização dele no desenho, comentários sobre o lugar onde dorme, como foi escolhido, local de estudo, local de reunião da família e o relato feito.
	A partir de 6 anos, avalia os vínculos do sujeito ao longo do dia. Dividir a folha em 4 partes, dobrando-a e pedir que o sujeito faça a mesma coisa. Pedir que desenhe os quatro momentos do dia da hora que acorda a hora que vai dormir. Conversar sobre o desenho e pedir que o sujeito fale de cada momento. Que detalhe cada cena e questionar a partir dos relatos.
Análise: considerar espaço, traçado, respeito e compreensão da consigna, escolha dos momentos e ordem cronológica, atividades realizadas, pessoas inclusas, campo geográfico das cenas, objetos nos espaços, detalhes, sequencia espacial e temporal, sequencia de relatos, discrepâncias
	Analisa o vínculo de aprendizagem coma família e seus componentes, a partir dos 6 anos. Deve desenhar a família fazendo o que cada um sabe fazer. Escrever nome e idade de cada um. Questionar o que cada um está fazendo e fazer as perguntas. 
Observar: uso de espaço, traçado do lápis, tamanho, posição, distância, perspectiva, características corporais, contexto, relato.
→domínio consigo mesmo
	O desenho em episódios
	Fazendo o que mais gosta
	O dia do meu aniversário
	Nas minhas férias
	Visca- a partir dos 4 anos - avaliar delimitação da continuidade da identidade psíquica em função da análise da qualidade dos afetos expressos na relação com o tema escolhido, a articulação dos aspectos sociais e relacionais. 
Dobrar a folha em 6 partes, na frente do sujeito. Que desenhe uma história de menino ou menina que tem um dia para fazer o que quer, da hora que sai de casa até voltar. Enquanto apresenta a consigna, mostrar o 1° e o 6° espaços na folha dobrada. Solicitar que conte o que desenhou e fazer perguntas. Observar: uso do espaço, traçado, tamanho, tempo e espaço, detalhes, tema, elementos relacionais e sociais, relato
	Investiga o que o sujeito mais gosta de fazer. A partir dos 6 anos. Que desenhe o que mais gosta de fazer. Pedir que relate o que desenhou e fale sobre a atividade. Observar: espaço, traçado, tamanho escolha do tema, detalhes, presença de pessoas, mudanças e indecisões, relato
	A a partir dos 6 anos.
Reconhecer a representação que o sujeito tem de si e do contexto físico e sociodinâmico em um momento de transição de uma idade para outra. Desenhar o dia do aniversário. Perguntar quem é o aniversariante, idade, se houver quem são as outras pessoas e idades, relação com o aniversariante, o que aconteceu no dia. Doutras questões que surgirem.
Analisar: espaço, traçado,tamanho, posição, espaço geográfico, relações. Detalhes e relato
	A partir dos 6 anos
Analisar o tipo de atividade escolhida ou desenvolvida durante as férias escolares.
 Solicitar que represente o que fez ou faz em suas férias, como se fosse fotografia. Pedir que relate o que desenhou e fazer perguntas.
Observar: espaço, traçado, tamanho, respeito à solicitação, atividade representada, inclusão de pessoas, detalhes, campo geográfico e relato
→elementos de análise
Análise dos desenhos – fazer com cuidado e responsabilidade, nunca isolado.
→tema 2: oficinas psicopedagógicas – investigam as dimensões afetiva e social, recurso que possibilita conhecer o sujeito, investigar sua relação consigo mesmo, com os colegas e com o conhecimento. 
Recursos de avaliação psicopedagógica clínica, desde que a escola permita.
Grassi: “local e espaço de trabalho, onde aprendente e ensinante estabelecem um vínculo afetivo especial e uma relação dinâmica”. Conhecimento, afetos e pensamentos se expressa, podendo ser utilizada tanto na avaliação quanto na intervenção. Recurso que possibilita conhecer o sujeito, investigar sua relação consigo mesmo, com os colegas e com o conhecimento. Observar como interage em atividade coletiva com os colegas e frente a tarefas e deafios, como expressa sentimentos e se comunica, movimentos, ações, dificuldades, habilidades, funções psicomotoras, funções psicológicas superiores (atenção, concentração, memória, pensamento, linguagem, raciocínio lógico, entre outras). 
→ planejando a oficina
Contatar escola, obter autorização, agendar dia, apresentar planejamento, deixar claro objetivo, solicitar espaço e tempo para realização. Sugestão de roteiro (Macedo, Petty e Passos):
• escolher tema ou título
• formular objetivos relacionados a avaliação
•definir público – quem e quantos
• listar materiais, tempo,, data, espaço e que dinâmicas serão desenvolvidas
•definir função do psicopedagogo, conteúdo ou função que se quer observar
• como avaliar os resultados.
→ Proposta de Torres – 3 momentos
	1-Hora da roda
	2-Jogo do dia
	3-cantinhos
	Rodinha sentados no chão, profissional apresenta o tema a partir do que quer investigar (20min)
	Jogo de regras ou desafio escrito que requer a participação coletiva na resolução de uma situação problema, envolvendo funções ou conteúdos que se quer investigar. Observação da dinâmica e temática possibilita coletar dados que irão auxiliar no fechamento do diagnóstico, confirmação de hipóteses e levantamento de outras: o que o sujeito faz, como se relaciona, expressão facial, corporal e verbal, além da simbólica. Analisar o produto da atividade, oque fizeram (50 min)
	4 cantinhos na sala com materiais diversos (livros, material de desenho e escrita, outros) e cada um escolhe o que quer fazer e com quem. Observar as escolhas feitas, a formação dos grupos, isolamento, dinâmica e temática. (20min)
→ Proposta de Grassi – 4 etapas
	1-sensibilização
	2-desenvolvimento
	3-fechamento
	4-avaliação
	Estabelecer e estreitar vínculos. 15 a 20 min- dinâmicas de grupo pensando no que se quer observar
	Construções psicopedagógicas- atividade principal – 50 min. Pode ser jogos, dinâmicas de grupo, dramatização, música, dança, etc. observar as dificuldades e habilidades do sujeito, interações, colocando em movimento as funções necessárias ao processo de aprendizagem pensando no que se quer observar
	15 min- propiciar a elaboração das experiências através de dinâmica de grupo, relaxamento, reflexão, etc. depende da faixa etária e do que ser quer observar
	Avaliar as vivências. Pode ser feita por meio de conservação, representação simbólica, palavra, mensagem, dependendo do grupo. Máximo 10 min
→ observação na escola
Traz informações importantes. Observar é olhar atentamente para compreender uma situação, um sujeito, uma realidade, fato ou contexto. Exige tempo, treino, preparo, cuidado e sensibilidade. A necessidade da observação ou não virá do levantamento de hipóteses. Depende da autorização da escola e dos pais.
Se permitido, agendar data, horário, definir duração e espaço. Nunca faltar ou desmarcar. O sujeito deve saber da visita. 
Permanecer em silêncio, fazer registros, não interferir na rotina da aula. Organizar roteiro com o que é importante observar com base nas queixas e nas hipóteses levantadas na EOCA, mas também pode ser uma observação exploratória, registrando dados que podem ser complementados por uma entrevista.
→ entrevista com a escola – norteadas pela queixa e pela EOCA
Realizar entrevista com equipe pedagógica, professores e demais profissionais possibilita coleta de dados importantes. De novo: agendar, nãos e atrasar e não faltar. Se não for possível a entrevista, encaminhar uma ficha de referência ou questionário a ser preenchido pela equipe pedagógica e encaminhado ao profissional pelos pais. 
A entrevista é um instrumento de investigação e coleta de dados que deve ser registrada por escrito mas pode ser gravada se houver autorização. Pode seguir roteiro ou partir de questão mais ampla solicitando que falem sobre o sujeito relacionado a aprendizagem e desempenho escolar. Investigar o desempenho, como a escola o vê, relacionamento com colegas e professores e demais pessoas da escola, comportamento na aula, na realização das tarefas e outras atividades, participação da família e seu relacionamento com a escola e sal reação frente as dificuldades do filho.
→ análise do material escolar – consiste em conhecer esse material pelas mãos do sujeito avaliado
Observar os materiais utilizados na escola. Permite investigar hipóteses levantadas na EOCA, confirmar ou refutar hipóteses da dimensão funcional. O que será analisado não é o material em si nem a escola mas a relação do sujeito com o material. O material deve ser trazido em uma sessão específica.
O sujeito deve apresentar o material e o profissional observar a ordem em que foram apresentados, as escolhas, os comentários, as possíveis omissões e esquecimentos, ênfase dada a alguns materiais em detrimento de outro.
Outro dado que pode ser coletado através desta análise é a dinâmica escolar, organização dos materiais, a escolha destes em relação a sua concepção teórica, concepção de avaliação, bem como escrita, conteúdo, erros ortográficos, organização espacial e temporal, omissões, tarefas completas e incompletas, erros e correções, temas, vocabulário, operações aritméticas, apresentados ou não na queixa como sintomas.
Aula 4
→Tema 1 – dimensão funcional
Diz respeito ao funcionamento de todas as estruturas componentes do sistema que possibilitam ou criam obstáculos para o sujeito aprender. Possibilita o levantamento de obstáculos que interferem na aprendizagem – segundo sistema de hipóteses. Calberg: obstáculos funcionais – nível biológico e/ou orgânico(neurológico, oftalmológico, auditivo) e de nível estrutural (funcionamento da estrutura cognitiva e sua representação).
→ instrumentos para investigação da dimensão funcional – segundo sistema de hipóteses
Requer a utilização de testes. Alguns só psicólogos podem aplicar: Wisc, Raven, Colúmbia, HTPF, CAT, TAT, /bender, Pré-Bender, entre outros. Encaminhar para o profissional.
Testes informais: provas do diagnóstico operatório e provas projetivas psicopedagógicas que já estudamos. Também provas pedagógicas que analisam a linguagem verbal oral, verbal escrita, leitura e pensamento matemático.
É possível fazer uso de provas acadêmicas mas não é comum.
Há testes de triagem visual e auditiva como o Teste Visual de Snellen, Teste de discriminação auditiva e Teste de Sensibilização (Golbert). SE indicar algo, encaminhar para exames complementares: oftalmológica, audiométrica, processamento auditivo central, neurológica além de exames médicos específicos que possam contribuir par o diagnóstico e encaminhamentos de intervenção.
→ provas pedagógicas
Trazem informações sobre linguagem oral e escrita,leitura, interpretação, processo de alfabetização e pensamento lógico-matemático. Não se limita a conteúdo, mas considera as condutas referentes a expressão cognitiva e afetiva e investiga funções necessárias a aprendizagem dos conteúdos. 
→ investigação sobre o processo de aquisição da leitura e da escrita
Além das hipóteses levantadas na EOCA são investigadas em outros momentos. Para a sondagem da leitura e da escrita é preciso conhecer a pesquisa de Emilia Ferreiro e Ana Teberosky sobre a psicogênese da língua escrita, referência básica para o psicopedagogo.
→ Leitura
Realismo nominal: pode ser utilizado na avaliação quando a hipótese levantada estiver relacionada ao não domínio da leitura. É aplicada solicitando-se que o sujeito responda algumas perguntas. Ex: diga uma palavra grande. Pq é grande? – as palavras BALEIA e BALA são parecidas? Por quê? – diante do par de palavras BOI e ARANHA o examinador diz: nesses cartões estão escritas as palavras BOI e ARANHA. Em qual vc acha que está escrito BOI? E ARANHA? 
Identificação de vogais e junções de letra cursiva e letra impressa
Identificação do nome entre outros nomes escritos
Leitura com imagem: 1)apresenta-se à criança 7 fichas nas quais existe uma figura familiar e uma palavra escrita em letra cursiva e cx alta. Pergunta-se se há algo para ler. Em qual? O que está escrito? 
Leitura sem imagem: apresenta-se uma lista de 10 palavras e pergunta “o quê vc acha que está escrito em cada linha da ficha?”
Leitura de palavras simples em letra cursiva e impressa
Leitura de palavras complexas em letra cursiva e impressa
Interpretação de texto lido pelo examinador e de um lido pelo examinando
Leitura de palavras, frases, textos
Omissão, trocas, vocabulário
Discriminação fonética
Memória
Conceituação
Vocabulário
Repetição de frases
Leitura silenciosa
Compreensão global do texto
Vínculo com a leitura e seu significado simbólico
→ escrita
Durante a aplicação de outros instrumentos considerar: a) escrita do próprio nome – prenome e sobrenome; b) cópia e ditado cfme Emília Ferreiro; c)escrita espontânea e escrita de vogais e junções; palavras, frases e textos; d) omissões, trocas, inversões, vocabulário; e) tipo de traçado e letra; f) vínculo com a escrita e significado simbólico; g) postura; tensão ou relaxamento e concentração.
→ pensamento matemático
A investigação pode ser feita através de atividades lúdicas, jogos de regras, desafio e atividades específicas:
• leitura e identificação, escrita, sequencia de numerais até....
•associação de numeral a quantidade
 •noções de conservação; classificação; seriação; generalização e correspondência.
• operações aritméticas
• cálculo mental e escrito
• problemas 
É preciso considerar os aspectos emocionais envolvidos no processo de aprendizado. 
→ avaliação psicomotora
Desde o início do processo observa-se várias coisas: preferência lateral, se é destra ou canhota, pressão em pinça, na tesoura, no lápis, qualidade do traçado, uso de borracha, movimentos espontâneos, postura corporal, tônus muscular, equilíbrio dinâmico e estático, etc.
Ditado topológico (folha, papel e lápis de cor):
Que a criança faça: dividir a folha ao meio com traço preto, de um lado fazer circulo grande e vermelho, dentro um coração amarelo, fora, 7 traços azuis, etc, etc.
 Existem outros testes que podem ser desenvolvidos ou que colegas já desenvolveram.
CAlberg: EOCA psicomotora (semelhante a de Visca), questionário metacognitivo de Portilho, Inventário de Portilho Beltrami, Consciência fonológica – confias de Moojen, Sondagem de leitura e escrita de Ferreiro e TEberosky.
→ hipótese diagnóstica
3 níveis:
Semiológico: sintomas manifestos expressos na queixa, entrevista com pais e encaminhamento da escola
Patogênico: obstáculos epistêmicos, funcional , epistemofísico e epistemológico
Etiológico: prováveis causas que levaram a não aprendizagem
Matriz do pensamento diagnóstico: 
•Diagnóstico: compreender profundamente o sujeito em todas as dimensões e aos vínculos com a aprendizagem formal e informal. 
•Prognóstico
• indicações gerais
• indicações específicas
Após levantada a hipótese diagnóstica é necessário escrever o Informe Psicopedagógico que será encaminhado para os pais e escola. Isso é a Devolutiva – resultado da avaliação, orientações, encaminhamentos e prognóstico.
→ informe Psicopedagógico - Devolutiva
Considerar a quem se destina para adequar o vocabulário. Consultar o código de ética.
Itens que compõe:
Dados de identificação
Queixa ou motivo da avaliação
 período de avaliação e número de sessões
Instrumentos utilizados - listar todas as provas aplicadas. 
Análise de resultados – sintetizar
 Síntese dos resultados ou hipótese diagnóstica – sempre dar ênfase aos aspectos positivos
Prognóstico
Recomendações e indicações
Observações complementares
AULA 5
Tema 1 – o que é intervenção
→ intervenção psicopedagógica clínica - baseia-se nos resultados da avaliação diagnóstica, que norteiam a indicação da intervenção.
O que é:
• colocar-se nomeio, intervir, mediar. Processo em que há interferência do profissional na aprendizagem e/ou desenvolvimento do sujeito. 
Objetivos:
•COMPREENDER o processo de aprendizagem
• DESENVOLVER metodologias que possibilitem a aprendizagem
• ESTIMULAR o desenvolvimento de estruturas mais complexas
• RESGATAR a possibilidade de aprendizagem
• POSSIBILITAR a conquista da autonomia e do protagonismo no processo de aprendizagem e POSSIBILITAR o estabelecimento de vínculo afetivo positivo com a aprendizagem.
É preciso considerar uma série de fatores que auxiliam na implementação da intervenção e organiza o trabalho.
→ relação entre intervenção e diagnóstico- a intervenção é planejada com base no diagnóstico, o qual direciona as práticas que serão desenvolvidas. A investigação é feita na avaliação e esse resultado vai nortear a escolha dos instrumentos e o encaminhamento das atividades da intervenção.
→ especificidade da intervenção- a intervenção se apoia, principalmente, na demanda do sujeito e na escuta do profissional que precisa ser criativo no desenvolvimento do trabalho.
Tem que considerar dificuldades do sujeito, sintomas que apresenta. Há um espaço que permite escolhas por parte do sujeito bem como a manifestação do desejo de aprender. 
NÃO HÁ OBRIGAÇÃO DE TRABALHAR CONTEÚDOS ESCOLARES, mas as funções psicológicas superiores necessárias para a aprendizagem do conteúdo.
Se provoca o erro para ser elemento de análise que pode ser experimentado como algo natural do processo de aprendizagem, sem sofrimento. O sujeito precisa constatar o erro, tomar consciência dele, analisar para compreender e modificar estratégias. 
Não se deve enrolar, o sujeito precisa de uma intervenção rápida e eficaz.
É fundamental oferecer um espaço para a expressão simbólica de aspectos subjetivos por meio de brinquedos e jogos, produção de texto, oficinas pedagógicas, atividades de arte e outras. Espaço para brincar, imaginar, simbolizar.
Manter contato com a escola para acompanhar o processo. 
→ aspectos afetivos da intervenção – vínculo é condição essencial. A intervenção é um processo que vai sendo construído em etapas, numa relação mediada entre o psicopedagogo, o sujeito e o conhecimento. 
• É necessário planejar o processo de intervenção e acompanha-lo com cuidado, organizando etapas, prioridades, atividades, recursos e instrumentos .
•Haverá períodos mais ou menos produtivos. Propiciar situações limite, aumentando a tolerância à frustração, vivência e diminuição da ansiedade, resistências.
•Evitar situações iguais as que vive fora do contexto da intervenção.
•A aprendizagem precisa acontecer mas sessões mas também fora dela. 
•É preciso estabelecer vínculo com a família e a escola, manter contato sistemático. 
•A família precisa participar da intervenção.
Tema 2- o enquadramento e o setting psicopedagógico: espaço, tempo e técnica. 
• firmar novo contrato entre o profissional e a família. Define as constantes do enquadramento:CAlberg “ enquadramento é um conjunto de aspectos que organizam uma realidade. É um marco de referência, um caminho que é organizado, uma margem que contém e dá segurança.”
• Visca : constantes do enquadramento: tempo, espaço, frequência, duração, caixa de trabalho, interrupções e honorários. 
•o trabalho psicopedagógico de intervenção requer um espaço físico e emocional, um tempo e uma técnica, organizados de modo a representar uma concepção fundamentada em um referencial teórico específico, isso é setting:
SETTING – ESPAÇO, TEMPO E SUA ORGANIZAÇÃO TÉCNICA – sala consultório, mobiliário, material, espaço onde a intervenção vai acontecer. 
• Sala: clara, móveis adequados, quadro, livros, espelho, relógio, calendário, computador, armário para guardar os materiais e cxs pedagógicas. Visca: o espaço deve permanecer constante. Espaço emocional passa pelo ambiente seguro e agradável. 
• tempo: em torno de 50 min, salvo exceções. 
Tema 3 – visões de intervenção que articulam a psicanálise e a epistemologia genética
	Sara Pain
	Alicia Fernandez
	Vinh-Bang
	Articula a teoria psicanalítica com a espistemologia genética compreendendo a dificuldade de aprendizagem como um sintoma que precisa ser desvelado. A intervenção é sintomática, tratamento urgente, é situacional, baseada no que acontece nas sessões, é operativa pois acontece sempre com base em uma tarefa prática par a qual há uma instrução e uma orientação. Objetivo: desaparecimento do sintoma- interferir na causa. Intervir significa tratar , rapidamente mas dando ao sujeito o tempo necessário para que se aproprie do conhecimento e autovalorize. 
Intervenção baseada :
• organização prévia de uma tarefa - apresentação para o sujeito de uma tarefa que será guardada para revisão e análise 
 •graduação – adequação da proposta às possibilidades do sujeito para que possa realizar com autonomia
•na autoavaliação- toda tarefa tem uma finalidade específica e deve ser indicada claramente, para que o sujeito possa avaliar o que aprendeu, o que precisa ser retomado e o que não aprendeu percebendo que a satisfação vem do processo e não do produto final.
•na historicidade história do tratamento psicopedagógico do sujeito. Memória do processo.
•informação – é o que o profissional precisa dar ao sujeito para que possa operar suas estruturas.
• a indicação pode requerer também o assinalamento – modifica um comportamento na situação atual massa mudança só ocorre por meio de interações - e/ou 
Interpretação- o profissional trabalha com signos deixando claros pontos obscuros possibilitando a continuidade da intervenção. 
	Aborda as fraturas do processo de aprendizagem considerando corpo, inteligência e desejo.
Durante a avaliação procura desvelar as relações entre o aprendente e o ensinante, para compreender a relação do sujeito com o conhecimento nas 3 dimensões. 
A intervenção é desenvolvida por equipe multidisciplinar. 
Psicopedagogo: olhar clínico e e atitude que escuta o sujeito e traduz ou interpreta o que é trazido.
Olhar e escuta permitem perceber as fraturas presentes, relacioná-las aos acontecimentos anteriores, descobrir esquemas para ações, provocar repetição desses esquemas para fazer interpretações, mais das operações do que de seu conteúdo. 
A autora propõe o uso do jogo “jogo psicopedagógico” – Winiicott, onde o esapço para jogar é o espaço para aprender (ensinante-aprendente). 
	Winnicott – baseia-se em piaget para desenvolver a intervenção em 3 níveis:
Individual: preencher lacunas e corrigir atrasos
Coletivo: dar conta dos elementos negligenciados
Escolar: reduzir a desadaptação escolar.
Intervenção desenvolvida com produção do sujeito buscando compreender o processo de construção e não produto. 
Perceber o erro, analisar o processo possibilita a tomada de consciência das razões que levaram à não aprendizagem e ao fracasso. O mais importante não e o produto, as o processo. 
Uma pergunta mal formulada induz a uma resposta errada. Provocar o erro para que o sujeito tome consciência dele e desenvolva, com a mediação do profissional, um processo corretor.
 Tomar consciência do erro é um processo que tem início com a análise de alguns aspectos: objetivo da tarefa e da pergunta, compreensão do sentido da pergunta, reconstrução dos procedimentos que direcionaram a resposta e constatação do erro. Esse processo possibilita a análise e percepção para resolução.
Tema 5: a visão de Lino Macedo
Construtivista, fundamentada na epistemologia genética de Piaget.
Objetivo: desenvolver um trabalho que crie condições para que o sujeito possa e deseje c relações com o meio e com o conhecimento de modo operativo formal. Lopes – Macedo propõe a utilização de jogos de regras e intervenção para que o sujeito atinja o processo operatório formal -.
O profissional apresenta os desafios – sutuações-problema e acompanha o processo, questionando, mediando, argumentando, provocando ações, levando à tomada de consciência do erro, compreensão e consequências de suas ações e de seus limites e possibilidades. 
Aula 6
Visca - Epistemologia convergente de processo corretor – procura compreender a contribuição de aspectos afetivos, cognitivos e do meio sócio-educacional. Converge a influência de 3 campos: psicogenética, psicanálise e psicologia social.
processo corretor – conjunto de operações clínicas por meio do qual se facilita o aparecimento e a estabilização de condutas.
Recursos de intervenção (formas de o psicopedagogo operar durante as sessões e a realização das atividades ou tarefas pelo sujeito):
• mudança de situação – modificação de uma constante do enquadramento – quebra de rotina – leva à reflexão e ao encontro de alternativas
• informação com redundância ou não- recurso que indica ao aprendiz onde pode encontrar auxílio para resolver – estimula a procurar. Se for com redundância, significa acompanhar a informação com gestos incisivos, entonação especial ou repetição de palavras. 
• a mostra- intervenção não verbal, por meio de gestos e ações
• o modelo de alternativas múltiplas – oferece alternativas diferentes em situação de dependência ou paralisação. Desencadeador de ações
• o acréscimo de modelo- ampliar as formas que o sujeito já utiliza. 
• o assinalamento (verbalização de partes dos elementos) e a interpretação (verbalização mediante análise) - se relacionam à comunicação incompleta e completa sobre uma conduta.
• a explicação intrapsíquica – descrição que busca a compreensão dos sentimentos do sujeito, evidenciando-os diante das tarefas propostas por meio da fala. 
• desempenho de papéis- o aprendiz se coloca no lugar de outrem, representando um animal, uma pessoa.... a criança se transporta para situações vivenciadas. 
Barbosa acrescenta ainda :
•destaque do comportamento – comportamento atual como resultante de um processo evolutivo. 
• proposição do conflito- propões ao sujeito a responsabilidade pela solução, que faça como quiser.
• vivência do conflito – deixa o sujeito vivenciar situações sem que haja intervenção imediata.
• problematização – formula uma questão relacionada às ações e às situações vivenciadas no processo corretor para que o sujeito pense sobre elas. 
→ caixa de trabalho – Visca
Uma das constantes do enquadramento. Objetos utilizados para o desenvolvimento do processo corretor. É única, do sujeito, manipulada somente por ele. Nela são depositados, por meio de objetos, os conhecimentos do sujeito, seus medos, suas habilidades, suas dificuldades, seus sentimentos, suas angústias, entre outros aspectos.
Caixa: instrumentos (tesoura, lápis, etc), material estruturado (livros, revistas, etc), material não estruturado (argila, massa de modelar, etc) material semiestruturado (sucata, cubos de encaixe, etc).
Quando há predomínio da assimilação, a cx deve conter um material semiestruturado (para que não causem distração e acomodação) e vários estruturados.
Quando há predomínio da acomodação, escolher mais materiais semiestruturados eum estruturado com regras. 
Sempre observar a faixa etária. 
O sujeito recebe a cx vazia, sem decoração, como material em sacolas para saber que são novos. É convidado a organizá-la e personaliza-la. A partir de então a cx deve ficar guardada sempre no mesmo lugar , e fa´ra parte da história do aprendiz. Só se faz mudanças após acordos. 
Tema 2
→ projeto de aprender
Barbosa: instrumento de intervenção que parte dos interesses do aprendiz. Começa no enquadramento. Tem seis etapas: 
	Confecção de painel
	Descoberta do que é um projeto
	Escolha do tema
	planejamento
	execução
	avaliação
	Sobre o que já foi aprendido, o que se gostou de aprender e o que se deseja aprender. Cartolina e materiais. Após, conversa sobre
	 Mostrar fotos de outros projetos e conversar sobre eles, ressaltando a importância do desejo e do processo de aprendizagem
	 Conversar e discutir sobre gostos, interesses e desejos comuns
	 Como o projeto será organizado, materiais, tempo, o que será desenvolvido, par que serve, o que será aprendido. Registrar tudo
	Executa-se o projeto interdisciplinar em quantas sessões forem previstas. Processo mais importante que produto
	Verificar resultados , processo de construção e aprendizagens. Diálogo, reflexão crítica, análise e reelaboração
O projeto de aprender é um instrumento que poderá levar o sujeito a superar dificuldades de aprendizagem, conquistar autonomia, e integrar pensamento, movimento e sentimento. 
Tema 3 
→ jogos e brincadeiras
Muito importantes. Têm 5 características estruturantes (Macedo, Petty e Passos): prazer funcional, desafio, criação de possibilidades, simbolização e expressão construtiva.
Grassi: brincar e jogar possibilitam movimento de significação e ressignificação dos conhecimentos.
Barbosa e Barbosa: durante o processo corretor se utiliza brincadeiras espontâneas que favorecem a apropriação de conhecimentos, a expressão de sentimentos, a integração de ações e pensamentos, o aumento da autoestima, vivência da autoria e da autonomia. Há brincadeiras disparadoras, que provocam desequilíbrio, que estimulam a agir de modo a alcançar o equilíbrio, desenvolver funções e habilidades e perceber interesses.
A escolha da brincadeira é feita pelo profissional baseada nos resultados da avaliação diagnóstica, faixa etária, necessidades do aprendiz, interesses, dificuldades e mudanças que ocorreram.
Por meio do brincar o sujeito se desenvolve , aprende, organiza seu mundo interno e externo, expressa desejos, necessidades, pensamentos e sentimentos, desenvolve funções psicomotoras e psicológicas superiores, além da atenção e concentração, conquista segurança, independência e autonomia, estabelece vínculos, relações, interações competitivas, mas principalmente as cooperativas.
Brincadeira é mediada pelo profissional, que observa as ações e interações de modo a compreender o significado simbólico e fazendo as intervenções necessárias.
Fundamental é acompanhar o processo, observando, analisando, mediando e intervindo.
Há os jogos de exercícios, os jogos simbólicos e os jogos de regras, este último mais usado no processo corretor. 
Arceno e Crespo: 3 momentos em um processo de intervenção psicopedagógica: etapa lúdica- estabelecer vínculo, etapa semirreal- dificuldades e etapa real- enfrenta as dificuldades. 
Torres e Graci dizem que as oficinas psicopedagógicas podem compor 3 momentos: sensibilização, desenvolvimento e fechamento.
O encaminhamento dado pelo psicopedagogo no trabalho desenvolvido no processo corretor com jogos é fundamental para que se constituam efetivamente como recursos psicopedagógicos, oque acontece por meio da mediação em que atitudes operativas e intervenções subjetivas são feitas.
Tema 4
→ o material disparador
Objetivo: mobilizar o sujeito para buscar o conhecimento e a aprendizagem. É uma constante do enquadramento. Caixa de uso comum , não como a “caixa”. Vários materiais: o fundamental é considerar o sujeito que vai utilizá-lo de maneira que seja estimulante para seu processo de aprendizagem. 
O psicopedagogo apresenta uma consigna (instrução), que o orienta a usar o material como quiser. O profissional acompanha o trabalho, faz mediações e intervenções que compõe o processo corretor. 
O material disparador deve estar em cada sessão. Deve possibilitar a mobilização das estruturas mais complexas do pensamento. Observar atentamente o processo orienta o profissional a fazer as intervenções necessárias, principalmente às frente às resistências que eventualmente ocorrem.
Bosse sugere como disparador o material do próprio aprendiz. Inclui nas sessões o material escolar destacando que o objetivo é ensinar o sujeito a aprender em vez de ensinar conteúdo.
É fundamental conhecer os brinquedos e jogos disponíveis no mercado, o que podem oferecer, dominar estratégias. Também pode construir jogos ou modificar regras junto com o sujeito.
Por meio da compreensão que o sujeito possa superar os reveses, tomar consciência das estratégias utilizadas e de seus resultados. 
Tema 5
→caixa de areia e miniaturas
Küster – recurso auxiliar para o projeto de aprender e jogos.
Caixa de vidro com areia no fundo e miniaturas diversas, bonitas e feias. O sujeito é convidado a brincar com as miniaturas, compondo cenas para simbolizar, expressando conteúdos internos a partir dos cenários produzidos. Registrar em fotografias e guardar, depois ver com o sujeito possibilitando análise, reflexão e conversação. 
O psicopedagogo direciona seu olhar e sua escuta para a dinâmica e para a temática durante a construção do cenário e da história, analisando.
O aprendiz evolui em termos de organização, planejamento, criação, produção, estruturação e aprendizagem.

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