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APS - TRABALHISTA

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PROPOSTA DE SANEAMENTO TRABALHISTA PREVENTIVO.
A empresa possui mais de dois mil empregados sendo distribuídos em cargos de administração e operacionais, e possui um volume grande processos trabalhista direto ou indireto. Os processos trabalhistas indiretos são frutos da terceirização, sendo como consequência à responsabilidade subsidiária dos referidos contratos de terceirização.
Operacionalmente a empresa utiliza cartão de ponto manual onde se verifica marcação fixa, sem qualquer variação, o chamado “horário britânico”, o que tem gerado inúmeras ações trabalhistas com pleito de pagamento de horas extraordinárias. A Empresa não mantém com seus empregados acordo de compensação de jornada. 
Além de a Empresa figurar o polo passivo em diversas ações trabalhistas com o objeto de Assédio sexual e assédio moral. A relação de empregos e dá entre a empresa de prestação de serviços e o empregado por ela contratado, entretanto o empregado irá trabalhar na empresa contratante. A terceirização sempre foi proibida, e os julgados sempre consideraram que o vínculo era entre o trabalhador e a empresa tomadora, independentemente da existência de empresainterposta.
A súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho entendeu por terceirização lícita aquela que ocorria na atividade-meio da tomadora; Como, por exemplo, a que se dava nas atividades de vigilância, conservação e limpeza. Já ilícita, era a terceirização que ocorria na atividade-fim da tomadora ou, ainda, nas hipóteses em que restasse configurada a subordinação estrutural do trabalhador com o tomador de serviços.
Acontece, porém, que a reforma Trabalhista, aprovada pela lei 13.467/17, trouxe um conceito muito mais abrangente sobre a terceirização, ao assim conceituá-la em seu artigo 4º- A: "Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução." 
De acordo com a Súmula 331 do TST, o tomador de serviços responde subsidiariamente
Pelo inadimplemento das obrigações trabalhistas pelo empregador, desde que haja. Participado da relação processual, e não prove que zelou pelo cumprimento do contrato com a devida fiscalização.
Assim, exigir que o serviço terceirizado seja efetuado por pessoa específica descaracteriza a terceirização. A empresa tomadora pode exigir porsegurança a identificaçãodos trabalhadores que serão locados e mesmo o aviso de substituição para efeito de identificação, mas apenas para efeito de sua segurança
II. – Desconsiderar o passivo para pagamento por ocasião da penhora de bens;
Diante das demandas em que já houve penhora de bens, pode-se desconsiderar esse passivo no orçamento disponibilizado pela empresa, na ocasião da elaboração do cronograma, visto que, essas ações contam com meios de serem quitadas, e poderão ser negociadas futuramente, por ocasião da execução.
Nesse sentido, é importante considerar que esses bens que foram penhorados para o efetivo negócio da empresa, podendo a apresentar problema no fluxo de caixa, não conseguindo fechar acordo nessas ações, podendo ficar sem os bens, gerando assim um problema de grande proporção para o cumprimento de contratos com o cliente.
II. 1 - Dois cronogramas a partir de orçamento fornecido pela empresa para quitação do passivo;
Realizado o levantamento do passivo, é possível obter o número real do valor que a empresa tem para quitar seu passivo trabalhista. E posteriormente o estudo do projeto de trabalho para elaboração do cronograma de pagamento com base no orçamento disponibilizado pela empresa.
II. 2 – Dos procedimentos a serem adotados para o cronograma de quitação do passivo a buscar a tentativa de acordo diretamente com os reclamantes de todas as ações e verificar a responsabilidade contratual das prestadoras de serviço definida em contrato de trabalho para depois do pagamento feito nos acordos trabalhistas buscando ressarcimento de natureza civil.
Frente à apuração do presente passivo, há a possibilidade da empresa buscar um acordo direto com os reclamantes, através de seus mandatários, realizando um levantamento de eventuais mandatários comuns, para que consiga aperfeiçoar o valor final de todas as ações, sejam elas dos contratos de responsabilidade direta ou indireta. Após deve ser feita uma apuração das petições iniciais para analisar o que está sendo pedido em face aos contratos que foram celebrados para que seja feita a proposta dentro do orçamento disponibilizado pela empresa.
Devido à responsabilidade indireta doscontratos deterceirização e após aefetivação dos acordos com os reclamantes, a empresa poderá ingressar em juízo com ações de natureza cível para reaver os valores em face das empresas prestadoras de serviços que possui responsabilidade direta frente aos contratosde trabalho. No direito chamamos de direito de regresso. Posteriormente à empresa deverá realizar um levantamento das empresas prestadoras de serviço para analisar o contrato social e sua idoneidade, a fim de conduzir o distrato dos contratos com empresas que não possui condições de pagamento de verbas rescisórias e do trabalho, e que possui um volumoso passivo.
Verificar se as empresas com responsabilidade direta (prestadoras do serviço de terceirização) possuem condições (levantamento do patrimônio das empresascom responsabilidade direta) epretensão (total ou parcial) dearcar com opassivo.
Diante da reforma Trabalhista quealterou o artigo da lei sobre trabalho temporárioe quetrouxe uma conceituação ampla sobre os contratos de terceirização, conforme dispõe o artigo 4º-A da Lei n.º 6.019, de três de janeiro de 1974: Considera-se prestação de serviços a terceiros, a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível comasua “execução.”
Nessa linha, o artigo 4º - A, da referida lei indica que a empresa tomadora deve considerar a capacidade econômica de empresa prestadora de serviço.
Os olhos: perda anatômica ou impotência funcional demais de um membro de suas partes essenciais (mão e pé); entre outras. Redução de capacidade: É o retorno da capacidade laborativa do empregado; o mesmo retorna a sua atividade remunerada, mas o fará com capacidade parcial, ou seja, com restrições.
Morte: É óbito do trabalhador como consequência direta do acidente de trabalho. 
Há graves conseqüências do acidente de trabalho para todos os envolvidos, razão pela qual o ideal é buscar medidas preventivas para evitar o acidente de trabalho. É imprescritível observar as normas relativas à segurança e medicina do trabalho, ações suficientes para motivar os trabalhadores e protegê-los dos riscos inerentes a sua saúde e física. Por esta razão, há necessidade de inclusão de programas de qualidade de vida e benefícios, que atenda aos anseios dos funcionários e traga retorno de produtividade para as organizações; devem estar voltados para motivação e valorização do capital humano, desencadeando ações de comprometimento, qualidade e satisfação, evitando consideravelmente os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais.
VI- OS TRABALHADORES TERCEIRIZADOS RECEBEM REMUNERAÇÃO EM VALOR INFERIOR A 30% DOS EMPREGADOS CONTRATOS DIRETAMENTE APRESENTE SUA OPINIÃO JURÍDICA SOBRE ISSO E A SIMPLICAÇÕES DA CONDUTA DA EMPRESA.
É previstona Lei 6.019/74 em seu artigo 12, que os trabalhadores temporários façam jus à remuneração equivalente àquela percebida pelos empregados da empresa tomadora. Contudo, inexiste previsão semelhante em relação aos trabalhadores terceirizados.
A doutrina registra que a terceirização tende a viabilizar tratamento socioeconômico e jurídico inferior, criando diferentes classes de trabalhadores.
Assim, observa-seque os empregados diretos da tomadora possuem, em regra,salários superiores, contratos mais duradouros, mais benefícios, maior treinamento e qualificação em relação aos trabalhadores terceirizados. Nesse contexto, a interpretação sistemática do ordenamento trabalhista, espelhado nos Princípios da igualdade material e da não discriminação (Convenção 111/OIT e artigos5º, caput, 7º, XXX, XXXI e XXXII, da Constituição Federal e 461 da CLT), impõe a aplicação analógica do art. 12 da Lei 6.019/74 também aos trabalhadores terceirizados, de modo que lhes seja conferido tratamento isonômico em relação aos empregados da empresa tomadora de serviços.

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