Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FÍSICA EXPERIMENTAL II ENGENHARIA CIVIL ANA CLARA PEDRAS BUENO OSCILAÇÕES: ONDAS ESTACIONÁRIAS EM UMA CORDA CURVELO 2018 OBJETIVO: A prática teve por objetivo analisar experimentalmente a relação entre a força de tração em uma corda e o comprimento de onda de ondas estacionárias. Por fim, determinar, de forma experimental, a massa específica linear de uma corda (barbante). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Para realização do procedimento experimental, foi feita uma montagem utilizando um barbante, um gerador de abalos, um suporte com roldanas e um dinamômetro fixado em uma haste. Então, prendeu-se um lado do barbante no gerador de abalos e o outro no dinamômetro, passando por uma das roldanas do suporte. Em seguida, mediu-se o comprimento do barbante a partir da extremidade fixada no gerador de abalos, até o centro da roldana por onde se passava o barbante, o valor obtido foi de 𝐿 = (1,0810 ± 0,0005)𝑚 . Por fim, a fonte geradora de sinais foi ligada e ajustada em uma frequência de 30 𝐻𝑧. Assim, para as observações de diferentes números de ventres formados no barbante, foram realizadas alterações na tensão do barbante, movendo o suporte do dinamômetro. Os valores da tensão no barbante, referentes às observações de sete, seis, cinco, quatro, três e dois ventres, foram devidamente anotados, os comprimentos de onda foram calculados (a partir da equação: 𝜆 = (2𝐿 𝑛)⁄ ), e os resultados experimentais são apresentados na tabela a seguir: 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒𝑠 𝑛 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑛𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑑𝑎 𝜏(𝑁) 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑜𝑛𝑑𝑎 𝜆(𝑚) 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑜𝑛𝑑𝑎 𝜆2(𝑚2) 7 0,06 ± 0,01 0,3089 ± 0,0001 0,095419 ± 0,000006 6 0,10 ± 0,01 0,3603 ± 0,0002 0,1302 ± 0,0001 5 0,20 ± 0,01 0,4324 ± 0,0002 0,1870 ± 0,0002 4 0,34 ± 0,01 0,5405 ± 0,0003 0,2921 ± 0,0003 3 0,66 ± 0,01 0,7207 ± 0,0003 0,5194 ± 0,0004 2 1,50 ± 0,01 1,0810 ± 0,0005 1,169 ± 0,001 (Tabela 1: Resultados experimentais das tensões e dos comprimentos de onda, referente aos números de ventres.) Obs.: Para possível verificação das incertezas apresentadas na Tabela 1, o rascunho dos cálculos foi anexado ao final deste relatório. Os dados das tensões e dos comprimentos de onda apresentados na Tabela 1, foram inseridos em um software de análises gráficas, e obteve-se o seguinte gráfico da tensão (𝜏) em função do quadrado dos comprimentos de onda (𝜆2): (Figura 1: Gráfico experimental da tensão em função do quadrado do comprimento de onda.) O gráfico apresentado na Figura 1, expressa a relação entre a tensão no barbante (𝜏) e o quadrado do comprimento de onda (𝜆2), descrita pela equação: 𝜏 = (𝜇𝑓2)𝜆2 (1) Onde, 𝜇 é a massa específica linear do barbante e 𝑓 é a frequência aplicada ao barbante. Dessa forma, conclui-se que a relação (𝜇𝑓2) corresponde graficamente, à inclinação do gráfico da função linear (1). Sendo assim, a partir dos dados apresentados na Figura 1, tem-se que: 𝜇𝑓2 = (1,34204 ± 0,01746) ( 𝑘𝑔 𝑚 𝐻𝑧2) Que pode ser reescrito mais corretamente da forma: 𝜇𝑓2 = (1,34 ± 0,02) ( 𝑘𝑔 𝑚 𝐻𝑧2) (2) Observa-se ainda que, como expresso na Figura 1, tem-se que a interceptação da função linear com o eixo y é dado por: 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑐𝑒𝑝𝑡 = −0,0585 ± 0,00952 Onde, na verdade, dever-se-ia obter: 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑐𝑒𝑝𝑡 = 0 Tendo em vista que, um comprimento de onda nulo, se resulta de uma tensão nula. Já que quando não há tensão no barbante, não há uma efetiva propagação de onda no barbante. Observa-se, porém, que o valor obtido experimentalmente é um valor consideravelmente próximo do ideal, fato que qualifica o ajuste linear feito e consequentemente o procedimento experimental. Com o objetivo de determinar experimentalmente o valor da massa específica linear do barbante, tomaremos a equação (2) reescrita da seguinte forma: 𝜇 = (1,34 ± 0,02) 𝑓2 ( 𝑘𝑔 𝑚 ) Como a fonte geradora de sinais foi ajustada em uma frequência de 𝑓 = 30𝐻𝑧, tem-se que: 𝜇 = (1,34 ± 0,02) (30)2 ( 𝑘𝑔 𝑚 ) Logo, obtém-se que que o valor da massa específica linear do barbante é dado, experimentalmente, por: 𝜇 = (0,00149 ± 0,00002) ( 𝑘𝑔 𝑚 ) (3) Obs.: Para possível verificação do valor da incerteza apresentado no resultado anterior, um rascunho dos cálculos foi anexado ao final deste relatório. De modo a se obter uma segunda estimativa da massa específica linear do barbante, e dessa forma, comparar este valor com aquele obtido graficamente, retirou- se um segmento, de comprimento aleatório, do barbante utilizado. O segmento retirado foi medido, e posteriormente pesado em uma balança analítica, os valores do comprimento (𝑙) e massa (𝑚) obtidos foram, respectivamente, de: 𝑙 = (0,3000 ± 0,0005)𝑚 𝑚 = (0,00044 ± 0,00001) 𝑘𝑔 A partir dos dados apresentados anteriormente, tem-se que a massa específica linear do barbante é dada por: 𝜇 = 𝑚 𝑙 = (0,00044 ± 0,00001) (0,3000 ± 0,0005) ( 𝑘𝑔 𝑚 ) 𝜇 = (0,00147 ± 0,00003) ( 𝑘𝑔 𝑚 ) (4) Obs.: Para possível verificação do valor da incerteza apresentado no resultado anterior, um rascunho dos cálculos foi anexado ao final deste relatório. Comparando os dois valores obtidos da massa específica linear do barbante ( (3) 𝑒 (4)), observa-se que o desvio percentual do valor da massa específica linear, obtido graficamente, em relação ao valor obtido diretamente a partir do comprimento e da massa de um segmento do barbante é de (%∆𝜇) = 1,36 %, o que implica em um baixo desvio percentual, qualificando o procedimento experimental feito e satisfazendo os objetivos propostos. Vale destacar que, a balança analítica utilizada para medir a massa do segmento do barbante, apresentou estar descalibrada, fato que pode interferir sutilmente no valor da densidade linear do barbante, obtido através da razão entre a massa e o comprimento de seu segmento. No entanto, ainda assim, espera-se que este valor seja o mais coerente, quando comparado ao valor da massa específica linear obtido graficamente, tendo vista que para obtenção dos dados necessários para realização da plotagem gráfica, fez-se necessárias várias observações e análises subjetivas, como a verificação da ideal formação e quantidade dos ventres e leitura da força de tração no dinamômetro (em certos momentos, os pulsos gerados pelo gerador de abalos interferia na leitura do dinamômetro). Por conseguinte, espera-se que o valor da massa específica linear do barbante apresentado em (3) esteja mais “impregnado” de incertezas e propagações de erros experimentais, do que o valor apresentado em (4). É possível inferir ainda que, devido a coerência entre os dois valores de massa específica linear obtidos, o real valor da densidade linear do barbante esteja consideravelmente próximo destes. CONCLUSÃO: Finalizado a prática, foi possível estudar e analisar, experimentalmente, a relação entre a força de tração em uma corda e o comprimento de onda, da onda estacionária produzida por uma fonte geradora de sinais à uma frequência constante. Foi possível ainda determinar graficamente, de forma experimental, o valor da massa específica linear da corda (barbante), e comparar este valor com um segundo valor da massa específica da corda obtido a partir do comprimento e da massa de um segmento do barbante. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Roteiro Física Experimental II;
Compartilhar