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RELATÓRIO I - AAS

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DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE PARTIÇÃO (P) DO ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (AAS)
Química Medicinal
CAMPUS
JOÃO UCHÔA
2019/1
												
TRABALHO EM GRUPO
ROSE THAIANE NUNES ROCHA – 201602433801
IARA DE SOUZA MARQUES - 201503701646
PÂMELLA SILVEIRADE MENEZES- 201602647331
PABLO BARBOSA ALVES DE LIMA – 201707266743
FRANCIELLY DE LIMA SILVA BRANDÃO - 201708392912
Relatório da aula Prática 01, realizada em laboratório de Química Medicinal – apresentado ao Professor Márcio Costa - Universidade Estácio de Sá – Campus João Uchôa, Curso de Graduação – Farmácia.
CAMPUS
JOÃO UCHÔA
2019/1
												
RELATÓRIO
Professor:Márcio Costa
Alunos:Rose Thaiane, Iara Marques, Pâmella Silveira, Pablo Barbosa, Francielly Brandão
Disciplina: Química Medicinal
Curso: Farmácia
Turma:3001
Campus:João Uchôa
Semestre-Letivo/Ano:2019.1
Período:7º Período
PRÁTICA No:01
Data do experimento:18/03/2019
Data da entrega do experimento: 29/04/2019
												
SUMÁRIO
1. OBJETIVOS									5
2. INTRODUÇÃO									6
3. MATERIAIS UTILIZADOS							7
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL						8
5. RESULTADOS EDISCUSSÃO						11
6. CONCLUSÃO									12
7. REFERÊNCIAS	BIBLIOGRÁFICAS						13
											
1. OBJETIVOS
Esta aula prática objetivou demonstrar como é feita a determinação do coeficiente partição óleo/água do compostoÁcido Acetilsalicílico (AAS), utilizando diferentes solventes orgânicos. E também comparar o valor encontrado no experimento, com o valor teórico presente na literatura.
												
2. INTRODUÇÃO
Paramensurar a solubilidade de uma determinada substância em diferentes solventes, utiliza-se o método do coeficiente de partição, que é a razão entre as concentrações estabelecidas nas condições de equilíbrio da substância, quando esta se encontra dissolvidaem um sistema bifásico (fase aquosa e fase orgânica) (BARREIRO; FRAGA 2015).
Depois de realizar a separação das fases, é possível verificar a quantidade da substância analisada que está presente em cada fase. O coeficiente de partição é um indicador do grau de lipofilicidade das moléculas, tendo grande aplicação no desenvolvimento de novos fármacos através da Química Medicinal (TAVARES, 2004).
As propriedades físico-químicas dos grupamentos funcionais são essenciais na fases farmacocinética efarmacodinâmica, principalmente na etapa de reconhecimento molecular, pois a afinidade do fármaco pelo seu biorreceptor e as forças de interação entre os mesmos, são os mecanismos que irão proporcionar o efeito terapêutico do fármaco (BARREIRO; FRAGA, 2008).
Grande parte dos fármacos atravessa a bicamada lipídica que constitui o ambiente hidrofóbico das membranas biológicas, ou seja, são absorvidos passivamente. Mas para que o fármaco atinja concentrações plasmáticas capazes de reproduzir o efeito biológicoobservado em experimentosin vitro, é de grande importância determinar previamente sua lipofilicidade (BARREIRO; FRAGA, 2008).
O mecanismo de ação do Ácido Acetilsalicílico baseia-se na inibição irreversível da ciclooxigenase, afetando a síntese das prostaglandinas. É considerado um fármaco do grupo de anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) e possui propriedades analgésica, antipirética, anti-inflamatória, entre outras. Caracteriza-se por ser um fármaco lipossolúvel, e sua administração ocorre geralmente após as refeições. O ácido salicílico, seu principal metabólito ativo, junto com o ácido acetilsalicílico tem alta ligação às proteínas plasmáticas e são rapidamente distribuídos por todo o organismo, e sua eliminação ocorre em grande parte, por metabolismo hepático (ANVISA, 2015).
												
3. MATERIAIS UTILIZADOS
	Frasco erlenmeyer de 250 mL
	Frasco erlenmeyer de 125 mL
	Bureta de 25 mL
	Pipetas volumétricas de 5 mL
	Pipetas volumétricas de 10 mL
	Funil de separação de 125 mL com tampa
	Proveta de 50 mL
	Suporte universal
	Espátula de metal
	Vidro de relógio
	Garras e mufas
	Argola para funil de separação
	Placa de aquecimento com agitação magnética
	Magneto (peixe)
	Balança semianalítica
REAGENTES
	Ácido Acetilsalicílico
	Solução indicadora defenolftaleína 1%
	Solução aquosa padronizada de NaOH 0,1M
	Água destilada
												
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1ª ETAPA – Preparo da solução aquosa de ácido acetilsalicílico (AAS).
	Foi pesado 300mg de ácido acetilsalicílico comauxílio do vidro de relógio.
	Transferiu-se o conteúdo para um frasco erlenmeyer de 250 mL, e foi adicionado 100 mL de água destilada, previamente medida em uma proveta. A mistura foi solubilizada a 35º C e permaneceu sob agitação magnética por 5 minutos.
2ª ETAPA PARTE I – Determinação titulométrica da concentração do ácido acetilsalicílico (AAS).
	Foi transferido 20 mL da solução aquosa de ácido acetilsalicílico anteriormente preparada, para um frasco erlenmeyer de 125 mL, onde foi adicionado 4 gotas dasolução de fenolftaleína 1%, e foi feita a titulação com a solução aquosa padronizada de NaOH 0,1M até a obtenção de uma coloração rósea.
	O volume gasto da solução titulante (NaOH 0,1M) foi de 3,2 mL e foi feito o cálculo da concentração molar do ácido acetilsalicílico, utilizando-se a fórmula M1V1= M2V2, onde:
M1 = Concentração molar da solução aquosa de AAS
V1 = Volume do titulado em mL (Solução aquosa de AAS)
M2 = Concentração molar da solução titulante (NaOH 0,1M)
V2 = Volume em mL gasto de solução titulante (NaOH 0,1M)
M1V1= M2V2
M1x 20 = 0,1 x 3.2
M1x20 = 0.32
M1= 0.32 / 20
M1= 0,016M (Fase Aquosa)
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2ª ETAPA PARTE II – Determinação indireta da concentração de AAS presente na fase orgânica.
	Foi transferido 20 mL da solução aquosa de AASfeita na 1ª etapa para um funil de separação, e adicionado 20 mL de éter etílico, que foi agitado e colocado em repouso para a separação das fases. Em seguida, as fases foram recolhidas em béqueres separados e devidamente identificados.
	Adicionou-se a faseaquosa recolhida novamente no funil de separação e realizaram-se mais duas extrações com éter etílico, recolhendo-se com cuidado a fase aquosa.
	A fase aquosa recolhida foi transferida para um frasco erlenmeyer de 125 mL e adicionou-se 4 gotas da soluçãode fenolftaleína 1%. Em seguida houve a titulação com a solução padronizada de NaOH 0,1M até esta atingir uma coloração rósea.
	O volume gasto da solução titulante (NaOH 0,1M) foi de 1 mL. Em seguida foi feito o cálculo indireto da concentração de AAS na fase etérea (fase orgânica).
M1V1= M2V2
0.016 x 20 = M2x 1
0.32 = M2x 1
M2= 0.32 / 1
M2= 0.32 (Fase Orgânica)
	Logo após, foi calculado o coeficiente de partição (P) do ácido acetilsalicílico, através da fórmula:
Coeficiente de partição (P) = Mfaseorgânica / Mfaseaquosa, onde:
P = 0.32 / 0.016
P = 20
Mfase orgânica = concentração molar de AAS na fase orgânica
Mfase aquosa = concentração molar de AAS na fase aquosa
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	Por fim, foi calculado o Log P do AASmedido experimentalmentee o valor obtido foi comparado ao da literatura,utilizando-se o periódico online Pubchem.
Log P 20 = 1.30
Log P do AAS = 1.30 (Experimental)
Log P do AAS = 1.19(Calculado– Literatura)
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5.RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na primeira etapa do procedimento experimental, ficou determinado que havia 0,016M de AAS na faseaquosa. O valor encontrado permite concluir que o ácido acetilsalicílico foi pouco solubilizado em água. Na segunda etapa foi necessária uma menor quantidade da solução de NaOH para finalizar a titulação, e ficou determinado que havia 0,005M de AAS na faseorgânica. Este valor demonstra que o ácido acetilsalicílico é mais solúvel no composto orgânico éter.
Analisando a estrutura química do AAS, observa-se que esta tem um grupamento éster, que tem caráter apolar. Além disso, a molécula possui um número totalde 9 carbonos, o que aumenta ainda mais o seu caráter apolar, apesar de conter o ácido carboxílico, de caráter hidrofílico.
Pelo princípio do semelhante dissolve semelhante, o AAS será melhor dissolvido por compostos apolares, pois estes possuem os mesmos aspectos hidrofóbicos que sua molécula. Além disso, o AAS é um ácido fraco, logo sua dissociação é pequena, o que dificulta ainda mais sua dissolução em água, que tem caráter polar e oposto ao AAS.
Verificou-se que o valor do coeficiente de partição (P) obtido foi20, e consequentemente o valor de Log P calculadoexperimentalmentepara o AASno sistema água – éter foi de 1.30, enquanto que na literatura o valor correspondente é de 1.19.Sabe-se que para valores de Log P > 1, a substância é solúvel na fase orgânica, o que comprova o resultado do experimento.Pode-se justificar a discrepância entre os valoresteórico e o valor real encontrado no experimento, pelos possíveis erros experimentais e falhas técnicas presentes durante a realização do método, como erros de medida, observações inexatas, calibração imprecisa dos equipamentos, vidrarias defeituosas, cálculos incorretos, entre outras possibilidades. Tudo isto pode ter contribuído para o desvio dos valores apurados, apresentando umresultado divergenteao que era esperado.
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6. CONCLUSÃO
Após esta aula prática foi possível compreender osaspectos físico-químicos que influenciam na solubilidade dos compostos. Conclui-se que o ácido acetilsalicílico é mais solúvel na fase orgânica, devido às interações intermoleculares, e as características apolares presentes entre a fase orgânica (éter) e amolécula do AAS.
O procedimento de titulação foi de fácil aplicação, enquanto o método de determinação indireta da concentração de AAS contida na fase orgânica possibilitou a visualização da separação das fases. Como o ácido acetilsalicílico possui maiorsolubilidade pela fase orgânica e a água por ser mais densa que substâncias orgânicas, ocorre a separação das fases, que foi realizada através de um funil de separação, visto que a fase aquosa ficou decantada na parte inferior do funil, sendo possível realizar sua retirada.
A técnica utilizada neste experimento foi concluída com sucesso e teve grande eficácia na determinação dos resultados, apesar dos valores obtidos serem divergentes do previsto. Este método apresenta grande relevância para os estudos das propriedades químicas das substâncias, que são importantes nas interações fármaco-receptor e determinantes para os processos de modelagem molecular da Química Medicinal.
Os objetivos propostos por esta atividade prática foram alcançados, e houve uma completa assimilação dos conceitos de coeficiente de partição (P) e solubilidade.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARREIRO, E. J; FRAGA, C. A. M. Aspectos gerais da ação dos fármacos.Química medicinal:as bases moleculares daação dos fármacos, 2ª ed. Parte I, Cap. 1, Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 19 – 70.
BARREIRO, E. J; FRAGA, C. A. M. Aspectos gerais da ação dos fármacos.Química medicinal:as bases moleculares da ação dos fármacos, 3ª ed. Parte I, Cap. 1, Porto Alegre: Artmed, 2015, p. 15 – 50.
TAVARES, L. C.QSAR: A abordagem de Hansch.Química Nova. Vol. 17, nº. 4, São Paulo, 2004, p. 631 – 639.
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária:Ácido acetilsalicílico. EMS S/A, Brasil, 2015, p. 1 – 19 (online).Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=9023672015&pIdAnexo=2891796>.
Acesso em: 31/03/2019
Pubchem.Aspirin. Log P. Disponível em:
<https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/2244#section=Top>.
Acesso em: 31/03/2019

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