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4 1.INTRODUÇÃO O presente documento tem como objetivo apresentar uma síntese baseada no livro texto pertinente ao atual semestre. O objeto de pesquisa refere-se a uma investigação de campo descritiva e de cunho qualitativo com um grupo amostral composto por professores considerados bons pelos seus alunos. 2.DESENVOLVIMENTO O objeto de estudo dessa pesquisa foi o livro “ O Bom Professor e sua Prática” da autora: Maria Isabel da Cunha. Ela articula que a sala de aula é um lugar extremamente privilegiado, pois se realiza o ato pedagógico escolar. É onde ocorrem muitas contradições do contexto social em que cada indivíduo vive, os conflitos psicológicos, as questões da ciência e as percepções daqueles que fazem parte do ato pedagógico: o aluno e o professor. A escola é um local contextualizado, a sua realidade e seus valores alteram conforme as condições histórico-sociais em que estão envolvidas. O ensino é estabelecido com alunos reais em situações determinadas. A principal motivação para a realização deste estudo foi o anseio de interrogar as certezas pedagógicas, as ideias pré-definidas, entre outras aspirações. Para a autora, o principal objetivo é estudar o professor na escola, centrado e condicionado por suas situações e condições histórico-sociais. É imprescindível reconhecer que sem o professor não se faz escola, e é essencial aprofundar os estudos sobre este profissional. A escola é uma instituição que seu valor será imposto pela sociedade. É o reconhecimento do papel do professor que poderá beneficiar a intervenção no seu desempenho. A escola atual é produto das influências positivistas sobre as práticas lá desenvolvidas, e o professor é o principal veiculador dessas práticas. Unir o ensino e a pesquisa expressa andar para que a educação seja integrada, envolvendo os estudantes e os professores. 5 No decorrera da pesquisa o que se nota é que vários autores vêm estudando o cotidiano do professor para com o resultado estimular o professor a participar da construção sócia da sua realidade, onde a necessidade sentida em estudar o cotidiano do professor vem da certeza que é uma forma de construir conhecimentos. Não há tradição em processos de avaliação de professores. Os professores de universidade costumam ser avaliados pelo seu referencial de carreira e não pela prática em sala de aula, portanto não há um "padrão ideal". A avaliação do bom professor está ligada a um contexto histórico social, se modificando conforme as necessidades dos seres humanos situados no tempo e no espaço. Os alunos apontam como bom professor, aquele do qual ele tem conhecimento de sua matéria, mas enfatiza aspectos afetivos. A forma como o professor se relaciona com a sua própria área de conhecimento é fundamental, assim como sua percepção de ciência e de produção do conhecimento. A metodologia do professor que acredita na potencialidade do aluno e se preocupa com a aprendizagem e nível de satisfação é fundamental. O aluno valoriza o professor exigente, que cobra participação e tarefas. Ele enxerga um bom professor aquele que domina o conteúdo, escolhe formas adequadas de apresentar a matéria e tem um bom relacionamento com o grupo. Os elementos fornecidos pelos interlocutores apontaram quatro categorias de influência: o professor sujeito da pesquisa enquanto aluno e seus ex-professores, a sua experiência profissional, a sua formação pedagógica e a sua prática social mais ampla. O que é importante, porém, é a constatação de que os atuais professores são bastante influenciados no seu comportamento pelos antigos e, certamente, poderão influenciar os que virão. Os professores tendem a repetir práticas de pessoas que admiram. A relação professor aluno se dá através da reciprocidade, pois o comportamento do professor influencia o comportamento do aluno e vice-versa. A produção do conhecimento é entendida como a atividade do professor que leva a ação, a reflexão crítica, a curiosidade, ao questionamento exigente, a inquietação e a incerteza. É o oposto da transmissão do conhecimento pronto acabado. É a perspectiva de que ele possa ser criado e recriado pelos estudantes e pelos professores na sala de aula. Os professores entrevistados rejeitam a visão mecanicista da aprendizagem e verbalizam, de fora diferenciada, este valor. Alguns colocam ênfase no ambiente que estimula a produção intelectual do estudante, incentivando a pergunta e formas de pensamento divergente. Outros apontaram para o 6 esforço em derrubar barreiras emocionais do aluno, para que ele possa produzir intelectualmente sem medo. E muitos dos professores entrevistados descreveram a sua pratica pedagógica ao planejamento, alguns afirmam que o planejamento é para eles muito necessário e se sentem bastante seguros quando desenvolvem de forma planejada o seu ensino. Sobre a formação do professor, os pontos fundamentais dizem respeito ao “gosta de ensinar” e o “gostar de gente” além do gosto pelo estudo para que faça domínio da matéria e ampliação da cultura; pois o domínio está relaciona a pratica profissional fora da escola, o que favorece a exemplificação e o aluno a trabalhar com a realidade. A maioria dos docentes repetem aquilo que consideravam positivo em seus ex-professores, como pude constatar a exposição oral é a técnica mais utilizada. Em todos os casos observei a preocupação dos professores com o clima favorável no ambiente escolar e com a participação dos alunos. 3.COCLUSÃO A autora explora a ideia de que o conceito de Bom Professor é valorativo e ideológico, ou seja, em relação a um tempo e lugar, representando a ideia que socialmente é constituída sobre o professor. Ao investigar melhor sobre o assunto, descobriu conflitos que há entre o professor e o dever-se, bem como a necessidade de construir o conceito da consciência mediana do professor em adaptar-se ao que lhe foi proposto ou recusar o papel que lhe é imposto. Parte ainda do princípio que o professor nasce inserido no seu cotidiano, no centro do acontecer histórico e embora a não valorização do mesmo, a sociedade mais ampla representada pelo aluno valoriza o docente. A autora define em várias formas quem é o “bom professor” partindo do contexto histórico que lhe é dado, em observação ao seu cotidiano. Na sua concepção o Bom Professor expressa seu valor, responde às necessidades do aluno. Reconhece as influências da família em relação aos valores (classe social, por exemplo). O “bom professor” é capaz de analisar a realidade nacional, partindo dos pressupostos políticos, está sempre atento às dificuldades dos alunos, enfim, conclui o autor que, o bom professor relaciona-se com o ser, o sentir, o prazer de ensinar, a possibilidade de produzir conhecimento, pois ele é a principal fonte de conhecimento no contexto da sala de aula, ele é o incentivador do aluno. 7 O bom professor vivenciará inúmeros desafios, por isso a importância de sua valorização. Ele é peça fundamental na aprendizagem, e por isso também deve sempre estar renovando seus conhecimentos, repensando sua formação através de cursos, pois sua influência deve pautar na sua própria condição e experiência. Enfim, há uma relevante importância dos programas de formação e educação de professores que devem oferecer competência técnica e compromisso político a fim de que se operacionalize uma prática eficiente e comprometida às inquietações do ser humano. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CUNHA, Maria Isabel da. O bom professor e sua prática. 18 ed. Campinas, SP: Papirus, 2006. p. 23-184.
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