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HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA SISTEMA REP FEMININO

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SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
Profª Marcia Paim 
 
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O sistema genital feminino é constituído por: vulva, vagina, útero, tubas uterinas e ovários.
 A vulva é também chamada de genitália externa.
A vagina, útero, tubas uterinas e ovários, constituem os órgãos internos.
ANATOMIA
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FAZEM PARTE DE VULVA:
Monte pubiano
Grandes lábios
Pequenos lábios
Clitóris
Vestíbulo (hímen, orifício vaginal, orifício uretral, e as aberturas das glândulas vestibulares).
Períneo
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GENITÁLIA EXTERNA
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GLÂNDULAS DE BARTHOLIN E SKENE OU PARAURETRAIS
 
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TIPOS DE HÍMENS
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GENITÁLIA INTERNA
2 ovários
2 tubas uterinas
Útero
Vagina
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ÓRGÃOS INTERNOS
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ÓRGÃOS INTERNOS
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É revestida por epitélio escamoso estratificado
ceratinizado. Faz parte da vulva o clitóris que
corresponde a um pênis rudimentar e incompleto,
formado por dois corpos eréteis.
Os pequenos lábios possuem o mesmo epitélio do
clitóris, assim como a face interna dos grandes lábios,
porém possuem células com melanina e na lâmina
própria da mucosa se observam glândulas sebáceas.
Os grandes lábios contêm grande quantidade de
tecido adiposo. A face externa é revestida por pele,
epitélio escamoso estratificado ceratinizado, com
pêlos grossos.
Na borda inferior do orifício vaginal estão os ductos
 de duas glândulas mucosas chamadas glândulas de
Bartholin.
HISTOLOGIA
VULVA
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VULVA
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 ÓRGÃOS INTERNOS
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VAGINA
A parede da vagina é desprovida de glândulas e apresenta três camadas, a mucosa, a fibrosa, e a muscular. O muco encontrado na luz da vagina é proveniente das glândulas da cérvix uterina.
 O epitélio da mucosa é escamoso estratificado não ceratinizado, podendo suas células superficiais apresentar certa quantidade de queratoialina. Sob o estímulo de estrógenos, o epitélio vaginal sintetiza e armazena grandes quantidades de glicogênio, o qual é lançado na luz da vagina, quando as células vaginais descamam. 
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Vagina
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Vagina
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ÚTERO
O útero tem a forma de uma pêra, cuja porção dilatada é o corpo, e a parte superior é o fundo do útero, e a parte inferior cilíndrica que se abre na vagina, é a cérvix ou colo uterino. A cérvix faz saliência na vagina, sendo denominada de ectocérvice. 
 A ectocérvice é revestida por um epitélio escamoso estratificado não ceratinizado, que vai do fundo do saco vaginal até o orifício externo.
 A endocérvice, porção mais interna do colo uterino, é formado por um epitélio cilíndrico simples, havendo, portanto, uma abrupta transição de epitélio da ectocérvice para a endocérvice, que é a denominada junção escamo-colunar, área muito propensa ao câncer de colo uterino.
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ÚTERO
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Útero - Camadas
Perimétrio: camada externa formada por serosa 
Miométrio: camada intermediária formado por músculo liso 
Endométrio: camada interna ricamente vascularizada
Camada funcional
Camada basal
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ENDOMÉTRIO
O endométrio é formado por epitélio cilíndrico simples e lâmina própria contendo glândulas tubulosas simples que às vezes se ramificam em suas porções mais profundas (próximo ao miométrio). 
O epitélio reveste e secreta glicoproteínas (muco) ao mesmo tempo. Sob ação hormonal o endométrio sofre uma série de modificações durante o ciclo menstrual da mulher.
Após a fase menstrual a mucosa uterina fica reduzida a uma pequena faixa de tecido conjuntivo, contendo os fundos das glândulas, pois as porções superficiais das glândulas e o epitélio de revestimento, chamada de camada funcional, se perderam.
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ENDOMÉTRIO
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ENDOMÉTRIO PROLIFERATIVO
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ENDOMÉTRIO SECRETOR
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COLO UTERINO
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ECTOCÉRVICE
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ECTOCÉRVICE
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 TUBA UTERINA
Divide-se em quatro segmentos: intramural, que se localiza no interior da parede uterina; istmo, que é formado pelo terço adjacente do útero; ampola, que se distingue do istmo por ser mais dilatada e infundíbulo, que tem a forma de um funil e localiza-se próximo do ovário. A extremidade livre do infundíbulo, que é a mais larga, apresenta prolongamentos em forma de franjas, as fímbrias.
A parede da tuba é formada por uma camada mucosa, uma muscular, e uma serosa. A camada mucosa é um conjunto de tecido epitelial mais tecido conjuntivo que reveste as cavidades úmidas. A camada serosa é uma membrana que reveste externamente alguns órgãos, sendo constituída de tecido conjuntivo frouxo e epitélio pavimentoso simples (mesotélio), como o peritônio.
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Tubas uterinas
Fímbrias
Infundíbulo
Ampola
-provável local da fecundação
Istmo
São dois tubos musculares com grande mobilidade medindo cerca de
12 cm cada e têm como função auxiliar o deslocamento do ovócito 
secundário até a ampola e do zigoto (após a fecundação) até o útero
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Tubas uterinas
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Tuba Uterina
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TUBA UTERINA
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Ovários
São órgãos pares responsáveis pelo amadurecimento dos ovócitos
secundários e pela síntese de estrogênio e progesterona
Região cortical
-contém ovócitos em
diferentes estágios
Epitélio germinativo
-Ep. Pavimentoso simples
Túnica albugínea
Folículos primordiais
Folículo maduro ou
pré-ovulatório
Folículos em crescimento
Região medular
-formada por um tec. conjuntivo frouxo com um rico leito vascular 
Artérias e veias
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FOLÍCULOS OVARIANOS
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Ovários
Região cortical do ovário
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Ovário – Folículos ovarianos
Folículo primordial –1camada de células 
foliculares achatadas + ovócito primário
Folículo primário – 1 camada de células 
foliculares cúbicas + ovócito primário
Folículo secundário – várias camadas de células foliculares cúbicas + ovócito 
primário +antro + teca
Folículo maduro ou de Graaf – várias camadas de 
células foliculares cúbicas + ovócito secundário +
antro + teca + zona pelúcida
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ESTRUTURAS DO FOLÍCULO
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FOLÍCULOS OVARIANOS
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Camadas Externas do Ovócito no Ovário
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OVULAÇÃO
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Ovulação
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OVULOGÊNESE
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Durante a fase reprodutiva, também chamada de menacme, que compreende o período entre a menarca (primeira menstruação) e a menopausa (quando os ovários cessam a sua produção hormonal), apenas cerca de 450 dos folículos desenvolvem-se de maneira satisfatória a ponto de expelirem seus óvulos.
Embora vários folículos iniciem o crescimento a cada 28 dias, geralmente um atingirá a maturidade e liberará o ovócito nele contido, os demais sofrerão degeneração. O ovócito ao ser liberado do ovário penetra na tuba uterina e caminha em direção ao útero. Esta célula, chamada de ovócito, está pronta para a fecundação que deve ocorrer nas porções iniciais da tuba e em no máximo 24 horas a partir da liberação pelo ovário.
OVULOGÊNESE
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Hormônios hipofisários: Hormônio Folículo Estimulante (FSH) e Hormônio Luteinizante (LH). 
Hormônios ovarianos: Estrógenos e Progesterona.
O FSH estimula as células da granulosa, que circulam os ovócitos formando os folículos primordiais, fazendo-os crescer passando a receber o nome de folículos primários e a produzir estrógenos.
O LH promove o rompimento do folículo e a liberação do ovócito, além disso, por influência do LH o folículo que sofreu transformações passa a se chamar corpo lúteo que inicia a produção de progesterona.
TODO PROCESSO DE REPRODUÇÃO É REGIDO POR HORMÔNIOS
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Os estrógenos são responsáveis pelo aparecimento das características sexuais secundárias femininas: desenvolvimento das glândulas mamárias, distribuição tipicamente feminina dos pêlos corporais, deposição de gordura em certas partes do corpo, o que resulta no arredondamento de seus contornos, além de serem responsáveis pela proliferação dos epitélios da vagina e do endométrio. Os estrógenos também atuam sobre o sistema nervoso, acentuando o impulso sexual.
HORMÔNIOS OVARIANOS
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A progesterona provoca profundas modificações no organismo feminino, preparando-o para a gravidez,pois ele aumenta o glicogênio no epitélio vaginal, promovendo a manutenção do pH baixo, o que confere uma maior proteção da cavidade uterina, no caso de uma gravidez e também promove a fase secretória do endométrio até a formação da placenta. Sob o efeito da progesterona, ocorre grande desenvolvimento da mucosa uterina, ou endométrio, que se torna espessa e muito rica em vasos sanguíneos, pronto para a fixação do embrião.
HORMÔNIOS OVARIANOS
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Fenômenos hormonais do ciclo menstrual
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CICLO REPRODUTIVO FEMININO
Hipófise
FSH
Hormônio folículo estimulante
LH
Hormônio luteinizante
Estimula o amadurecimento dos
folículos ovarianos e a formação
teca folicular
Teca folicular
ESTROGÊNEO
Refaz a camada funcional
do endométrio
Serve de gatilho para a ovulação e formação do corpo lúteo
Corpo lúteo
PROGESTERONA e
estrogêneo
Mantém a camada funcional
do endométrio
Ovulação
1
5
14
27
28 1
5
Fase
menstrual
Fase
proliferativa
Fase
lútea
Fase
isquêmica
O
V
Á
R
I
O
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CICLO MENSTRUAL
No início do novo ciclo, a taxa de FSH começa a aumentar novamente, uma vez que diminui a taxa de estrógenos inibidores. Assim, durante a menstruação, que dura de três a sete dias, aumenta a taxa de FSH no sangue o que induz a alguns folículos imaturos do ovário a amadurecerem. 
Um folículo em desenvolvimento suplanta os outros, que regridem, e começa a produzir estrógenos. Por volta do 7º dia do ciclo, a taxa de FSH atinge seu máximo, estando a taxa de estrógenos também relativamente elevada o que levará a inibição da secreção de FSH pela hipófise e o início da secreção de outro hormônio hipofisário, o LH. 
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Por volta do 14º dia, a taxa dos estrógenos atinge o seu máximo. Também está no máximo a taxa de LH, que faz com que o folículo já maduro se rompa, na chamada ovulação e libere o ovócito. 
Sob a ação do LH as células do folículo rompido se proliferam, e o conjunto começa a se transformar em corpo lúteo, este por sua vez inicia a produção de progesterona, cuja taxa começa a subir rapidamente. 
Sob a ação da progesterona, o útero se prepara para receber o embrião, na eventualidade de ocorrer a fecundação. Forma-se assim o endométrio. 
Entretanto, a elevação da taxa de progesterona passa a exercer efeito inibidor sobre a produção de LH, que em baixa concentração faz com que o corpo lúteo comece a regredir e com ele regridem as taxas de estrógenos e progesterona.
CICLO MENSTRUAL
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Glândulas Mamárias
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GLÂNDULA MAMÁRIA 
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CURIOSIDADES
Alguns anticoncepcionais ou anovulatórios (1960), inibem a ação do hipotálamo e da hipófise, não havendo, portanto, secreção de FSH e LH e consequentemente não haverá a ovulação, isso porque são formados por substâncias similares a progesterona e aos estrógenos, que são responsáveis pelo feedback negativo dos hormônios hipofisários.
A menstruação ocorre, pois ao final de uma cartela que contém em sua maioria 21 comprimidos, haverá uma queda brusca de progesterona e estrógenos no sangue o que fará com que o endométrio, que foi preparado pela ação desses hormônios se desprenda e seja eliminado, com sangue, devido ao rompimento de vasos sanguíneos.
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Na figura o desenvolvimento do folículo ovariano:
(A) em um ciclo normal
(B) com o uso de ACO
As setas indicam a ingestão diária de ACO, que inicia no quinto dia do ciclo e tem duração de 21 dias.  Figura adaptada de Thomas, J. A. & Jones, J. E., 1979
Pílula anticoncepcionais ou anovulatórios 
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O Ministério da Saúde facilitou o acesso à pílula do dia seguinte - o anticoncepcional de emergência. A distribuição é feita sem receita médica nos hospitais públicos e postos de saúde. Entretanto, os médicos recomendam cuidado com sua utilização.
 Especialistas alertam para os riscos deste método contraceptivo e pedem que as pacientes sejam informadas disso. 
A pílula do dia seguinte só deve ser usada em caso de emergência, quando a mulher estiver sem proteção.
 O grupo de Ginecologia da Adolescente do Hospital das Clínicas de São Paulo trabalha com as questões sexuais das adolescentes há muitos anos. Em 2011, a equipe médica fez uma pesquisa e constatou que 75% das meninas e 60% dos meninos já conheciam a pílula do dia seguinte, e 23% das meninas já tinham usado essa pílula. Uma única pílula do dia seguinte equivale à metade de uma cartela de anticoncepcionais, uma dose maciça de hormônios. 
 O Ministério da Saúde afirma que todas as pacientes que retirarem a pílula do dia seguinte sem receita serão orientadas pelas equipes dos hospitais e que médicos e enfermeiros devem alertar mulheres e adolescentes sobre a importância de usar essa pílula apenas quando outros métodos contraceptivos não foram utilizados.
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Útero retrovertido
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Útero retrovertido
Há muitas formas alternativas para se referir a retroversão do útero. Os sinônimos que podem ser utilizados pelo seu médico para indicar esta malformação são: Útero reverso, Útero virado, Retroversão uterina, Útero Retroflexo.
 
O que causa um útero retrovertido?
A retroversão do útero pode ocorrer por vários motivos, incluindo: Nível genético, quando uma mulher nasce com o útero já voltado para trás. Entre as causas de retroversão do útero adquiridas estão:
O parto pode causar a retroversão do útero.
Os ligamentos que seguram o útero no lugar perdem sua tensão durante a gravidez, o útero pode tornar-se retrovertido.
Na maioria dos casos, o útero retorna à sua posição normal após o parto especialmente se é ligeiramente em retroversão.
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Quais são as principais malformações uterinas?
Útero bicorno (útero com dois "chifres"): é o mais comum. Em vez de parecer uma pêra de cabeça para baixo, o útero parece mais um coração, com um recorte na parte superior central. O bebê fica com menos espaço para crescer do que num útero normal. 
Útero unicorno (útero com um "chifre"): é bem raro. O tecido que forma o útero não se desenvolve direito na mulher, e o órgão tem apenas metade do tamanho do normal. Além disso, só há uma tuba uterina, em vez de duas. Apesar disso, na maioria dos casos a mulher tem dois ovários. 
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Útero duplo ou didelfo: bastante raro. É quando o útero tem duas cavidades internas, sendo que cada uma delas pode levar a um colo do útero e a uma vagina. A mulher pode assim ter duas vaginas. 
Útero septado: a cavidade interna do útero é dividida por uma parede, chamada septo. O septo pode ir só até metade do caminho ou chegar até o colo do útero. 
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Prolapso uterino
O prolapso genital geralmente aparece depois de gravidezes sucessivas e partos múltiplos, mas obesidade, envelhecimento, alterações hormonais e certas doenças musculares, neurológicas e genéticas também estão entre as causas dessa doença, que compromete o desempenho físico, social, no trabalho e a sexualidade.
O tratamento para o prolapso genital é cirúrgico e visa à recolocação dos órgãos na posição adequada e ao reforço da musculatura.
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OBRIGADA!!!
ESTUDAR!!!

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