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Aula 6. A PSICO SOCIAL NA AMÉRICA LATINA 2

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AULA 6
A Emergência do Paradigma Latino-Americano: a realidade histórica e social dos países latino-americanos
Textos básicos: LANE, S.M.T. A psicologia social na América Latina: por uma ética do conhecimento. In CAMPOS, R.H.F. e GUARESCHI, P. (Orgs.). Paradigmas em Psicologia Social. Petrópolis: Vozes: 2000, p.58-69
Textos complementares: 
Lane, S.M.T. Psicologia Social: O Homem em Movimento. (A Psicologia Social e uma nova concepção do Homem para a Psicologia) p. 10-19;
Martin-Baró, I. O papel do psicólogo. Estudos de Psicologia 1996, 2(1), 7-27; 
GUZZO, R. e LACERDA JR, F. (Orgs.) Psicologia Social para a América Latina: o resgate da Psicologia da Libertação. Campinas: Alínea, 2009. (especialmente a Parte I)
A PSICOLOGIA SOCIAL NA AMÉRICA LATINA: POR UMA ÉTICA DO CONHECIMENTO
SILVIA TATIANA MAURER LANE
Características históricas da América Latina
O período chamado de colonização foi antes uma época de espoliação de riquezas, sem consideração aos valores estéticos e ético-religiosos das culturas indígenas na América Latina.[1: Para saber mais: Guerras do Brasil.doc https://www.netflix.com/br/title/81091385 ]
A procura de liberdade levou os países latino-americanos a declararem a sua independência, através de lutas, de acordos, de tratados. A realidade social e política caracterizou-se como anárquica, justificando golpes militares e ditaduras impostas pela força.
Forças físicas, através de prisões e torturas, e forças intelectuais como a ideologia e a censura oficial, facilmente internalizadas, através dos meios de comunicação de massa, conseguiram dominar grande parte da população dos países latino-americanos, através de sua ignorância e de propagandas subliminares.
Ditaduras “incorruptas” permitiram corrupções em todos os níveis, principalmente nos altos escalões do governo. Após os períodos ditatoriais, as eleições eram decididas por slogans como “Rouba, mas faz”.[2: Para saber mais sobre esse assunto: O lugar da corrupção no mapa de referências dos brasileiros. Aspectos da relação entre corrupção e democracia. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Rachel_Meneguello2/publication/281205288_O_lugar_da_corrupcao_no_mapa_de_referencias_dos_brasileirosaspectos_da_relacao_rentre_corrupcao_e_democracia/links/55db1d3c08aec156b9af1aef/O-lugar-da-corrupcao-no-mapa-de-referencias-dos-brasileirosaspectos-da-relacao-rentre-corrupcao-e-democracia.pdf ]
Nesse contexto surge a industrialização multinacional, a procura de mão-de-obra barata e, consequentemente, do abandono da pequena agricultura, responsável pela alimentação do dia-a-dia de quase toda a população.
As origens da Psicologia Social na América Latina
- Brasil - Paulo Freire –ler e escrever como ferramentas para o desenvolvimento da consciência social. Sua proposta de trabalho apontava para os pequenos aglomerados sociais como possibilidades de virem a se constituir em comunidades autônomas, organizadas para a reivindicação de providências governamentais, tendo em vista a satisfação de necessidades básicas para a sua sobrevivência. Educação Popular passa a ser o desafio de pedagogos, psicólogos, assistentes sociais e também militantes políticos. [3: Para saber mais: http://latinoamericana.wiki.br/verbetes/f/freire-paulo]
Vídeo: Pensadores na Educação: Paulo Freire e a educação para mudar o mundo
Canal: Instituto NET Claro Embratel
Link: https://www.youtube.com/watch?v=4M69rga5ENo&t=706s 
- Colômbia – Orlando Fals Borda – intervenções para atuar com grupos sociais, visando o desenvolvimento de consciências individuais e grupais. [4: Para saber mais: http://latinoamericana.wiki.br/verbetes/f/fals-borda-orlando ]
Acadêmico colombiano, professor emérito da Universidade Nacional da Colômbia, estudioso do campo e da situação dos trabalhadores rurais, Orlando Borda ficou internacionalmente conhecido como um dos principais teóricos do método de pesquisa ação participativa.
Foram estes dois intelectuais que impulsionaram uma procura, por parte dos psicólogos, de novos caminhos para um conhecimento concreto da realidade social em que vivíamos e de uma ação transformadora através da participação consciente dos indivíduos que constituem uma comunidade.
Psicologia Comunitária – expressão já consagrada mas com conotação paternalista.
Ação de psicólogos, principalmente professores universitários, que começaram a desenvolver uma nova Psicologia Comunitária, levando alunos a realizarem estágios junto à população trabalhadora. Em alguns países, esta iniciativa partia da Igreja Católica (Teologia da Libertação).
- As experiências apontavam que jamais o saber profissional deveria dominar o saber popular. Portanto, tornou-se imprescindível o resgate do saber popular para estabelecer trocas. 
- As relações grupais entre pares eram fundamentais para a superação de um individualismo profundamente arraigado. 
A CONSTATAÇÃO DE CONDIÇÕES SOCIAIS COMUNS, RESPONSÁVEIS PELOS PROBLEMAS VIVENCIADOS COMO PESSOAIS, SE TORNAVA UM VÍNCULO DE IDENTIDADE SOCIAL.
- Psicologia deveria se tornar uma ciência comprometida, política e eticamente.
As origens da Psicologia
Renascimento – O ser humano foi o desafio, desde os seus valores éticos e estéticos, de sua capacidade de conhecer o mundo que o cercava, dando origem ás ciências que chegaram até nossos dias.
A Psicologia tinha por objetivo estudar a alma humana, porém, frente à impossibilidade de constatá-la empiricamente, como convém a um saber científico, passou a observar as ações e reações do ser humano.
Não podemos negar a revolução das ciências humanas desencadeada pela obra de Marx, que nos obrigou a repensar o ser humano: sujeito da sua história e objeto da história do capitalismo, sujeito da história de sua sociedade, alienado (contradição).
- Construção de uma Psicologia Crítica capaz de recuperar o homem enquanto agente de sua história – desafio vivido na América Latina.
- Características da Psicologia Social Latino-americana: 
1. Propõe uma reflexão crítica sobre as injustiças sociais, a opressão e a ignorância alienante;
2. Propõe uma ação comprometida socialmente, a fim de que essa ação se tornasse efetivamente uma PRÁXIS CIENTÍFICA a serviço de transformações sociais urgentes.
O ser humano, uma grande incógnita
A ação, o pensamento e os sentimentos nos conduzem a atividades criadoras ou destruidoras, dependendo de nossa vontade.
Impulso para agir, poder e ação. O ser humano, ao agir, transforma a natureza e se transforma.
A estética e a criatividade
A capacidade de encontrar soluções novas, de inventar a própria história da humanidade.[5: Para saber mais: Leonardo da Vinci http://teclub.com.br/2017/07/29/10-grandes-invencoes-de-leonardo-da-vinci/ ]
A capacidade de criar é inerente ao ser humano, assim como sentir emoções (capacidades constituídas primitivamente na escala filogenética). Essas capacidades se associam, no ser humano, à linguagem e ao pensamento no desencadear do processo ontogenético que o constitui.
Embora as emoções estejam presentes nos animais, é no ser humano que elas irão constituir as bases da comunicação, ao se relacionarem com palavras, pensamentos, imaginação, desenvolvendo a fantasia.[6: Para saber mais: http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/animais_tem_sentimentos_.html ]
A racionalidade do cientista opôs a razão à sensibilidade, como se as emoções, a imaginação e a fantasia fossem atribuídos aos artistas somente. As expressões artísticas que acompanham o ser humano desde que ele aprendeu a falar e denominar os seus sentimentos têm suas raízes nas emoções. As artes constituem códigos de comunicação que desafiam a racionalidade, porém também pretendem expor a sua visão da realidade.
A arte se constitui num código de comunicação sui generis no qual a expressão emocional é transmitida ao outro através dos sentimentos vividos durante o processo criativo e o produto final conta esse recurso.
As emoções nos seres vivos são os desencadeadores da ação e da comunicação entre as espécies. Porém as emoções foram associadasàs palavras e pensamentos, ponto de partida para o estudo da criatividade.
Ética e Moral
A racionalidade foi a grande característica do homo sapiens, a qual deveria ser conhecida e desenvolvida pela Filosofia, e, consequentemente, tornar-se o tema central da pesquisa psicológica.
Esse desafio caracterizou toda a história da Psicologia, com exceção da Psicanálise, à procura de um status científico, experimental, positivista, neutro e universal.
As emoções eram consideradas reações primitivas, perturbadoras do desenvolvimento da grande conquista humana, o falar e o pensar.
Na vida cotidiana, as emoções deveriam ser reprimidas, pois perturbavam a racionalidade e a saúde psicológica. 
As normas e valores são inseridos nas ações cotidianas, a fim de fazer prevalecer a espécie humana.
As instituições ditaram valores e papeis a fim de garantirem a sobrevivência da sociedade: é preciso sentir e agir de formas prescritas para que ela sobreviva tal e qual.
Conclusão
Concepção de humano: Sujeitos da história de nossa sociedade, ou seja, seres humanos capazes de decidirem sobre quais os valores éticos que irão orientar nossas ações e interações.
Cabe à Psicologia desvendar como são constituídos os valores morais e éticos no psiquismo humano, estruturados em categorias como ATIVIDADE, CONSCIÊNCIA, AFETIVIDADE e IDENTIDADE.
Paradigma para a Psicologia Social na América Latina: investigar sistematicamente como são constituídos os valores morais e éticos no psiquismo humano, a fim de orientar uma PRÁXIS transformadora, visando tornar o ser humano SUJEITO CONSCIENTE DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE.
A PSICOLOGIA SOCIAL E UMA NOVA CONCEPÇÃO DO HOMEM PARA A PSICOLOGIA
- Relação entre Psicologia e Psicologia Social – duas tendências predominantes:
1. Tradição pragmática dos Estados Unidos: visando alterar e/ou criar atitudes, interferir nas relações grupais para harmonizá-las e assim garantir a produtividade do grupo (minimizar conflitos);
2. Segue a tradição filosófica europeia, com raízes na fenomenologia: procura conhecimentos que evitem novas catástrofes mundiais.
A eficácia da Psicologia Social começa a ser questionada em meados da década de 60, quando as análises críticas apontavam para uma CRISE do conhecimento psicossocial: não conseguia intervir, nem explicar, muito menos prever comportamentos sociais.
Sob a ótica da tradição psicanalítica francesa é feita uma CRÍTICA à Psicologia Social norte-americana como uma ciência IDEOLÓGICA, REPRODUTORA DOS INTERESSES DA CLASSE DOMINANTE, E PRODUTO DE CONDIÇÕES HISTÓRICAS ESPECÍFICAS, o que invalida a transposição tal e qual deste conhecimento para outros países, em outras condições histórico-sociais.
CRÍTICA AO POSITIVISMO na Inglaterra, que em nome da OBJETIVIDADE perde o ser humano.
No Brasil, psicólogas procuravam novos rumos para uma Psicologia Social que atendesse à nossa realidade. Esses movimentos culminam em 1979 (Lima, Peru) com propostas concretas de uma Psicologia Social em bases materialistas-históricas e voltadas para trabalhos comunitários, agora com a participação de psicólogas latino-americanas.
Passos para a superação da CRISE: superar o impasse biologismo X sociologismo
Constatar a tradição biológica da Psicologia, em que o indivíduo era considerado um organismo que interage no meio físico, sendo que os processos psicológicos (o que ocorre “dentro” dele) são assumidos como causa, ou uma das causas que explicam o seu comportamento; Ou seja, para compreender o indivíduo bastaria conhecer o que ocorre “dentro dele”, quando ele se defronta com estímulos do meio;
Diante dos conhecimentos desenvolvidos, sabíamos das determinações sociais e culturais do comportamento humano. Porém sabíamos da criatividade, do poder de transformação da sociedade por ele construída?
Ideologia, como produto histórico que se cristaliza nas instituições, traz consigo uma concepção de homem necessária para reproduzir relações sociais, que por sua vez são fundamentais para a manutenção das relações de produção da vida material da sociedade como tal.
UMA NOVA CONCEPÇÃO DE HOMEM PARA A PSICOLOGIA SOCIAL
Cabe à Psicologia Social recuperar o indivíduo na INTERSECÇÃO DE SUA HISTÓRIA COM A HISTÓRIA DE SUA SOCIEDADE.
O SER HUMANO TRAZ CONSIGO UMA DIMENSÃO QUE NÃO PODE SER DESCARTADA, QUE É A SUA CONDIÇÃO SOCIAL E HISTÓRICA, SOB O RISCO DE TERMOS UMA VISÃO DISTORCIDA (IDEOLÓGICA) DE SEU COMPORTAMENTO.
O ORGANISMO HUMANO É UMA INFRAESTRUTURA QUE PERMITE O DESENVOLVIMENTO DE UMA SUPERESTRUTURA QUE É SOCIAL, E PORTANTO, HISTÓRICA.
Nas suas obras, Karl Marx e Friederich Engels recorreram à metáfora do edifício para explicar a sociedade. A sua base ou infraestrutura seria o conjunto das relações de produção, ou seja, as relações de classes estabelecidas em determinada sociedade. Sobre esta estrutura econômica se ergueria a superestrutura, que corresponde às formas de consciência social em geral, como a política, a filosofia, a cultura, as ciências, as religiões, as artes, etc. A superestrutura compreende também os modos de pensar, as visões de mundo e demais componentes ideológicos de uma classe. A ideologia é chamada de superestrutura ideológica e o Estado é chamado de superestrutura legal ou política, incluindo aí a polícia, o exército, as leis, os tribunais e a burocracia.
Fonte: https://www.infoescola.com/sociologia/superestrutura-e-infraestrutura/
Ser humano como agente de mudança, sujeito da história.
Captar a mediação ideológica (valores, explicações tidas como verdadeiras que reproduzam as relações sociais necessárias para a manutenção das relações de produção.
SE o homem não for visto como PRODUTO e PRODUTOR, não só de sua história pessoal mas da história de sua sociedade, a Psicologia estará apenas reproduzindo as condições necessárias para impedir a emergência das contradições e a transformação social.
O homem concreto, manifestação de uma totalidade histórico-social.
CRÍTICA A SKINNER: Vê o homem como produto das suas relações sociais, porém não chega a ver estas relações como produzidas a partir da condição histórica de uma sociedade. Por que alguns comportamentos são reforçados e outros punidos dentro de um mesmo grupo social?
CRÍTICA A LEWIN: Procura detectar os “casos puros” e precisar leis psicológicas. 
CRÍTICA À PSICANÁLISE: 
CRÍTICA À PSICOBIOLOGIA E PSICONEUROLOGIA: 
A PSICOLOGIA SOCIAL E O MATERIALISMO HISTÓRICO
- Construção de um conhecimento que atenda à realidade social e ao cotidiano de cada indivíduo e que permita uma intervenção efetiva na rede de relações sociais que define cada indivíduo;
- Partir do empírico e através de análises sucessivas nos aprofundarmos, além do aparente, em direção a esse concreto, e para tanto necessitamos de CATEGORIAS que a partir do empírico nos levem ao processo subjacente e à real compreensão do indivíduo estudado.
- O homem não sobrevive a não ser em relação com outros homens, portanto a dicotomia INDIVÍDUO X GRUPO é falsa.
- A sua participação, as suas ações, dependem fundamentalmente da aquisição da LINGUAGEM que preexiste ao indivíduo como código produzido historicamente pela sua sociedade (langue), mas que ele apreende na sua relação específica com outros indivíduos (parole).
CATEGORIAS DE ANÁLISE: imbricações entre relações grupais, linguagem, pensamento e ações. Essas são as categorias propostas numa ANÁLISE PSICOSSOCIAL. 
REFLETIR SOBRE UMA ATIVIDADE REALIZADA IMPLICA REPENSAR SUAS AÇÕES, TER CONSCIÊNCIA DE SI MESMO E DOS OUTROS ENVOLVIDOS, REFLETIR SOBRE OS SENTIDOS PESSOAIS ATRIBUÍDOS ÀS PALAVRAS, CONFRONTÁ-LAS COM AS CONSEQUÊNCIAS GERADAS PELA ATIVIDADE DESENVOLVIDA PELO GRUPO SOCIAL, E NESTA REFLEXÃO SE PROCESSA A CONSCIÊNCIA DO INDIVÍDUOS QUE É INDISSOCIÁVEL ENQUANTO DE SI E SOCIAL.
Leontiev inclui ainda a PERSONALIDADE como categoria, decorrente do princípio de que o homem, ao agir, transformando o seu meio se transforma, criando características próprias que se tornam esperadas pelo grupo no desenvolver de se suas atividades e de suas relações com outros indivíduos. 
Caberiaainda, numa análise psicossocial, uma análise das relações grupais enquanto mediadas pelas instituições sociais e como tal exercendo uma mediação ideológica na atribuição de papeis sociais e representações decorrentes de atividades e relações sociais tidas como adequadas, corretas, esperadas.
A consciência da reprodução ideológica inerente aos papeis socialmente definidos permite aos indivíduos no grupo superarem suas individualidades e se conscientizarem das condições históricas comuns aos membros do grupo, levando-os a um processo de identificação e de atividades conjuntas que caracterizam o grupo como unidade.
Este processo pode ocorrer individualmente – CONSCIÊNCIA DE SI
Na medida em que o processo é grupal – desenvolvimento de uma consciência de classe.

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