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Relatório Estágio Bioq Imuno e Hormônios

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ 
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE MARABÁ - VIII 
CURSO DE BACHARELADO EM BIOMEDICINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEREZINHA DE JESUS CABRAL MARTINS 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO 
BIOQUÍMICA/IMUNOLOGIA/HORMÔNIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARABÁ-PA 
2018 
Terezinha de Jesus Cabral Martins 
Curso de Graduação em Biomedicina 
Número de matrícula: 20141400016 
Período: 8º 
Nome e local da instituição concedente: LACEM 
Professoras orientadoras: Dra. Monica Lima e Ma. Eveline Bezerra 
Supervisor técnico: Talyce dos Reis Feitosa 
Período: 06/02/2018 à 16/03/2018 
Carga horária total do estágio: 130 horas 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO 
BIOQUÍMICA/IMUNOLOGIA/HORMÔNIOS 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório de estágio supervisionado obrigatório, realizado 
no Laboratório Central de Marabá (LACEM), totalizando 
uma carga horária total de 130 horas no setor de 
Bioquímica, Imunologia e Hormônios, como requisito 
parcial à obtenção de nota na disciplina Estágio 
Supervisionado I. 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARABÁ/PA 
2018 
Supervisor (a) responsável do local 
 TEREZINHA DE JESUS CABRAL MARTINS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
OBRIGATÓRIO BIOQUÍMICA/IMUNOLOGIA/HORMÔNIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
O conceito de estágio passou por inúmeras mudanças desde que foi citado pela 
primeira vez em 1080. Era descrito inicialmente como uma simples atividade de 
acompanhamento prático a um mestre na Idade Média. Hoje o seu conceito se expandiu e é 
vinculado a uma atividade curricular prática e obrigatória nos cursos dispostos pelas 
instituições de ensino, e é ainda regulamentado por uma legislação educacional vigente 
(BALLÃO et al, 2014). 
No Brasil, o estágio é regido atualmente pela Lei 11.788, sancionada em 25 de 
setembro de 2008, que prevê uma série de disposições legais acerca das regras de estágio 
curricular de estudante, que engloba desde sua definição às obrigações de todas as partes 
envolvidas, como a instituição de ensino representante do aluno, a parte concedente do 
estágio, o estagiário e as normas de fiscalização (BRASIL, 2008). 
O estágio supervisionado obrigatório é um componente importantíssimo da formação 
acadêmica, ele oportuniza o educando a contemplar e compreender sob a ótica da prática 
grande parte do conhecimento construído ao longo da graduação, além de possibilitar ao 
aluno o convívio com a sua futura formação e interação com uma realidade profissional 
ainda não vivenciada. Ele, portanto, contribui para que o estudante quando estiver atuando 
profissionalmente possa conduzir suas atividades com muito rigor, dessa forma, menos 
sujeito a possíveis falhas na execução de suas atribuições. 
Bioquímica, Imunologia e Hormônios são ramos de extrema importância na 
medicina laboratorial, são utilizados para o estudo e diagnóstico de doenças a partir da 
análise de determinados materiais biológicos. Os exames oferecidos por esses setores 
desempenham papéis importantes na triagem, no diagnóstico e monitoramento do paciente 
(GAW, 2015). 
O estágio nesses setores (Bioquímica, Imunologia e Hormônios), visa, 
principalmente, ampliar e aprimorar os conhecimentos através da vivência prática, 
instruindo como realizar as análises, o manuseio das informações e dos reagentes fornecidos 
pelos kits utilizados nos testes, e, sobretudo, a interpretação dos resultados, que muitas vezes 
são associados às sintomatologias para se chegar a um diagnóstico. 
2. OBJETO DE ESTUDO 
O estágio supervisionado obrigatório nos setores de Bioquímica, Imunologia e 
Hormônios ocorreu no Laboratório Central Mizulan Neves Pereira (LACEM), localizado na 
Rua Manuel Bandeira, 23, bairro Laranjeiras. O horário de funcionamento é de segunda a 
sexta-feira das 07h00min às 12h00min e de 14h00min às 17h30min. As atividades foram 
instruídas e supervisionadas pela Biomédica Talyce Feitosa e transcorreram do dia 
06/02/2018 ao dia 16/03/2018. 
O Laboratório Central de Marabá é pertencente à rede pública e dispõe de uma 
infraestrutura adequada para a realização de exames de forma confiável e precisa. A equipe 
de profissionais e os estagiários cumprem as suas atividades de modo sério e responsável, os 
mesmos utilizam sempre dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), dessa forma, 
possibilitando o exercício seguro de todas as atividades. 
As atividades desenvolvidas no laboratório contemplam além dos setores de 
Bioquímica, Imunologia e Hormônios, os setores de Coleta e Urinálise, as áreas de 
Hematologia e Parasitologia. As áreas de Microbiologia e Patologia, apesar de estarem 
inseridas na grade de atividades do laboratório, no momento não estão em funcionamento 
em decorrência da falta de materiais e funcionários para esses setores. 
Com relação ao panorama dos setores de Bioquímica, Imunologia e Hormônios no 
LACEM, verifica-se que esses departamentos são responsáveis por uma grande parte da 
demanda dos exames solicitados no Laboratório. De modo geral, esses setores são de 
responsabilidade de três profissionais, um responsável pelo setor de Bioquímica, outro para 
o de Imunologia e um terceiro exclusivamente responsável pelo setor de Hormônios. Um 
fator importante que é válido ressaltar, é que o LACEM dispõe de um sistema integrado que 
permite a comparação de exames de todos os setores, contribuindo, dessa forma, para uma 
melhor qualidade no diagnóstico. 
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
No LACEM, a rotina dos exames que compreendem estes setores (Bioquímica, 
Imunologia e Hormônios) inicia-se no ato do agendamento do exame, o qual é exigido do 
paciente a requisição médica; neste momento também é verificada e passadas algumas 
informações importantes ao paciente acerca dos exames solicitados; são orientações dadas 
por profissionais responsáveis pelo cadastro e reforçadas através de folhetos impressos que 
dispõem dessas orientações, no intuito de sanar dúvidas quanto ao preparo do paciente para 
a realização dos exames e ao mesmo tempo buscando minimizar erros pré-analíticos. 
De modo geral, as orientações relacionadas à questão do jejum são em sua maioria 
designadas aos exames de Bioquímica e incluem: Jejum de 8h para dosagens de glicose, 
HDL, LDL, colesterol total e frações, albumina, fosfatase alcalina, TGO, TGP, gama-GT e 
bilirrubinas e Jejum de 12h para dosagem de triglicerídeos. Para os exames de Imunologia 
o jejum é dispensável, contudo, em determinados locais é requerido jejum de 4h, no intuito 
de evitar lipemia, especialmente para a realização do VDRL (PRÓ-EXAME, 2014). 
Já no caso das dosagens hormonais o jejum é dispensável, porém, de modo também 
a evitar a lipemia, a maioria dos laboratórios preconiza jejum de 4 à 8h, em decorrência da 
dieta do paciente ser um fator interferente nas dosagens hormonais. Há além destas, outras 
orientações pertinentes para o setor de Hormônios, como: para as dosagens de PSA total e 
livre os pacientes (homens) devem seguir inúmeras recomendações, tais como não manter 
relações sexuais, não utilizar bicicleta, moto, andar a cavalo e não realizar exames que 
envolvam o reto; no LACEM, estas designações devem ser seguidas durante os 3 dias 
anteriores a realização do exame. Salienta-se também que o uso de medicamentos hormonaispode gerar alterações nas dosagens dos hormônios envolvidos (BRASIL, 2009). 
3.1. SETOR DE BIOQUÍMICA 
3.1.1 TÉCNICAS 
As análises bioquímicas no LACEM são realizadas no analisador automático 
multiparâmétrico, o COBAS Íntegra 400 plus. Equipamento este que permite a 
concretização de 340 testes/hora e o acesso contínuo às amostras, com um controle de 
qualidade automático emprega as regras múltiplas de Westergard e, além disso, ele dispõe 
de uma integração com o sistema do laboratório (ROCHE, 2014). 
O COBAS Integra 400 plus, usa quatro princípios de avaliações: fotometria de 
absorção para enzimas e substratos; imunoturbidimetria para proteínas específicas; 
fluorescência polarizada para drogas terapêuticas; potenciometria com eletrodo seletivo para 
íons (OLIVEIRA, 2012). Porém, no LACEM a maioria dos exames utiliza somente o 
parâmetro fotometria de absorção. 
 3.1.2 EXAMES 
Tabela 1: Exames bioquímicos realizados no LACEM 
Exame Fatores 
Pré-Analíticos 
Valores 
De 
Referência 
Definição/Indicação 
Ácido úrico Amostra: Soro 
É recomendável um 
jejum de no mínimo 
3h e aconselha-se 
ainda que o material 
seja coletado pela 
manhã. 
 
 
 
 
3,4 a 7,0 
mg/dL 
Avaliação do metabolismo da 
purina, adenosina e guanosina 
e encontra-se alterado em 
diversas condições clínico-
patológicas. 
Para monitoramento do 
tratamento da gota; de 
quimioterapia de neoplasias 
etc. 
Amilase 
 
Amostra: Soro 
É recomendável um 
jejum de no mínimo 
3h. 
28 a 100 U/L Avaliação de patologias 
pancreáticas, obstrução biliar, 
cirrose etc. 
Fosfatase alcalina Jejum de no mínimo 
8 h, pois alguns 
alimentos podem 
influenciar na 
alcalinidade. 
Amostra: Soro ou 
plasma heparinizado, 
devendo-se evitar a 
presença de 
hemólise. 
 
 
Mulheres: 35 
a 104 U/L 
 
Homens: 40 a 
129 U/L 
Sua determinação é utilizada 
na avaliação e 
acompanhamento de 
hepatopatias, processos 
colestáticos em sua maioria e 
de doenças da atividade 
osteoblásticas. 
GGT (Gama 
Glutamil 
Transferase) 
Jejum de no mínimo 
8 horas e a não 
ingestão de álcool 
nas últimas 24 horas 
que antecedem a 
realizam do exame. 
Amostra: Soro ou 
plasma heparinizado 
ou com EDTA. 
 
 
5 a 36 U/L 
Diagnóstico e 
acompanhamento da doença 
hepatobiliar, sendo indicador 
mais sensível de doença 
hepática; como teste de 
triagem para alcoolismo 
oculto, etc. 
TGO (Transaminase 
glutâmico-
oxaloacética) 
ou 
AST (Aspartato 
aminotransferase) 
Amostra: Soro ou 
plasma contendo 
heparina deve-se 
evitar hemólise, a 
presença de hemólise 
nas amostras pode 
resultar em desvios 
no resultado das 
análises. 
 
 
Até 32 U/L 
Verificada em altas 
concentrações no citoplasma e 
mitocôndrias do fígado, dos 
músculos esquelético e 
cardíaco, dos rins, dos 
pâncreas e dos eritrócitos. 
Quando há lesão em qualquer 
um destes tecidos, a TGO é 
liberada no sangue. 
Avaliação de hepatopatias, 
infarto do miocárdio e 
miopatias. 
TGP (Transaminase 
glutâmico-pirúvica) 
ou 
ALT (Alanina 
aminotransaminase) 
Amostra: Soro ou 
plasma contendo 
heparina ou EDTA, a 
amostra deve estar 
livre de hemólise. 
Até 33 U/L Avaliação de hepatopatias e de 
lesão hepatocítica, sendo 
recomendada para rastreio de 
hepatites, por exemplo. 
Magnésio Amostra: Soro livre 
de hemólise ou 
plasma contendo 
heparina. 
 
0,7 a 1,05 
mmol/L 
Sua determinação na avaliação 
de distúrbios metabólicos. 
Cálcio total Amostra: Soro ou 
plasma heparinizado. 
Deve evitar o uso de 
citrato, fluoreto e 
EDTA. 
 
 
 
8,6 a 10 
mg/dL 
Diagnóstico e monitorização 
da hipocalcemia e 
hipercalcemia no soro. 
Indicado para pacientes com 
problemas hepáticos, 
distúrbios metabólicos, 
sobretudo com manifestações 
neuromusculares, ósseas e 
renais. 
Albumina Amostra: Soro / 
Mínimo 3 h de jejum 
 
3,5 a 5,2 g/dL 
O fígado é órgão responsável 
pela produção de albumina, 
por isso, diminuição na 
quantidade da albumina no 
sangue pode acontecer por 
doenças hepáticas. 
É útil para o monitoramento 
nutricional, também é utilizada 
como uma indicação da 
severidade de doença hepática 
crônica. 
Ferro Amostra: soro livre 
de hemólise ou 
plasma livre de 
hemólise e contendo 
heparina, não utilizar 
EDTA ou citrato. 
Mulheres: 50 
a 170 μg/dL 
 
Homens: 65 a 
170 μg/dL 
Investigação dos distúrbios do 
metabolismo do ferro e 
etiologia de anemias. Em casos 
de processos infecciosos e 
glomerulopatias geram níveis 
diminuídos. 
Colesterol total Amostra: Soro ou 
plasma contendo 
heparina ou EDTA, 
não deve conter 
citrato, oxalato ou 
fluoreto. 
Recomendado jejum 
de 12 h. 
 
 
 
Inferior a 200 
mg/dL 
Colesterol total caracteriza a 
soma de todos os tipos de 
colesterol (HDL, LDL, VLDL, 
e quilomícrons). 
A sua dosagem é útil na 
avaliação de risco de doença 
coronariana, ao passo que, 
níveis elevados se relacionam 
a maior risco de aterosclerose. 
HDL Análoga ao CT 
Superior a 60 
mg/Dl 
Lipoproteína responsável por 
transportar o colesterol de 
sítios de deposição para o 
fígado, onde deve ser 
metabolizado, sendo, portanto, 
fator de proteção 
aterosclerótico e 
cardiovascular. 
LDL Análoga ao CT 
 
Inferior a 100 
mg/dL 
Lipoproteína responsável por 
transportar o colesterol para 
sítios de deposição, como as 
paredes dos vasos, o que 
diminui o lúmen e gera 
aumento de pressão. 
Fator de risco aterosclerótico e 
cardiovascular. 
VLDL Análoga ao CT 
Inferior a 40 
mg/dL 
É uma subclasse de 
lipoproteína. O VLDL é 
fabricado no fígado a partir do 
colesterol e apolipoproteínas. 
Na corrente sanguínea, o 
VLDL é convertido em LDL. 
Triglicerídeos Amostra: Soro ou 
plasma contendo 
heparina ou EDTA. 
 
 
<200 mg/dl 
Rastreamento de dislipidemias, 
acompanhamento de pacientes 
com risco cardiovascular e no 
acompanhamento e tratamento 
de hipertrigliceridemia. 
Bilirrubina As amostras usadas 
para a dosagem de 
bilirrubina total e 
frações são o soro ou 
o plasma contendo 
heparina ou EDTA. 
8 a 12 h de jejum 
Bilirrubina 
total: até 1,2 
mg/dL 
 
Bilirrubina 
indireta: Até 
0,8 mg/dL 
 
Bilirrubina 
direta: Até 
0,3 mg/dL 
A dosagem da Bilirrubina e 
suas frações estão relacionadas 
na avalição da função hepática. 
Além disso, a bilirrubina total 
é um marcador de colestase e 
também usado para avaliar 
anemias hemolíticas e recém-
nascidos com icterícia 
Creatinina Amostras: Soro, 
plasma, urina e 
liquido amniótico. 
As amostras podem 
ser armazenadas em 
tubos contendo 
EDTA, heparina, 
oxalato, citrato, 
fluoreto, estes 
anticoagulantes não 
são interferentes na 
reação. Não 
necessita jejum. 
 
 
0,6 a 1,0 
mg/dL 
Produto do catabolismo 
muscular aumenta à medida 
que reduz a taxa de filtração 
glomerular, por conta disso, é 
um importante marcador para 
avaliação de problemas renais, 
já que sua concentração 
plasmática aumenta conforme 
a filtração glomerular diminui. 
 
Ureia Amostras: urina, 
soro ou plasma 
(contendo EDTA ou 
heparina). 
Deve-se evitar a 
 
16 a 49 
mg/dL 
Avaliação da função renal, 
conjuntamente com os níveis 
de creatinina e ambos auxiliam 
no diagnóstico diferencial da 
hiperuricemia pré-renal, renalpresença de 
hemólise. Não é 
necessário um 
preparo específico do 
paciente. 
e pós-renal, porém, é um 
marcador menos específico do 
que a creatinina. 
Avaliação da função 
glomerular e de pacientes que 
carecem de apoio nutricional 
para o catabolismo excessivo 
(p.ex.; câncer). 
Hemoglobina 
glicada 
Amostra: Sangue 
Não é necessário 
jejum 
4 a 6% É o parâmetro de escolha para 
controle glicêmico a longo 
prazo. Reflete a média de 
glicose sérica nos 120 dias 
anteriores. 
Útil para o acompanhamento 
de pacientes diabéticos. 
Glicemia em Jejum As amostras 
utilizadas podem ser 
soro ou plasma 
contendo heparina, 
EDTA ou fluoreto. 
Também podem ser 
utilizadas amostras 
de urina. 
8 a 12 h. 
74 a 99 
mg/dL 
Diagnóstico de hiperglicemias, 
hipoglicemias; rastreio do 
diabetes mellitus (DM) e 
rastreamento do diabetes 
gestacional. 
Além do controle do DM e 
outros distúrbios do 
metabolismo dos carboidratos. 
*PARDINI, 2002; LABTEST, 2016; BRASIL, 2009. 
3.1.3. INTERPRETAÇÃO LABORATORIAL E CLÍNICA (BIOQUÍMICA) 
A interpretação dos exames Bioquímicos deve levar em conta um intricado de 
disposições e informações para que haja uma análise correta dos analitos. Os exames 
laboratoriais sempre devem ser analisados em conjunto com os achados clínicos, sempre que 
possível buscando concordância com a clínica do paciente. 
O profissional responsável deve se atentar a particularidades intrínsecas do paciente 
(idade, sexo, peso, etc.) e o motivo de solicitação do exame, caso for informado, já que tais 
fatores podem ajudar/influenciar na avaliação dos analitos. Além disso, o profissional deve 
estar atento e ser capaz de discernir resultados alterados que são induzidos em decorrência 
de erros laboratoriais (erros pré-analíticos, calibração, etc.). 
Os exames Bioquímicos fornecem apoio diagnóstico na averiguação de inúmeras 
patologias e monitoramento de tratamento. De modo grosseiro e como facilitador de 
entendimento, para interpretação dos exames e seus resultados clínicos, os exames foram 
dispostos em áreas onde os mesmos são mais específicos e usados mais clinicamente 
(MOTTA, 2003). 
 Avaliação do perfil glicídico 
A avaliação do perfil glicídico é de grande importância, visto que alterações na 
habilidade de manutenção da glicemia em valores normais levam a patologias, tais como a 
diabetes. Dos exames de Bioquímica dispostos no LACEM, 2 deles se referem, mais 
especificamente a avaliação do perfil glicídico, que são: 
 Glicemia de Jejum 
Apesar de ter uma boa especificidade, a glicemia de jejum normal sozinha não é 
suficiente para afastar o diagnóstico de diabetes, sendo, portanto, necessário realizar os 
outros testes como Teste oral de tolerância à glicose (TOTG), glicemia pós-prandial 
(BRASIL, 2009). 
 Hemoglobina glicada 
É utilizada na avaliação do controle do paciente diabético. Para esses pacientes, o 
intuito é manter os níveis menores que 7%, já que níveis acima de 7% estão associados com 
maior risco de alterações microvasculares e complicações crônicas da DM, como a 
polineuropatia, a insuficiência renal, etc (LABTEST, 2016). 
 Avaliação do perfil hepático 
Diversos exames laboratoriais estão disponíveis para a avaliação do paciente com 
suspeita de doença hepática ou na investigação da sua causa. Além disso, eles contribuem 
para facilitar o prognóstico e o monitoramento do paciente com patologia hepática. 
No LACEM, estão disponíveis diversos exames bioquímicos empregados na 
avaliação das funções e patologias hepáticas, dentre as quais temos: 
 Transamianases (TGO e TGP) (Avaliação de lesão hepatocelular) 
São enzimas responsáveis pela interconversão de aminoácidos, a atividade destas 
enzimas é usada como indicador de dano hepatocelular, já que as enzimas estão presentes 
dentro do hepatócito e uma pequena parte está na corrente sanguínea. A elevação dessas 
enzimas no sangue aponta uma lesão na parede do hepatócito (podendo indicar inflamação 
ou morte celular). A TGP grosseiramente indica lesão aguda, por conta disso, geralmente em 
casos de pacientes que já apresentam problemáticas hepáticas e estão terapêuticas, devem-se 
avaliar os valores de TGO. Tanto a TGO quanto a TGP em doenças hepáticas costumam 
subir e descer mais ou menos na mesma proporção e elevações de ambas acima de 1.000 
U/L é verificada em hepatites virais. Apesar de serem importantes e bem específicas na 
avaliação de doenças hepáticas, elas podem aumentar em casos de: Doenças do miocárdio; 
Doença muscular, obesidade, etc. (NEMER, 2010; MOTTA, 2003). 
 LDH (Avaliação de lesão hepatocelular) 
É uma enzima verificada em lesões hepatocelulares, contudo, sua dosagem não é tão 
específica como prova de função hepática quando comparada com os resultados de TGO e 
TGP. Porém, é bastante útil em distinguir hepatite aguda viral e lesão causada por isquemia, 
por exemplo. Vale ressaltar que a LDH é útil na avaliação de outras problemáticas além das 
relacionadas ao fígado, tais como doenças cardíacas (MOTTA, 2003; NEMER, 2010). 
 Gama GT (Avaliação do fluxo biliar e de lesão de vias biliares) 
Enzima encontrada em diversos tecidos, porém seu significado clínico está mais 
relacionado às doenças hepáticas e das vias biliares. Aumenta-se após consumo de álcool e 
também se elevam na doença hepática alcoólica aguda e crônica e nas neoplasias. Em casos 
de esteatose hepáticas, seus níveis estão altos, porém, se ocorre melhora no quadro, há uma 
diminuição dos valores até a faixa de normalidade, contudo, se o quadro de cirrose se instala 
os valores não normalizam (NEMER, 2010). 
 Bilirrubina total e frações (Avaliação do fluxo biliar e de lesão de vias biliares) 
A dosagem das bilirrubinas é de extrema importância, já que pode avaliar 
conjuntamente lesão hepatocelular, fluxo biliar e síntese do fígado. A bilirrubina total 
abrange a fração conjugada, não conjugada e delta. A bilirrubina direta envolve a fração 
delta e conjugada, ao passo que a bilirrubina indireta abarca a fração não conjugada. Níveis 
altos de bilirrubina total e direta podem ser verificados em doenças hepatocelular e biliares 
(intra ou extra-hepática). Bilirrubina indireta aumentada pode acontecer em casos onde a 
taxa de produção de bilirrubina extrapola a taxa de conjugação, notadamente em casos de 
hemólise ou anemia megaloblástica, bem como síndrome de Gilbert (MOTTA, 2009). 
 Albumina 
Nas doenças hepáticas, ocorre diminuição na síntese hepática de albumina sem que 
necessariamente o organismo esteja desnutrido. Seu aumento comumente está relacionado à 
diminuição da volemia, já sua elevação está associada com a diminuição de sua síntese 
(cirrose hepática e desnutrição), aumento do catabolismo ou por perdas anormais. 
 Avaliação do perfil lipídico 
Os lipídios são responsáveis por diversas funções (produção e armazenamento de 
energia, absorção de vitaminas etc.), porém, seu excesso está associado a problemáticas, tais 
como a aterosclerose. O distúrbio nos níveis de lipídios e/ou lipoproteínas no sangue é 
conhecido como Dislipidemia. 
Dislipidemia é uma definição advinda dos estudos sobre a correlação entre os níveis 
de gordura e elementos de sua composição presentes no sangue com a ocorrência de doenças 
cardiovasculares e metabólicas. Hoje, essa correlação é bem instituída e os níveis 
aumentados dessas substâncias precedem a ocorrência de eventos cardiovasculares. Nesse 
sentido, as dosagens dessas substâncias podem aferir riscos e requerer mudanças no estilo de 
vida do paciente, no intuito de evitar o desenvolvimento de patologias cardíacas, 
principalmente (NEMER, 2010; SOARES, 2012). 
Os exames dispostosno LACEM que realizam mais especificamente essa avaliação 
lipídica, são: 
 Colesterol total e suas frações 
Como já mencionado é um exame extremamente útil na avaliação de risco de 
desenvolvimento de doenças cardíacas. Entretanto, é válido ressaltar que os níveis alterados 
de colesterol, embora represente fator de risco independente para o desenvolvimento de 
doenças cardíacas, não é o único fator de risco descrito para a doença, outros parâmetros, 
tais como sexo, idade, tabagismo, história familiar, obesidade e DM são outros possíveis 
fatores de risco associados (LOPES, 2006; NEMER, 2010). 
 Triglicerídeos 
A dosagem de triglicerídeos também é fundamental na avaliação do perfil lipídico. 
Diversos fatores são responsáveis por alterações nos níveis de triglicerídeos, tais como dieta, 
atividade física e uso de bebidas alcoólicas são exemplos (SOARES, 2012). 
Salienta-se que pacientes que apresentem níveis alterados nessas dosagens quando 
comparados com os níveis desejáveis para sua idade, devem realizar a confirmação desses 
exames pela repetição com nova amostra. 
 Avaliação da função renal 
Os exames disponibilizados no LACEM que realizam mais especificamente essa 
avaliação renal, são: 
 Ureia 
As dosagens de ureia elevam na insuficiência renal, naquelas que tem origem pré-
renal, a ureia aumenta mais que a creatinina. Níveis baixos de ureia são verificados em 
outras situações, tais como final de gestação, na insuficiência hepática, na infância, etc. Vale 
salientar que a ureia sofre influencia do catabolismo proteico e seus níveis elevam com o 
consumo de dietas hiperproteicas, infecções, etc (RIBEIRO, 2015; NEMER, 2010). 
 Creatinina 
Sofre menos influência da dieta do que a ureia, por conta disso, é melhor indicador 
da função renal. De modo simplório, contudo clinicamente útil, pode-se imaginar que 
diminuições de 50% na filtração glomerular correspondem à duplicação do nível sérico de 
creatinina (NEMER, 2010). 
 Ácido úrico 
Seu aumento está relacionado à insuficiência renal aguda e crônica e cálculo renal. 
Em casos de falência renal, a degradação e a eliminação intestinal tornam-se elevadas. A 
degradação é provocada pelas bactérias intestinais que podem atingir até 80% da excreção 
diária de ácido úrico (MOTTA, 2009; NEMER, 2010). 
 Cálcio 
Em casos de insuficiência renal crônica, a absorção de cálcio está diminuída devido a 
redução de vitamina D em sua forma ativa, por conta disso, há uma tendência à 
hipocalcemia (NEMER, 2010). 
 Marcadores tumorais bioquímicos (CÂNCER) 
São substâncias presentes no tecido tumoral, no sangue ou em outros fluidos 
biológicos produzidos pelo tecido em resposta ao tumor. 
Dentro dos exames Bioquímicos realizados pelo LACEM, temos exemplos que se 
encaixam como marcadores tumorais, por exemplo: 
 Tabela 2: Marcadores tumorais bioquímicos 
Enzima Tumores 
Amilase Pâncreas 
LDH Fígado 
Leucemia linfoblástica 
Fosfatase alcalina Osso, fígado, testículo, 
leucemias. 
GGT Fígado (metástase) 
*NEMER, 2010 
Fazer essa relação dos exames laboratoriais conjuntamente com os significados 
clínicos é muito pertinente, haja vista que análise laboratorial é uma ciência exata, servindo 
dessa forma como um minimizador de erros que porventura possam ocorrer na avaliação 
clínica, já que esta tem contornos por vezes subjetivos. 
No LACEM, casos onde a recoleta é solicitada no setor de Bioquímica são: 
 Erros na identificação da amostra do paciente; 
 Coleta de sangue feita em tudo errado; 
 Hemólise, lipemia; 
 Casos de acidente com amostra, etc. 
3.2. SETOR DE IMUNOLOGIA 
O setor de Imunologia do LACEM disponibiliza 2 exames, o VDRL e a pesquisa de 
Beta-hCG. 
Para a realização de exames imunológicos não é necessário grandes preparos do 
paciente. O profissional deve se precaver pra não haver erros que inviabilizem os exames. 
Nesse sentido, há circunstâncias que é requerida nova coleta no setor de Imunologia no 
LACEM, em situações como: coleta de sangue em tubo errado que impossibilite a realização 
do exame; volume insuficiente; erros na identificação da amostra do paciente; casos de 
hemólise intensa, etc. 
 3.2.1 TÉCNICAS 
Os exames imunológicos disponibilizados no LACEM adotam técnicas, para os 
seguintes testes: 
VDRL: É um teste não treponêmico que busca fazer a investigação de sífilis; esse 
teste utiliza a reação de floculação, que é uma técnica baseada na ligação dos anticorpos não 
treponêmicos, dispostos no soro do paciente infectado, a estruturas arrendondas chamadas 
micelas que combinam componentes do reagente, a ligação entre diversos anticorpos e 
micelas forma os flocos observados no exame. Para sua realização, o VDRL deve ser feito 
em placa escavada, constituindo 50μL de soro para 20μL de reagente, devendo a placa ser 
agitada durante 4 minutos em agitador automático e, após isso, levada para análise em 
microscópio (BRASIL, 2009). Se houver resultados reagentes, preconiza-se realizar 
diluições em solução salina a 0,9%; 
Beta hCG qualitativo: É um teste feito por meio do método imunocromatográfico 
com dois anticorpos, com uso de tira de reação; o primeiro anticorpo monoclonal anti-hCG 
se liga ao hCG da amostra quando ela é positiva; a segunda linha caracteriza o teste e 
contém o anticorpo controle. Quando não há o aparecimento da linha teste o exame é 
invalidado (BRASIL, 2009; LABTEST, 2017). 
 3.2.2. EXAMES 
 
 Tabela 3: Exames imunológicos realizados no LACEM 
EXAME RESULTADO USO E INTERPRETAÇÃO CLÍNICA 
VDRL Reagente (titulação) 
ou não reagente 
Diagnóstico de sífilis, a ser confirmado pelo teste 
treponêmico. 
As reações falso-positivas com títulos baixos até 1/8 
são encontradas, de forma breve, nas fases agudas de 
doenças infecciosas bacterianas, virais e parasitárias, 
como endocardite infecciosa, mononucleose, 
hepatite C, malária, e na gravidez. E de forma 
permanente nas doenças autoimunes, como lúpus 
*PARDINI, 2002; LABTEST, 2016; BRASIL, 2009. 
 3.3. SETOR DE HORMÔNIOS 
 3.3.1. TÉCNICAS 
 
O Setor de Hormônios no LACEM realiza cerca de 15 exames e detém uma grande 
demanda de solicitação de exames. O aparelho usado no setor de Hormônios no LACEN é o 
COBAS e411, que utiliza a técnica de eletroquimioluminescência para realização de 
exames. É uma técnica considerada como uma das mais sensíveis e configura uma variação 
da técnica de quimioluminescência (ROCHE, 2015). Na eletroquimioluminescência, usa-se 
corrente elétrica para causar a excitação dos elétrons. 
 3.3.2. EXAMES 
 Tabela 3: Exames hormonais realizados no LACEM 
EXAME VALORES DE REF. USO E INTERPRETAÇÃO CLÍNICA 
eritematoso sistêmico e artrite reumatoide, na 
hanseníase e em pacientes com linfoma. 
Beta HCG 
qualitativo 
Positivo ou negativo Diagnóstico e monitoramento da gravidez normal, 
gravidez ectópica e de tumores germinativos 
(ovarianos e testiculares). 
Um resultado negativo não deve dar exclusão de 
gravidez, aconselha-se realizar novo teste em 
amostra colhida após 7 dias. 
Amostras de pacientes com doenças trofoblásticas 
como coriocarcinoma ou mola hidatiforme que 
secretam hCG, podem desencadear resultados 
positivos na ausência de gravidez. 
Baixas concentrações de hCG podem acontecer em 
mulheres hígidas não grávidas. Resultados falso-
positivos podem ocorrer, também em amostras que 
contenham concentrações elevadas de LH 
(menopausa). 
Dessa forma, resultados positivos em mulheres com 
mais de 45 anos devem ser analisados com atenção. 
TSH (Hormônio 
Tiroestimulante) 
Crianças: 0,7 a 4,8 
uUl/mL 
Mulheres: 0,44 a 3,94uUl/mL 
Homens: 0,46 a 3,25 
uUl/mL 
Gestantes: 0,33 a 4,59 
uUl/Ml 
Exame utilizado na avaliação da função 
tireoidiana, considerado o teste mais sensível 
para diagnóstico de hipotireoidismo primário. 
Valores aumentados indicam hipotireoidismo 
primário. Valores muito reduzidos podem 
ocorrer no primeiro trimestre da gestação, 
quando o hCG bloqueia a síntese de hormônios 
tireoidianos. 
T3 
(Triiodotironina) 
Crianças: 80 a 231,1 
ng/mL 
Mulheres: 76,1 a 188,8 
ng/mL 
Homens: 76,1 a 157,5 
ng/mL 
Gestantes: 104,8 a 
261,7 ng/Ml 
Utilizado na avaliação de hiper e 
hipotireoidismo. Deve-se tomar cuidado com 
hemólise, já que altera os níveis de T3. 
T4 (Tiroxina) Crianças: 5,4 a 14,7 
ng/mL 
Mulheres: 4,9 a 12,9 
ng/mL 
Homens: 5,3 a 10 
ng/mL 
Gestantes: 7,3 a 16,1 
ng/Ml 
Demonstra a atividade secretora, mostra-se útil 
no diagnóstico de hipotireoidismo e 
hipertireoidismo, principalmente quando 
evidente ou secundário à doença hipotalâmica 
ou hipofisária. 
T4 livre Crianças: 0,9 a 1,9 
ng/dL 
Mulheres: 0,8 a 1,5 
ng/dL 
Homens: 0,9 a 1,6 
ng/dL 
Gestantes: 0,6 a 1,5 
ng/dL 
Exame utilizado na avaliação da função 
tireoidiana, principalmente em pacientes com 
suspeita de alteração na concentração de 
globulina ligadora de tiroxina (TBG). 
Utilizado ainda para avaliação de hipo ou 
hipertireoidismo. 
LH (Hormônio Mulheres (fase Utilizado para a investigação da infertilidade 
Luteinizante) folicular): 2,4 a 12,6 
mU/mL 
M (f. ovulatória): 14 a 
95,6 mU/mL 
M (f. lútea): 1,0 a 14,4 
mU/mL 
M (pós-menopausa): 
7,7 a 58,5 mU/mL 
Homens: 1,7 a 8,6 
mU/Ml 
feminina e masculina, amenorreia, 
oligomenorreia e outras anormalidades do 
ciclo menstrual, início da puberdade, 
puberdade precoce. 
Tanto no homem quanto na mulher, o LH está 
elevado no hipogonadismo 
hipergonadotrófico. Na mulher, a elevação da 
concentração de LH na menopausa comumente 
se segue ao de FSH. 
FSH (Hormônio 
Folículo 
Estimulante) 
Mulher (fase 
folicular): 3,5 a 12,5 
mUl/mL 
M (f. ovulatória): 4,7 a 
21,5 mUl/mL 
M (f. lútea): 1,7 a 7,7 
mUl/mL 
M (pós-menopausa): 
25,8 a 134,8 mUl/mL 
Homens: 1,5 a 12,4 
mUl/mL 
É indicado na avaliação do climatério, pelo 
fato de ser seu marcador mais precoce, do 
hipogonadismo e da infertilidade. 
Interpretação clínica: Nas formas de 
hipogonadismo em ambos os sexos, quando 
elevado, em paralelo com o LH, indica 
hipogonadismo hipergonadotrófico. 
PSA (Antígeno 
prostático 
Específico) total 
< 40 anos: até 1,4 
ng/mL 
40 a 49 anos: até 2,0 
ng/mL 
50 a 59: até 3,1 ng/mL 
60 a 69: até 4,1 ng/mL 
> 70 anos: até 4,40 
ng/mL 
Teste de triagem para detecção precoce de 
câncer de próstata. 
Diagnóstico e monitoramento de tratamento 
farmacológico e/ou cirúrgico de patologias 
prostáticas (câncer de próstata, hiperplasia 
prostática benigna e prostatites). 
 
PSA livre Inferior a 0,88 ng/mL 
Máximo de detecção: 
50 ng/mL 
Mínimo de detecção: 
Analisa as isoformas séricas do PSA não 
ligadas a proteínas plasmáticas, admite-se que 
possui maior especificidade. Verifica-se que 
portadores de canceres de próstata podem ter o 
0,01 ng/mL 
 
PSA livre em menores quantidades, já que o 
PSA de células malignas não é inativado (é 
capaz de se ligar a proteínas plasmáticas). 
Testosterona Crianças: 3 a 68 ng/dL 
Mulheres: 6 a 82 
ng/dL 
Homens (puberdade): 
28 a 1110 ng/dL 
Homens: 6 a 82 ng/dL 
Diagnóstico do hipogonadismo masculino; 
avaliação de puberdade precoce; diagnóstico 
de tumores virilizantes; avaliação do 
hirsutismo. 
No hipogonadismo de origem testicular ou de 
origem central, seus níveis são baixos. 
Progesterona Mulheres (f. folicular): 
0,2 a 1,4 ng/mL 
M (lútea): 3,5 a 25,5 
ng/mL 
M (pós-menopausa): 
até 0,7 ng/mL 
Homens: 0,3 a 1,2 
ng/mL 
Gestantes: 11,2 a 
422,5 ng/mL 
Diagnóstico da ovulação; avaliação da função 
do corpo lúteo; acompanhamento da terapia de 
substituição da progesterona. A progesterona é 
um hormônio esteroide produzido pelo ovário, 
placenta (durante a gravidez) e córtex adrenal. 
Os níveis de progesterona, caracteristicamente 
baixos durante a fase folicular, aumentam 
nitidamente durante a fase lútea dos ciclos 
menstruais normais, alcançando o pico 
máximo 5-10 dias depois do pico de LH. 
Valores elevados: ovulação (segunda metade 
do ciclo). 
Valores reduzidos: disfunção de fase lútea. 
Estradiol C: 5,1 a 27 pg/mL 
M (f. folicular): 12,5 a 
166 pg/mL 
M (f. ovulatória): 85,8 
a 498 pg/mL 
M (f. lútea): 43,8 a 
211 pg/mL 
M (pós-menopausa): 5 
a 54,7 pg/mL 
H: 7,6 a 42,6 pg/mL 
É útil na análise da puberdade precoce, 
hipogonadismo e fertilidade em ambos os 
sexos. Na mulher, também na avaliação da 
função ovariana e no acompanhamento de 
reprodução assistida. Na avaliação da 
puberdade precoce, é utilizado como exame 
inicial nas meninas, junto com o LH basal. 
Prolactina C: 0,3 a 28,9 Avaliação de tumores hipofisários 
M: 2,8 a 29,2 
H: 2,1 a 17,7 
G: 3,2 a 318 
(prolactinomas) e controle pós-tratamento; 
irregularidades hipotalâmicas; estudos de 
infertilidade, amenorréia, galactorréia e 
impotência. 
Valores elevados: doenças hipotalâmicas, 
hipotireoidismo, amenorréia, galactorréia, 
gravidez, insuficiência renal crônica, trauma 
de mama, hipotireoidismo primário, drogas, 
causas idiopáticas etc. 
Ferritina C: 7 a 200 ng/mL 
M: 13 a 150 ng/mL 
H: 30 a 400 ng/mL 
Avaliação da reserva de ferro em anemias 
Interpretação clínica: Quando reduzida, é um 
indicador de depleção de ferro, mas aumenta 
na doença inflamatória crônica, de modo que 
pode estar normal quando a deficiência de 
ferro convive com estas. 
Podem estar aumentando a ferritina: jejum 
prolongado e ingestão de medicamentos 
contendo ferro, infecções, neoplasias, doenças 
hepáticas, leucemias, ingestão de álcool, 
anemia hemolítica, hipertireoidismo, 
hemocromatose e processos inflamatórios 
agudos ou crônicos sem infecção. Podem 
diminuir algumas horas após o 
desencadeamento de um processo infeccioso 
*PARDINI, 2002; LABTEST, 2016; BRASIL, 2009. 
É válido ressaltar que muitas das especificações para a interpretação e liberação de 
resultados no setor de Hormônios devem seguir algumas preconizações, como a capacidade 
de verificar se há interferentes no resultado, já que exames hormonais são passíveis de um 
grande número de fatores interferentes; a possibilidade de recoleta em algumas situações; 
porém, dando ênfase sempre na questão do cuidado (principalmente pré-analítico) para que 
não haja erros que inviabilizem a análise. 
 4. CONTROLE DE QUALIDADE (BIOQUÍMICA/IMUNOLOGIA/HORMÔNIOS) 
 
O controle de qualidade é um dos pontos fundamentais nas Análises Clínicas, e 
deve estar presente em todas as etapas (pré-analítica, analítica e pós-analítica) que 
fundamentam a realização de um exame. 
No LACEM, o controle de qualidade é instituído de modo rigoroso na rotina do 
laboratório. De modo grosseiro, para todos os setores constituintes do laboratório há 
medidas de controle de qualidade que devem ser inerentes (Medidas gerais), como: 
 Limpeza; 
 Estrutura adequada a realização de exames; 
 Indicação de utensílios e partes que compõe a estrutura; 
 Registro de atividades, etc. 
Para todos os setores aqui descritos (Bioquímica, Imunologia e Hormônios) o 
controle de qualidade na fase pré-analítica é bem similar; são todas aquelas diretrizes que 
apesar de serem relativamente simplessão de extrema importância para que as análises 
sejam feitas de modo confiável, que incluem: 
 Identificação correta do paciente; 
 Padronização na coleta; 
 Evitar estase prolongada; 
 Nomenclatura padronizada do exame; 
 Orientações básicas para o preparo do paciente para a realização do exame e a 
certificação do cumprimento de tais orientações. 
Para o Setor de Bioquímica e de Hormônios há algumas particularidades 
específicas a eles relacionadas envolvendo a fase analítica e pós-analítica dos exames, que 
incluem: 
 Amostras controle, que devem ser avaliadas todos os dias 
 Calibração do equipamento: imprescindível para ajustar o aparelho com um padrão 
conhecido. Geralmente é realizada em período estipulado pelo fabricante ou em 
situações que requerem calibração; 
 Interpretação do gráfico de Westergard; 
 Relatório diário ao fim da rotina (Pós-analítica). 
Para o Setor de Imunologia, além de todas as diretrizes básicas de controle de 
qualidade imposta a todos os setores, no LACEM, para o setor de Imunologia há amostra 
controle de VDRL feita no laboratório. Já para o exame de Beta HCG o controle deste é 
observado por meio do guia de cores do teste. 
 5. DIFICULDADES ENCONTRADAS NO ESTÁGIO 
Não houve dificuldades no andamento do presente estágio no que concerne às 
relações interpessoais, todos os profissionais que se propuseram a me acompanhar foram 
extremamente solícitos e não hesitaram em compartilhar seus conhecimentos. Porém, apesar 
de todos os prós, houve alguns contratempos com relação a problemáticas técnicas nos 
aparelhos, atrasos da fornecedora, transtornos esses que dificultavam o curso das atividades 
dentro do laboratório. 
 6. CONCLUSÃO 
Essa nova vivência de estágio nos setores de Bioquímica, Imunologia e Hormônios 
permitiram um melhor aperfeiçoamento dos conhecimentos teóricos, visto que 
estabeleceram uma melhor compreensão por meio da experiência prática. No decorrer do 
estágio, foi perceptível e confirmatório (do que já sabíamos), que para obtenção de 
resultados confiáveis, é mais que necessário seguir todos os protocolos dos exames 
adequadamente, conjuntamente com muito rigor e cautela para que as chances de erros 
sejam minimizadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
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GAW, Allan; COWAN, Robert A.; O'REILLy, Denis St. J. Bioquímica Clínica. 2a. ed. 
Riode Janeiro: Guanabara Koogan , 2001. 
Laboratório Hermes Pardini – PARDINI. Instituto de Patologia Clínica do Hospital Pardini. 
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Labtest Diagnóstica – LABTEST. Guia Técnico: Bioquímica. 145 p, 2016. 
 
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OLIVEIRA, P. Aplicações de estudos bioquímicos quantitativos em ciências biológicas e da 
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PRÓ-EXAME. Informativo digital: jejum para exames laboratoriais. N. 11. 2014. 
RIBEIRO, J. A. M.; COSTA, K. N.; RIBEIRO, N. D. S. et al. Avaliação laboratorial de ureia 
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NEMER, A.S.A.; NEVES, F.J.; FERREIRA, J. E. S. Manual de solicitação e interpretação 
de exames laboratoriais. 1 ed. 2010. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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