Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES FACULDADE DE EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD Disciplina: Espaços Sociais de Formação Humana Avaliação Presencial 2 – AP2 / 2019-2 Coordenadora: Jaqueline Luzia da Silva Mediadoras pedagógicas à distância: Clarice Cordeiro dos Santos e Danielle Portilho Muffareg Bosco GABARITO Nome:_____________________________________________________________ Matrícula:__________________ Polo: ___________________________________ Caro(a) aluno(a), responda atentamente às questões abaixo. 1. Segundo Miguel Arroyo (2003, p. 34-35), “para a revitalização da teoria pedagógica esse é o caminho mais fecundo, refletir sobre a condição humana, suas dimensões e virtualidades formadoras e deformadoras, humanizadoras ou desumanizadoras presentes nos processos sociais e, sobretudo, nos movimentos de humanização e libertação”. A partir desta afirmação, marque V para verdadeiro e F para falso e, em seguida, assinale a alternativa que aponta as corretas. (1,0) ( ) Uma das suas características do movimento social é seu envolvimento totalizante. Quando em movimento, os sujeitos vivem em torno do que e como estão sendo, consequentemente, todas as dimensões de sua condição existencial entram em jogo. ( ) Os movimentos sociais nos puxam para radicalizar o pensar e fazer educativos na medida em que nos mostram sujeitos inseridos em processos de luta pelas condições elementaríssimas, por isso radicais, de viver como humanos. ( ) A ação educativa junto à diversidade de coletivos inseridos nesses movimentos e na sobrevivência, tão no limite, terá de dar conta da restrição de dimensões que os constituem como humanos. ( ) Recuperar essa concepção mais alargada de educação como formação e humanização plena pode ser uma das contribuições mais relevantes da pedagogia dos movimentos para a educação formal e não-formal. ( ) Uma das características dos movimentos sociais é que os coletivos são de todas as idades, gêneros e raças. As crianças e adolescentes, as mulheres entram em movimento, sem se expor, vivenciar o risco, a repressão e a morte, embora vivenciem as mesmas situações limite. (a) V-V-F-F-V (b) F-F-V-F-V (c) V-V-F-V-F (d) V-F-F-V-V (e) F-F-V-V-F 2. Segundo Duarte (2008, p. 62), “[...] o terceiro setor tem funcionalidade diante da conjuntura de reestruturação do capital que se desdobra em duas dimensões: a) na contribuição com o processo de redimensionamento do Estado, minimizando sua intervenção no enfrentamento das expressões da questão social; e b) na promoção de um clima de aliança e igualdade entre as classes sociais, o que obscurece o conflito e fragiliza a luta e a resistência dos trabalhadores na contemporaneidade”. A partir dessa crítica, assinale a alternativa INCORRETA: (1,0) (a) É através das “parcerias” que as ONGs firmam e garantem sua intervenção na questão social, bem como o Estado viabiliza sua proposta de redução com o social via publicização. (b) A partir dos anos 2000 as ONGs, determinadas pelo neoliberalismo, alteram sua função na sociedade e inserem-se na lógica do terceiro setor, uma vez que são chamadas a intervir diretamente na resposta à questão social, modificando radicalmente a relação até então consolidada com os movimentos sociais e aparecendo como “entidades parceiras”. (c) As ONGs passam a ser financiadas por entidades, muitas destas de caráter governamental, por meio das citadas parcerias ou da contratação pelo Estado para desempenhar, de maneira terceirizada, as atividades e funções estatais. (d) O capital mundializado se apropria das organizações a seu favor e, assim, resolve investir como mais uma estratégia para eximir o Estado da responsabilidade histórica com as manifestações da profunda desigualdade entre burguesia e trabalhadores. (e) As ONGs passam a ter mais espaço na mídia, maior respaldo e credibilidade, contando inclusive com a população na condição de voluntário; instala-se um movimento de “positividade” e investimento em relação às ONGs em detrimento dos movimentos sociais e da garantia de políticas sociais públicas. 3. Com relação à Pedagogia Hospitalar, Sassi, Machado, Guimaraes, Jendreieck, Gualdezi, Ianke, Carneiro e Souza (2004) afirmam que esta modalidade está lutando para melhor se definir nos últimos anos e se apresenta como um novo caminho para a atuação de pedagogas e pedagogos. Sobre este novo caminho, observe as afirmações abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que aponta as corretas. (1,0) I. A Pedagogia Hospitalar é um processo educativo não escolar que propõe desafios aos educadores e possibilita a construção de novos conhecimentos e atitudes. II. A Pedagogia Hospitalar envolve o conhecimento médico e psicológico, representando uma tarefa complexa, necessitando de um ponto de referência não médico: o enfoque formativo, instrutivo e psicopedagógico. III. Há necessidade de uma projeção emergente que, além de atender o estado biológico e psicológico da criança, atenda também suas necessidades pedagógicas e habitacionais. IV. A escola-hospital possui uma visão que se propõe a um trabalho não somente de oferecer continuidade de instrução, mas também o de orientar a criança sobre o internamento, já que o trauma é inevitável. V. Um dos objetivos da Pedagogia Hospitalar é a contribuição para o aperfeiçoamento integral do educando enfermo, na continuidade de suas atividades pedagógicas e na recuperação mais rápida de sua saúde. (a) Apenas I e V (b) Apenas I, II e V (c) Apenas II, III e V (d) Apenas I, II e IV (e) Apenas III e IV 4. Cazelli, Costa e Mahomed (2010) realizam uma reflexão bastante interessante sobre os conhecimentos necessários aos professores para a atuação em museus. A partir da pesquisa das autoras, assinale a alternativa INCORRETA a respeito desta atuação. (1,0) (a) É preciso que o profissional reconheça que, atualmente, os museus estão discutindo suas especificidades, como o lugar, o objeto, o tempo, a sobrevivência e a humanização. (b) O profissional no museu necessita perceber que os elementos constitutivos do museu são então articulados, com o objetivo de promover a apropriação/interpretação da narrativa museal, pelo visitante. (c) Por maior que seja a intenção dos profissionais das exposições de controlar a articulação desses elementos, o visitante se apropria deles de forma autônoma e variável. (d) A função educativa das/dos pedagogas/os, que há muito transpôs os muros da escola, vem sendo desenvolvida por múltiplos e heterogêneos canais, dentre os quais se encontra o museu, espaço privilegiado dentro do campo da educação não formal. (e) Os setores educativos vêm reivindicando uma participação cada vez maior e efetiva na concepção das exposições museológicas, no sentido de melhorar a comunicação com seus diferentes públicos. 5. Santana, Doninelli, Frosi e Koller (2004) apresentam uma pesquisa realizada em quatro instituições de atendimento a crianças e adolescentes em situação de rua. A partir dos principais resultados alcançados pela pesquisa, observe as afirmações abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que aponta as corretas. (1,0) I. Em relação ao quadro funcional de cada instituição é insuficiente o número de funcionários e técnicos em relação ao número de jovens frequentadores. II. Há uma enorme necessidade de capacitação permanente dos funcionários existentes, uma vez que as dificuldades envolvidas neste tipo de trabalho, com crianças e adolescentes em situação de rua, são notórias. III. Ainda em relação aosprofissionais, é interessante apontar a alta rotatividade dos mesmos, que pode denunciar as dificuldades inerentes a este tipo de atividade. IV. Outra questão a ser apontada como desafio refere-se à escolha (por eleição, na maioria das vezes) e ao processo de mudança de coordenação das instituições (alta rotatividade). V. Com a mudança de coordenação, altera-se também o quadro de funcionários, geram-se novas discussões acerca de objetivos, entre outras questões. Isto acarreta, muitas vezes, em uma descontinuidade do trabalho que vem sendo desenvolvido. (a) Apenas II, III e IV (b) Apenas I, III e V (c) Apenas II, III e V (d) Apenas I, IV e V (e) Apenas III e V 6. Segundo Duarte (2008, p. 68), “é imprescindível ressaltar que as ONGs exprimem um espaço de contradição, assim como toda a realidade social é contraditória e complexa, pois ao mesmo tempo em que tais organizações se inserem na lógica do terceiro setor e assumem funcionalidade no processo de reestruturação do capital trazem contribuições importantes à garantia de direitos sociais, assim como permitem respostas interessantes e criativas às diversas expressões da questão social”. Diante dessa afirmação, aponte elementos que justifiquem a contradição presente na atuação das ONGs no Brasil, explicando a relação que tecem com a educação das classes populares. (5,0) A atuação das ONGs no Brasil consolida-se a partir da identificação do terceiro setor com a sociedade civil; da desresponsabilização do Estado; da ação maciça das ONGs na sociedade (principalmente no campo educacional); do estabelecimento de parcerias público-privadas; da lógica da solidariedade, do voluntariado e da filantropia empresarial; da desarticulação dos movimentos sociais etc. Assim, é necessário problematizar o papel das ONGs no sentido do tensionamento com as políticas públicas e das ações voltadas para solucionar questões não resolvidas por estas políticas, servindo como instrumento de reivindicação de direitos sociais historicamente negados às classes populares. Da mesma maneira, é inegável o papel político e social exercido nas últimas décadas por essas instituições e movimentos da sociedade civil, principalmente no que tange à complementação das necessidades educativas. Referências ARROYO, Miguel G. Pedagogias em movimento: o que temos a aprender dos Movimentos Sociais? Currículo sem Fronteiras, v.3, n.1, p. 28-49, Jan/Jun 2003. CAZELLI, Sibele; COSTA, Andréa Fernandes; MAHOMED, Carla. O que precisa ter um futuro professor em seu currículo de formação para vir a ser um profissional de educação em museus? Ensino Em-Revista, Uberlândia, v. 17, n. 2, p. 579-595, jul./dez. 2010. DUARTE, Janaína Lopes do Nascimento. A funcionalidade do terceiro setor e das ONGS do capitalismo contemporâneo: o debate sobre sociedade civil e função social. Libertas. Juiz de Fora v.2, n.2, p.50-72, jul 2008. SANTANA, Juliana Prates; DONINELLI, Thaís Mesquita; FROSI, Raquel Valiente; KOLLER, Sílvia Helena. Instituições de atendimento a crianças e adolescentes de rua. Psicologia & Sociedade; 16 (2): 59-70; maio/ago. 2004. SASSI, Liliam Duarte da Silva; MACHADO, Bernadete; GUIMARÃES, Carolina Brandes; JENDREIECK, Ceres de Oliveira; GUALDEZI, Luciane Denise; IANKE, Marli; CARNEIRO, Viviane Nunes; SOUZA, Maria Antonia de. Pedagogia hospitalar o projeto desenvolvido pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. Ponta Grossa/UEPG, 12(2): 41- 48, dez. 2004.
Compartilhar