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Atos processuais

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Atos processuais:
ATOS DAS PARTES: artigo 200 A 202
Declarações-unilaterais, bilaterais.
Capazes de produzir: de constituir imediatamente a modificação ou extinção de direitos processuais. 
Desistência da ação só produz efeitos após Homologação judicial. - A parte pode desistir da ação, mas essa desistência tem que ser homologado.
Partes podem exigir recibos de petições e Doc. Você chega no cartório ou no fórum e entrega algum documento, tem o direito de receber o carimbo de recebimento.
Vedação a cotas marginais (Anotações) no proc.
- Pena: multa de metade do salário-mínimo.
- é quando o advogado faz rabiscos no processo, fazendo várias observações, usando setas, traços e anotações. 
PRONUNCIAMENTO DO JUIZ:
Sentença: apelação, exclusiva do juiz de 1º grau. Extinguem o processo sem resolução de mérito. 
Decisão interlocutória: qualquer decisão que não seja sentença, cabe agravo de instrumento, é recorrível. Indeferem produção de prova pericial. 
Despacho: não tem conteúdo decisório, é apenas movimentação dos atos processuais, exclusivo do juiz de 1º grau, irrecorrível, impulsiona andamento do processo, não soluciona controvérsia. 
Acórdão: decisão dos tribunais. 
Art. 203 “ Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. 
§ 1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. 
§ 2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1º. 
§ 3º São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte. 
§ 4º Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário. ” 
Art. 204 “ Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais. ” 
Art. 205 “ Os despachos, as decisões, as sentenças e os acórdãos serão redigidos, datados e assinados pelos juízes. 
§ 1º Quando os pronunciamentos previstos no caput forem proferidos oralmente, o servidor os documentará, submetendo-os aos juízes para revisão e assinatura. 
§ 2º A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita eletronicamente, na forma da lei. 
§ 3º Os despachos, as decisões interlocutórias, o dispositivo das sentenças e a ementa dos acórdãos serão publicados no Diário de Justiça Eletrônico. ”
FORMA: 
o art. 188, caput, do CPC/2015 preceitua que: “os atos e os termos processuais não dependem de forma determinada, senão quando a lei expressamente a exigir, considerando se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial” * NÃO IMPORTA O MEIO, CONTANTO QUE O FINAL SEJA CORRETO, O PROCESSO SERA VALIDO.
 A tradição no direito brasileiro é que os atos processuais sejam sempre escritos. Os atos orais ocorrem, em regra, nos juizados especiais e na conciliação, podendo ser gravados ou reduzidos a termo, conforme o princípio da documentação dos atos processuais.
Quanto ao modo dos atos processuais, estes devem ser escritos em língua portuguesa,
Assim, qualquer petição deve ser redigida em português, devendo ser assinada pelo sujeito que a realiza.
. Assim, em caso de desobediência à forma, mas alcance do fim almejado, o ato poderá ser considerado válido.
De acordo com o art. 189, os atos processuais são públicos. Contudo, devem tramitar em segredo de justiça os processos:
Em que o exija o interesse público ou social;
Que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes;
Em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
 IV que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo. Não obstante a decretação do segredo de justiça, podem as partes e seus procuradores consultar os autos e pedir certidões de seus atos
Já o terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.
Atos praticados por meio eletrônico
o ato processual efetivado por meio eletrônico é considerado realizado no dia e hora de seu envio, sendo certo que isso poderá ocorrer até às 24 horas do último dia do prazo.
O art. 5º trata das intimações feitas por meio eletrônico para as pessoas que se cadastrarem no órgão do Poder Judiciário, dispensando se a publicação no órgão oficial, inclusive eletrônico. Nesse caso, considera-se efetivada a intimação, no dia em que a pessoa realiza a consulta eletrônica ao ato judicial, o que deverá ser regularmente certificado nos autos. Caso a consulta seja feita em dia não útil, considera se realizada no primeiro dia útil seguinte. O § 3º do art. 5º estabelece o prazo de 10 dias corridos, contados da data do envio da intimação, para que seja feita a consulta. Ao término desse prazo, considera se realizada a diligência.
TEMPO: artigo 212 a 216
Tempo: 6h as 20h em dias úteis, respeitando o horário de funcionamento do fórum. 
Obs: férias forenses- 20/12 a 06/01. (Não são praticados atos processuais)
O encerramento do expediente forense antes do prazo normal, implica na prorrogação dos prazos, para o dia útil imediatamente subsequente.
O encerramento antecipado do expediente forense implica prorrogação do prazo recursal.
A prorrogação dos prazos ocorre de forma automática.
Quanto ao plantão judiciário, este existe a qualquer dia da semana, inclusive nos fins de semana e feriados, e consiste na presença de um juiz, um promotor e um defensor público de plantão para atender às causas urgentes, como mandatos de segurança, pedidos de tutela antecipada, alimentos e providências cautelares diversas
IMPORTANTE:
Consideram-se feriados os dias não úteis, isto é, aqueles em que não há expediente forense, como os domingos, dias de festa nacional ou local e os sábados, quando as normas de organização judiciária suspenderem a atividade judiciária nesses dias (art. 175).
        Salvo no caso de citação e intimação, de nenhum efeito são os atos praticados em dias não úteis ou fora do horário legal.
        Para a citação e a penhora, há exceção expressa que permite sua prática em domingos e feriados, ou nos dias úteis, fora do horário legal (art. 172, § 2º).
        Sempre que o ato for daqueles que se praticam por meio de petição, como os recursos, a manifestação da parte terá de ser protocolada, dentro do horário de expediente estabelecido pela lei de organização judiciária local
O LUGAR: artigo 217
Sede do fórum
Há atos que não podem ser praticados na sede do juízo, como, por exemplo, a oitiva de uma testemunha que não se pode locomover até o Fórum. Nesse caso, o juiz tomará o depoimento da testemunha no lugar em que se encontra, devendo, no entanto, avisar às partes com antecedência, para não ferir o princípio da ampla defesa e do contraditório. 
Outra hipótese de ato processual praticado fora da sede do juízo é a inspeção judicial prevista nos arts. 481 a 484 do CPC/2015, que ocorre quando o juiz observa a necessidade de ir até o local do fato para, mediante contato direto e imediato, formar o seu convencimento.
PRAZO E CONTAGEM:
Prazos: legais (maioria 15 dias) e judiciais (quando a lei for omissa). 
No silencio da lei e do juiz: 5 dias para intimado praticar qualquer ato processual. 
Prazo para comparecimento no silencio da lei e do juiz: 48h.
Prazo é o espaço de tempo dentro do qual deve ser praticado o ato processual. 
É delimitado por dois termos: termo inicial (dies a quo) e termo final (dies ad quem).
Quanto à origem, os prazos podem ser legais ou judiciais.
Legais são os prazos que, como o próprio nome indica, são definidos em lei, não podendo,
em princípio, as partes nem o juiz alterá-los. Judiciais, por outro lado, são aqueles fixados pelo próprio juiz nas hipóteses em que a lei for omissa. Na fixação do prazo judicial deve-se levar em conta a complexidade do ato processual a ser realizado (art. 218, § 1º, CPC/2015). Em não sendo o prazo estabelecido por preceito legal ou prazo pelo juiz (prazo judicial), o Código sana a omissão, estabelecendo o prazo genérico de cinco dias para a prática do ato processual (art. 218, § 3º, CPC/2015).
Com relação às consequências processuais, os prazos se subdividem em próprios e impróprios.
Próprios são os prazos destinados à prática dos atos processuais pelas partes. Esses, uma vez não observados, ensejam a perda da faculdade de praticar o ato, incidindo o ônus respectivo (preclusão temporal).
Impróprios, a seu turno, são os prazos atinentes aos atos praticados pelo juiz. Diferentemente dos prazos próprios, entende-se que os impróprios, uma vez desrespeitados, não geram qualquer consequência no processo, o que, do ponto vista da efetividade do processo, é lamentável.  prazo de 5 (cinco dias) para proferir despacho; prazo de 10 (dez) dias para as decisões interlocutórias e de 30 (trinta) dias para as sentenças.
Quanto à possibilidade de dilação, os prazos podem ser dilatórios ou peremptórios.
Dilatórios são os prazos fixados em normas dispositivas, que podem ser ampliados ou reduzidos de acordo com a convenção das partes. Prazo de suspensão do processo por convenção das partes (art. 313, II, CPC/2015)é exemplo de prazo dilatório.
§ 1º. Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptórios sem a anuência das partes.
A contrario sensu, a nova legislação permite ao juiz reduzir os prazos peremptórios, desde que com prévia anuência das partes.
Qualquer que seja a natureza do prazo, pode o juiz prorrogá-lo por até dois meses nas comarcas, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte (art. 222, CPC/2015). Em caso de calamidade pública, a prorrogação não tem limite (art. 222, § 2º, CPC/2015).
Quanto à paralisação dos prazos, temos as figuras da 
Interrupção – “zera” a contagem, não computa os dias antecedentes à paralisação; 
Suspensão – contam-se os dias que antecedem a paralisação; e 
 Impedimento – óbice que impede o início da contagem do prazo
COMUNICAÇAO DOS ATOS PROCESSUAIS:
O réu só se vincula ao processo, sujeitando-se aos efeitos da sentença, após a citação. O prazo para apresentar quesito só começa a fluir após a intimação do despacho que nomeou o perito. Daí a importância da comunicação dos atos processuais.
Os atos processuais serão cumpridos ou comunicados por ordem judicial e, além de outros meios, como diligência de oficial de justiça, correio ou meio eletrônico, poderão ser praticados por carta, conforme hajam de realizar-se dentro ou fora dos limites territoriais do tribunal, da comarca, da seção ou da subseção judiciária
1 – Citação
 o réu é chamado para comparecer no processo.
A Citação tem o seu conceito delineado no art. 238 do CPC – é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual.
É através da citação, regra geral, que o réu toma ciência da existência do processo e assim, pode tomar parte daquela relação jurídica. O comparecimento espontâneo do citando, supre a falta ou nulidade de citação, conforme determina o art. 239, §1º CPC.
A eficácia do processo perante o réu, depende da sua citação válida.
ART. 312.  CONSIDERA-SE PROPOSTA A AÇÃO QUANDO A PETIÇÃO INICIAL FOR PROTOCOLADA, TODAVIA, A PROPOSITURA DA AÇÃO SÓ PRODUZ QUANTO AO RÉU OS EFEITOS MENCIONADOS NO ART. 240 DEPOIS QUE FOR VALIDAMENTE CITADO
Ocorre preclusão para o autor, até o momento que não ocorreu a citação, ate o momento que o réu não tomou conhecimento de uma existência da ação contra ele, o autor pode editar a petição inicial, pode modificar o pedido, pode modificar a causa do pedido. Uma vez que ocorreu a citação valida do réu ao o autor já não e mais possível fazer modificações, alterações na petição inicial. Uma vez que ocorreu a citação, qualquer modificação de pedido ou causa do pedido, só pode acontecer na fase de saneamento do processo, desde que haja a concordância do réu. 
Citação direta – é a feita na pessoa do réu ou de seu representante legal
REGRA GEERAL: a citação deve ser pessoal
EXCESSAO: a citação é pessoal, mas é possível que o reque o executado atribua poder a outras pessoas, pra que recebam outras citações em seu nome. Nessa situação a citação não pode ser feita nessa pessoa do réu e vai ser feita então nessa pessoa de sua representação. 
Citação indireta – é a feita na pessoa de um terceiro, que tem poderes de recebê-la com efeito vinculante em relação ao réu.
Qualquer pessoa jurídica de direito público, que for ré em um processo recebera a citação da pessoa de advocacia pública, do chefe de sua advocacia pública.
No caso de Pessoas Jurídicas, o art. 248, §2º do CPC prevê a validade da citação quando a entrega do mandado foi feita a pessoa com poderes de gerência geral ou de administração ou, ainda, a funcionário responsável pelo recebimento de correspondências.
A citação deve ser feita em qualquer lugar em que se encontre o réu, o executado ou interessado.
Modalidades de Citação
É no art. 246 do CPC que estão enumeradas as modalidades de citação:
– Pelo correio;
– Por oficial de justiça;
– Pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório;
– Por edital;
– Por meio eletrônico, conforme regulado em lei.
 
A doutrina classifica as espécies de citação em real e ficta. A citação real é aquela realizada via correios e por oficial de justiça, uma vez que é realizada pessoalmente ao réu ou seu representante.
Já citação ficta é realizada por meio de edital ou por oficial de justiça na modalidade “hora certa”, onde há uma presunção de que o réu tomou conhecimento do seu conteúdo.
Citação pelo correio
A citação pelo correio é a mais comum e a forma prioritária de citação das pessoas naturais, das microempresas e das empresas de pequeno porte. Há casos em que o CPC prevê vedações à citação via correio.
O art. 247 do CPC os enumera:
– Nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3o;
– Quando o citando for incapaz;
– Quando o citando for pessoa de direito público;
– Quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência;
– Quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.
Observem que o autor pode, justificadamente, requerer ao juiz que defira outra forma de citação.
O “aviso de recebimento” deve acompanhar a citação por correio, será assinado pelo citando e depois juntado ao processo.
Sendo o citando pessoa jurídica, será válida a entrega do mandado a pessoa com poderes de gerência geral ou de administração ou, ainda, a funcionário responsável pelo recebimento de correspondências.
 
Citação por mandado
 O cumprimento da citação por mandado é realizado por oficial de justiça e ocorrerá nos casos previstos na legislação e também naqueles casos onde não é possível a citação via correio.
O art. 250 do CPC estabelece os requisitos do mandado a ser cumprido pelo oficial de justiça, que deverá realizar a citação no local onde encontrar o réu, ressalvadas as hipóteses já mencionadas neste texto, lendo-lhe o mandado e entregando-lhe a contrafé.
Para a citação por mandado a ser realizada em outra comarca, é necessária a expedição de carta precatória para o juízo competente, ressalvadas as hipóteses legais.
 
Citação com hora certa
 Prevista no art. 252 do CPC, é também uma espécie de citação por mandado. Ela ocorre quando, por 2 vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou residência sem o encontrar.
Havendo suspeita de ocultação, deverá intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar.
No dia e na hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho, comparecerá
ao domicílio ou à residência do citando a fim de realizar a citação com hora certa.
Não estando presente o citando, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca, seção ou subseção judiciárias.
Importante destacar que a citação com hora certa será efetivada mesmo que a pessoa da família ou o vizinho que houver sido intimado esteja ausente, ou se, embora presente, a pessoa da família ou o vizinho se recusar a receber o mandado.
O art. 254 do CPC estabelece que, feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretária enviará ao réu, executado ou interessado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência.
 Citação por edital
O art. 256 do CPC estabelece as hipóteses em que a citação por edital será realizada:
– Quando desconhecido ou incerto o citando;
– Quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando;
– Nos casos expressos em lei.
Esta é uma forma de citação ficta, pois a pessoa não é citada pessoalmente. Presume-se, após a publicação do edital, que o citando tenha tomada ciência do seu teor.
O art. 257 do CPC estabelece os requisitos da citação por edital, que cabe em todos os tipos de processo.
Gonçalves (2017) alerta que o edital deve ser publicado na rede mundial de computadores, no sítio do respectivo tribunal e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, o que deverá ser certificado nos autos.
Além disso, o juiz pode determinar também a publicação em jornal local de ampla circulação ou por outros meios, consideradas as peculiaridades da comarca, seção ou subseção judiciárias, é o que dispõe o art. 257, parágrafo único do CPC.
O art. 257, III do CPCP elucida que o juiz fixará o prazo do edital, que pode variar entre 20 e 60 dias, a contar da publicação.
Importante destacar que o CPC prevê hipóteses em que, mesmo sendo desconhecido os réus, é possível a citação via mandado. É o caso, por exemplo, do art. 554, §2º do CPC.
Citação por meio eletrônico
A Lei 11.419/2006 dispõe sobre a informatização do processo judicial, dispondo sobre as regras gerais para o seu desenvolvimento;
Essa lei estabelece que no processo eletrônico, todas as citações, intimações e notificações, inclusive da Fazenda Pública, serão feitas por meio eletrônico, ressalvando-se apenas as hipóteses em que, por motivo técnico, for inviável o uso do meio eletrônico para a realização de citação, intimação ou notificação.
Nesses casos os atos processuais poderão ser praticados segundo as regras ordinárias, digitalizando-se o documento físico, que deverá ser posteriormente destruído.
Efeitos da Citação
 O art. 240 do CPC enumera os efeitos da citação:
– Induz litispendência
– Torna litigiosa a coisa
– Constitui em mora o devedor
 Lembrando que o efeito principal da citação é o de completar a relação processual.
Todos esses efeitos persistem ainda que a citação seja ordenada por juízo incompetente.
Intimação
O conceito de intimação está disposto no art. 269 do CPC:
ART. 269.  INTIMAÇÃO é O ATO PELO QUAL SE DÁ CIÊNCIA A ALGUÉM DOS ATOS E DOS TERMOS DO PROCESSO.
A intimação serve, portanto, para a comunicação e ciência dos demais atos e termos do processo, excetuada apenas a comunicação inicial para integração da relação jurídica – que diz respeito à citação.
Interessante que o CPC prevê até mesmo a possibilidade de o advogado de uma parte intimar o advogado da outra parte. Tal faculdade está expressa no art. 269, §1º do CPC.
ART. 269 (…)
§ 1º – É FACULTADO AOS ADVOGADOS PROMOVER A INTIMAÇÃO DO ADVOGADO DA OUTRA PARTE POR MEIO DO CORREIO, JUNTANDO AOS AUTOS, A SEGUIR, CÓPIA DO OFÍCIO DE INTIMAÇÃO E DO AVISO DE RECEBIMENTO.
Formas de intimação
A doutrina distingue 05 formas de intimação:
Por meio eletrônico;
Essa é a regra, pela nova sistemática do CPC – art. 270 CPC.
 
Pela publicação no Diário Oficial;
Quando não realizadas por meio eletrônico, consideram-se feitas as intimações pela publicação dos atos no diário oficial. No Judiciário temos o Diário do Judiciário Eletrônico (DJE).
Disponibilizada a informação no DJE, considera-se publicado no primeiro dia útil posterior.
 
Pelo correio;
Não dispondo a lei de outro modo, as intimações serão feitas às partes, aos seus representantes legais, aos advogados e aos demais sujeitos do processo pelo correio ou, se presentes em cartório, diretamente pelo escrivão ou chefe de secretaria.
 
Por mandado;
Quando não for possível a intimação via eletrônica ou pelo correio, o oficial de justiça poderá ser acionado para efetuar a intimação via mandado. A intimação via mandado segue o regramento da citação, podendo ser feita também com “hora certa”.
 
Por edital;
O art. 275, §2º do CPC prevê a possibilidade de sua utilização nos casos em que se fizer necessário, por exemplo quando o intimando não puder ser identificado ou localizado.
TEORIA DAS NULIDADES DO PROCESSO
Nulidade: sanção processual. 
Classificação: 
Mera irregularidade: vício tão pequeno que não causa nulidade. 
Nulidade relativa: alegada pela parte que não tenha dado causa ao vício, não pode ser reconhecida de ofício pelo juiz. Gera preclusão. Busca preservar os interesses das partes. 
Art. 276 “Quando a lei prescrever determinada forma sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa. ” 
Nulidade absoluta: pode ser alegada pela parte ou reconhecida de ofício pelo juiz. Não gera preclusão, podendo a qualquer tempo ser declarado. Vício mais grave. Busca preservar algo superior ao interesse das partes, o interesse de ordem pública. 
Princípio da instrumentalidade das formas e princípio da economia processual: o princípio da instrumentalidade das formas aproveita o ato viciado, permitindo gerar efeitos, mesmo que haja desrespeito à forma legal. É importante analisar se o desrespeito à forma legal afastou o ato da sua finalidade ou causou algum prejuízo, não acontecendo isso, pelo princípio da economia processual, deve-se evitar a inútil repetição. 
Art. 277 “ Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade. ” Momento de alegação: Art. 278 “ A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão. 
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento. ” Nulidade decorrente da ausência de intimação do Ministério Público: quando o M.P. tiver a função de fiscal da ordem jurídica e não for intimado, pode ocorrer a nulidade absoluta, mas somente se a sua ausência causar prejuízo para o processo, se não causar, todos os atos são validados. 
Art. 279 “ É nulo o processo quando o membro do Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir. 
§ 1º Se o processo tiver tramitado sem conhecimento do membro do Ministério Público, o juiz invalidará os atos praticados a partir do momento em que ele deveria ter sido intimado. 
§ 2º A nulidade só pode ser decretada após a intimação do Ministério Público, que se manifestará sobre a existência ou a inexistência de prejuízo. ” 
Efeitos da decretação da nulidade do ato: 
Art. 281 “ Anulado o ato, consideram-se de nenhum efeito todos os subsequentes que dele dependam, todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras que dela sejam independentes. ” Art. 282 “ Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados. 
§ 1º O ato não será repetido nem sua falta será suprida quando não prejudicar a parte. 
§ 2º Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe
a falta. ” 
Aproveitamento dos atos: 
Art. 283 “ O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo ser praticados os que forem necessários a fim de se observarem as prescrições legais. 
Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados desde que não resulte prejuízo à defesa de qualquer parte. ”

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