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RECURSO ESPECIAL

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
Processo de origem nº: xxx/xx
Apelação nº: xxxx/xx
Comarca: Rainha - RJ
Apelante: Gisele Santos Teixeira
Apelada: Matilde Castro De Almeida
Recurso: Apelação
GISELE SANTOS TEIXEIRA, pessoa física já devidamente qualificada nos autos da Ação Indenizatória em epígrafe, que move Matilde Castro De Almeida, por meio de seu advogado in fine assinado e já constituído na presente contenda, inconformada com a decisão supra dado ao Recurso de Apelação interposto pela parte Demandada, ora Recorrente, que confirmou a sentença do juiz de primeiro grau mantendo o valor arbitrado a título de indenização, vem, com o Nobre Respeito e Acato à presença de Vossa Excelência, opportune tempore, com suporte e arrimo do art. 1029 do Novo Código de Processo Civil e dos arts. 255 e seguintes do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça, com fulcro no art. 105, III, a, da Constituição da República, interpor:
RECURSO ESPECIAL,
pelas razões de fato e de direito a seguir expostas, que desta fazem parte integrante:
Em face do v. Acórdão da Vara Cível da Comarca de Rainha, do Estado do Rio de Janeiro, requestando desde já sua admissão e remessa ao Colendo Superior Tribunal de Justiça.
O presente recurso é próprio, tempestivo, as partes são legítimas e estão devidamente representadas.
Apresenta recurso, tempestivamente, requerendo-se ainda a juntada das guias, comprovando-se o pagamento de custas de preparo (em anexo). 
Há de ser salientado também que a matéria que versa este recurso não possui recurso repetitivo, sendo desnecessária sua suspensão conforme molda o art. 1036 do Novo Código de Processo Civil.
Requer ainda que o presente recurso seja recebido no seu efeito devolutivo, estando em conformidade com o art. 1030 do Novo Código de Processo Civil.
Nestes termos, pede e aguarda deferimento.
Rainha – RJ, XX/XX/XXXX.
Advogado
OAB/RJ xxxx/xx
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO DO COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Apelante: Gisele
Apelada: Matilde
Recurso: Apelação
Origem: Vara Cível da Comarca de Rainha, do Estado do Rio de Janeiro
Apelação Cível nº: xxx/xx
RAZÕES DE RECURSO ESPECIAIS
DOS FATOS MATERIAIS E PROCESSUAIS
A Recorrida ajuizou perante a Recorrente a Ação Indenizatória acima epigrafada com objetivo de obter indenização por danos materiais e morais em virtude de veiculação de vídeo ofensivo à sua honra e imagem de autoria da ora Apelada MATILDE CASTRO DE ALMEIDA, cuja publicação em canais de redes sociais trouxe perdas danosas à apelante.
Apresentadas as provas e declarações anexadas aos autos pela Ré, não sendo necessário o seu reexame ao caso neste momento, dar-se a reconhecer de fato a existência dos direitos junto à Recorrida como também a inexistência de fundamentos impugnativos por parte do Recorrente. Inclusive fora este de acordo em indenizar a Recorrida.
Além disto, conjectura-se ao fato de que o EXMO Desembargador Relator do acórdão se esqueceu de aplicar corretamente o artigo 944 do Código Civil Brasileiro de 2002 (Lei Federal 10.406/2002), mantendo o valor da sentença “a quo” por danos morais no disparate valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais).
EMENTA DO ACÓRDÂO, in verbis:
“xxxxxx”
“Deste modo, o valor estabelecido na sentença, de R$2.000,00 (dois mil reais) não se revela proporcional à conduta praticada pela requerente bem como à extensão dos danos suportados pela autora, devendo ser minorado para quantia que melhor se amolda à espécie e tendo sido frequentemente praticada neste Tribunal, por ser suficiente à efetiva reparação da ofendida, não ensejar enriquecimento sem causa e por se adequar ao caráter sancionador da medida, levando-se em conta, também, o padrão socioeconômico da vítima e o porte econômico da ré”
DO CABIMENTO RECURSAL
O aresto proferido pela Vara Cível da Comarca de Rainha, do Estado do Rio de Janeiro em julgamento da apelação cível, acórdão que conservou a sentença de primeiro grau que julgara a apelação proposta pela Recorrente, data vênia, priva-se de amparo na ordem jurídica nacional e lei federal.
Assim, em face do exposto, apresentaremos cabalmente o preenchimento dos requisitos legais para que este Recurso Especial obtenha, pelo juízo de admissibilidade, seu processamento e seguimento, sendo remetido para apreciação de mérito ao Egrégio Superior Tribunal de Justiça na forma da Lei Processual e da Constituição Federal.
DO PREQUESTIONAMENTO
Entrementes, é necessário avultar que a norma legal supracitada foi inteiramente prequestionada, para confirmar a alegação, basta simplesmente uma leitura dos autos, apreciando em especial, a contestação, as manifestações incidentais, a sentença, a peça de razões de apelação, do próprio ACÓRDÃO RECORRIDO interposto pela Recorrente.
O escopo dos autos tem seu objeto apresentado nos artigos 186, 927, 884 e 944 do Código Civil, atribuindo a estes dois últimos a demonstração de violação causada pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Atentemos, ainda, que em pleno acordo com a exigência, a matéria fora prequestionada para fins de admissibilidade do Recurso Especial, indo ao encontro das súmulas nº 211 do STJ e 282 do STF.
Súmula 211 –“Inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito da oposição de embargos declaratórios, não foi apreciada pelo Tribunal a quo”. (Súmula 211 CORTE ESPECIAL, julgado em 01/07/1998, DJ 03/08/1998). (http://www.stj.jus.br/SCON/sumanot/toc. Jsp#TIT1TEMA0)
Súmula 282 – “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada”. (Súmula da Jurisprudência Predominante do Supremo Tribunal Federal, Sessão Plenária de 13/12/1963)
Há de se convir que a r. Decisão apresentada, entrou em desconformidade com o artigo 884 e 944 do Código Civil, sobrepujando os princípios constitucionais implícitos da proporcionalidade e da razoabilidade.
Desta feita, conclui-se que a disciplina concernente à negativa de vigência à Lei supracitada foi examinada pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, tendo sido, portanto, Inegavelmente Prequestionada a Matéria de conformidade plena e direta com as resoluções normativas relativas à espécie, fazendo com que o presente Recurso Especial seja devidamente recebido e processado regularmente, com o consequente envio de suas razões ao Superior Tribunal de Justiça para a competente análise de mérito.
DOS FUNDAMENTOS PARA REFORMA DA DECISÃO
a) – Da Negativa de Vigência à Lei 10.406/2002
A decisão contrária mostrou imprecisa, uma vez que deixou de aplicar a oportuna hermenêutica harmonizada com o artigo 5º, inciso V da Carta Magna.
Na avidez do recurso especial é sabido que, no que se refere ao arbitramento de verbas indenizatórias por danos extrapatrimoniais, este Egrégio Tribunal tem repetidamente se acentuado no sentido de que a indenização deve ser suficiente para restabelecer o bem-estar da vítima e desestimular o ofensor a cometer nova falta, coibindo o enriquecimento sem causa ao ofendido.
Tem apaziguado o STJ que é cabível a revisão do “quantum” arbitrado a título indenizatório quando o valor fixado nas instâncias ordinárias se revele ínfimo ou exorbitante.
Neste contexto, o ajuizamento de verba indenizatória em R$ 2.000,00 (dois mil reais) arbitrados pelas instâncias ordinárias em razão das peculiaridades esboçadas no acórdão recorrido, é extremamente insignificante, não se revelando hipótese que autorize a superação do óbice da Súmula 7/STJ, por este Tribunal Superior.
DO PEDIDO
Ante o exposto. Requer:
a) Seja o presente Recurso Especial devidamente Admitido na Origem, e posteriormente remetida ao Egrégio Superior Tribunal de Justiça para julgamento de mérito, já que ocorreu o competente prequestionamento da matéria, como também ficou demonstrada a negativa de vigência do art. 105, III, a da CF/88 pelo acordão atacado.
b) Após a respectiva admissão do Recurso Especial,
acima requerido, quando este for recebido no Egrégio Superior Tribunal de Justiça, que seja o mesmo Conhecido e provido, para que seja reformado o acórdão, ora recorrido, para reformar o valor da quantia condenada de R$. 2.000,00 (dois mil reais) para a quantia proporcionalmente justa que se equipara com a realidade econômica da ré.
Nestes termos,
PEDE E ESPERA PROVIMENTO.
Rainha – RJ, XX/XX/XXXX.
Advogado
OAB/RJ xxxx/xx

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