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INTERPOSIÇÃO DE RECURSO - pdf

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FACULDADE CATÓLICA DO TOCANTINS 
 
 
 
ACADÊMICOS: 
ALLAN SANTOS SOARES - FC20162297 
LILIANA XAVIER DIAS TELLES - 2008010528 
LUCAS ALVES COSTA - FC 20174343 
MARTA HELENA CASTRO ALVES – FC20162897 
MICHELLE MARIA DA SILVA – FC20162091 
 
 
 
 
 
 
 
INTERPOSIÇÃO DE RECURSO ESPECIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FACULDADE CATÓLICA DO TOCANTINS 
 
 
 
FOLHA DE INTERPOSIÇÃO: 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE 
DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. 
RECURSO ESPECIAL 
Apelação Cível nº 583.00.2000.636109-0 
RECORRENTE: ALECSSANDRA VIEIRA RUA BARCELOS 
RECORRIDA: OMINT SERVIÇOS DE SAÚDE LTDA. 
RECORRENTE, apelante, nos autos do Recurso Especial Cível em que figura como 
apelada RECORRIDA, inconformada com a Decisão do Embargo de Declaração que 
negou provimento as verbas honorárias com pleito de indenização de danos morais e 
custas processuais, vem perante V. Exa. Interpor o presente RECURSO ESPECIAL, o 
que faz com fundamento no art. 105, III, alíneas “a” e “c”, da Constituição Federal e do 
art. 1029 do CPC/2015, requerendo seja o mesmo recebido, processado e admitido, 
determinando-se sua remessa ao Colendo Superior Tribunal de Justiça para apreciação e 
julgamento. 
Nestes termos, pede deferimento. 
Cidade , dia , mês de . 
Advogada... 
OAB/SP... 
 
RECURSO ESPECIAL 
 
EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
RECORRENTE: ALECSSANDRA VIEIRA RUA BARCELOS 
RECORRIDA: OMINT SERVIÇOS DE SAÚDE LTDA. 
RECURSO ESPECIAL 
 
I – RAZÕES RECURSAIS: 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10685354/artigo-105-da-constituição-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10684673/inciso-iii-do-artigo-105-da-constituição-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28887084/artigo-1029-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
FACULDADE CATÓLICA DO TOCANTINS 
 
I. A) Do Cabimento do Recurso Especial: 
Da análise dos autos restaram as seguintes conclusões: 1. O Embargo de Declaração 
recorrido foi julgado em 1ª instância onde negando provimento aos danos morais, 
declarando deserção do processo: 2. Embargo de Declaração caminhou, data vênia, em 
sentido contrário à lei federal, lhe afrontando, contradizendo e negando-lhe vigência; 
Isto posto, à luz do art. 105, III, alíneas a e c da Constituição Federal, e, também, do art. 
1029, II do NCPC/2015, é cabível o presente RECURSO ESPECIAL como meio de 
alcançar o fim desejado, qual seja, a reforma do acórdão para determinar a nulidade da 
sentença de primeiro grau. 
I. B) Da Tempestividade do presente REsp: 
Nos termos do art. 1003, § 5º do NCPC/2015, o prazo para interpor o presente recurso é 
de 15 dias. Dessa forma, considerando que a decisão fora publicada no Diário Oficial na 
data de 28/07/2007, tendo sido o recorrente intimado da mesma nesta data, 
reconhecidamente o recurso é tempestivo e merece acolhimento. 
I. C) Do Preparo e Recolhimento das Custas Recursais: 
Cumprindo uma das exigências para o recebimento do presente recurso, à custa 
referente ao preparo já foram recolhidas nas formas de comprovante de pagamento, pois 
a mesma achava que não seriam necessárias as guias de GRU, conforme demonstram os 
comprovantes em anexo. 
I. D) Do Prequestionamento: 
Exige-se, para acolhimento de Recurso Especial, que a matéria tenha sido 
prequestionada. Este requisito foi cumprido, já que, no julgamento dos embargos 
de declaração, o competente Tribunal A quo manifestou-se sobre a matéria, 
decidindo não haver omissão, contradição ou obscuridade, e, portanto, não 
violação à lei ou desacordo com dissídio jurisprudencial. O acórdão que negou 
os embargos de declaração opostos pela recorrente está assim fundamentado: 
Muito embora o v. Ex. Juiz de Direito não tenha acolhido os embargos de declaração, 
expressamente referiu que os mesmos foram admitidos para fins de prequestionamento 
da matéria junto ao Tribunal Superior, restando assim demonstrado tal requisito. 
De qualquer forma, está assim disposto o artigo 1.029 do CPC: 
Art. 1.029 .O recurso extraordinário e recurso especial dos casos previstos na 
Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou vice- presidente do 
Tribunal recorrido em petições distintas: 
I- Exposição dos fatos e do direito; 
II- A demonstração do cabimento do recurso interposto; 
III- As razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida. 
I. E) Da Síntese dos Fatos: 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10685354/artigo-105-da-constituição-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10684673/inciso-iii-do-artigo-105-da-constituição-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10684644/alinea-a-do-inciso-iii-do-artigo-105-da-constituição-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10684545/alinea-c-do-inciso-iii-do-artigo-105-da-constituição-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28887084/artigo-1029-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28887068/inciso-ii-do-artigo-1029-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28887597/artigo-1003-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28887587/parágrafo-5-artigo-1003-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
FACULDADE CATÓLICA DO TOCANTINS 
 
A recorrida ajuizou ação em face da OMINT ASSISTENCIAL SERVIÇOS DE 
SAÚDE S/C LTDA. O apelo extremo, por ser turno foi interposto com fundamento art. 
105, III, alíneas a e c da Constituição Federal, e, também, do art. 1029, II do 
NCPC/2015. Contra Acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo. PLANO DE 
SAÚDE. Doença preexistente. Caracterização. Carência. Possibilidade. Necessidade de 
observar o prazo de carência pactuado no contrato. Recusa de cobertura justa. Plenteia o 
provimento do recurso e a forma da decisão recorrida para declarar a ineficácia do 
período de carência aplicada pela operadora de saúde no contrato celebrado entre as 
partes. 
Em juízo de admissibilidade, o Tribunal de origem negou seguimento ao Acórdão por 
entender que não ocorreu a violação alegada que incide no caso o teor das súmulas 5 e 7 
do STJ. Este relatório entendeu que o reclamo não ultrapassa o juízo de admissibilidade, 
pois a peça de insurgência não esta instruída com as guias do preparo recursal sendo 
inviável a regularização posterior, pois cumpre aos recorrentes fiscaliza a adequada 
formação do instrumento, com os documentos obrigatórios essenciais, considerado, por 
tanto, o recurso deserto. 
A sentença de primeiro grau entendeu Procedente o pedido de ineficácia da negativa 
manifestada pela ré. 
Foi negado provimento à indenização de danos morais 
Assim, e diante de todo o exposto, viu-se a recorrente obrigada a interpor o presente 
Recurso Especial, tendo em vista tratar-se de questão de JUSTIÇA. 
II – DO DIREITO. 
II. A) Da ofensa aos artigos 1.022, II, art. 489, § 1º, IV, art. 373, I e art. 1.013 e 
incisos, todos do NCPC/2015: 
Não tendo sido acolhidos os embargos de declaração acabaram-se por infringir os Arts. 
1022, II e 489, § 1º, IV do NCPC/2015, que assim estão dispostos: 
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: 
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; 
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício 
ou a requerimento; 
III - corrigir erro material. 
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em 
incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento; 
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1o. 
Art. 489. São elementos essenciais da sentença: 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10685354/artigo-105-da-constituição-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10684673/inciso-iii-do-artigo-105-da-constituição-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10684644/alinea-a-do-inciso-iii-do-artigo-105-da-constituição-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10684545/alinea-c-do-inciso-iii-do-artigo-105-da-constituição-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28887084/artigo-1029-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28887068/inciso-ii-do-artigo-1029-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28887201/artigo-1022-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28887195/inciso-ii-do-artigo-1022-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28892014/artigo-489-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28892006/parágrafo-1-artigo-489-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28891998/inciso-iv-do-parágrafo-1-do-artigo-489-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893055/artigo-373-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893050/inciso-i-do-artigo-373-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28887448/artigo-1013-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28887201/artigo-1022-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28887195/inciso-ii-do-artigo-1022-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28892014/artigo-489-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28892006/parágrafo-1-artigo-489-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28891998/inciso-iv-do-parágrafo-1-do-artigo-489-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art489%C2%A71
FACULDADE CATÓLICA DO TOCANTINS 
 
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do 
pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento 
do processo; 
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; 
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe 
submeterem. 
§ 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela 
interlocutória, sentença ou acórdão, que: 
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar 
sua relação com a causa ou a questão decidida; 
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de 
sua incidência no caso; 
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; 
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, 
infirmar a conclusão adotada pelo julgador; 
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus 
fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta 
àqueles fundamentos; 
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela 
parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação 
do entendimento. 
Ao negar provimento à apelação da recorrente, o Tribunal acabou por infringir os 
artigos acima colacionados, pois não se manifestou em relação aos argumentos 
apresentados no apelo da recorrente, deixando de apreciar os mesmos, os quais 
poderiam, de fato, infirmar a conclusão adotada pelo julgador. Assim refere o julgador: 
Em que pese o inegável saber jurídico do ilustre relator do acórdão, não se trata de 
INOVAÇÃO RECURSAL, e sim, da CORRETA APRECIAÇÃO DA PROVA, 
argumentos estes que o acórdão recorrido puro e simplesmente NEGOU-SE a 
analisar. 
Assim, trata-se da VALORAÇÃO DA PROVA DE MANEIRA ADEQUADA 
PELO TRIBUNAL DE ORIGEM, O QUE TAMBÉM É APRECÍAVEL EM 
INSTÂNCIA SUPERIOR, SEM A INCIDÊNCIA DA SUM. 07 DO STJ. 
Em outras palavras, o acórdão recorrido deixou de tirar das provas as devidas 
CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS. É nesse contexto que surge a valoração jurídica 
da prova. 
Com o advento do Novo Código de Processo Civil, fica reforçada a importância 
distinção, pois já não basta a mera opinião do julgador, pois, enquanto opinião 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
FACULDADE CATÓLICA DO TOCANTINS 
 
representar, não poderá ser considerado como suficiente para o desfecho da lide. Assim, 
a valoração jurídica da prova se coaduna com o dever do juiz ou tribunal fundamentar 
as suas decisões, não bastando escolher ao seu livre arbítrio uma delas e não aceitar 
outras sem a devida fundamentação. 
O Ministro Athos Gusmão Carneiro bem ensina que o erro na valoração da prova 
ensejador do recurso especial é verdadeiro erro de direito, consistente em que a Corte 
de origem tenha decidido com base em prova, para aquele caso, vedada pelo direito 
positivo expresso. 
A função do STJ é zelar pela unidade, autoridade e uniformidade da lei federal, o que 
vem aqui se pedir. Sobre a valoração de prova, segue o entendimento do Ministro 
Gueiros Leite: 
Para o simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário, o que, por 
transposição se aplica ao recurso especial, na sua esfera. Formou-se, porém, corrente 
jurisprudencial que veio amenizar o seu rigor. É a dos que fazem distinção entre a 
simples apreciação da prova e a sua valorização, e esta última erigida em critério 
legal. O STF saiu, então, de uma postura de neutralidade, dispondo-se a apurar se foi 
ou não infringido algum princípio probatório e, desta perspectiva, tirar alguma 
conclusão que servisse para emenda de eventuais injustiças. 
No presente caso, o V. Acórdão simplesmente NEGOU-SE a apreciar os argumentos 
trazidos pela recorrente no seu recurso de apelação, com o que violou o princípio 
recursal do duplo grau de jurisdição, até porque a sentença de primeiro grau também 
deixou de analisar e valorizar a prova apresentada pela recorrente sem a adequada e 
necessária fundamentação. 
FUNDAMENTAR DE ACORDO COM O CASO CONCRETO 
Da mesma maneira, incorreu o tribunal na infringência do art. 1.013 do NCPC/2015 
(correspondente do art. 515, § 1º do CPC/1973), ora veja-se: 
Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria 
impugnada. 
§ 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as 
questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido 
solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado. 
§ 2o Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher 
apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais. 
§ 3o Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir 
desde logo o mérito quando: 
I - reformar sentença fundada no art. 485; 
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido 
ou da causa de pedir; 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28887448/artigo-1013-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art485FACULDADE CATÓLICA DO TOCANTINS 
 
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá 
julgá-lo; 
IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação. 
§ 4° - Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, 
se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno 
do processo ao juízo de primeiro grau. 
§ 5°- O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é 
impugnável na apelação. 
Repete-se que não está se tratando de REEXAME de prova, e, sim, da VALORAÇÃO 
DA PROVA que NÃO OCORREU DE MANEIRA ADEQUADA, razão pela qual o 
entendimento pode ser ALTERADO sem a violação do teor da Súm. 07 do STJ. Assim 
foi o caso do REsp nº 1.324.482, cuja ementa se transcreve abaixo (certidão em anexo): 
PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CONDOMÍNIO EM IMÓVEL 
URBANO. ALIENAÇÃO POR UM DOS COPROPRIETÁRIOS. DIREITO DE 
PREFERÊNCIA. NECESSIDADE DE NOTIFICAÇÃO PRÉVIA. NEGÓCIO 
ULTIMADO E REGISTRADO. AÇÃO JUDICIAL. ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA. 
CABIMENTO. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO, COM DETERMINAÇÃO DE 
REMESSA À ORIGEM PARA MANIFESTAÇÃO A RESPEITO DOS REQUISITOS DO 
EXERCÍCIO DO DIREITO DE PREFERÊNCIA. 
1. A valoração inadequada da prova dos autos implica error iuris que pode ser 
apreciado nesta instância sem que se cogite de violação do teor da Súmula nº 7 do 
STJ. 
2. A notificação para o exercício do direito de preferência a que se refere o art. 504 do 
CC/2002 deve anteceder a realização do negócio. Espólio que não foi notificado para 
tal exercício. 
3. Uma vez ultimado o negócio sem observância da notificação prévia do condômino, a 
solução da questão somente pode se dar na via judicial, pela ação de preferência c. C. 
Adjudicação compulsória. 
4. Necessidade de remessa dos autos ao juízo da causa para manifestação a respeito 
dos demais requisitos do direito de preferência, sob pena de supressão de instância. 
Inaplicabilidade do NCPC ao caso concreto ante os termos do Enunciado nº 1 
aprovado pelo Plenário do STJ na Sessão de 9.3.2016: Aos recursos interpostos com 
fundamento no CPC/1973 (relativos a decisões publicadas até 17 de março de 2016) 
devem ser exigidos os requisitos de admissibilidade na forma nele prevista, com as 
interpretações dadas até então pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. 
5. Recurso parcialmente provido. 
ACÓRDÃO 
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam 
os Senhores Ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, por 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10700213/artigo-504-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/código-civil-lei-10406-02
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
FACULDADE CATÓLICA DO TOCANTINS 
 
unanimidade, em dar parcial provimento ao recurso especial, nos termos do voto do 
Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros João Otávio de Noronha (Presidente), Paulo de 
Tarso Sanseverino e Marco Aurélio Bellizze votaram com o Sr. Ministro Relator. 
Impedido o Sr. Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva.(RECURSO ESPECIAL Nº 
1.324.482 - SP 2011/0243722-0 RELATOR: MINISTRO MOURA RIBEIRO, julgado 
em 05 de abril de 2016). 
O juízo a quo, ao errar quanto à inovação recursal, consequentemente deixou de 
apreciar o mérito da ação, o que deve ser reconhecido por este tribunal. 
II. B) Da divergência jurisprudencial...: 
O acórdão recorrido acatou - DECISÃO ACATADA -, tendo baseado sua decisão em 
jurisprudência divergente da decisão paradigma apresentada pela recorrente em sua 
apelação, o que enseja o recurso especial com base no art. 105, III, alínea c da 
Constituição Federal. 
Assim está disposto o acórdão recorrido: 
Conforme a inicial, pretende a recorrida. FATOS Há divergência jurisprudencial quanto 
à matéria, tendo em vista que a. TURMA do SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
ENTENDE DE MANEIRA DIFERENTE, aplicando, EXPLICAR O QUE ESTÁ 
SENDO APLICADO DIFERENTEMENTE, conforme apontado pela recorrente, sendo 
esta a DECISÃO PARADIGMA: 
COPIAR EMENTA DA DECISÃO PARADIGMA 
O Ministro referiu ainda que-ACRESCENTAR PARTE DO VOTO DA DECISÃO 
PARADIGMA -. Essa é a orientação do INFORMATIVO nº xxx do SUPERIOR 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA sobre Direito - PROCURAR SE HÁ ORIENTAÇÃO 
EM INFORMATIVO DO STJ. 
Em anexo encontram-se os documentos que comprovam a divergência/dissídio 
jurisprudencial, como forma de cumprir o art. 1029, § 1º do NCPC/2015. 
 RETIRAR CERTIDÃO DE JULGAMENTO E EMENTA NO SITE DO STJ 
No presente caso, o recorrente resumo final dos fundamentos da recorrente. A 
inicial, por sua vez, resumo final dos fatos da recorrida. 
Assim, EXPLICAR PELA ULTIMA VEZ O DISSIDIO JURISPRUDENCIAL, 
FAZENDO COMPARAÇÃO ENTRE A DECISÃO IMPUGNADA E A DECISÃO 
PARADIGMA. 
Diante de toda exposto, requer-se a reforma do acórdão, reconhecendo-se, na forma 
do art. 332, § 1º do NCPC/2015. 
III – Dos Pedidos: 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28887084/artigo-1029-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28887058/parágrafo-1-artigo-1029-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893622/artigo-332-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893610/parágrafo-1-artigo-332-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
FACULDADE CATÓLICA DO TOCANTINS 
 
Como se vê todos os dispositivos de lei federal e decisão paradigma acima transcritos, 
resta cabalmente demonstrada à violação de dispositivos de lei federal e a divergência 
jurisprudencial acerca da interpretação dos dispositivos legais violados. 
FACE AO EXPOSTO, e tendo sido atendidos todos os requisitos de admissibilidade 
recursal, requer a recorrente: 
a) seja recebido, processado e admitido o presente Recurso Especial; 
b) seja intimada a recorrida, para, querendo, apresentar sua resposta, no prazo previsto 
em lei; 
c) sejam juntados os comprovantes das custas do despacho de admissibilidade e da 
interposição de recurso em instância inferior; 
d) sejam juntados os acórdãos e certidões em anexo, para fim de fazer prova da 
divergência/dissídio jurisprudencial na forma do art. 1029, § 1º do NCPC. 
e) seja dado provimento ao presente recurso especial, determinando-se a NULIDADE 
do acórdão por falta de fundamentação, não apreciação de todos os argumentos e erro 
na valoração das provas, reconhecendo-se a prescrição anual, tudo com base nos 
fundamentos acima aludidos, por ser matéria de DIREITO e JUSTIÇA. 
Nestes termos, pede deferimento. 
Cidade..., dia..., mês... De 2016. 
Advogada... 
OAB/SP 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28887084/artigo-1029-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28887058/parágrafo-1-artigo-1029-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
	FOLHA DE INTERPOSIÇÃO:
	RECURSO ESPECIAL
	EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

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