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CURSO FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLOGICOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA MÓDULO IV: METODOLOGIA DE ENSINO PARA PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO 1- INTRODUÇÃO O ensino é uma forma sistemática de transmissão de conhecimentos utilizada pelos humanos para instruir e educar seus semelhantes, geralmente em locais conhecidos como escolas. Um novo modelo de aprender a aprender, na área de educação, ganhou força com o surgimento do computador e, posteriormente a Internet, fortalecendo o processo de ensino aprendizagem, favorecendo à todos, de maneira igualitária, dando acesso à informação para a geração de conhecimento . A educação, quando se fala no panorama social, é a condição da permanente recriação da própria cultura sendo, por isso, a razão da dominação da cultura entre outros. Já no panorama individual, a educação é a condição de criação do indivíduo, é a relação de saber das trocas entre pessoas. É aprender a partir do conhecimento do sujeito e ensinar a partir de palavras e temas geradores do cotidiano dele. O processo-ensino-aprendizagem é visto como ato de conhecimento e transformação social, tendo um certo cunho político. 2-METODOLOGIA A Metodologia é o estudo dos métodos. Ou então as etapas a seguir num determinado processo. Tem como finalidade captar e analisar as características dos vários métodos disponíveis, avaliar suas capacidades, potencialidades, limitações ou distorções e criticar os pressupostos ou as implicações de sua utilização. Além de ser uma disciplina que estuda os métodos, a metodologia é também considerada uma forma de conduzir a pesquisa ou um conjunto de regras para ensino de ciência e arte. A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa. É a explicação do tipo de pesquisa, do instrumental utilizado (questionário, entrevista etc), do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do trabalho, das formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa. O termo metodologia inclui os seguintes conceitos, em relação a uma disciplina particular ou campo de estudo: coleção de teorias, conceitos e ideias; estudo comparativo de diferentes enfoques; crítica de um método individual. 3- APRENDIZAGEMO processo de aprendizagem pode ser definido de forma sintética como o modo como os seres adquirem novos conhecimentos, desenvolvem competências e mudam o comportamento. Contudo, a complexidade desse processo dificilmente pode ser explicada apenas através de recortes do todo. Por outro lado, qualquer definição está, invariavelmente, impregnada de pressupostos político-ideológicos, relacionados com a visão de homem, sociedade e saber. Segundo alguns estudiosos, a aprendizagem é um processo integrado que provoca uma transformação qualitativa na estrutura mental daquele que aprende. Essa transformação se dá através da alteração de conduta de um indivíduo, seja por Condicionamento operante, experiência ou ambos, de uma forma razoavelmente permanente. As informações podem ser absorvidas através de técnicas de ensino ou até pela simples aquisição de hábitos. O ato ou vontade de aprender é uma característica essencial do psiquismo humano, pois somente este possui o caráter intencional, ou a intenção de aprender; dinâmico, por estar sempre em mutação e procurar informações para a aprendizagem; criador, por buscar novos métodos visando a melhora da própria aprendizagem, por exemplo, pela tentativa e erro. Um outro conceito de aprendizagem é uma mudança relativamente durável do comportamento, de uma forma mais ou menos sistemática, ou não,adquirida pela experiência, pela observação e pela prática motivada. 4- AS FASES DE APLICAÇÃO DO MÉTODO Freire propõe a aplicação de seu método nas cinco fases seguintes: 1ª fase: Levantamento do universo vocabular do grupo. Nessa fase ocorrem as interações de aproximação e conhecimento mútuo, bem como a anotação das palavras da linguagem dos membros do grupo, respeitando seu linguajar típico. 2ª fase: Escolha das palavras selecionadas, seguindo os critérios de riqueza fonética, dificuldades fonéticas - numa sequência gradativa das mais simples para as mais complexas, do comprometimento pragmático da palavra na realidade social, cultural, política do grupo e/ou sua comunidade. 3ª fase: Criação de situações existenciais características do grupo. Trata-se de situações inseridas na realidade local, que devem ser discutidas com o intuito de abrir perspectivas para a análise crítica consciente de problemas locais, regionais e nacionais. 4ª fase: Criação das fichas-roteiro que funcionam como roteiro para os debates, as quais deverão servir como subsídios, sem, no entanto, seguir uma prescrição rígida. 5ª fase: Criação de fichas de palavras para a decomposição das famílias fonéticas correspondentes às palavras geradoras. 5-MÉTODO PAULO FREIREO Método Paulo Freire consiste numa proposta para a alfabetização de adultos desenvolvida pelo educador Paulo Freire, que criticava o sistema tradicional que utilizava a cartilha como ferramenta central da didática para o ensino da leitura e da escrita. As cartilhas ensinavam pelo método da repetição de palavras soltas ou de frases criadas de forma forçosa (em linguagem de cartilha), como "Eva viu a uva"; "O bebê baba", entre muitas outras. O método dividia-se em: - As palavras geradoras: O processo proposto por Paulo Freire iniciava-se pelo levantamento do universo vocabular dos alunos. Através de conversas informais, o educador observa os vocábulos mais usados pelos alunos e assim seleciona as palavras que servirão de base para as lições. A quantidade de palavras geradoras pode variar de 18 a 23 palavras, aproximadamente. Depois de composto o universo das palavras geradoras, passa-se ao processo de exercitá-las com a participação do grupo. A silabação: uma vez identificadas, cada palavra geradora passa a ser estudada através da divisão silábica, semelhantemente ao método tradicional. Cada sílaba se desdobra em sua respectiva família silábica, com a mudança da vogal. Por exemplo, para a palavra "ROBÔ", as sílabas são: RA-RE-RI-RO-RU, BA-BE-BI-BO-BU. As palavras novas: o passo seguinte é a formação de palavras novas. Usando as famílias silábicas agora conhecidas, o grupo forma palavras novas. A conscientização: um ponto fundamental do método é a discussão sobre os diversos temas surgidos a partir das palavras geradoras. 6- MÉTODO DE APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS Várias propostas de modelos inovadores de ensino aprendizagem surgiram e entre elas a metodologia intitulada Problem Based Learning (PBL) ou Aprendizagem Baseada em Problemas ou ABP que foi bastante aceita no meio acadêmico e, na atualidade é reconhecida como o que há de mais moderno no ensino superior. É um método educativo surgido na Universidade de Maastricht, e com maior implementação na Universidade McMaster. Estabelece uma estratégia pedagógica centrada no aluno, onde se procura que este aprenda por si próprio. O delineamento é elementar. Os docentes expõem um caso para estudo aos estudantes. Em seguida, os estudantes, estabelecidos em grupos de trabalho, identificam o problema, investigam, debatem, interpretam e produzem possíveis justificações e soluções ou resoluções, ou recomendações. 7- O PAPEL DO ALUNO NO MÉTODO ABP O método ABP uma estratégia formativa através da qual os alunos são confrontados com problemas contextualizados e pouco estruturados e para os quais se empenham em encontrar soluções significativas. Para o aluno obter proveito da metodologia é necessário estar atento aos seguintes passos: participação ativa no debate com os novos conhecimentos adquiridos, e também justificá-los com suas respectivas referências bibliográficas; compartilhamento dos materiais de aprendizagem investigados, bem como selecionar os mais importantes para um estudo posterior; contribuir para o desempenho positivo do grupo e finalizando a aula,construir um esquema sobre suas cunclusões e as questões fundamentais abordadas. Assim, pode-se determinar características adaquadas na personalidade do aluno que deseja estudar pelo método ABP: independência, determinação, senso de re sponsabilidade, capacidade de comunicação, desinibição e capacidade de organização. A aprendizagem significativa no processo de ensino necessita fazer algum sentido para o aluno e, nesse processo, a informação deverá interagir e ancorar-se nos conceitos relevantes já existentes na estrutura do aluno. A aprendizagem significativa se verifica quando o banco de informações no plano mental do aluno se revela, através da aprendizagem por descoberta e por recepção. 8- O PROBLEMA NO MÉTODO ABP O problema é o ponto principal num processo de ABP, já que serve de estímulo para a aprendizagem. «É importante que o contexto seja real demod a que o aluno se sinta envolvido no problema e que a colocação das questões iniciais seja orientada pelo professor. Para funcionar é ainda necessário que o aluno possa ter acesso a fontes de informação, embora estas possam não lhe ser previamente fornecidas, fomentando a pesquisa e seleção de informação. A partir daí, cabe ao aluno estruturar a sua própria aprendizagem, partilhando ideias e informação no seio de um pequeno grupo, sendo o trabalho de grupo essencial para este processo. O problema é o ponto principal num processo de ABP, já que serve de estímulo para a aprendizagem. «É importante que o contexto seja real de modo a que o aluno se sinta envolvido no problema e que a colocação das questões iniciais seja orientada pelo professor. Para funcionar é ainda necessário que o aluno possa ter acesso a fontes de informação, embora estas possam não lhe ser previamente fornecidas, fomentando a pesquisa e seleção de informação. 9- MÉTODO ABP x MÉTODO HARVARD Tal como o método de Harvard, o método ABP é um método ativo, de construção da aprendizagem, baseado no estudo de casos/problemas. Neste método, o problema é utilizado como estímulo à aquisição de conhecimento e compreensão de conceitos. Com a evolução do currículo, a resolução de problemas permite também ao aluno desenvolver maior capacidade na resolução de problemas. Apesar de os dois métodos conterem bastantes aspectos que os aproximam, diferem pela forma como é definido o problema. Efetivamente, enquanto no método ABP, este aparece na sequência de um objetivo curricular, auxiliando um grupo para a definição dos seus objetivos de aprendizagem, podendo ocorrer simultaneamente com aulas e laboratórios, o método de Harvard “é um instrumento para o ensino/aprendizagem, em que o caso é elaborado como trabalho original inédito e apresentado na forma de texto estruturado contendo uma exposição datada, bem desenvolvida, e documentada com dados reais. Ou seja, enquanto o método de Harvard é utilizado como o culminar de um processo, partindo de uma aprendizagem prévia, o método ABP serve como ponto de partida para um novo processo de aprendizagem. 10- MÉTODO CIENTÍFICO O método científico é um conjunto de regras básicas para desenvolver uma experiência a fim de produzir novo conhecimento, bem como corrigir e integrar conhecimentos pré-existentes. Na maioria das disciplinas científicas consiste em juntar evidências observáveis, empíricas (ou seja, baseadas apenas na experiência) e mensuráveis e as analisar com o uso da lógica. Para muitos autores o método científico nada mais é do que a lógica aplicada à ciência. Metodologia literalmente refere-se ao estudo dos métodos e, especialmente, do método da ciência, que se supõe universal. Embora procedimentos variem de uma área da ciência para outra (as disciplinas científicas), diferenciadas por seus distintos objetos de estudo, consegue-se determinar certos elementos que diferenciam o método científico de outros métodos (filosófico, algoritmo – matemático, etc.). A divisão da ciência em áreas ou distintas disciplinas científicas tem levado a tais adequações da metodologia. É comum a afirmação de que em função da evolução do método científico num extremo tem-se a física e a química seguida da biologia e por último as ciências sociais, psicologia e ciências jurídicas quase se aproximando da filosofia e estudo das crenças (senso comum) ou ciências do espírito (sistemas mítico - religiosos). O método científico é composto dos seguintes elementos: - Caracterização - Quantificações, observações e medidas. - Hipóteses - Explicações hipotéticas das observações e medidas. - Previsões - Deduções lógicas das hipóteses. -Experimentos - Testes dos três elementos acima. 11- MÉTODO MONTESSORI O Método montessori ou pedagogia Montessoriana relaciona-se à normatização (consiste em harmonizar a interação de forças corporais e espirituais, corpo, inteligência e vontade). As escolas do Sistema Montessoriano são difundidas pelo mundo todo. O método Montessoriano tem por objetivo a educação da vontade e da atenção, com o qual o educando tem liberdade de escolher o material a ser utilizado, além de proporcionar a cooperação. Os princípios fundamentais do sistema Montessori são: a atividade, a individualidade e a liberdade. Enfatizando os aspectos biológicos, pois, considerando que a vida é desenvolvimento, achava que era função da educação favorecer esse desenvolvimento. A pedagogia de Montessori insere-se no movimento das Escolas Novas, uma oposição aos métodos tradicionais que não respeitavam as necessidades e os mecanismos evolutivos do desenvolvimento da criança. Ocupa um papel de destaque neste movimento pelas novas técnicas que apresentou para os jardins de infância e para as primeiras séries do ensino formal. 12- MÉTODO PIAGET Piaget desenvolveu estudos sobre os próprios processos metodológicos, concretamente o método clínico e a observação naturalista. Estes métodos correspondem a importantes avanços na investigação em psicologia. Para Piaget, a aprendizagem é um processo que começa no nascimento e acaba na morte. A aprendizagem dá-se através do equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, resultando em adaptação. Segundo este esquema, o ser humano assimila os dados que obtém do exterior, mas uma vez que já tem uma estrutura mental que não está "vazia", precisa adaptar esses dados à estrutura mental já existente. Uma vez que os dados são adaptados a si, dá-se a acomodação. 13- EDUCAÇÃO NO ENSINO MÉDIO A educação promovida no Ensino Médio não deve se restringir apenas a preparar alunos para ingressarem em Instituições de Ensino Superior. Em sua concepção, o trabalho educacional, nesse nível de ensino, deve estar também comprometido com a formação integral do aluno, onde ele possa dar continuidade aos processos de construção da identidade, de formação ética, moral e cívica, de aquisição da autonomia intelectual e do pensamento crítico. Nessa etapa, a escola deve continuar provendo meios que permitam ao aluno a construção de competências básicas, necessárias ao seu ingresso no contexto social como sujeito produtor de conhecimento e participante do mundo do trabalho. Considerando o expresso, a proposta metodológica da Instituição se alicerça em uma perspectiva de educação em que aprender é um processo de interpretação e reinterpretação constante da realidade, de construções interna e ativa, no âmbito de um amplo processo de reorganizações intelectuais progressivas. Partindo desse pressuposto, incentiva-se o desenvolvimento de ações pedagógicas que visam à construção de significados — feixes de relações formados a partir do intercâmbio entre os conceitos produzidos social e individualmente — assim como o desenvolvimento do pensamento divergente, que permite ao aluno levantar diferentes hipóteses, na busca de múltiplas alternativas de soluções. 14- INTERDISCIPLINARIDADE E CONTEXTO GLOBALIZADO Nesse contexto, a interdisciplinaridade é uma prática bastante utilizada,uma vez que, trabalhando os conteúdos de forma integrada e numa abordagem relacional, permite ao professor e ao aluno gerenciarem a construção do conhecimento a partir das várias óticas e segmentos por eles visualizados. Outro aspecto que esse setor de ensino leva em consideração é o contexto globalizado em que o mercado de trabalho se apresenta. As informações que circulam nesse meio demandam dessa área de ensino a responsabilidade de trabalhar a pesquisa como instrumento para a resolução de situações-problema, tendo em vista que ela objetiva o estabelecimento de relações entre as informações adquiridas, os conhecimentos prévios do aluno e o meio em que estão inseridos, propiciando a construção de significados. O professor se coloca como um investigador do processo de ensinoaprendizagem, auxiliando na construção de significados, trazendo informações passíveis de articulação com as já existentes e possibilitando o estabelecimento de relações entre os conteúdos trabalhados. Além disso, ele é responsável por instigar a vontade de aprender, apontando os caminhos, orientando e reorientando, criando alternativas que possibilitem uma verdadeira construção de conhecimento. 15- PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO MÉDIO Essa prática pedagógica desenvolvida no ensino médio tem por finalidade a promoção de ambientes de aprendizagem que permitam a investigação, a geração de hipóteses e a interação professor-aluno-conhecimento numa perspectiva de ensino integrada, em que o processo de apropriação do conhecimento define o aluno como construtor de suas representações significativas, o professor como mediador desse processo e o conhecimento como um conjunto de verdades relativas. Nesse processo, a busca incessante do conhecimento surge como resultante de uma construção social e coletiva; o desenvolvimento de habilidades se evidencia como condição que proporciona ao aluno enfrentar as situações que se apresentam em seu cotidiano de vida; a escola assume a responsabilidade na construção de condições que permitem ao aluno ser e fazer parte integrante do mundo em que vive. 16- AS DISCIPLINAS No concernente a primeira e segunda séries do Ensino Médio, as divisões das disciplinas em frentes de conhecimento visam somente possibilitar uma compreensão aprofundada das especificidades dos assuntos abordados em cada uma destas frentes, entendendo-se que os conteúdos abordados e conhecimentos de cada uma delas não constitui pré-requisito para a compreensão das demais. Na terceira série do ensino médio, as divisões das disciplinas em frentes de conhecimento justificam-se devido à própria dinâmica da série. Nesta série de encerramento do Ensino Médio, os alunos reveem os conteúdos das séries anteriores deste ensino, assim como também concluem os conteúdos necessários à realização dos exames seletivos de ingresso ao Ensino Superior. A complexidade destes conteúdos, agora integrados e revisados, requer uma abordagem específica para cada uma das frentes de conteúdos em que as disciplinas se dividem. 17- AVALIAÇÃO A avaliação é entendida como uma ação pela qual o professor acompanha a construção do conhecimento do aluno, sendo contínua e sistemática a fim de possibilitar o direcionamento da prática de sala de aula, com vistas à consecução dos objetivos propostos. A sua principal função é ser agente integradora nos processos de ensino e aprendizagem, devendo subsidiar o professor/mediador em seu trabalho, para que ele possa estabelecer os critérios técnicos de suas ações, não de forma aleatória, mas com uma postura que se fundamenta no conjunto de princípios éticopolíticos expressos no início dessa Proposta. A avaliação, como deve ser entendida, possibilita à escola a identificação de pontos críticos e a definição de prioridades nas ações educacionais; ao aluno, uma tomada de consciência de suas conquistas, das dificuldades encontradas e de possibilidades para a reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. 18- OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO MÉDIO COMO ALUNOS E CIDADÃOS Formar alunos com sólidos conhecimentos e habilidades, que desenvolvam hábitos intelectuais e técnicas de trabalho que lhes permitam prosseguir os estudos com competência, ou seja, alunos que: - saibam buscar, selecionar e interpretar criticamente informações; - comuniquem ideias por diferentes linguagens; - formulem e solucionem problemas; tenham hábitos adequados de estudo, saibam trabalhar em grupo e tenham qualidades como empenho, organização, flexibilidade e tolerância; - incorporem a importância do conhecimento e o prazer de aprender. Formar pessoas que atuem ativamente na vida social e cultural, que respeitem os direitos, as liberdades fundamentais do ser humano e os princípios da convivência democrática; - que compreendam a cidadania como participação social e política, assim como o exercício de direitos e deveres; - que utilizem o diálogo como forma de mediar conflitos e se posicionem contra a discriminação social e preconceitos como de raça, cor e sexo; - que tenham interesse por diferentes formas de expressão artística e cultural; - que se percebam como integrantes do meio ambiente, ao mesmo tempo dependentes e agentes de transformações. 19- ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NO ENSINO MÉDIO Do ponto de vista formativo, um dos projetos mais importantes em desenvolvimento no Ensino Médio é o de Orientação Profissional. Esta etapa escolar corresponde a um período em que os adolescentes passam por profundas transformações. Além de um conjunto de transformações físicas e psicológicas, os adolescentes vivem um árduo processo de formulação de projetos de vida - principalmente referentes ao horizonte profissional. São dois os objetivos na Orientação Profissional: 1- Levar alunos do Ensino Médio à escolha equilibrada de uma carreira, em uma universidade de primeira linha, e esboçar um projeto de vida profissional. 2- Diminuir a desistência do curso escolhido durante os primeiros anos da universidade, evitando o sentimento de fracasso, desgaste de energia e desperdício de investimento pessoal e público. Para alcançar essas metas, a metodologia adotada inclui o aprofundamento em questões como o autoconhecimento, a elaboração de projetos, o conhecimento da realidade do mercado profissional, noções sobre antigas e novas carreiras, bem como o contato direto com profissionais de cada área. O trabalho se desenvolve ao longo de três anos, do 1º ao 3º ano do Ensino Médio. 20- ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL NO ENSINO MÉDIO Um dos aspectos que diferencia o Ensino Médio é a compreensão do momento específico vivido pelo adolescente, que não pode ser dissociado dos outros aspectos de sua formação. Por isso, é de extrema importância a figura do orientador, cuja função é acompanhar o adolescente em todas as decisões importantes características dessa etapa da vida – como, por exemplo, a escolha profissional e a estruturação de projetos conseqüentes de vida.