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Micro-organismos indicadores Micro-organismos Indicadores São indicativos de avaliação da qualidade microbiológica da água e alimentos. São grupos ou espécies de micro-organismos que quando presentes nos alimentos, podem indicar: Presença de contaminação de origem fecal; Presença de patógenos; Deterioração potencial dos alimentos; Condições sanitárias inadequadas durante: processamento, produção e armazenamento. 2 Quais os critérios devem ser considerados na definição de um micro-organismo indicador 3 Deve ser de rápida e fácil detecção; Deve ser facilmente distinguível de outros MOs da microbiota do alimento; Não deve estar presente como contaminante natural do alimento; Deve estar sempre presente quando o patógeno associado estiver e seu número deve correlacionar-se com o do patógeno; 4 Taxa de crescimento e de morte equivalente às dos patógenos de interesse; Deve estar ausente ou presente em quantidades mínimas nos alimentos que estão livres do patógeno. Micro-organismos indicadores podem ser agrupados em: micro-organismos que não oferecem riscos à saúde e micro-organismos que oferecem um risco baixo ou indireto à saúde. 5 Micro-organismos Indicadores Indicadores gerais: Aeróbios mesófilos, psicrotróficos, termófilos, anaeróbios, bolores e leveduras. 2. Contaminação fecais: Coliformes totais 35 °C, coliformes fecais 45 °C, e Enterococos. 6 3. Outros indicadores: Estafilococos: A presença de números elevados de S. aureus, é indicação de potencial perigo devido à enterotoxina estafilocócica. Clostrídios: formação de esporos, podem persistir nos alimentos quando a maioria dos micro-organismos entéricos forem destruídos. Contagem de esporos Termófilos: usado como indicador de eficiência de sanitização de vegetais. Contagem de bolores em equipamentos (Geotrichum candidum): indicadores de sanitização de operações de processamento de alimentos. 7 1. Indicadores gerais: Matéria prima contaminada, processamento deficiente, sinaliza presença de patógenos ou MOs deteriorantes. 2. De contaminação fecal: Indica que o alimento teve contato com sujidades, ou material fecal, indicando condições insatisfatórias de higiene. Sinaliza presença de patógenos entéricos. 3. Outros indicadores: Funções específicas: higiene de manipuladores, condições higiênicas deficientes dos equipamentos. Micro-organismos Indicadores 8 1. Contagem padrão: aeróbios mesófilos; aeróbios psicrotróficos; aeróbios termófilos. 2. Contagem de bolores e leveduras. 3. Coliformes totais e fecais (Termotolerantes). 4. Família Enterobacteriaceae. 5. Contagem de bactérias anaeróbias. Micro-organismos Indicadores 9 Contagem padrão (CP) ou indicadores gerais: Indica a QUALIDADE HIGIÊNICO-SANITÁRIA dos alimentos; Feita em meio de cultura não seletivo (Agar padrão para contagem); Com condições de incubação diferentes (temperatura e tempo) pode-se determinar diferentes grupos de MOs; Quando presente em números elevados poderão causar deterioração e/ou redução da vida de prateleira. Contagem Padrão 10 Contagem Padrão 11 ⇧ MO nos alimentos não perecíveis indica o uso de matéria-prima contaminada ou processamento inadequado. Em alimentos perecíveis, pode indicar abuso durante o armazenamento em relação ao binômio tempo/temperatura. Uma alta contagem de mesófilo, que crescem à mesma temperatura do corpo humano, significa que houve condições para que esses patógenos se multiplicassem. Contagem Padrão de Mesófilos 12 É útil para monitorar: Se as Boas Práticas de Fabricação (BPFs) são seguidas; Se o processo térmico empregado foi eficiente, assim como o transporte e o armazenamento; Determinação da validade; Se o alimento está de acordo com padrões legais e especificações de compra. Alterações detectáveis: (106UFC/g do alimento) Contagem Padrão de Mesófilos 13 Contagem Padrão de Mesófilos Todas as bactérias patogênicas de origem alimentar são mesófilas. A deterioração de alimentos pode ser causada pelo crescimento de micro-organismos que levariam a alterações organolépticas. 14 Contagem de Bactérias psicrotróficos Grau de deterioração de alimentos refrigerados Contagem de Bactérias termófilos Grau de deterioração de alimentos submetidos a tratamento térmico. Contagem de Bactérias anaeróbias Indicação de condições favoráveis para multiplicação de micro-organismos anaeróbios: Clostridium botulinum e Clostridium perfringens Contagem de Bolores e leveduras Indicadores de qualidade sanitária em alimentos: Ácidos e de baixa atividade de água. São responsáveis pela deterioração de frutas frescas, vegetais, cereais, sucos de frutas, queijos, etc. Perigo para saúde pública, provável presença de micotoxinas! 16 Contagem de Bolores e leveduras 17 Medidas a serem tomadas para evitar a contaminação: Boas práticas de higiene levam à redução da carga de esporos; Alimentos devem chegar mais rapidamente ao consumidor; O armazenamento de alimentos congelados deve ser a T °C inferiores a -12 °C; Eliminar ou reduzir o contato com o ar através de embalagens; Adição de conservadores químicos, como benzoatos ou sorbatos. Contagem de Bolores e leveduras 18 Contagem de Coliformes Avaliar as condições higiênicas, altas contagens significa contaminação pós- processamento, limpezas e sanitizações deficientes, tratamento térmico ineficiente ou multiplicação durante o processamento ou estocagem. Empregado como indicador de contaminação fecal, ou seja, de condições higiênicas sanitárias, visto presumir-se que a população deste grupo é constituída de uma alta proporção de E. coli. Também indica presença de outros patógenos entéricos. 19 Contagem de Coliformes Usados para indicar provável presença de patógenos entéricos de interesse. Detecção: Simples; Barata; Rápida. MOs patogênicos geralmente estão em menor número quando comparados com outros micro-organismos. 20 Grupos de bactérias constituído por bacilos Gram-negativos, aeróbios ou anaeróbios facultativos, não formadores de esporos, capazes de crescer na presença de sais biliares e que fermentam a lactose com produção de aldeído, ácido e gás a 35 °C em 24-48 horas. Contagem de Coliformes Estão presentes no ambiente – mais resistentes que Salmonella e Shigella. 21 Contagem de Coliformes 22 Contagem de Coliformes Fecais São coliformes capazes de se desenvolver e fermentar lactose com produção de ácido e gás á temperatura de 44,5 °C ±0,2°C em 24 horas. Coliformes Termotolerantes (= coliformes fecais = coliformes a 45 °C. Principal componente desse grupo: Escherichia coli Porém Klebisiella e Citrobacter também apresentam essa capacidade. 23 Escherichia coli indicador de contaminação de origem fecal presente em água (1892 na Austrália e 1895 nos Estados Unidos). Indicador ideal: Ter como habitat exclusivo o trato intestinal do homem e outros animais; Ocorrer em números altos nas fezes; Apresentar alta resistência no ambiente fora do trato gastrointestinal; Existem técnicas rápidas, simples e precisas para sua detecção e/ou contagem (ser de fácil detecção). Contagem de Escherichia coli 24 Contagem de Coliformes Escherichia coli 25 Limitações da determinação : Não detecção de coliformes termotolerantes ou E. coli não garante ausência de patógenos como: Salmonella, Shigella, E. coli enteroinvasiva - lac (-); E. coli enterohemorrágica se multiplica lentamente a 45 oC. Contagem de Coliformes 26 Enumera bactérias fermentadoras e não fermentadoras de lactose; Em alimentos frescos de origem animal, pode indicar manipulação sem cuidados de higiene e/ou armazenamento inadequado; Em alimentos processados indica processamento inadequado e/ou contaminação pós-processamento (provenientes de matéria-prima contaminada, equipamento sujo ou manipulação sem cuidadosde higiene). Contagem de Enterobactérias 27 Enterococos (Enterococcus faecalis e Enterococcus faecium): Indicador de contaminação fecal; Possuem algumas vantagens como sobreviver mais a tratamentos como a desidratação e congelamento, toleram mais as flutuações de temperatura; - Importância: altos números indicam práticas sanitárias inadequadas ou exposição a temperaturas de abuso. Outros indicadores 28 O QUE ESTOU OBTENDO NA PRÁTICA AO CONTROLAR OS INDICADORES? Possível presença de patógenos; A vida útil do produto; Raio x de um processo; Qualidade da matéria prima; Higiene dos manipuladores; Higiene da planta de processo. 29 FRANCO, B. D. G. M.; LANDGRAF, M. Microbiologia dos alimentos. São Paulo: Atheneu, 2008. JAY, J. M. Microbiologia de alimentos. 6 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. SANTOS, R. C. et al. Microbiologia de alimentos- Qualidade e segurança na produção e consumo. Viçosa: UFV, 2003. REFERÊNCIAS: 30
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