Prévia do material em texto
ESPIROMETRIA DE INCENTIVO BASES FISIOLÓGICAS ESPIROMETRIA DE INCENTIVO Pressão alveolar: linhas contínuas Pressão pleural: linhas pontilhadas Pp = Palv – Ppl A= respiração espontânea B = inspiração máxima sustentada (suspiro ou bocejo) • Inspiração profunda e lenta da CRF até CPT; • sustentação de 3 a 5 segundos (equalização de pressões) ESPIROMETRIA DE INCENTIVO DISPOSITIVOS ORIENTADOS PELO VOLUME • Deslocamento de volume • fole de plástico flexível: expande durante a inspiração •Sustentação término-inspiratória (3 a 5 seg) •Término: paciente repousa e a retorno à posição inicial (g) • Mais caro, mais fisiológico e preciso • Voldyne, Coach e Coach Jr, Spiroball • Indicação indireta do volume inspirado • Paciente é orientado a manter as bolas o maior tempo possível • Menor precisão • Triflo II, Respirex, Respiron, Airx ESPIROMETRIA DE INCENTIVO DISPOSITIVOS ORIENTADOS PELO FLUXO ESPIROMETRIA DE INCENTIVO RESPIRON VOLDYNE ESPIROMETRIA DE INCENTIVO DESCRIÇÃO DA TÉCNICA Envolver o bocal do aparelho com os lábios (cuidado com a entrada de ar); Segurar o espirômetro na posição vertical, dentro do seu campo de visão; Inspirar lenta e profundamente, tentando manter o fluxo insp. constante até atingir volume ou fluxo prescritos, início na CRF Retirar o lábio da bocal Realizar pausa-inspiratória de 3 a 5 segundos Expirar até a CRF, de maneira suave, sem exp. forçada Repetir as inspirações no mínimo de 5 a 10 vezes, podendo haver descanso para evitar a hiperinsuflação INDICAÇÕES: Condições que predispõem o desenvolvimento de atelectasia (cirurgias abdominais altas, torácicas) e presença de alterações restritivas • Fatores de risco para atelectasias no pós-operatório: Idade avançada Excesso de peso Desnutrição História de tabagismo Doenças respiratórias Tipo e duração da cirurgia (local de incisão, anestesia, dor) ESPIROMETRIA DE INCENTIVO CONTRA-INDICAÇÕES: Pacientes inconscientes ou incapazes de cooperar; Pacientes que não podem utilizar adequadamente o dispositivo após instrução; Pacientes incapazes de inspirar profundamente de maneira efetiva (CV menor que 10ml/Kg ou CI menor que 1/3 do previsto) Presença de hiperinsuflação pulmonar ESPIROMETRIA DE INCENTIVO RISCOS E COMPLICAÇÕES • Hiperventilação e alcalose respiratória (tonturas e formigamento em torno da boca; consequência de respirações rápidas, mais comum) • Desconforto secundário ao controle inadequado da dor (medicação analgésica deve ser coordenada com a EI) • Hipoxemia (com a interrupção da terapia) • Barotrauma pulmonar (ruptura da via aérea secundária ao aumento de pressão intrapulmonar) – consequência: pneumotórax pulmonar • Exacerbação do broncoespasmo • Fadiga ESPIROMETRIA DE INCENTIVO Frequência de sessões (vezes ao dia) Número de inspirações ciclos/ séries (cada sessão) Objetivos atingidos de volume/ fluxo Sustentação da inspiração mantida Esforço/ motivação Posicionamento do paciente Realização de forma independente, sem a presença de profissional para supervisão direta Observação periódica da adesão do paciente ESPIROMETRIA DE INCENTIVO PRESSÃO POSITIVA EXPIRÁTÓRIA NAS VIAS AÉREAS PEP : de orifícios EPAP: EXPIRATORY POSITIVE AIR PRESSURE Máscara facial ou peça bucal (escolha depende da adaptação do paciente) Válvula unidirecional Resistor expiratório Válvula spring loaded (válvula calibrada) • Pressão gerada é constante: paciente deve gerar a pressão limite pré-determinada na válvula a cada expiração (desarme) VÁLVULA DE RESISTÊNCIA LINEAR Expiração forçada e tosse: • Forças externas comprimem e fecham as vias aéreas distais • Aprisionam o ar • Reduzem a habilidade de expelir as secreções Pressão positiva mantém a via aberta durante a expiração: • Reduz o aprisionamento aéreo • Melhora o fluxo expiratório PRESSÃO POSITIVA EXPIRÁTÓRIA NAS VIAS AÉREAS INDICAÇÕES CLÍNICAS • Remoção de secreções • Prevenção ou tratamento de atelectasias • Realização de exercícios respiratórios • Redução do aprisionamento aéreo • Terapia alternativa na Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (dificuldade de adesão à CPAP) PRESSÃO POSITIVA EXPIRÁTÓRIA NAS VIAS AÉREAS CONTRA-INDICAÇÕES • Quadro agudo de asma e DPOC • Incapacidade de tolerar o aumento do trabalho respiratório • Pacientes predispostos à fadiga • Pacientes com pressão intracraniana aumentada (> 20 mmHg) • Instabilidade hemodinâmica • Sinusite aguda e otite crônica • Impossibilidade de adaptação da máscara (cirurgias traumas) • Pacientes com pneumotórax, hemoptise, sinusite aguda (pode retardar a recuperação) • Cirurgia de esôfago • Náuseas PRESSÃO POSITIVA EXPIRÁTÓRIA NAS VIAS AÉREAS EPAP DESCRIÇÃO DA TÉCNICA • Posição sentada, confortável, máscara bem ajustada, bocal com uso de clipe nasal; • Relação inspiração/ expiração - 1:3 ou 1:4 (se possível); • Evolução do nível pressórico deve ser lenta e gradual; • Tempo de uso: 15 minutos, 3 vezes ao dia • INSTRUÇÃO: Padrão respiratório diafragmático Inspiração: entre VC e CPT Expiração: até CRF OBSERVAÇÕES • Fisioterapeuta deve avaliar capacidade de cooperação e nível de consciência do paciente • Deve-se consultar o paciente quanto à ocorrência de dor, desconforto, dispneia • Ficar atento quanto a possíveis lesões cutâneas na face • Monitorar: pressão arterial, FC, padrão respiratório EPAP FLUTTER • Aparelho simples, portátil, em forma de cachimbo • Usado para assistir a eliminação de secreções brônquicas FLUTTER Flutter DESCRIÇÃO DA TÉCNICA • Posicionar o aparelho com os lábios envolvendo completamente o bocal, evitar escape de ar; • Realizar uma inspiração nasal, seguida de pausa pós- inspiratória (2 a 3 segundos) • Expiração oral (ativa) com velocidade suficiente para movimentar a esfera Obs: a elevação da esfera ocorre ao atingir uma pressão expiratória de 10 a 25 cmH20 Flutter OBSERVAÇÕES • Repetir a sequência de 10 a 15 ciclos respiratórios • Recomenda-se não acumular volume de ar na cavidade oral (deve-se manter uma contração da musculatura orofacial); • Tempo médio: 15 minutos por sessão; dependendo da quantidade de secreção a ser mobilizada; • Influência do ângulo de inclinação do aparelho • Posicionamento do paciente: sentado Flutter INDICAÇÕES CLÍNICAS • Condições de acúmulo de secreção em vias aéreas proximais (pp. em pacientes com instabilidade bronquial e colapso prematuro das vias aéreas); CONTRAINIDICAÇÕES • Hemoptise • Pneumotórax • Enfisema • Doenças cardiovasculares descompensadas RISCOS E COMPLICAÇÕES • Pneumotórax e hiperventilação