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Apostila defundamentos Laboratorio

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
ROTEIRO DAS AULAS 
FUNDAMENTOS DE LABORATÓRIO
ELABORADO POR:
Agnes Kiesling Casali
Carlos Alexandre Vieira 
Karine Silvestre Ferreira
Maria Arlete Silva Pires
Paula Mendonça Leite
Belo Horizonte
Versão: 2018.2/2
SUMÁRIO
ORIENTAÇÕES PRELIMINARES 	3
INSTRUÇÕES GERAIS PARA TRABALHO EM UM LABORATÓRIO 	3
PROCEDIMENTO DE LIMPEZA DE VIDRARIAS 	4
SEGURANÇA NO TRABALHO 	4
AULA 01: Normas de segurança em laboratório – Biossegurança	6
AULA 02: Riscos Químicos e Biológicos nos laboratórios	15
AULA 03: Titulo: Noções básicas de primeiros socorros no laboratório	22
AULA 04: Reconhecimento de Vidraria e material utilizados em laboratório	27
AULA 05: Manipulação de Balanças – Cuidados e Técnicas de Pesagem	47
AULA 06: Aquecimento em laboratório.	52
AULA 07: Técnicas de pipetagem.	56
AULA 08: Preparo de soluções diversas	61
AULA 09: Diluição de soluções	66
AULA 10: pH e solução tampão	70
AULA 11: Microscópio óptico:	78
AULA 12: Técnicas de coleta de sangue total venoso	84
AULA 13: Centrífuga e técnicas de funcionamento	89
AULA 14: Espectrofotometria	92
FUNDAMENTOS DE LABORATÓRIO
ORIENTAÇÕES PRELIMINARES
ATENÇÃO! NÃO SERÃO PERMITIDOS ALUNOS SEM JALECO DE MANGA COMPRIDA NEM COM TRAJES QUE DESOBEDEÇAM AS REGRAS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO!
Ao aluno:
Prepare-se antes de ir para o laboratório, lendo previa e cuidadosamente o texto relacionado à atividade a ser executada. Confira o material recebido. Ao sair do laboratório, deixe cada coisa em seu lugar, exatamente como foi encontrado.
Mantenha-se atento e concentrado durante a atividade para um melhor desempenho, e faça um registro cuidadoso de todas as observações e resultados obtidos. Seja escrupuloso no registro das observações e não altere os valores obtidos com o intuito de forçar sua coerência com os dados do problema. Não forje observações que não tenham sido feitas realmente. Se o resultado final for insatisfatório, procure descobrir a causa do erro e, somente se necessário, refaça a experiência. Siga as instruções fornecidas.
Em caso de qualquer problema, não aja sem antes consultar o professor ou o responsável pelo laboratório.
Ao grupo:
Procurem harmonizar-se durante a execução da atividade para evitar acidentes.
Mantenham-se nos limites da bancada e com o menor índice de barulho possível.
Programem a execução das atividades para deixar a bancada sempre organizada.
INSTRUÇÕES GERAIS PARA TRABALHO EM UM LABORATÓRIO
Antes de começar qualquer atividade em um laboratório, o estudante deve estudar cuidadosamente os detalhes completos da experiência, bem como sua respectiva teoria. Este não deve somente ter a ideia do que deve ser feito e como se propõe a fazê-lo, mas em todas as vezes deve dar uma resposta inteligente a perguntas como: o que se está fazendo e por quê? Pode-se então dizer que o exercício foi verdadeiramente científico e não do tipo livro de receitas para cozinha.
O estudante logo perceberá que várias experiências dependem de um longo tempo de aquecimento ou repouso, durante os quais nem sempre é necessário voltar toda a atenção ao que ocorre. Um bom operador fará uso deste tempo, por exemplo, para fazer anotações, preparar o material e as condições necessárias para uma próxima etapa (se houver), limpar e secar vidrarias.
Anotações de peso, volume e outros resultados numéricos podem ser feitas diretamente na própria apostila de laboratório, no momento em que as observações forem feitas, para não correrem o risco de ser perdidas. Os resultados de todas as experiências devem ser anotados em um caderno de notas, no momento em que as observações forem feitas. Se a atividade requer anotações de peso, volume e outros resultados numéricos, estes devem ser colocados diretamente no caderno de notas e não em pedaços de papel, que podem vir a ser perdidos e desenvolverem atos de negligência no estudante.
Uma boa indicação da técnica do estudante será a aparência da sua bancada de trabalho. A parte superior da bancada deve sempre estar limpa e seca.
Materiais frequentemente necessários no laboratório: calculadora científica e pincel para retroprojetor ou marcador de CDs ou semelhante, nas cores azul e/ou preta.
SEGURANÇA NO TRABALHO
Qualquer acidente deve ser imediatamente comunicado ao professor.
Usar jaleco e outros acessórios de segurança eventualmente exigidos pela atividade: óculos de proteção, luvas, botas etc.
Quanto aos calçados, estes devem ser totalmente fechados, ou seja, devem cobrir totalmente os pés e principalmente o peito do pé, por ser esta a área mais exposta a respingos de líquidos.
Conservar limpo o local de trabalho.
Somente utilizar o material perfeitamente limpo.
Seguir cuidadosamente o roteiro da atividade.
Registrar os dados de cada etapa da atividade, inclusive com desenhos e representações esquemáticas.
Enxugar os frascos antes de aquecê-los.
Colocar o material no local de origem, à medida que for sendo liberado, respeitando os critérios de limpeza.
Não jogar material sólido nas pias e, quando fazer uso da pia para descartar substâncias, manter a torneira aberta.
Cuidar para que os restos de reagentes sejam devidamente destruídos ou armazenados, conforme instruções nos roteiros das práticas ou fornecidas pelo professor.
Conservar os frascos sempre fechados, mesmo que outra pessoa vá utilizá-los na sequência, para evitar penetração de umidade, que deteriora os produtos.
Não recolocar nos frascos de origem substâncias deles retiradas, que sobraram ou foram recuperadas, sem a autorização do professor.
Não misturar substâncias ao acaso.
Evitar levar as mãos à boca ou aos olhos.
Quantidades pequenas de líquidos tóxicos não devem ser pipetadas sem a ajuda de uma pêra de sucção ou de um pipetador. Na ausência destes, utilize pequenas provetas. Jamais fazer uso da boca.
Para perceber odores ou vapores, puxar com a mão um pouco do vapor em direção ao nariz, em movimentos circulares.
Solventes voláteis, substâncias corrosivas ou gases tóxicos devem ser manuseados sempre dentro da capela de exaustão devidamente ligada.
Para introduzir tubos de vidro ou termômetros em orifícios de rolhas, lubrificar com glicerina o orifício e a peça a ser introduzida, segurar com um pano o material absorvente e introduzir com movimentos circulares.
Lavar as mãos com água e sabão antes de sair do laboratório.
PROCEDIMENTO DE LIMPEZA DE VIDRARIAS
A limpeza dos materiais utilizados em laboratório é feita pelos técnicos de laboratório. No entanto, será solicitado aos alunos que, em algumas situações, procedam à limpeza do material utilizado. Neste caso, proceda à limpeza de acordo com as instruções a seguir.
SIGA RIGOROSAMENTE AS INSTRUÇÕES DO PROFESSOR OU DOS TÉCNICOS DE LABORATÓRIO COM RELAÇÃO AO DESCARTE DE QUAISQUER RESÍDUOS PRODUZIDOS NO LABORATÓRIO.
OBSERVAÇÃO: JAMAIS FAÇA MOVIMENTOS BRUSCOS PARA ELIMINAR A ÁGUA NO INTERIOR DOS RECIPIENTES.
Béqueres, elernmeyers, cálices, vidros relógio, provetas: após ter descartado líquidos ou sólidos contidos nestes recipientes, sua limpeza deve ser feita como indicado a seguir:
1. Enxágüe o recipiente em água de torneira.
2. Com auxílio de uma esponja ou escova, lave o recipiente com detergente.
3. Enxágüe abundantemente em água de torneira.
4. Enxágüe por três vezes em água destilada.
Pipetas, buretas e balões volumétricos: após ter descartado líquidos contidos nestes recipientes, sua limpeza deve ser feita como indicado a seguir:
1. Enxágüe abundantemente em água de torneira. Aguarde que toda água seja escoada.
2. Enxágüe por três vezes em água destilada.
3. Coloque em suporte próprio para secagem.
PRIMEIRA UNIDADE DE ENSINO: 
BIOSSEGURANÇA
AULA 01: Normas de segurança em laboratório – Biossegurança 
Competências 
Identificar a importância da ABNT na segurança laboratorial;
Reconhecer os riscos inerentes ao ambiente laboratorial;
Reconhecer os equipamentos de proteção individual: jaleco, óculos, protetor facial, cabelos
presos, luvas, sapato fechado, máscara;
Reconhecer os equipamentos de proteção coletiva;
Conhecer as legislações aplicadas à biossegurança;
Utilizar o conteúdo para saber se comportar no laboratório em situações normal e em casos de acidente.
 Correlação com as competências Profissionalizantes: 
Biomedicina: Controle de Qualidade em Alimentos; Agentes Infecciosos e Respostas Imunológicas; Farmacologia; Biologia Molecular e Biotecnologia; Citologia Clínica e Fluidos Corporais; Bioquímica Clínica; Hematologia Clínica e Banco de Sangue; Controle de Qualidade de Laboratório; Imunologia Clínica; Análises Toxicológicas e Criminalística; Microbiologia Clínica.
Ciências Biológicas: Biotecnologia Industrial e Ambiental; Biologia Molecular e Biotecnologia; Imunologia e Microbiologia Aplicada; 
Farmácia: Química Analítica e Instrumental; Processamento e Controle de Qualidade de Alimentos; Agentes Infecciosos e Respostas Imunológicas; Farmacognosia; Farmacotécnica; Biologia Molecular e Biotecnologia; Tecnologia Farmacêutica, Controle de Qualidade Físico-Químico e Microbiológico; Parasitologia e Imunologia Clínicas; Hematologia e Banco de Sangue; Cosmetologia; Análises Toxicológicas e Toxicologia; Microbiologia Clínica; Bioquímica Clínica,
Introdução:
Notícia publicada no G1 dia 05/12/2013 Estudante é internada após sofrer intoxicação em aula prática (http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2013/12/estudante-e-internada-apos-intoxicacao-durante-aula-pratica.html): 
Fala da mãe da estudante de 15 anos “Ao descartar o material, ela não tinha os equipamentos apropriados para que pudesse não haver o que aconteceu: ela inalou. Logo depois de inalar, ela sentiu-se mal, saiu da sala e depois de alguns minutos ela foi levada para o [hospital] português, ficando só até o meio-dia. Fomos para casa e às 19h o quadro agravou e tivemos que vir para o centro médico.” Nesse contexto, o que poderia ter sido feito para evitar essa situação?
Referencial teórico
A biossegurança (vida + segurança) é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, proteção do trabalhador, minimização de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e preacional e amplia-se para a proteção ambiental e a qualidade. Assim, a biossegurança envolve procedimentos, ações, técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos capazes de eliminar ou minimizar os riscos inerentes às atividades realizadas no laboratório.
A biossegurança pode também ser compreendida como um conjunto de normas e medidas que visa à proteção da população e dos profissionais de saúde. Dessa forma, ao se iniciar um trabalho em laboratório, é fundamental conhecer-se os procedimentos de segurança que irão permitir uma atuação com um mínimo de risco.
Risco é a probabilidade de ocorrer um dano, ferimento ou doença. Eles são divididos em 5 categorias (Portaria do Ministério do Trabalho, MT número 3214, de 08/06/1978) (Figura 1):
Figura 1 – Categorias de risco.
Riscos biológicos Os materiais biológicos abrangem amostras provenientes de seres vivos como plantas, animais, bactérias, leveduras, fungos, parasitas (protozoários e metazoários) e amostras biológicas provenientes de animais e seres humanos (sangue, urina, escarro, secreções, derrames cavitários, peças cirúrgicas, biópsias entre outras). Incluem-se também os organismos geneticamente modificados em que os cuidados são mais relevantes por albergarem genes com características diferenciadas;
Riscos ergonômicos qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador causando desconforto ou afetando a sua saúde;
Riscos físicos São riscos provocados por algum tipo de energia. Dependem dos equipamentos de manuseio do operador ou dos ambientes que se encontram nos laboratórios. Podemos citar alguns casos como calor, frio, ruídos, vibrações, radiações não-ionizantes, ionizantes e pressões normais. Equipamentos que geram calor ou chamas;
Riscos químicos A classificação das substâncias químicas, gases, líquidos ou sólidos, também devem ser conhecidas pelos seus manipuladores. Nesse aspecto, têm-se solventes combustíveis, explosivos, irritantes, voláteis, cáusticos, corrosivos e tóxicos. Devem ser manipulados de forma adequada em locais que permitam a segurança de seu manipulador e do seu meio ambiente. Este grupo de risco é muito importante, pois os acidentes de laboratórios com substâncias químicas são os mais comuns e perigosos;
Riscos de acidentes Principalmente em decorrência do uso de equipamentos de vidro e de equipamentos e instrumentos perfurocortantes.
Para evitar esses riscos, algumas recomendações gerais devem ser seguidas:
Normas gerais
1º - A permanência dos alunos nos laboratórios de aulas práticas será apenas permitida mediante o uso de jaleco branco devidamente abotoado, sapatos fechados e calça comprida. Caso não estejam devidamente paramentados, os alunos não poderão assistir a essas aulas; 
2º - Roupas e EPIs adequados, como calça comprida, jaleco, sapatos fechados, toucas, luvas, máscaras e óculos de segurança. Conservar os cabelos compridos presos; 
3º - A entrada dos alunos nos laboratórios será apenas permitida com a autorização dos professores responsáveis; 
4º - Não ingerir alimentos, bebidas ou fumar nos laboratórios; 
5º - Trabalhar com seriedade evitando brincadeiras; 
6º - Não deixar materiais estranhos ao trabalho sobre as bancadas. (Cadernos, bolsas e agasalhos devem ficar nos escaninhos ou assemelhados); 
7º - As bancadas e os corredores, bem como as pias, têm de ser mantidas sempre limpas durante toda a aula. Os resíduos (lixo comum ou químico), devem ser colocados em reservatórios específicos; 
8º - Balanças precisam ser cuidadosamente utilizadas; portanto, ao final de cada pesagem, verificar se a balança está limpa e tomar as devidas providências para deixá-la adequada ao próximo usuário; 
9º - Nunca deixar frascos de matérias-primas e solventes destampados. Após pesagem ou medida de volume, devolvê-los rapidamente ao local de origem para que outros alunos possam também utilizá-los, evitando-se perdas, quebras e derramamentos acidentais; 
10º - Em caso de derramamento providenciar a limpeza o mais rapidamente possível;
11º - Nunca abrir um frasco de reagente antes de ler o rótulo, nem testar substâncias químicas pelo odor ou sabor; 
12º - Ao pipetar utilizar sempre uma pêra ou equipamento adequado (pipetador). Nunca pipetar com a boca; 
13º - Nunca usar termômetros como bastão; 
14º - Todo material (matérias-primas, vidrarias e utensílios) utilizado pelo aluno deverá ser devolvido ao local de sua guarda; 
15º - Não é permitida a presença de pessoas estranhas à disciplina nos laboratórios; 
16º - Devem ser seguidos os cuidados com o descarte de materiais e na lavagem das vidrarias, observados pelos professores e técnicos de laboratório. Os descartes têm de ser feitos de maneira correta a fim de preservar a saúde pública e os recursos naturais. Os resíduos comuns devem ser descartados em lixeiras e os químicos devem ser descartados de acordo com sua natureza - os líquidos, que não oferecem risco à saúde pública e ao meio ambiente, poderão ser descartados na pia; os sólidos nunca devem ser descartados na pia e, se não oferecerem risco à saúde pública e ao meio ambiente, podem ser descartados no lixo comum. Para os resíduos perigosos estão disponíveis frascos coletores para descarte; 
17º - Ao acender o bico de Bunsen, observar a presença de materiais inflamáveis e solventes nas proximidades e retirá-los. Fechar sempre os bicos de gás não utilizados; 
18º - Em caso de incêndio usar a saída específica e chamar socorro para apagar o fogo em roupa de colegas, abaixar as chamas com toalhas. Nunca usar extintores de incêndio em humanos; 
19º - Jamais esquecer que os laboratórios são ambientes de trabalho, submetidos a riscos de acidentes na maioria das vezes causados por atos inseguros. O trabalho em laboratórios exige concentração e bom desempenho. Para tanto, o aluno precisa seguir
as recomendações e instruções fornecidas pelos professores. Também deve ser mantido o mínimo ruído possível (silêncio); 
20º - Mesmo tomando os devidos cuidados, caso aconteça algum acidente, estarão disponíveis alguns equipamentos de proteção coletiva como lava olhos e chuveiros de segurança, localizados no Laboratório de Química e extintores de pó químico pressurizado em todos os laboratórios.
As Boas Práticas de Laboratório estão contempladas na Norma Regulamentadora NR-32 e alguns aspectos importantes são:
Lavagem das mãos
Esse procedimento é necessário antes e depois da manipulação de materiais dentro do laboratório. Deve-se usar água corrente e sabão, de acordo com a Figura 2. O uso de luvas de proteção para a manipulação de materiais biológicos e químicos não substitui a lavagem correta das mãos.
Figura 2 – Lavagem das mãos.
Equipamentos de proteção individual
São elementos de contenção, de uso individual, utilizados para proteger o profissional do contato com agentes biológicos, físicos, químicos, calor ou frio excessivos, entre outros (Tabela 1).
Tabela 1 – Equipamentos de proteção individual e suas características
Equipamentos de proteção coletiva
São equipamentos de contenção que possibilitam a proteção dos profissionais no ambiente de trabalho:
Chuveiro de emergência;
Lava-olhos;
Autoclave;
Cabines de segurança biológica;
Extintores de incêndio;
Kit de derramamento.
Os processos de desinfecção também são importantes para a proteção individual e coletiva (Tabela 2).
Tabela 2 – Processos de descontaminação
	Processos de descontaminação
	Definição
	Exemplos
	Limpeza
	Remoção de partículas ou material orgânico.
	Água e sabão
	Desinfecção
	Eliminação de todos os microrganismos, exceto esporos.
	Álcool 70%
Hipoclorito 5%
	Esterilização
	Garante a eliminação de qualquer forma de vida.
	Autoclave
Estufa
Descarte
Os procedimentos de descarte também são essenciais para a minimização dos riscos discutidos e esse descarte varia com o tipo de material em questão.
Descarte de material biológico:
-Lixo contaminado deve ser embalado em sacos plásticos para o lixo tipo 1 (branco), de capacidade máxima de 100 litros, indicados pela NBR 9190 da ABNT;
-Os sacos devem ser totalmente fechados de forma a não permitir o derramamento de seu conteúdo, mesmo se virados para baixo. Uma vez fechados, precisam ser mantidos íntegros até o processamento ou destinação final. Não se admite abertura ou rompimento de saco contendo resíduo infectante sem tratamento prévio. Deve-se verificar a qualidade do produto ou os métodos de transporte utilizados caso ocorram rompimentos frequentes dos sacos;
-Havendo derramamento do conteúdo, cobrir o material derramado com uma solução desinfetante, por exemplo, hipoclorito de sódio a 5% e recolher em seguida, fazendo depois a lavagem do local. Usar os equipamentos de proteção necessários;
-Todos os utensílios que entrarem em contato direto com o material deverão passar por desinfecção posterior;
-Os sacos plásticos deverão ser identificados com o nome do laboratório de origem, sala, técnica responsável e data do descarte;
-Autoclavação a 121º C durante pelo menos 20 minutos para materiais limpos e 45 minutos para materiais a serem descontaminados;
-As lixeiras para resíduos desse tipo devem ser providas de tampas e devem ser lavadas e desinfetadas, pelo menos uma vez por semana ou sempre que houver vazamento do saco.
Descarte de material perfurocortante:
Os materiais perfurocortantes constituem a principal fonte potencial de risco tanto para acidentes físicos como para contaminação por agentes infecciosos. Exemplos: agulhas, ampolas abertas, lâminas de bisturi, vidraria quebrada entre outros. Para o descarte seguro, recomenda-se os seguintes passos:
-Devem ser descartados em recipientes de paredes rígidas com tampa e resistente à autoclavação;
-Os recipientes devem estar localizados tão próximos possíveis da área de utilização dos materiais;
-Os recipientes devem ser identificados com etiquetas contendo informações sobre o laboratório de origem, técnico responsável pelo descarte e data do descarte;
- Após tratamento para descontaminação, os recipientes devem ser embalados em sacos adequados para descarte, identificados como material perfurocortantes e descartar como lixo comum, caso não sejam incinerados;
-A agulha não deve ser retirada da seringa após o uso;
-No caso de seringa de vidro, levá-la juntamente com a agulha para efetuar o processo de descontaminação; 
-Não quebrar, entortar ou recapear as agulhas.
Descarte de material químico
Para a realização dos procedimentos adequados de descarte é importante observar o grau de toxicidade e não misturar os resíduos de diferentes naturezas e composições. Estes produtos devem ser tratados antes de descartados e, no armazenamento, devem ser consideradas as compatibilidades entre os produtos químicos.
As informações de descarte específica para cada produto estão disponíveis nas FISPQs (Ficha de Informação de Segurança do Produto Químico) e devem estar acessíveis a todos. A Comissão de Gerenciamento de Resíduos da FMUSP disponibiliza o Guia dos POPs de Resíduos de Serviços de Saúde, que traz os procedimentos necessários para descarte de resíduos e carcaças, desde a sua geração até a disposição final, no seguinte endereço: http://www.bioterio.fm.usp.br/pdf.
A segurança é responsabilidade de todos!
Materiais e Métodos:
 Materiais de Consumo (Reagentes)
Luvas
Máscaras
Jaleco
Óculos de proteção
Descarte de Materiais com Hipoclorito.
Álcool 70%
Papel toalha
 Materiais Permanentes (Vidrarias/equipamentos)
Caixa de perfurocortantes
Lixo comum
Lixo Biológico
Pia para descarte de materiais
 Procedimentos 
Durante o desenvolvimento da prática simularemos um processo de coleta de amostra biológica (sangue). O professor irá demonstrar de forma prática a importância da utilização dos EPIs (equipamentos de proteção individual). Será demonstrado:
A paramentação adequada em laboratório;
O uso correto dos EPIs;
A correta desinfecção de bancadas antes e após a utilização;
O procedimento seguro para a utilização de agulhas e perfurocortantes;
Os cuidados com reagentes líquidos e o processo de descarte de substâncias;
O correto descarte de placas com meio de cultura;
A separação do lixo comum e lixo biológico e seus devidos símbolos;
Os procedimentos a serem realizados após a quebra de vidrarias e derramamento de reagentes;
Os procedimentos a serem realizados após o derramamento de material biológico e a desinfecção do local.
Resolução do Problema Levantado
A estudante deveria estar usando os equipamentos de proteção individual pertinentes, além de manipular o reagente em uma capela para evitar a inalação.
Listas de Exercício 
Identifique os erros na seguinte situação e justifique:
Julia entra em um laboratório químico de calça jeans, blusa e sandália; seus cabelos estão soltos; ela veste seu jaleco de mangas curtas e se prepara para iniciar os experimentos. Sem luvas, Júlia pesa em uma balança cloreto de sódio e mede certo volume de água em um béquer. Ela mistura e adiciona uma gota de ácido sulfúrico. Ela paramenta-se com óculos de proteção, liga a manta térmica e coloca a mistura sob aquecimento dentro do béquer. Enquanto aguarda a finalização do experimento, Júlia pega sua garrafinha de água dentro da bolsa e bebe a água. Após isto, Júlia volta ao experimento, retira o béquer e deixa-o resfriar. Finalizado o experimento, Júlia lava as mãos e deixa o laboratório. Ela vai ao seu escaninho, no primeiro andar, retira seu jaleco e o guarda.
2) Descreva sucintamente a diferença entre o descarte de materiais biológicos, perfurocortantes e químicos.
3) Aponte os EPIs e EPCs necessários em cada uma das seguintes situações em um laboratório:
Experimento envolvendo cultura de células;
Experimento utilizando água, glicose e cloreto de sódio;
Experimento envolvendo materiais perfuro-cortantes;
Coleta de sangue;
Experimento envolvendo
ácidos concentrados;
Manipulação de material biológico;
Experimento envolvendo reagentes em pó;
Manipulação de produto altamente dispersível.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANVISA. Microbiologia Clínica para o controle de infecção relacionada à assistência à saúde. Brasília, 2010. 48 p.
COMISSÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO. Manual de Boas Práticas de Laboratório. Universidade de Lisboa: Lisboa, 2016. 34 p.
GERÊNCIA TÉCNICA. Guia de Boas Práticas Laboratoriais. HC-FMUSP: São Paulo, 2015. 25 p.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA. Boas Práticas em Microbiologia Clínica. Brasil, 2015. 323 p.
UNISESPE. Manual institucional de biossegurança. 2010. 13 p.
AULA 02: Riscos Químicos e Biológicos nos laboratórios 
Competências 
Reconhecer os riscos químicos e biológicos em laboratório;
Atuar na prevenção de acidentes químicos e biológicos em laboratório;
Reconhecer os níveis dos laboratórios de acordo com a Segurança Biológica;
Armazenar corretamente os produtos químicos e resíduos gerados.
1.1 Correlação com as competências Profissionalizantes: 
Biomedicina: Métodos de análise, investigação e síntese; Parasitologia clínica; Agentes infecciosos e respostas imunológicas; Análise ambiental; Controle de qualidade de alimentos; Farmacologia; Biologia molecular e biotecnologia; Vigilância sanitária; Bioquímica clínica; Hematologia clínica e banco de sangue; Controle de qualidade de laboratório; Imunologia clínica; Análise toxicológica e criminalística; Microbiologia clínica.
Ciências Biológicas: Métodos de análise, investigação e síntese; Agentes infecciosos e resposta imunológica; Análises histológicas e citogenéticas; Biologia molecular e biotecnologia; Imunologia e microbiologia aplicada.
Farmácia: Métodos de análise, investigação e síntese; Química Analítica e instrumental; Agentes infecciosos e resposta imunológica; Processamento, controle e qualidade de alimentos; Farmacognosia; Biologia molecular e biotecnologia; Farmacotécnica; Controle de qualidade físico-quimico e biológico; Parasitologia e Imunologia clínica; Hematologia e banco de sangue; Cosmetologia; Análises tóxicas e toxicologia; Microbiologia clínica; Bioquímica clínica.
Introdução
Um aluno, ao ser o primeiro a chegar em seu laboratório de iniciação científica, percebe que o ambiente está com um cheiro estranho e vê que houve um derramamento do líquido que estava no descarte. Como o aluno deve proceder de forma a minimizar os riscos para si, para os transeuntes e para o ambiente?
Referencial teórico
Os riscos químicos e biológicos são os principais envolvidos nos acidentes em laboratórios:
Riscos biológicos Os materiais biológicos abrangem amostras provenientes de seres vivos como plantas, animais, bactérias, leveduras, fungos, parasitas (protozoários e metazoários) e amostras biológicas provenientes de animais e seres humanos (sangue, urina, escarro, secreções, derrames cavitários, peças cirúrgicas, biópsias entre outras). Incluem-se também os organismos geneticamente modificados em que os cuidados são mais relevantes por albergarem genes com características diferenciadas;
Riscos químicos A classificação das substâncias químicas, gases, líquidos ou sólidos, também devem ser conhecidas pelos seus manipuladores. Nesse aspecto, têm-se solventes combustíveis, explosivos, irritantes, voláteis, cáusticos, corrosivos e tóxicos. Devem ser manipulados de forma adequada em locais que permitam a segurança de seu manipulador e do meio ambiente. Este grupo de risco é muito importante, pois os acidentes de laboratórios com substâncias químicas são os mais comuns e perigosos;
Uma das ferramentas importantes em um laboratório é o mapa de risco (Figura 1). O mapa de risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho capazes de acarretar prejuízos à saúde dos servidores, causando acidentes e doenças do trabalho. É utilizado para facilitar a visualização dos riscos existentes no local.
Figura 1 – Exemplo de um mapa de risco
Além disso, existem algumas medidas específicas que podem ser adotadas para evitar esses riscos.
Procedimentos básicos de segurança nos laboratórios químicos:
Risco químico é o perigo a que determinado indivíduo está exposto ao manipular produtos químicos que podem causar-lhe danos físicos ou prejudicar-lhe a saúde. Os danos físicos relacionados à exposição química incluem, desde irritação na pele e olhos, passando por queimaduras leves, indo até aqueles de maior severidade, causado por incêndio ou explosão. Os danos à saúde podem advir de exposição de curta e/ou longa duração, relacionadas ao contato de produtos químicos tóxicos com a pele e olhos, bem como a inalação de seus vapores, resultando em doenças respiratórias crônicas, doenças do sistema nervoso, doenças nos rins e fígado, e até mesmo alguns tipos de câncer.
Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, gases, neblinas, nevoas ou vapores, ou que seja, pela natureza da atividade, de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.
As barreiras de contenção para agentes químicos são os dispositivos ou sistemas que protegem o operador do contato com substâncias químicas irritantes, nocivas, tóxicas, corrosivas, líquidos inflamáveis, substâncias produtoras de fogo, agentes oxidantes e substâncias explosivas.
Todos os procedimentos relacionados com a manipulação de produtos químicos deverão realizar-se de modo a garantir a segurança de todos os que trabalham no laboratório e fora dele. Algumas substâncias apresentam propriedades potencialmente perigosas que implicam procedimentos laboratoriais e precauções específicos. Dentro destas substâncias incluem-se:
Solventes inflamáveis;
Compostos/misturas químicas altamente reativos e oxidantes fortes;
Gases comprimidos;
Compostos/misturas corrosiva;
Compostos/misturas com toxicidade elevada e/ou crónica.
Apresentam-se em seguida alguns procedimentos que devem ser adotados na manipulação de substâncias químicas:
Ler com atenção a ficha de segurança e instruções dos produtos químicos, identificá-los e armazená-los conforme orientação do fabricante;
A inalação, ingestão acidental e contato com a pele com esses produtos químicos deve ser evitada;
Certificar-se do funcionamento dos exautores de modo a minimizar a exposição aos produtos químicos;
Realizar as experiências no espaço adequado e não transportar recipiente com reações em execução para fora do laboratório;
Reconhecer os pictogramas de perigo;
Manter os esguichos de água, álcool e outros líquidos devidamente rotulados;
Manter os recipientes de produtos químicos bem fechados;
Não abrir nem utilizar recipientes de produtos químicos sem identificação;
Substâncias inflamáveis devem ser mantidas longe de fontes de calor;
Os produtos químicos devem ser descartados corretamente.
Procedimentos básicos de segurança nos laboratórios biológicos:
São considerados riscos biológicos: vírus, bactérias, fungos, parasitas e protozoários. Os riscos biológicos ocorrem por meio de microrganismos que, em contato com o homem, podem provocar inúmeras doenças. Muitas atividades profissionais favorecem o contato com tais riscos. É o caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza pública (coleta de lixo), laboratórios, etc.
Entre as inúmeras doenças profissionais provocadas por microrganismos incluem-se: tuberculose, brucelose, malária e febre amarela. Para que essas doenças possam ser consideradas doenças profissionais, é preciso que haja exposição do funcionário a estes microrganismos. São necessárias medidas preventivas para que as condições de higiene e segurança nos diversos setores de trabalho sejam adequadas. 
Os riscos biológicos em laboratórios podem estar relacionados com a manipulação de:
- Agentes patogênicos selvagens;
- Agentes patogênicos atenuados;
- Agentes patogênicos que sofreram
processo de recombinação;
- Amostras biológicas;
- Culturas e manipulações celulares (transfecção, infecção);
- Animais.
Todos os itens citados acima podem tornar-se fonte de contaminação para os manipuladores. As principais vias envolvidas num processo de contaminação biológica são a via cutânea ou percutânea (com ou sem lesões - por acidente com agulhas e vidraria, na experimentação animal - arranhões e mordidas), a via respiratória (aerossóis), a via conjuntiva e a via oral.
Há uma classificação dos agentes patogênicos selvagens que leva em consideração os riscos para o manipulador, para a comunidade e para o meio ambiente. Esses riscos são avaliados em função do poder patogênico do agente infeccioso, da sua resistência no meio ambiente, do modo de contaminação, da importância da contaminação (dose), do estado de imunidade do manipulador e da possibilidade de tratamento preventivo e curativo eficaz. Os materiais biológicos são classificados segundo seu risco (Tabela 1):
Tabela 1 – Classificação dos grupos de risco dos agentes biológicos
Em locais que ocorrem experimentos que envolvam materiais biológicos, o acesso é restrito somente ao pessoal autorizado, de acordo com procedimentos implementados;
O uso de jaleco é obrigatório;
Deve-se lavar e desinfetar as mãos antes e após a manipulação de materiais biológicos sempre que retirar as luvas e antes de sair do laboratório; 
É estritamente proibido comer, beber, fumar, colocar/retirar lentes de contato, levar à boca material de trabalho (lápis, caneta), maquilhar-se e armazenar comida ou bebida para consumo, no laboratório. Não devem serem usados saltos altos, brincos compridos, colares e pulseiras nos laboratórios. Os cabelos compridos/longos devem estar devidamente amarrados;
Os materiais cortantes e perfurantes devem ser utilizados de acordo com os respectivos protocolos e sempre com EPI (p.e. luvas resistentes a perfuração / corte);
Os trabalhos devem ser executados de forma a minimizar ou evitar a formação de aerossóis;
As superfícies de trabalho devem ser descontaminadas no mínimo, antes de iniciar um trabalho e sempre que o finalizar, com um desinfectante adequado e sempre que ocorrer algum pequeno derrame de material biológico (álcool de 70% existente nos esguichos);
O material biológico que for descontaminado em locais fora do laboratório onde foi utilizado, deve ser transportado num recipiente resistente estanque e fechado, e de acordo com as normas legais e de boas práticas em vigor.
Além disso, a área física ocupada pelo laboratório deve ter sido planejada de acordo com os materiais clínicos que serão manipulados e o risco dos agentes porventura isolados e por isso o fluxo de pessoas e materiais deve ser respeitado para minimizar os riscos.
A segurança é responsabilidade de todos!
Material e Métodos 
 Materiais de Consumo (Reagentes)
Placas de cultivo de micro-organismo de classe I (Lactobacillus spp; Bacillus subtilis) e classe II (Pseudomonas, Salmonella).
Agulhas.
Ácido clorídrico (exemplo)
 Materiais Permanentes (Vidrarias/equipamentos)
Placa de cultivo de micro-organismo por grupo. 
Agulhas estéreis por grupo.
FISPQ – Fichas de segurança de produtos químicos.
Produtos químicos e rótulos.
Pipetas automáticas e manuais.
Capela de fluxo laminar
 Procedimentos 
A aula será expositiva. O professor irá levantar as principais causas de riscos químicos e biológicos e demonstrar exemplos práticos:
Riscos biológicos por meio de micro-organismos de classe I e classe II (visualização de placas de cultivo). 
Determinar causas de risco potenciais e as precauções de segurança apropriadas antes de começar a utilizar novos equipamentos ou implantar novas técnicas no laboratório e confirmar se existem condições e equipamentos de segurança suficientes para implantação de novos procedimentos.
Demonstrar a correta pipetagem de solventes ou reagentes voláteis, tóxicos ou que apresentem qualquer risco para a segurança. Usar sempre um pipetador. 
Demonstrar a utilização da capela de fluxo laminar. 
Em grupo, os alunos devem reconhecer os efeitos das substâncias químicas observando a FISPQs – Fichas de segurança de produtos químicos.
Descrever a rotulagem dos frascos contendo soluções com o nome do produto, a data de aquisição ou preparação, validade e responsável pela solução. Quando necessário adicionar informações sobre o risco, perigo e condições de segurança em seu manuseio.
Lavagem das mãos ao final dos procedimentos de laboratório e remoção de todo o equipamento de proteção incluindo luvas e jalecos. 
Demonstrar o risco de consumir alimentos e bebidas no laboratório. A separação de alimentos e bebidas dos locais contendo materiais tóxicos, de risco ou potencialmente contaminados pode minimizar os riscos de ingestão acidental desses materiais. 
Resolução do Problema Levantado
Em acidentes com derramamento de produtos químicos, deve-se:
Utilizar EPIs,
Conter o líquido derramado;
Cobrir o resíduo com vermiculina ou areia e aguardar sua absorção;
Recolher todo o resíduo e material utilizado para limpar a área em saco plástico perto para posterior descarte;
No caso de ser um aluno, ele deveria chamar o responsável pelo laboratório e interditar o local para que não haja circulação de pessoas. O responsável, então, tomaria as atitudes acima referidas.
Listas de Exercício 
1) Procure uma ficha FISPQ de um produto químico, analise-a quanto aos riscos e traga uma resenha para ser apresentada a turma;
2) Cite e explique fatores importantes na organização de um laboratório de forma a prevenir riscos químicos e biológicos;
3) Descreva o que deveria ser feito para minimizar os riscos da seguinte situação:
Um técnico deixa cair uma prateleira contendo diversas amostras de sangue. O sangue se espalha pelo chão, juntamente com pedaços dos tubos e não se sabe se haviam amostras contaminadas;
4) Pesquise qual os procedimentos de saúde devem ser realizados quando uma pessoa entra em contato com material suspeito de contaminação com o vírus HIV. Analise criticamente a necessidade de realização desses procedimentos;
5) Procure alguma incompatibilidade química, analise seu risco e traga para discutir em sala.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANVISA. Microbiologia Clínica para o controle de infecção relacionada à assistência à saúde. Brasília, 2010. 48 p.
COMISSÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO. Manual de Boas Práticas de Laboratório. Universidade de Lisboa: Lisboa, 2016. 34 p.
GERÊNCIA TÉCNICA. Guia de Boas Práticas Laboratoriais. HC-FMUSP: São Paulo, 2015. 25 p.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA. Boas Práticas em Microbiologia Clínica. Brasil, 2015. 323 p.
UNISESPE. Manual institucional de biossegurança. 2010. 13 p.
AULA 03: Titulo: Noções básicas de primeiros socorros no laboratório
Competências
Reconhecer os principais procedimentos, materiais e técnicas relacionadas aos primeiros socorros devido a intercorrências existentes no ambiente laboratorial;
Conhecer os principais procedimentos relacionados à exposição a material químico e biológico no laboratório.
1.1 Correlação com as competências Profissionalizantes: 
Biomedicina: Métodos de análise, investigação e síntese; Parasitologia clínica; Agentes Infecciosos e Respostas Imunológicas; Análise ambiental; Controle de qualidade de alimentos; Farmacologia; Biologia molecular e biotecnologia; Vigilância sanitária; Bioquímica clínica; Hematologia clínica e banco de sangue; Controle de qualidade de laboratório; Imunologia clínica; Análise toxicológica e criminalística; Microbiologia clínica.
Ciências Biológicas: Métodos de análise, investigação e síntese; Agentes infecciosos e resposta imunológica; Análises histológicas e citogenéticas; Biologia molecular e biotecnologia; Imunologia e microbiologia aplicada.
Farmácia: Métodos de análise, investigação e síntese; Química Analítica e instrumental; Agentes infecciosos e resposta imunológica; Processamento, controle e qualidade de alimentos; Farmacognosia; Biologia molecular
e biotecnologia; Farmacotécnica; Controle de qualidade físico-quimico e biológico; Parasitologia e Imunologia clínica; Hematologia e banco de sangue; Cosmetologia; Análises tóxicas e toxicologia; Microbiologia clínica; Bioquímica clínica.
Introdução
Durante uma aula prática o professor estava manipulando reagentes para distribuir nos grupos de alunos quando o vidro do reagente explode. Alguns estilhaços causam cortes no professor e o líquido espirra em seu rosto. O que os alunos podem fazer até que chegue um atendimento especializado?
Referencial teórico
Primeiros socorros são os atendimentos imediatos e rápidos ao acidentado até seu encaminhamento ao médico, em casos mais graves. Neste sentido, primeiros socorros são procedimentos de emergência. É necessário que sejam os mais corretos possíveis para evitar problemas futuros. É também necessário que o laboratório disponha de uma farmácia de emergência. No laboratório podem ocorrer, principalmente, vertigens, corpos estranhos e substâncias químicas nos olhos, queimaduras, cortes e envenenamentos. 
ACIDENTES GRAVES
Não deverá mover o acidentado exceto quando estritamente necessário, ou seja, quando este possa correr ainda mais perigo por inalação ou exposição prolongada ao agente causador do acidente; 
Se o indivíduo estiver contaminado ou exposto a material perigoso no laboratório, deverá atuar de modo a proteger a vida e saúde da vítima, bem como a sua. Determine a natureza do material perigoso para indicar aos serviços de emergência;
Se o indivíduo estiver em contato com corrente elétrica, NÃO O TOQUE. Desligue primeiro a eletricidade, desligando os disjuntores no quadro elétrico, ou afastando o fio condutor com um objeto não-condutor por exemplo uma vareta de vidro;
Peça auxílio imediato através dos contatos de emergência.
ACIDENTES POUCO GRAVES
Em caso de ocorrerem acidentes que resultem em lesões corporais pouco extensas/danosas, poderão ser realizados atos de primeiros socorros básicos de acordo com os procedimentos a seguir apresentados. Quaisquer outros procedimentos mais invasivos exigem formação adequada. 
Feridas 
Lavar bem as mãos;
Expor o local da ferida;
Remover corpos estranhos visíveis com a pinça;
Objetos cravados profundamente não devem ser removidos;
Lavar a ferida com uma gaze embebida em água limpa ou soro fisiológico (lavar primeiro em volta e depois do centro para a periferia);
Desinfetar com antisséptico disponibilizado na mala de primeiros socorros existente nas estações de emergência;
Deixar secar;
Proteger com uma compressa esterilizada;
Cobrir com adesivo ou ligadura;
Encaminhar para assistência médica, se necessário. 
Queimaduras por calor 
Extinguir eventuais chamas sobre a vítima;
Não tentar remover a roupa;
Deixar cair água corrente na área afetada, até que a dor passe;
Em caso de queimaduras extensas deverá ter atenção ao estado de choque da vítima e tentar mantê-la aquecida, tendo o cuidado de não contaminar as zonas queimadas;
Não aplicar produtos desinfetantes ou gordurosos;
Encaminhar a vítima imediatamente para o hospital em caso de queimaduras de 2.ºgrau e/ou extensas. 
Queimaduras por derrames químicos 
Identificar o produto que causou a lesão. 
VIA CUTANEA 
Encaminhar a vítima para o chuveiro, lavar durante pelo menos 10 a 15min, remover o vestuário e calçado usando luvas e encaminhar a vítima imediatamente para o hospital. 
VIA OCULAR 
Encaminhar a vítima para o lava-olhos, lavar durante pelo menos 10 a 15 min sob uma corrente de água fraca, manter as pálpebras abertas (retirar as lentes de contato, se aplicável), cobrir o olho, sem pressionar, com uma compressa esterilizada e encaminhar a vítima imediatamente para o hospital. 
Contaminação com agentes biológicos 
Lave muito bem as mãos com sabão desinfetante para as mãos e água;
Caso ocorra exposição e contaminação pessoal: remova o equipamento de proteção individual contaminado;
Para feridas com agulhas de seringas e outros objetos perfurantes: lave a área ferida com desinfetante ou antisséptico durante 15min;
Para salpicos no rosto (membranas mucosas do nariz, olhos e boca): utilize o lava-olhos durante 15min na área exposta, mantendo as pálpebras abertas. 
Intoxicação 
Identificar o produto que causou a intoxicação. Contatar a emergência para obter informação específica sobre como proceder. 
VIA RESPIRATÓRIA 
Fechar as torneiras de gases/ fonte de tóxico; desapertar ou remover completamente a roupa contaminada; retirar, se possível, a vítima do local contaminado e levá-la para um local ventilado; encaminhar para o hospital. 
VIA DIGESTIVA
Não provocar o vômito a não ser que este procedimento tenha sido indicado pelo Centro de Atendimento Toxicológico; se os lábios ou boca da vítima mostrarem sinais de queimaduras, lave-os com água; mesmo que a vítima esteja consciente, deve colocá-la em Posição Lateral de Segurança (PLS) e cobri-la para evitar o choque; encaminhar de imediato para o hospital.
A segurança é responsabilidade de todos!
Material e Métodos
 Materiais de Consumo (Reagentes)
Álcool 70%
Algodão
Solução fisiológica
Água e sabão
 Materiais Permanentes (Vidrarias/equipamentos)
Lava Olhos
Tomadas e aparelhos elétricos (diferentes voltagens)
Extintores de incêndio
Portaria para as escadas
Kit de primeiros socorros
 Procedimentos 
A aula será expositiva-demonstrativa:
Demonstração dos principais equipamentos de segurança, onde ficam situados e como são utilizados:
Os equipamentos comuns de segurança e emergência incluem extintores, kit de primeiros socorros, estação de lavagem de olhos e chuveiros de emergência e saídas de emergência. É necessário que os usuários saibam onde estão e como manejar os equipamentos de segurança, aprendam o que fazer em uma emergência e se familiarizem com estes procedimentos.
Demonstração de como são os primeiros socorros que podem ser executados pelos alunos:
Divisão da sala em grupo para simulações: queimaduras, cortes, desmaios, etc.
Explicação do procedimento adotado em caso de acidentes.
Resolução do Problema Levantado
Deve-se lavar bem com água corrente e sabão os cortes e proteger com uma compressa estéril e lavar bem os respingos de resíduos químicos. Após isso, o correto é levar a vítima ao hospital para uma avaliação mais profunda e se possível informar no hospital qual era a substância química envolvida no acidente.
Listas de Exercício 
1) Classifique as condutas abaixo em aceitável ou não aceitável e justifique:
Passar óleo em uma queimadura;
Remover tecidos grudados na pele em queimaduras;
Estancar hemorragia com compressa;
Atender à vítima mais grave do acidente antes de verificar se está tudo bem com você;
Lavar corte com água corrente e sabão;
Passar álcool 70% em cortes;
Cobrir queimadura com pasta de dente;
Provocar vômitos em intoxicações;
Torniquete para estancar sangramento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANVISA. Microbiologia Clínica para o controle de infecção relacionada à assistência à saúde. Brasília, 2010. 48 p.
COMISSÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO. Manual de Boas Práticas de Laboratório. Universidade de Lisboa: Lisboa, 2016. 34 p.
GERÊNCIA TÉCNICA. Guia de Boas Práticas Laboratoriais. HC-FMUSP: São Paulo, 2015. 25 p.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA. Boas Práticas em Microbiologia Clínica. Brasil, 2015. 323 p.
UNISESPE. Manual institucional de biossegurança. 2010. 13 p.
SEGUNDA UNIDADE DE ENSINO
MANIPULAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E VIDRARIAS
AULA 04: Reconhecimento de Vidraria e material utilizados em laboratório
Competências
Reconhecer os principais equipamentos e vidrarias utilizadas no laboratório.
Conhecer os principais procedimentos relacionados à utilização dos equipamentos e vidrarias.
Realizar medidas de temperatura, massa e volume; fazer o tratamento de dados experimentais através de cálculo da média e do desvio padrão; diferenciar vidrarias volumétricas e graduadas; utilizar algarismos significativos; distinguir os significados de precisão e
exatidão; discutir os tipos de erros; comparar a precisão de vidraria graduada com volumétrica.
1.1. Correlação com as competências Profissionalizantes: 
Biomedicina: Métodos de análise, investigação e síntese; Parasitologia clínica; Agentes infecciosos e respostas imunológicas; Análise ambiental; Controle de qualidade de alimentos; Farmacologia; Biologia molecular e biotecnologia; Vigilância sanitária; Bioquímica clínica; Hematologia clínica e banco de sangue; Controle de qualidade de laboratório; Imunologia clínica; Análise toxicológica e criminalística; Microbiologia clínica.
Ciências Biológicas: Métodos de análise, investigação e síntese; Agentes infecciosos e resposta imunológica; Análises histológicas e Citogenéticas; Biologia molecular e biotecnologia; Imunologia e microbiologia aplicada 
Farmácia: Métodos de análise, investigação e síntese; Química Analítica e instrumental; Agentes infecciosos e resposta imunológica; Processamento, controle e qualidade de alimentos; Farmacognosia; Biologia molecular e biotecnologia; Farmacotécnica; Controle de qualidade físico-quimico e biológico; Parasitologia e Imunologia clínica; Hematologia e banco de sangue; Cosmetologia; Análises tóxicas e toxicologia; Microbiologia clínica; Bioquímica clínica
Introdução
A execução de qualquer tarefa em um laboratório envolve geralmente uma variedade de equipamentos que devem ser empregados de modo adequado, para evitar danos pessoais e materiais. A escolha de um determinado aparelho ou material de laboratório depende dos objetivos e das condições em que o experimento será executado. Após formado você retorna a sua cidade natal, no interior de Minas Gerais, para trabalhar no único laboratório de análises clínicas da região. Você verifica que, apesar do número pequeno de amostras, há a necessidade de realização de antibiogramas e resolve implantar a metodologia do teste de disco-difusão em ágar, descrito por Bauer e Kirby, como rotina no laboratório. Relacione os materiais necessários para a realização dessa metodologia.
Referencial teórico
As experiências de laboratórios de ciências quantitativas, envolvem frequentemente medidas de massa, volume e temperatura. Estes dados são posteriormente tratados estatisticamente para uma avaliação do resultado obtido. Para toda medida que realizamos, temos uma incerteza (ou erro), e todo trabalho experimental deve ter seus resultados expressos corretamente. Será feita uma apresentação da utilização correta de alguns instrumentos em laboratórios de química e dos tópicos principais para expressar corretamente as medidas por meio destes instrumentos.
Manipulação dos instrumentos de medidas de volume, massa e temperatura
Medidas de Volume
Para medidas aproximadas de volume, usam-se provetas ou pipetas graduadas, enquanto que, para medidas precisas, usam-se buretas, pipetas volumétricas, balões volumétricos (chamadas vidrarias volumétricas) e, também, provetas.
A medida do volume é feita comparando-se o nível do mesmo com a graduação marcada na parede do recipiente. A leitura do nível para líquidos transparentes deve ser feita na parte inferior do menisco. Devemos posicionar o nível dos nossos olhos perpendicularmente à escala onde se encontra o menisco correspondente ao líquido a ser medido. Este procedimento evita o chamado erro de paralaxe (Figura 1).
		
Figura 1 - Procedimentos corretos para leitura do menisco em uma proveta (para líquidos incolores).
Uso da pipeta
Figura 2 - Pipetas volumétrica (a) e graduada (b).
O uso de pêra de sucção ou de pipetador deve ser sempre necessário, mesmo quando forem pipetadas substâncias inofensivas à saúde. Evite aspirar o líquido com a boca. A pipeta a ser utilizada deve estar limpa e seca. Certifique-se sempre de que o material a ser usado não possui nenhum contaminante.
Figura 3 - Pêra de sucção (esquerda) e pipetadores (direita).
Etapas a serem seguidas na utilização do pipetador (Figura 3):
Encaixar FIRMEMENTE a pipeta;
Mergulhar completamente a ponta no líquido;
Encher a pipeta girando a peça circular;
Ajustar o nível desejado com a mesma peça;
Esvaziar apertando a alavanca inferior;
Se necessário, empurrar o êmbolo conforme o tipo de pipeta (TC ou TD).
Pipetas TD (=): deve-se esvaziar completamente (incluir a gotinha final).
Pipetas TC (sem marcação): não se deve esvaziar.
Etapas a serem seguidas na utilização da pêra (Figura 3):
Encaixar FIRMEMENTE a pipeta;
Apertar a válvula “A” e, com a válvula apertada, esvaziar o bulbo;
Soltar a válvula e o bulbo;
Mergulhar completamente a ponta no líquido;
Encher a pipeta apertando a válvula “S” e soltando-a quando terminar;
Ajustar o nível desejado esvaziando-a com a válvula “E” (com a pipeta fora do recipiente);
Se necessário, tampar o orifício próximo à válvula “E” com um dedo e apertar o pequeno bulbo próximo para eliminar as últimas gotas, conforme o tipo de pipeta (TC ou TD).
Uso da Bureta
As buretas são recipientes volumétricos, usados para escoar volumes variáveis de líquido e empregadas geralmente em titulações. Ao utilizar uma bureta, seguir as etapas abaixo descritas:
Verificar se a torneira, caso seja de vidro esmerilhado, está lubrificada;
Fazer ambiente na bureta se não estiver seca;[1: Fazer ambiente: lavar internamente com pequena quantidade do líquido a ser medido, descartando o resíduo e, só então, encher a vidraria com o líquido; após a ambientação da vidraria, a sobra pode ser devolvida ao frasco original, desde que não tenha sido contaminada.]
Encher a bureta e verificar se nenhuma bolha de ar ficou retida no seu interior;
Fixar a bureta ao suporte, com o auxílio de uma garra, de forma a mantê-la na posição vertical;
Zerar a bureta (evitar erro de paralaxe);
A leitura do volume escoado de uma bureta é uma medida relativa. Assim, do mesmo modo que ela foi zerada deve-se ler o volume escoado (atenção para evitar erro de paralaxe).
Figura 4 - Método correto de segurar a torneira de uma bureta.
Uso do balão volumétrico
O balão volumétrico mede um volume exato a uma determinada temperatura (geralmente 20 °C), podendo ser usado sem erro apreciável em temperaturas de mais ou menos 8 °C acima ou abaixo da indicada. Usado principalmente para o preparo de soluções e reagentes, quando se deseja uma concentração a mais exata possível.
Medidas de Massa
As substâncias químicas não devem jamais ser pesadas diretamente nos pratos da balança, e sim sobre papel apropriado ou num recipiente qualquer tal como béquer, pesa-filtro, vidro relógio ou cápsula de porcelana previamente pesados. A utilização da balança será explicada pelo professor.
Medida de Temperatura
Em laboratórios de química, os termômetros mais utilizados são os de mercúrio, que contém em seu interior mercúrio líquido de cor prata. Ao medir a temperatura de um líquido, o bulbo do termômetro deve ser introduzido no líquido. Quando a altura de mercúrio líquido no interior do termômetro estabilizar (2 a 3 minutos) pode-se fazer a leitura da temperatura, evitar erro de paralaxe.
Tomada de medidas
Algarismos significativos: as leituras de medidas devem considerar todos os algarismos significativos, que compreendem os algarismos exatos (os que são fornecidos pela escala) e mais um (e somente um) algarismo duvidoso, que é sempre o último.
Em instrumentos digitais como balanças, considera-se o último algarismo como duvidoso e os demais como exatos. Em instrumentos analógicos como provetas, termômetros, réguas etc., proceder conforme parágrafo a seguir.
Tomada de leituras: usar o valor zero para o algarismo duvidoso quando a leitura coincidir com a escala; se estiver entre duas marcações, considerar o valor anterior mais o erro instrumental (a metade da menor divisão), ou seja, considerar a média das duas marcações. Ver exemplo a seguir na Figura 5.
Figura 5 - Exemplo de tomada de leituras em mostrador analógico. A: 0,55 cm; B: 0,65 cm; C: 0,75 cm; D: 0,90 cm.
Exatidão e Precisão
Exatidão: A exatidão de uma grandeza que foi medida
é a correspondência entre o valor medido (x) e o valor da grandeza (µ). Denota a proximidade de uma medida do seu valor verdadeiro.
Precisão: A precisão de uma grandeza é a concordância entre as várias medidas feitas sobre a grandeza, e indica o grau de dispersão do resultado. Está associada à reprodutibilidade da medida.
É muito difícil obter exatidão sem precisão; porém, uma boa precisão não garante uma boa exatidão. Não obstante, o analista sempre procura resultados reprodutíveis, pois quanto maior a precisão, maior é a chance de se obter boa exatidão. Na Figura 4, ilustram-se os conceitos de exatidão e precisão em uma medida cujo valor verdadeiro deveria ser igual a 3.
Figura 6 - Conjuntos de medidas que ilustram os conceitos de precisão e exatidão: (a) medidas precisas e exatas, (b) medidas precisas, mas inexatas e (c) medidas imprecisas e inexatas.
Erros
Os dados obtidos por meio de medidas são sempre acompanhados de erros devidos ao sistema que está sendo medido, ao instrumento de medida e ao operador. O conhecimento destes erros permite a correta avaliação da confiabilidade dos dados e do seu real significado.
Dois classes de erros afetam a precisão e a exatidão de uma medida: os erros determinados e os erros indeterminados.
Erros determinados: São aqueles que possuem causas definidas e são localizáveis. Podem ser minimizados, eliminados ou utilizados para corrigir a medida. Os erros determinados são:
Erros instrumentais;
Erros devidos aos reagentes (impurezas, ataque dos recipientes por soluções etc.);
Erros de operação: erros físicos e associados à manipulação; geralmente independentes dos instrumentos e utensílios utilizados e não tem qualquer relação com o sistema químico. Suas grandezas, geralmente desconhecidas, dependem mais do analista do que de outro fator. Por exemplo: uso de recipientes descobertos, a perda de material por efervescência, a lavagem mal feita da vidraria ou dos precipitados, o tempo insuficiente de aquecimento, erros de cálculo. Os iniciantes, por falta de habilidade e de compreensão do processo, podem cometer erros operacionais sérios sem deles se aperceberem, mas, ganhando experiência e conhecimentos, tais erros são reduzidos a proporções mínimas.
Erros pessoais: Estes erros são devidos a deficiências do analista. Alguns derivados da inabilidade do operador em fazer certas observações com exatidão, como o julgamento correto da mudança de cor nas titulações que usam indicadores visuais. Outros são erros de predisposição. Estes surgem quando a questão é decidir qual fração de uma escala deve ser registrada: o operador tende a escolher aquela que tornar o resultado mais próximo da medida anterior.
Erros do método: Estes erros têm suas origens nas propriedades físico-químicas do sistema analítico. São inerentes ao método e independem de quão bem o analista trabalhe.
Erros indeterminados: A segunda classe de erros são os indeterminados, que representam a INCERTEZA que ocorre em cada medida. Eles são resultantes de flutuações em sucessivas medidas feitas pelo mesmo operador nas melhores condições possíveis; são derivados de pequenas variações nos instrumentos, no sistema ou no operador. Como estes erros são devidos ao acaso, não podem ser previstos, mas podem ser avaliados por meio de tratamento estatístico dos dados.
A influência dos erros indeterminados é indicada pela exatidão da medida, que é descrita pelo desvio padrão da média de uma série de medidas feitas sob condições idênticas. A precisão da medida não dá informação de quão exata foi à medida, a menos que se disponha de um número muito grande delas. Porém é possível, com certa confiança, avaliar o intervalo em que se encontra o melhor valor da grandeza; esse intervalo é denominado intervalo de confiança da medida. Obviamente, é impossível eliminar todos os erros devidos ao acaso, mas o analista deve minimizá-los até atingir um nível de insignificância tolerável.
Para uma única medida realizada, o erro / desvio avaliado é igual ao erro do aparelho (fornecido pelo fabricante ou, na ausência, por convenção, é a metade da sensibilidade do aparelho - menor divisão).
δ = Desvio associado a uma única medida
δ = δfábrica, atribuído pelo fabricante aos aparelhos não graduados e/ou digitais.
δ = (1/2)S, avaliado em aparelhos graduados;
Sensibilidade (S): menor divisão da escala do instrumento.
As vidrarias utilizadas em um laboratório de química para medidas de volumes dividem-se em graduadas e volumétricas. O erro absoluto dos equipamentos graduados é dado como a metade da menor divisão. Já os instrumentos volumétricos têm erros fornecidos pelo fabricante que podem estar gravados na própria vidraria ou estar tabelado. Na Tabela 1, são mostrados os valores de desvio padrão para as vidrarias volumétricas mais comuns nos laboratórios.
Tabela 1 - Desvio padrão para as vidrarias volumétricas mais comuns nos laboratórios.
	Volume / mL
	Desvio / mL
	
	Balão Volumétrico
	Bureta
	Pipeta
	5
	± 0,02
	± 0,01
	± 0,01
	10
	± 0,02
	± 0,02
	± 0,02
	25
	± 0,03
	± 0,03
	± 0,03
	50
	± 0,05
	± 0,05
	± 0,05
	100
	± 0,08
	± 0,10
	± 0,05
	500
	± 0,20
	-
	-
	1000
	± 0,30
	-
	-
Tratamento Estatístico de Dados Experimentais
População e amostra: inferência estatística
Inferência estatística é o processo pelo qual estatísticos tiram conclusões acerca da população usando informação de uma amostra (Figura 6).
Figura 7 - Relação entre população e amostra.
A população se refere a todos os casos ou situações as quais o pesquisador quer fazer inferências ou estimativas. Diferentes pesquisadores podem querer fazer inferências acerca da concentração de poluentes num determinado lençol freático; predizer a quantidade de petróleo num poço a ser perfurado e assim por diante.
Uma amostra é um subconjunto da população usado para obter informação acerca do todo.
Uma amostragem é muito útil porque muitas vezes conhecer informações sobre toda a população requer custo elevado, tempo muito longo e algumas vezes é um procedimento impossível como, por exemplo, o estudo da poluição atmosférica. Características de uma população que diferem de um indivíduo para outro e as quais temos interesse em estudar são chamadas variáveis. Exemplos são comprimento, massa, volume, idade, temperatura, número de ocorrências, etc.
A teoria da amostragem é um estudo das relações existentes entre uma população e as amostras dela extraídas. Podemos, por exemplo, avaliar grandezas desconhecidas da população (como sua média, sua variância, etc.), frequentemente denominadas de parâmetros, através das correspondentes grandezas amostrais, denominadas de estatísticas amostrais. A Tabela 2 mostra a associação de grandezas populacionais e amostrais para diferentes medidas.
Tabela 2 - Simbologia utilizada para os estimadores populacional e amostral.
Utilizamos estimativas de uma amostra como nosso “melhor chute”' para os verdadeiros valores populacionais. Exemplos são a média amostral, o desvio padrão amostral, a mediana amostral, os quais estimam a verdadeira média, desvio padrão e mediana da população (que são desconhecidos). À medida que a amostra aumenta mais informação nós teremos acerca da população de interesse, e, portanto mais precisas serão as estimativas dos parâmetros de interesse.
Note que estatísticas são usualmente representadas por letras Romanas, (por exemplo, χ para a média amostral, s para o desvio padrão amostral), enquanto que parâmetros são usualmente representados por letras Gregas (por exemplo, µ para a média populacional, σ para o desvio padrão populacional).
Média aritmética e desvio padrão amostral
Em uma série de n medidas repetidas da mesma grandeza física, os valores observados (xi) não são idênticos: eles diferem apreciavelmente entre si e situam-se dentro de uma faixa de dispersão, centrada em torno de um valor médio (¯x), obtido pela média aritmética das medidas:
O parâmetro mais usado para avaliar a dispersão é o desvio padrão (s), que
é definido pela relação matemática abaixo e pode ser calculado com o auxílio de uma calculadora científica.
Existem várias outras grandezas amostrais que podem ser usadas para o estudo de um conjunto de dados, mas nesta prática serão utilizados apenas a média e o desvio padrão amostral.
Material e Métodos
 Materiais de Consumo (Reagentes): 
Água destilada
Papel toalha (três a quatro folhas por grupo).
 Materiais Permanentes (Vidrarias/equipamentos): 
Seis béqueres de 50 mL;
Dois béqueres de 100 mL;
Três pêras de borracha ou pipetadores plásticos de 25 mL;
Três pipetas volumétricas de 25,00 mL;
Três provetas de 25,0 mL;
Três pissetas;
Três termômetros;
Três cronômetros;
Três suportes universais;
Três garras para fixação do termômetro;
Três chapas de agitação magnética;
Três barras magnéticas (“peixinhos”)
Balança analítica
 Procedimentos:
A)	Medidas de volume e de massa:
A1) Verifique se a balança está nivelada e, em seguida, ligue-a. Aguarde cerca de 30 segundos e então zere a balança, tendo o cuidado de antes verificar se há algum resíduo no prato.[2: Zerar ou tarar a balança: ajustar a escala, deixando a mesma indicando zero gramas.]
A2) Coloque um béquer de 50 mL na balança e anote sua massa. Em seguida, tare a mesma.
A3) Coloque cerca de 40 mL de água destilada em outro béquer de 50 mL. Encaixe uma pêra ou um pipetador em uma pipeta volumétrica de 25,00 mL (ver instruções).
A4) Meça 25,00 mL de água destilada na pipeta (atenção com o menisco, consulte as instruções) e transfira-a para o béquer previamente tarado. Atenção! Para evitar molhar a balança, retire o béquer desta antes de colocar a água. Em hipótese alguma zere a balança, para não perder a tara previamente feita.
A5) Anote o valor da massa de água.
A6) Descarte a água do béquer e seque-o cuidadosamente com uma folha de papel toalha.
A7) Repita as etapas de A2 até A6 por mais duas vezes.
A8) Repita as etapas de A2 até A7, usando agora uma proveta de 25,0 mL no lugar da pipeta.
Anotações:
Massas do béquer: __________ / __________ / __________ / __________ / __________ / __________
Massas de água: __________ / __________ / __________ / __________ / __________ / __________
B)	Medidas de temperatura:
ATENÇÃO: nos termômetros de uso comum em laboratórios, as marcações da escala estão na casa das dezenas, mas o algarismo das dezenas aparece à esquerda da coluna de mercúrio, enquanto os algarismos das unidades encontram-se à direita. Logo, a medida da escala seria, por exemplo, de 20 °C, e não de 2,0 °C. Além disso, a disposição da escala nos termômetros permite que as leituras sejam feitas com uma casa decimal de precisão, com variação mínima de 0,5 °C de uma medida para outra.
B1) Adicione cerca de 50 mL de água destilada em um béquer de 100 mL.
B2) Fixe cuidadosamente o termômetro no suporte universal com a garra.
B3) Coloque a chapa de agitação magnética sobre a base do suporte universal. Coloque o béquer com água sobre a chapa de agitação.
B4) Ajuste cuidadosamente o termômetro de maneira que o bulbo fique totalmente em contato com a água no béquer.
B5) Adicione cuidadosamente a barra magnética no béquer e acione somente a agitação magnética, deixando o aquecimento desligado.
B6) Com auxílio do cronômetro, faça 5 (cinco) leituras da temperatura da água com intervalos de 30 segundos. Anote as temperaturas com todos os algarismos significativos adequados.
B7) Com auxílio da Tabela 3, determine a densidade da água nas temperaturas medidas.
Tabela 3 - Densidade da água em diferentes temperaturas (Fonte: KOTZ et al., 2009).
	T (°C)
	d (g/mL ou g.cm-3)
	T (°C)
	d (g/mL ou g.cm-3)
	10
	0,999700
	20
	0,998203
	11
	0,999605
	21
	0,997992
	12
	0,999498
	22
	0,997770
	13
	0,999377
	23
	0,997538
	14
	0,999244
	24
	0,997296
	15
	0,999099
	25
	0,997044
	16
	0,998943
	26
	0,996783
	17
	0,998774
	27
	0,996512
	18
	0,998595
	28
	0,996232
	19
	0,998405
	29
	0,995944
Anotações:
Temperaturas da água: ___________ / ___________ / ____________ / ____________ / ____________
Densidades da água: ____________ / ____________ / ____________ / ____________ / ____________
4. Resolução do Problema Levantado
Para o teste de difusão em disco (antibiograma) serão necessários os seguintes materiais:
Placas de Petri 150mm x 10mm;
Estufa bacteriológica;
Alças bacteriológicas em platina ou descartáveis;
Agar Mueller Hinton;
Tubo com escala 0,5 Mac Farland ou tubidímetro;
Solução salina estéril (NaCl 0,85%);
Termômetro de máxima e mínima para controle da estufa;
Swabs estéreis para espalhamento da suspensão;
Pinças;
Tabelas com os valores esperados de halos inibitórios;
Bico de Bunsen;
Discos de antimicrobianos
5. Listas de Exercício 
Procurar e identificar os instrumentos a seguir e discutir suas aplicações.
2
21
	VIDRARIAS, EQUIPAMENTOS E OUTROS MATERIAIS
	MATERIAIS DE VIDRO:
	
	Balão de fundo chato ou de Florence: utilizado no armazenamento e no aquecimento de líquidos, bem como em reações que se processam com desprendimento de gás; deve ser aquecido sobre a tela de amianto.
	
	Balão de fundo redondo: muito usado em destilações, para colocação do líquido a ser destilado ou para a coleta deste após a condensação do vapor; pode apresentar boca esmerilhada de diâmetro padronizado; também na forma de balão de destilação, possui gargalo longo e é rovido de saída lateral, por onde passam gases e vapores; para ser aquecido, deve estar em manta de aquecimento ou em banho-maria.
	
	Balão volumétrico: recipiente calibrado, destinado a conter um determinado volume de líquido, a uma dada temperatura; é utilizado no preparo e na diluição de soluções de concentração definida (soluções-padrão); como o volume nominal dos balões volumétricos é geralmente calibrado a 20 °C, não se deve, em hipótese alguma, colocar soluções aquecidas no seu interior, nem submetê-los a temperaturas elevadas ou muito reduzidas, sob risco de descalibrá-lo e torná-lo inútil.
	
	Bastão de vidro: usado na agitação e na transferência de líquidos; quando envolvido em uma das extremidades por um tubo de látex é chamado de "policial" e é empregado na remoção quantitativa de precipitados; é frágil e deve ser tratado como tal.
	
	Béquer: recipiente com ou sem graduação, de forma alta (Berzelius) ou baixa (Griffin); usado para transferência de líquidos a partir de recipientes maiores (frascos comerciais de 1 L, por exemplo) no preparo de soluções, pesagem de sólidos e aquecimento de líquidos, bem como em reações de precipitação e recristalização; é freqüentemente confeccionado em vidro pirex, resistente a temperaturas elevadas; não resiste a choques nem a variações bruscas de temperatura; pode ser aquecido em tela de amianto; não deve ser usado para medidas confiáveis de volume, pois sua escala é imprecisa (aproximada).
	
	Bureta: equipamento calibrado para medidas exatas de volume; permite o escoamento controlado de líquido e é muito utilizada em titulações; possui uma torneira de vazão controlada na sua parte inferior; são comercializadas buretas com capacidades de 5 (cinco) a 100 (cem) mililitros e microburetas com capacidade mínima de cem microlitros; as buretas automáticas possuem dispositivos capazes de abastecê-las automaticamente, evitando a contaminação do titulante com CO2 do ar.
	
a b c
	Condensador: equipamento destinado a condensação de vapores, utilizado em destilações ou aquecimentos sob refluxo; os mais comuns são: a) condensador reto (apresenta uma superfície de condensação pequena e por isso não é apropriado para o resfriamento de líquidos de baixo ponto de ebulição); b) condensador de bolas (empregado em refluxos; contribui para que os vapores condensados retornem ao balão de origem); c) condensador de serpentina (proporciona maior superfície de condensação e é usado principalmente no resfriamento de vapores de líquidos de baixo ponto de ebulição).
	
	Cuba de vidro: recipiente
geralmente utilizado em recristalizações e separações cromatográficas; também pode conter misturas refrigerantes.
	
	Dessecador: usado no armazenamento de substâncias que devem ser mantidas sob pressão reduzida ou em condições de umidade baixa; deve conter material dessecante (sílica-gel, cloreto de cálcio etc.) no fundo, abaixo da placa de porcelana.
	
	Erlenmeyer: recipiente largamente utilizado na análise titulométrica, no aquecimento de líquidos e na dissolução de substâncias; pela sua forma cônica, é muitas vezes utilizado para conter soluções durante reações conduzidas sob agitação; assim como os béqueres, também não são destinados a medidas precisas de volume, pois também possuem uma escala meramente aproximada.
	
	Kitassato ou kitasato: frasco cônico de paredes reforçadas, munido de saída lateral; é usado em filtrações sob sucção (ou pressão reduzida).
	
	Funil de separação: vidraria largamente utilizada em extração, decantação, separação de líquidos imiscíveis e adição gradativa de líquidos reagentes durante uma reação química.
	
	Funil simples: vidraria largamente utilizada em extração, decantação, separação de líquidos imiscíveis e adição gradativa de líquidos reagentes durante uma reação química; empregado na transferência de líquidos e em filtrações simples, utilizando papel de filtro adequado.
	
	Pipeta: Instrumento calibrado para medida precisa (e, portanto, mais confiável) e transferência de determinados volumes de líquidos, a dada temperatura. Existem basicamente dois tipos de pipetas: as graduadas (1) e as volumétricas ou de transferências (2). As volumétricas são utilizadas para escoar volumes fixos, enquanto as graduadas são utilizadas para escoar volumes variáveis de líquidos; ambas devem ser usadas somente para soluções e líquidos límpidos e altamente fluidos (pouco viscosos).
	
	Proveta: frasco destinado a medidas precisas de volume (quase tão precisas quantos as realizadas em pipetas) e, por isso, confiáveis; são recomendadas no caso de líquidos mais viscosos e suspensões; são encontradas no comércio provetas com volume nominal variando de cinco mililitros a alguns litros.
	
	Termômetro: instrumento apropriado para medida de temperatura; são encontrados no comércio termômetros de mercúrio e de álcool; os primeiros são mais confiáveis mas, por conterem mercúrio (metal pesado), devem ser tratados com ainda mais cuidado, pois em caso de danos deve-se cuidar para que não reste nenhuma gotícula de mercúrio no ambiente.
	
		
	Tubo de ensaio: geralmente utilizado em reações de testes e em ensaios de precipitação, cristalização e solubilidade; pode ser aquecido, com cuidado, diretamente sobre a chama do bico de gás.
	
	Vidro de relógio: utilizado no recolhimento de sublimados, na pesagem de substâncias sólidas, em evaporações e na secagem de sólidos não-higroscópicos.
	
MATERIAL DE PORCELANA:
	
	Almofariz e pistilo: destinados a pulverização, trituração e homogeneização de sólidos, bem como na maceração de amostras que devem ser preparadas para posterior extração; podem ser feitos de porcelana, ágata, vidro ou metal.
	
	Cadinho: usado na secagem, no aquecimento e na calcinação de substâncias; pode ser feito de porcelana, metal ou teflon.
	
	Cápsula: usada na evaporação de soluções, na sublimação e secagem de sólidos e na preparação de misturas; embora semelhante ao gral no formato, possui paredes bem mais finas e é, portanto, frágil.
	
	Funil de Büchner: utilizado em filtrações por sucção (ou sob pressão reduzida), devendo ser acoplado a um frasco kitassato.
	
	Triângulo de porcelana: usado como suporte no aquecimento de cadinhos.
	MATERIAL DE METAL:
	
	Espátula: usada para transferir substâncias sólidas, especialmente em pesagens; pode ser fabricada em aço inoxidável, porcelana e plástico; possui formatos variados.
	
	Pinças: as pinças de Mohr (A) e de Hoffmann (B) têm por finalidade impedir ou reduzir o fluxo de líquidos ou de gases através de tubos flexíveis; já a pinça representada em (C) é muito empregada para segurar objetos aquecidos, especialmente cadinhos.
	MATERIAIS DE METAL USADOS EM MONTAGENS:
	
	Argola: usada como suporte para funis simples e de separação.
	
	Garras: são feitas de alumínio ou ferro, podendo ou não ser dotadas de mufas; ligam-se ao suporte universal por meio de parafusos e destinam-se à sustentação de utensílios com buretas, condensadores, frascos kitassato, balões de fundo redondo etc.
	
	Mufa: adaptador de ferro ou alumínio com parafusos nas duas extremidades, utilizada para a fixação de garras metálicas ao suporte universal.
	
	Suporte universal: serve para sustentar equipamentos em geral; quando usado, deve-se colocar uma toalha de papel embaixo para proteção e limpeza.
	INSTRUMENTAÇÃO UTILIZADA PARA MEDIDAS DE MASSA:
	
	Balança analítica: instrumento utilizado para determinação de massas com alta exatidão. As balanças analíticas podem ser classificadas em duas categorias: a) balança de braços iguais: efetua a pesagem mediante a comparação direta. Foi largamente utilizada até a década de 50, sendo posteriormente substituída pela balança analítica de prato único. b) Balança de prato único: possui um contrapeso que balanceia as massas conhecidas e o prato (ver figura). Um objeto é pesado através da remoção de massas conhecidas até que o equilíbrio com o contrapeso seja restabelecido; deste modo, o valor da massa desconhecida é igual ao total das massas removidas. Balanças semi-analíticas são também usadas para medidas nas quais a necessidade de resultados confiáveis não é crítica.
	EQUIPAMENTO DE SECAGEM:
	
	Estufa: equipamento empregado na secagem de materiais por aquecimento; atinge, em geral, temperaturas de até 200 °C. Após a secagem o material é encaminhado ao dessecador.
	EQUIPAMENTO DE IGNIÇÃO:
	
	Mufla ou forno: utilizada na calcinação (“queima”) de substâncias; atinge em geral, temperaturas na faixa de 1000 a 1500 °C.
	EQUIPAMENTOS DE AQUECIMENTO:
	
	Bicos de gás: fonte de calor destinada ao aquecimento de materiais não inflamáveis. A chama de um bico de gás pode atingir temperatura de até 1500 °C. Existem vários tipos de bicos de gás (ver figura), mas todos obedecem a um mesmo princípio básico de funcionamento: o gás combustível é introduzido numa haste vertical, em cuja parte inferior há uma entrada de ar para suprimento de oxigênio, o gás é queimado no extremo superior da haste. Tanto a vazão do gás quanto a entrada de ar podem ser controladas de forma conveniente. Os tipos mais comuns de bicos de gás são: (A) bico de Bunsen; (B) bico de Tirril; e (C) bico de Mecker.
	
	Tela de amianto: tela metálica, contendo amianto, utilizada para distribuir uniformemente o calor durante o aquecimento de recipientes de vidro ou metal expostos à chama do bico de gás.
	
	Tripé: usado como suporte, principalmente de telas de amianto e triângulos de porcelana.
	
	Banho-maria: equipamento utilizado para aquecimento e incubação de líquidos a temperaturas inferiores a 100 °C.
	
	Manta elétrica: utilizada no aquecimento de líquidos contidos em balões de fundo redondo.
	
	Chapas elétricas: utilizadas para solubilização de substâncias por aquecimento. As temperaturas podem atingir 250 °C.
	MATERIAIS DIVERSOS:
	
	Pêra: acoplado a uma pipeta, ajuda a “puxar” e a “expelir” pequenos volumes de líquidos.
	
	
	Centrífuga: instrumento que serve para acelerar a sedimentação de sólidos suspensos em líquidos; é empregado, também, na separação de emulsões, e de sangue.
	
	Bateria ou estante ou suporte para tubos de ensaio: pode ser feita de metal, acrílico ou madeira.
	
	Pinça de madeira: utilizada para segurar tubos de ensaio, geralmente durante aquecimento.
	
	Pisseta ou frasco lavador ou garrafa lavadeira: frasco próprio para armazenamento de pequenas quantidades de água destilada, álcool ou outros solventes; é

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