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THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI P2 - ODONTOLOGIA PARA PACIENTES ESPECIAIS AULA 1- CUIDADOS GERAIS/ODONTOLÓGICOS RELEMBRANDO QUESTÃO DA PROVA: Paciente de 50 anos, usava PPA e precisava de várias exos, raspagem, confecção de PPA... Usava anticoagulante, tinha DAC. Quais cuidados?? - solicitar exame de RNI, sendo que tinha que estar abaixo de 3 - restrição do nº de anestésico local com vasoconstritor, no máximo 0,04mg de epinefrina por sessão - sessões curtas e divididas - considerar protocolo de sedação - evitar AINEs - identificação do problema primário (por que o paciente faz uso de terapia anti- agregante/anticoagulante?) - avaliar extensão do procedimento cirúrgico/grau de sangramento (obrigatoriamente aquele paciente eu não poderia fazer em uma sessão a exo de vários dentes, não só pq tem restrição de anestésico. Por exemplo, se eu usasse restrição de vaso, mepi sem vaso, poderia usar vários tubetes. MAS a questão não e essa, ele não pode ter várias abertas na cirurgia pq tem aumenta risco de sangramento) - se extrair 1, 2 dentes tem problema nesse paciente? Se o RNI tiver abaixo de 3 não, mas se for várias exos, as vezes pode ser necessário suspender a terapia anticoagulante. - de maneira geral, pacientes que fazem uso de anti-agregantes plaquetários* tem tempo de sangramento maior, mas medidas locais de hemostasia bastam para conter o sangramento (muitas vezes o paciente que toma anticoagulante o TS dele não vai estar tão alterado... o TS é a primeira etapa da hemostasia – agregação plaquetária – quando o cara toma anticoagulante, a agregação plaquetária tava normal.) - pacientes em uso de anticoagulantes orais devem ser monitorados quanto aos valores de RNI e apresentam maior risco de hemorragias trans e pós- operatórias (quanto maior o RNI, maior risco de sangramento) - interações medicamentosas - em alguns casos, a realização de procedimentos odontológicos deve ser realizado em ambiente hospitalar e/ou discutido com equipe média. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: - medicamentos de uso odontológico que podem potencializar os efeitos da varfarina e aumentar RNI, com risco de hemorragia → analgésicos e anti-inflamatórios: AAS, paracetamol, AINEs (em geral) e corticoesteróides → antibióticos: metronidazol, eritromicina, cefalosporinas, azitromicina, tetraciclinas e ciprofloxacina. → pontos chave: dose única de antibiótico sem maiores implicações; doses contínuas – avaliar RNI após 2-3 dias. Exemplo: paciente toma GINSENG (é um polivitamínico), muitas vezes é um medicamento que toma por conta própria. Ele inibe ação da varfarina e ele pode ter um episódio tromboembolítico. → Professor mostrou o caso de um paciente dele, vários medicamentos, e neste caso em especifico, quando não tem certeza se tá de fato tomando esses medicamentos, ai se faz necessário envio de carta. → Quando tá indicado enviar carta de encaminhamento, carta de referencia? Quando tem informação que você não sabe. Se você sabe, não precisa mandar... → exemplo: quero saber tempo de sangramento. Você não vai mandar pro médico pro médico pedir MEDICAMENTOS QUE INTERAGEM COM A VARFARINA Medicamentos que potencializam a ação Acetaminofen Fluconazol Metronidazol Isoniazida Ácido acetilsalicílico Omeprazol Anti-inflamatórios não hormonais Fenilbutazona Eritromicina Piroxican Ciprofloxacina Propanolol Amoxicilina Quinidine Cefalosporina Tamoxifem Tetraciclina Indometacina Amiodarona Rofecoxib Cimetidina Esteóides Anabolizantes Clofibrato Miconazol Medicamentos que inibem a ação Barbitúricos Rifampicina Carbamazepina Ciclosporina Colestiramina Ginseng Griseofulvina Nutrientes ricos em vit K THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI exame, mas sim você vai solicitar o exame, interpretar e vai definir o que fazer. As cartas são necessárias quando tem informações que a gente não sabe. → Paciente chegou no consultório e disse que é cardiopata. Ai você pergunta que tipo de cardiopatia ele tem e ele não sabe dizer. Ai você manda a carta. → Paciente chegou falando que tem prolapso de valva sem regurgitação. Não precisa mandar carta pro médico. ☺ Mostrou o caso de uma paciente que tomava dois tipos de antiagregante (AAS, e um outro que não consegui entender). O antiagregante não aumenta RNI, é plaqueta, então aumenta tempo de sangramento. Pq o prof mandou carta pro médico??? → tempo de sangramento tava normal... então pq??? Não pq ele tava preocupado com o procedimento odontológico, mas sim pq ele estava preocupado com a situação clínica dela, pois ela estava tomando dois antiagregantes plaquetários e o TS dela tava normal. Ela tem risco de sangramento no procedimento? Não, TS tá normal. Então pq ele mandou a carta??? Pq ela ta tendo risco de acidente tromboembolítico... Apesar dela ta tomando dois antiagregantes plaquetários, ela tava com TS normal!!!!!! - as cartas de referencia são para referenciar alguém ou avisar que o paciente tem algum problema ou descobrir um problema que o paciente não consegue informar a você. Não é carta de autorização, isso não existe... CARTA DO PROFESSOR: ENCAMINHAMENTO MÉDICO A ............ necessitará ser submetida a cirurgia bucal em local altamente vascularizado (biópsia em assoalho bucal). De acordo com o histórico clinico, a paciente faz uso de dois medicamentos antiagregantes plaquetários (AAS 200mg e cilostazol 100mg). Gostaria de saber se, devido ao quadro clínico, seria possível a interrupção temporária do regime antiagregante para uma melhor hemostasia. Caso opte pela interrupção da AAS, a interrupção deverá ser pelo menos 7 dias (avaliar risco). Informo também que, de minha parte, pretendo utilizar solução anestésica com baixas concentrações de epinefrina (1:100.000), no máximo 0,04mg com cuidado para não fazer intravascular. Desde já coloco- me a disposição para eventuais esclarecimentos. Risca, assina, data. PROTOCOLO DE ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO DE PACIENTES QUE FAZEM USO DE ANTICOAGULANTES: - detalhe que alguns desses fatores são equivalentes aos pacientes que tem problemas de sangramento, tipo a hemofilia. Ela é uma condição onde o paciente tem dificuldade de montar resposta hemostática, em especial por falta de fatores de coagulação (fator 8 e 9) → continuidade da terapia anticoagulante: * quando a RNI for <3,5, não é necessário alterar a dosagem ou suspender o uso do anticoagulante, no caso de procedimentos cirúrgicos mais simples. (ele mostrou um artigo que vai por no class pra gente ler, mas falava basicamente de: → Cirurgias odontológicas em usuários de anticoagulantes orais. Leu o seguinte trecho: “A avaliação do paciente com relação ao seu nível de anticoagulação através do Índice Normatizado Internacional (INR ou RNI) ou Tempo de Protrombina (TP) – sendo que se vc tiver o TP vc tem noção do RNI – e a classificação da amplitude do trauma cirúrgico são fatores importantes a serem avaliados antes do procedimento cirúrgico. Nosso levantamento mostrou que, em 47 cirurgias, sem alteração da medicação sistêmica, apenas um caso apresentou hemorragia pós-operatória, controlada por manobras de hemostasia local. Desse modo, observamos que, dentre os vários protocolos propostos na literatura, a manutenção da terapia anticoagulante, com a utilização de hemostáticos locais se necessário, parece o mais adequado à maioria dos casos cirúrgicos ambulatoriais.” THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI - Foi isso que falamos na aula. Mas precisa ter RNI? Sim. Pqtem paciente que tá com o RNI descompensado, tá la com RNI em 5. Se você fizer exo nesse paciente, ele morre. - normalmente o médico mantém o paciente com RNI de 2. Quando o RNI tá 3, geralmente já tá alto. Você deixa em 3 paciente que tá com efeito mais grave, que precisa estar mais anticoagulado. Medidas locais de hemostasia são suficientes para resolver o problema. - # VITAMINA K nesse caso não podemos fazer. Pois a varfarina é um antagonista da vitamina K. Funciona assim = quando dou vit K, melhora coagulação do paciente, mas ele não pode estar com coagulação normal. Eu uso vit K quando ele tá com hemorragia. - exemplo: paciente foi no seu consultório, você fez a exo, deu hemorragia, suturou, continuou com hemorragia, colocou gaze, foi embora, voltou reclamando que tava sangrando... Ai sim você entra com vit K. Agora se você entra com vit K em um paciente que tem que tá anticoagulado, ele pode ter TEV. Eu dentista não posso fazer vit K nesses pacientes, da mesma forma que não posso interromper a terapia anticoagulante. * quando a RNI foi > 3,5 e um procedimento cirúrgico mais complexo está sendo planejado, é imprescindível a troca de informações com o médico, para avaliar o risco/benefício da alteração da terapia anticoagulante. (ai sim preciso trabalhar intimamente com o médico, mas não pq ele não pode ser feito, mas pq as vezes é necessário fazer em ambiente hospitalar com vit K... as vezes vai ter que interromper momentaneamente. Quem? O médico... então por isso a gente manda carta pro médico. Se tiver RNI 2, precisa?? NÃO. Você já sabe o valor) Obs.: nas cirurgias eletivas de pacientes com baixo risco de tromboembolismo venoso (TEV) – (ele infartou, mas enfartou a 10 anos... ele toma medicação, mas voltou a fazer esporte, colocou stent... as vezes o médico pode sugerir suspensão por alguns dias. Quem faz isso é o MÉDICO APENAS) - é possível ao medico suspender ou substituir a varfarina pela heparina sódica, 4 a 5 dias antes do procedimento, mantendo a profilaxia antitrombótica com a heparina nas primeiras 24 horas do período pós-operatório, para depois retornar o uso da varfarina. → uso de antibióticos: * em pacientes portadores de próteses valvares cardíacas ou outras condições de risco para endocardite bacteriana, o emprego de uma única dose profilática de amoxicilina ou clindamicina não requer alterações na terapia anticoagulante. * pacientes que requerem mais do que uma dose de antibiótico devem ter a RNI avaliada após 2-3 dias * se possível, evitar uso de metronidazol e eritromicina. → lembrar que muitos desses pacientes eles tem valvulopatia, a maioria que toma anticoagulante ou tem risco de trombose profunda ou problema valvar. Quando o paciente tem risco de enfartar ou ter um AVC, ele tomar antiagregante. → se for usar antibiótico em vários dias, é necessário avaliar, especialmente se tiver metronidazol e eritromicina, pois eles interferem na varfarina... → esse é o esquema da substituição, não precisamos saber isso... → imagina que vc quer fazer a exo de vários dentes de uma vez. Tá indicado, mas muitas vezes o cara vai ter que substituir a varfarina. Não adianta parar de tomar a varfarina aqui, pq no outro dia ele ainda vai tá anticoagulado... → então você para a varfarina, ai fica tomando heparina (meia vida curta). No dia da cirurgia não toma nada, forma coágulo. No outro dia tbm não toma nada pra continuar formando coágulo. No outro dia volta tomando varfarina e heparina. → então não adianta parar de tomar varfarina um dia antes da cirurgia. Igual com AAS... tem que parar pelo menos 1 semana antes, mas o ideal é 10 dias antes. Imagina 10 dias sem o antiagregante. E se nesse intervalo ele tem um AVC? Um infarto?? Entao o médico que decide tudo isso... O anticoagulante é mais grave... você para e tem risco de TEV. → quando o cara toma antiagregante, de maneira geral não precisa parar nada. Vai ter THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI sangramento? Vai, mas medidas locais de hemostasia são suficientes. Agora o cara toma anticoagulante = obrigatoriamente tenho que ter o RNI. CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS: * obter informações sobre o estado de saúde geral do paciente, por meio de uma história médica completa, para saber se a condição é estável. Avaliar a presença de comorbidades, como doença hepática ou renal, distúrbios da medula óssea, etc. (muitas vezes avaliar se outra comorbidade, pq problema hepático por exemplo interfere... As vias de coagulação muitas vezes são produzidas no fígado, então se o paciente tem algum problema hepático associado ele pode ter algum problema de coagulação) * em pacientes que apresentam RNIs estáveis, é aceitável que a RNI seja avaliada 72h antes das cirurgias bucais. Caso contrário, a RNI deve ser avaliada no mesmo dia da intervenção. (preciso de RNI?? P R E C I S O. O que é um paciente com RNI estável?? Ele toma varfarina a anos e já tá lá controlado. Então você faz 3 dias antes. Senão, você pede no dia da cirurgia.) * se possível, agendas as cirurgias para o período da manhã. (pq?? Cortisol é uma, mas isso não é determinante... exemplo, você atendeu o cara e ele passou mal. Uma coisa é você levar o paciente ao hospital 10 horas da manha e outra é levar no hospital 8 horas da noite) * nas urgências odontológicas, quando a expectativa é de que a intervenção poderá gerar sangramento excessivo, o atendimento deverá ser feito em ambiente hospitalar, após avaliação médica inicial. (você não tem RNI do cara, ele tá com um problema e você tem que resolver, então você atende no hospital. Pq? Pq você não tem ideia de quão anticoagulado esse paciente está!) MEDIDAS TRANSOPERATÓRIAS: * empregar solução anestésica local com vasoconstritor (preferencialmente a epinefrina com restrições) * evitar bloqueios nervosos regionais (QUANDO POSSÍVEL, exemplo, você vai fazer exo do 46, não tem como fazer infiltrativa... Agora veja só, se o paciente estiver MUITO ANTICOAGULADO, o próprio bloqueio pode gerar um sangramento interno, um hematoma que pode gerar uma hemorragia de difícil controle. O paciente hemofílico, por exemplo, ele toma o fator de coagulação que ele precisa antes do atendimento lá no hospital, esse paciente, criança em especial, a gente evita bloqueio). * na mandíbula, preferir a técnica infiltrativa ou intraóssea com uso da articaína. (Isso é preferível pra criança, infiltrativa em adulto pra molar inferior não dá) * evitar traumatismos físicos desnecessários * restringir a instrumentação periodontal e cirurgias de acesso para áreas menores. (obrigatoriamente, poderia fazer aquelas 10 exos? Não, não podia) * quando houver indicação de exodontias múltiplas, agendar maior número de sessões (lembrando que você tem restrição de anestésicos e restrição de medidas locais... quanto maior o trauma cirúrgico – mais sangramento vai ser proposto ali naquela região) * as suturas devem ser oclusivas * aplicar pressão no alvéolo dentário por meio de compressas de gaze por 15-30min. (hoje a gente evita fazer aquela manobra de Champret, pq com ela você quebra a parede do alvéolo que depois vai diminuir formação de osso. Hoje você não faz em todos os casos, você só faz limpeza. Mas faz em alguns casos ainda, como esse) → alguns autores: pacientes estáveis RNI dos últimos 15 dias (dependendo do procedimento). MEDIDAS LOCAIS DE HEMOSTASIA: * compressa com gaze * sutura compressiva – você vai unir borda a borda!! * materiais odontológicos (siliconas –faço moldagem com a pesadae deixo lá como se fosse um curativo, mas isso incomoda... e também o cimento cirúrgico) * esponja de gelatina liofilizada (barreira física que segura o coágulo, poe um ponto em X e ele não fica saindo) * selante de fibrina (caro, mas já tem essa opção...) * antifibrinolíticos (tópicos) - ácido tranexâmico (Transamin, Hemoblock) - bochecho/limpeza com gaze (colutório) – 10mL (5min), 3- 4x/dia - comprimido macerado com algum veículo (soro, líquido ou água potável) – colocar pasta sobre a ferida, comprimir com gaze (2-3 vezes ao dia) → quando você tem a coagulação, você termina ela com a fibrinólise, que é a quebra de fibrina pra depois o sangue passar, senão a coagulação ia se estender pro corpo inteiro, pq ela é uma cascata. THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI → medicamentos antifibrinolíticos = impedem degradação da fibrina... → exemplo> Transamin, o mais comum. Pode ser usado tanto sistemicamente quanto topicamente. Pega esse comprimido, macera e faz uma pasta com soro fisiológico ou agua destilada, pega essa pasta e coloca no alvéolo, isso evita aumento de sangramento no alvéolo. → quando o paciente tem varias áreas de ferida aberta, orientamos bochecho ou a realização de uma pasta para por nesses ferimentos. ☺ CASO: exo de paciente hemofílico. Muito mais grave do que um paciente que tá só tomando varfarina. O que ta tomando varfarina tá anticoagulado pq ele ta tomando medicamento. O hemofílico tá anticoagulado pq ele tem uma deficiência do fator de coagulação. Então antes da cirurgia, ele tem que tomar o fator de coagulação injetável. → alvéolo aberto = não coapta borda ali... pra isso, preciso criar meios pra isso, exemplo, quebrar osso da vestibular com um alveolótomo pra essa mucosa chegar lá na palatina, ou faço uma relaxante tipo fechamento de comunicação bucosinuosal. → nesse caso, foi feito selante de fibrina. É um líquido, você passa a fibrina dentro do alvéolo, ele precisa de fibrina pra formar coágulo e faz uma sutura COMPRESSIVA, tipo essa da fotinha. → o que podemos substituir?? Invés de selante de fibrina... esponja de gelatina de fibrina, cera pra osso, coloca ai dentro, sutura... - # NÃO PODE POR ANESTÉSICO AI, AMIGO... ele é vasodilatador. - mesmo com tudo isso, saiu um coágulo ali, vazou... tirou, promoveu novo sangramento, fez selante de fibrina e colocou o Transamin (com soro e macerado). - professor quando faz biópsia de paciente que toma anticoagulante, varfarina, pede RNI.. deu 2,5, pode fazer... tem problema de sangramento? Sim. Vai sangrar mais? Sim. Mas medidas locais de hemostasia conseguem coibir. - orienta o paciente a fazer esse curativo com Transamin CASO SEJA NECESSÁRIO. - e se o paciente tiver tomando SÓ antiagregante? Depois que o coágulo tá formado, tá ok... CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS: * considerar o uso de esponja hemostática de gelatina liofilizada (Gelfoam, Hemospon), completamente reabsorvível pelo organismo (tem tudo na facul... em alguns casos os profs orientam usar em paciente convencional, exemplo, extrai 46, alvéolo tá aberto, tem risco de ter alveolite seca... então vc cureta, espera sangramento e coloca) * prescrever solução de ácido tranexamico 8,4% (Transamin, Hemoblock) para realização de bochechos, por um período de 48 horas (na pratica acaba comprando o comprimido e macerando...) * remover suturas não reabsorvíveis após 4-7dias (se deixar em mais tempo PIORA a cicatrização...) * para o controle da dor pós-operatória, não prescrever aspirina (AAS) e anti-inflamatorios não esteroidais (inclusive os coxibes). Optar pela dipirona sódica. * considerar o uso de corticoesteróides em dose única (dexametasona ou betametasona), após troca de informações com o médico * não prescrever ou aplicar medicamentos pela via intramuscular, pelo risco de hemorragia e formação de equimoses ou hematomas. OUTROS CUIDADOS PODEM SER ADOTADOS DEPENDENDO DO GRAU DE HEMOSTASIA: * manutenção da higiene oral * crioterapia extra-oral (GELO... pelo menos nas primeiras 24h) * dieta liquida e fria (48h) * não realizar bochechos vigorosos, apenas enxague (pra nossa região tem um problema= tereré, o paciente faz uma pressão negativa na boca, o coagulo tende a sair) Sr. Alcides Moreira, 62 anos, chegou com ao consultório com queixa de dor e “amolecimento dos dentes”. Ao exame clínico, constatou que o paciente possui PT superior e PPA inferior, com dentes indicados para raspagem subgengival e exodontia de vários dentes. → Toma Marevan (anticoagulante, varfarina), Moduretic (diurético) e Propanolol → 140/92mmHg → Relatou ter ido ao cardiologista a mais ou menos 1 ano, em que o médico relatou que o mesmo possui um “sopro no coração”. → Relata ter febre reumática → As vezes dá “batedeira” no coração THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI CARTA DE ENCAMINHAMENTO Para: quem?? No caso acima relatado, seria ao clínico geral ou especificamente ao cardiologista Justificativa odontológica: o que vai fazer, por que vai fazer e como vai fazer - explicar para quem você ta falando o que precisa ser feito e por que precisa ser feito. Questionamento: o que quero saber? - Paciente pode ser submetido a cirurgia com anestesia local? → Encaminho o paciente Alcides Moreira que, após avaliação odontológica, ficou constatada a necessidade de extração de 4 dentes que apresentam infecção e mobilidade, tornando-se condenados. O paciente relatou ser “cardiopata”, estar tomando Marevan, Moduretic e Propanolol, e relata ter ido ao cardiologista a mais ou menos 1 ano, sendo diagnosticado com “sopro no coração”. Gostaria de ser informado sobre as condições cardiovasculares desse paciente, se o mesmo precisa ser atendido em ambiente hospitalar, se posso utilizar benzodiazepínicos e em especial sobre qual o risco de desenvolvimento de endocardite bacteriana. Caso o paciente apresente risco de endocardite bacteriana, pretendo adotar o protocolo da sociedade americana de cardiologia, 2g de amoxicilina 1 hora antes da intervenção. Pretendo utilizar pequenos volumes de anestésico local, sendo lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000, utilizando no máximo 0,04mg de epinefrina por sessão, sem injeção intravascular e com aspiração prévia. Além disso, torna-se necessário solicitar exame de RNI. Caso esteja abaixo de 3, não será necessária intervenção do protocolo de anticoagulante, sendo utilizado medidas locais de hemostasia e limitação de tubetes anestésicos. AULA 2 – DIABETES pt 1 → É uma doença relativamente comum → quem é diabético, que tem condições e quer controlar a doença tem um aparelho que compra na farmácia, a pessoa vai furar o dedo e coloca o sangue na fitinha que ao colocar no aparelho vai dar o valor da glicemia. → A diabete é uma alteração metabólica → DENTRE AS doenças endócrinas, a diabete é a mais prevalente (tem outras, como o hiper/hipotireoidismo) → A diabete é uma doença caracterizada por hiperglicemia. *** Qual é a função da glicose no organismo? Fornecer energia. → A glicose está presente no sangue de forma livre, quando livre ela não apresenta praticamente nenhuma função. → A glicose precisa ser revertida em glicogênio, ela precisa ir do sangue para dentro da célula = hormônio que faz isso é a insulina. → A glicose na corrente sanguínea funciona como um reservatório. → A glicose dentro da célula é utilizada para a produção de energia. → BASICAMENTE... Quem faz essa transformação do meio extra celular parao meio intra celular é um hormônio produzido no pâncreas, chamado insulina. 1. Sabemos que diabetes é o estado de hiperglicemia, porém, isso deve ser crônico. Porque muitas vezes o paciente come alguma coisa doce, e se fizer o exame vai apresentar quadro de hiperglicemia, não significa que ele tem diabetes. Mas tem diferença de quando é um quadro de hiperglicemia, e quando essa hiperglicemia é crônica. 2. Se você desconfiar que algo no paciente não está normal = exames. Caso esses exames dê alguma alteração simbólica = encaminhar ao endocrinologista. Caso o paciente seja controlado, porém você suspeita da resposta = solicitar os exames para atende-lo com mais segurança. LOGO, → Diabete- doença metabólica, sistêmica (é multifatorial) e crônica: Pode ser reação de hiperglicemia ao comer algo bem doce, a glicose vai estar acima do normal, mas não necessariamente você tem diabete. A diabete é uma glicemia aumentada crônica. Então a glicose no sangue em excesso começa a trazer problemas. THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI → Hiperglicemia- é a quantidade de glicose no sangue (plasmática). QUADRO DE HIPERGLICEMIA: → Diminuindo produção de insulina, comum no diabetes tipo I. (Em crianças com 6 anos de idade tem doença autoimune chamada Diabetes Melito Tipo I, que ataca o pâncreas e mata a células de langerhans e para de produzir insulina) → As células estão insensíveis a ação de insulina. Isso no tipo II. (Diminuição da produção de insulina pelo desgaste funcional do órgão ou o paciente está tendo outra doença imune paralela, que diminui a função do pâncreas, ou ainda está acontecendo a resistência periférica a insulina) - A insulina é produzida pelo pâncreas e ela faz com que a célula pegue a glicose e jogue para dentro da célula, mas as células estão insensíveis a ação da insulina e isso é resistência periférica a insulina. QUADRO DE HIPOGLICEMIA: - Ao ficar em jejum durante muito tempo ou não come direito, tem mais risco de desenvolver diabete por que o organismo começa a desenvolver resistência à insulina. → Se faltar glicose no sangue a pessoa morre, este é um quadro clássico de hipoglicemia. → Se você não faz o consumo de glicose de maneira regular, o organismo para manter a glicose mínima no sangue, ela começa a parar de jogar glicose para dentro das células, e isso é chamado de resistência periférica de insulina. DIABETE TIPO I- normalmente o paciente tem característica de doença autoimune (célula de defesa atacou as células do pâncreas e o mesmo não produz mais insulina). Este é o clássico de diabete do tipo I, e esse cara tem que fazer uma terapia de reposição. DIABETE TIPO II- provocada pela resistência periférica insulina, que está relacionada a dieta, idade e sobrepeso. DIABETE SECUNDARIA: Ao ter quadro crônico de hiperglicemia, clinicamente implica que vai ter mais glicose na urina (+concentrada), e o paciente começa a ter que jogar mais água para a urina, para fazer isotomia/ osmolaridade. → O paciente diabético descompensado vai muito ao banheiro, pois descontrola o equilíbrio orgânico. → Ao ter mais glicose no sangue, na urina, na saliva = implica de forma direta ao ter mais substrato para crescimento microbiano (glicose = energia, é alimento). → Ao ter sangue com mais glicose, o paciente tem mais risco de desenvolver neuropatia, vasculopatia e infecção. → Nosso organismo tem que gerar energia, e ao ter muita glicose no sangue, mas não tem glicose dentro da célula, o organismo começa a usar mecanismos paralelos para a produção de energia e vem a alteração de metabolismo de carboidrato, lipídios e proteico. → O diabético tem restrição de açúcar e principalmente o carboidrato. → O paciente diabético nunca vai ser o mais fortão, por que ele tem limitação na metabolização de carboidrato para se tornar proteína, e precisa de proteína para gerar musculo. Mas se estiver compensado já é outra história. DIABETE TIPO I- chamada de juvenil ou insulino dependente, e este termo de diabete juvenil quase não usa mais. → é uma doença autoimune, onde descobre a doença quando criança → Este é chamado de insulino dependente por que é uma condição autoimune, então as células de defesa atacam as células do pâncreas e com isso o pâncreas perde produção de insulina e consequente o paciente faz reposição de insulina. Ao fazer biopsia vê célula infamatória e presença de anticorpo relacionado a doença autoimune. Tratamento: transplante de medula, mas é agressivo. → Cetose- é o acumulo de ácido acético em função do metabolismo do carboidrato. Como você não tem glicose dentro da célula você acaba usando o carboidrato para fazer a metabolização de energia. DIABETE TIPO II- que é a do adulto, e de maneira geral não apresenta cetose, e isso é importante pelos equilíbrios hidroeletrolíticos. Está relacionado a idade, sobrepeso e a obesidade, fatores genéticos e alterações do próprio perfil metabólico. DIABETE SECUNDARIA- é provocada por outra condição. Por ex tumor em pâncreas, o mesmo para de produzir insulina e desenvolve a diabete. Pode ter diabete pelo cara tomar corticoide, pois aumenta resistência periférica a insulina. Ou gestacional, pois THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI durante gestação altera produção de hormônios e nisso entra a insulina. EXAME LABORATORIAIS → GLICEMIA EM JEJUM (mínimo de 8h): 70-99mg/dl * 100 a 125 mg/dl: indicio de intolerância a glicose * > ou =126 mg/dl → DIABETES → GLICEMIA EM HORÁRIO ALEATÓRIO > ou = 200 mg/dl (com sintomas) → GLICEMIA 2h após 75g de glicose: * normal <140 * intolerância a glicose > ou = 140/ < 200mg/dl * diabetes > ou = 200 mg/dl → HEMOGLOBINA GLICADA (A1c): normal 4-6% Nível de glicemia no sangue em jejum (8 horas): - 70 e 99 mg/dl NÍVEL IDEAL - Entre 100 e 125 mg/dl PRÉ-DIABÉTICO - > 126 mg/dl QUADRO DIABÉTICO O exame TOTG (teste oral de intolerância a glicose) confirma a diabete. Como funciona esse teste? O médico pede para você ir lá fazer a glicemia em jejum. Depois do teste, o paciente recebe uma dose de sacarose padronizada (geralmente 75g de glicose). Faz uma nova coleta de sangue 2 horas depois da ingestão para observar se o organismo conseguiu produzir insulina suficiente pra reduzir glicemia. Geralmente dá abaixo de 140mg/dl. Se tiver entre 140 e 200 mg/dl, indícios de tolerância a glicose. Se der acima de 200 mg/dl, é confirmado a diabetes. → em horário aleatório, é comum dar abaixo de 200... Outro teste é a Hemoglobina Glicada, ou glicosilada ou glico hemoglobina- ideal estar entre 4 a 6%. Qual é a vantagem? Ela não mede a glicemia no sangue, mas a glicemia na hemácia. A vantagem é que uma hemácia vive de 90 a 120 dias. Você mede a glicemia que ficou e torno de 120 dias no seu corpo. O cara pode estar com a glicemia em jejum alterada e a glicada normal. Ou pode estar com a glicada normal e a glicemia normal. Podemos solicitar esse exame, para ter uma ideia da condição do paciente, mas quem decide é o médico depois. CASO DE CLÍNICA → Glicemia em jejum 92.2= ótimo → Hemoglobina glicada 11,4 = está descompensado MANIFESTAÇÕES CLINICAS CLÁSSICAS DO DIABETE - Hiperglicemia (sinal), poliuria (muita urina), polidipissia (sede) e polifagia (muita fome → clássico em diabete tipo I) e o paciente tem perda de peso e cansaço. - Ao fazer exercício a pessoa melhora da diabete, por que o musculo começa a aumentar as reservas de glicogênio e o musculo começa a exigir mais glicose, ea glicose do sangue abaixa. → por urinar muito, o paciente fica desidratado gerando xerostomia, junto com vasculopatia... → além disso, na saliva tem mais glicose, aumentando risco de doença periodontal. CONSEQUÊNCIAS CLINICAS - infecções de repetição: dermatite (vaginite- mulheres tem muita infecção urinaria), - na boca tem candidíase, queilite angular, - incontinência urinaria (acontece muito em idoso, principalmente em mulher acima de 60 anos), - senorese noturna em criança (urina na cama)- ocorre pelo aumento da diurese, insuficiência vascular periférica predispõe maior risco de doença periodontal, onde uma papila tem menos sangue do que um paciente convencional. Quando passa um fio dental em um paciente convencional é uma coisa, já em um diabético pode necrosar a papila. → O paciente fica predisposto a doença cardiovascular cerebral e acidente vascular cerebral, retinopatia. Da mesma maneira que você tem doença cardiovascular, você tem deficiência também na retina, e este retinopatia diabética é relacionado com a perda de visão, e um detalhe a retina é célula nervosa e não tem reparo. Outro problema que gera é a neuropatia (nervo- dores em forma de fisgada) periférica e disfunção erétil. Letargia, cansaço e desanimo. TRATAMENTO MÉDICO DA DIABETE- dieta e exercício físico. Na dieta restringe açúcar, álcool, carboidratos, bebidas dietéticas (tem baixa concentração de açúcar, mas tem muito sódio, arroz integral tem a mesma caloria que o normal, mas o integral mante saciado por mais tempo). Paciente tem que mudar hábito. MEDICAMENTOS: a insulina e todos derivados- é injetável, subcutâneo, tem bombas de insulina onde mede glicose por aplicativo, tem bombas de infusão de insulina, insulina em forma de deposito, e a insulina THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI tem meia a vida super curta onde você tem insulina de ação curta, intermediaria e longa. Normalmente o paciente diabético faz uma serie de reposição de insulina, que é uma de ação longa, e toma insulina de ação curta previamente as refeições para tentar manter o nível de insulina regular. → O grande problema da insulina é manter estável, e isso é difícil de manter por que depende também da alimentação. Ex- um senhor foi e tomou a insulina as sete da manhã e as 11:30 estava programado para almoçar, mas deu um imprevisto, no momento em que a insulina fizer pico o mesmo vai ter hipoglicemia. O maior problema do diabético em tratamento, em especial quem toma insulina, não é a hiperglicemia é a hipoglicemia. No ponto de vista odontológico, isso tem complicação? O cd interfere na carga mastigatória, onde o paciente tem que ficar um tempo sem prótese, então o cd deve mandar uma carta informando isso ao medico e nutricionista. Vai explicar na carta que o paciente vai ter mudança no padrão alimentar, que vai perder dente e que não vai conseguir fazer uso de alimentação solida, que pode ter alteração dietica e você quer saber se o paciente vai manter a mesma dose. Os hipoglicimiantes orais= aumentam a produção de insulina e/ou diminui a resistência periférica a insulina, onde deixa a célula mais sensível a ação da insulina. É usado na diabete secundaria ou na diabete tipo II. E a insulina é utilizada sempre na diabete tipo I e em alguns casos na hiperglicemia recorrente na diabete II e secundária. → Em uma criança de 7 anos de idade, tem a diabete tipo I, adianta ela tomar hipoglicimiantes oral? Não adianta, pois ela não produz insulina. Então não adianta dar um remédio tipo metiformina que aumenta a produção de insulina, pois ela não tem mais pâncreas atuante na produção de insulina. → A contraindicação da insulina, são os riscos na aplicação local, infecção ou cruzada, hematoma, e a hipoglicemia. DIABETE ALTERA: → colágeno dos vasos, altera polimorfo nuclear (tem + risco de infecção), e – citocina inflamatória. → O cara que tem diabete tem uma série de problemas odontológicos, onde tem mobilidade dentaria, tem mais risco de doença periodontal e progride de maneira mais agressivo. Atender o paciente diabético tem mais risco de infecção, cicatrização, e assim por diante, mas o inverso também é verdadeiro. Onde o cara é diabético e tem problema de gengiva e infecção em boca, o mesmo tem problemas em melhorar da diabete por conta da infecção da boca, e cai em um círculo vicioso. → O paciente diabético tem contraindicação de utilização de medicamentos anti-inflamatórios pela metabolização renal. AULA 3 – DIABETES pt 2 EXAMES LABORATORIAIS → Glicemia em jejum (mínimo de 8h): 70-99mg/dl - 100 a 125 mg/dl: indicio de intolerância a glicose - > ou = 126mh/dl: diabetes → Glicemia em horário aleatório: > ou = 200 mg/dl (com sintomas) → Glicemia 2h após 75g de glicose: - normal: <140 - Intolerância à glicose: > ou = 140/ < 200mg/dl - Diabetes: > ou = 200 mg/dl → Hemoglobina glicada (A1c): normal (4-6%) MOSTROU UM CASO DE UM PACIENTE QUE na glicemia em jejum estava “não diabético”, isso indica que o paciente nos últimos dias conseguiu controlar a glicemia e o resultado ficou 96,2 mg/dl, mas no exame de hemoglobina glicada, que era pra dar até 6%, deu 11,4%, ou seja, nos últimos 90-120 dias, que é o tempo que fica essa hemácia, o paciente ficou com a glicemia 267. Então podemos ter situações em que no momento o paciente não está diabético, mas ele passou essa diabete e ficou diabético durante um grande período e isso é tão problemático quanto a glicemia em jejum aumentada. → O prof acha que a hemoglobina glicada alta é até pior, porque as vezes o paciente teve uma infecção e fez a glicemia em jejum e ficou alta, mas nesse exame indicava nos últimos meses, ou seja, consegue ver se o paciente está realmente descompensado. THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS CLÁSSICAS – DIABETES: Hiperglicemia associada a: poliúria (urina aumentada); polidipsia (sede excessiva); polifagia (aumento do apetite); perda de peso (diabetes tipo I); cansaço fácil (diabetes tipo I) – pq não tem glicose onde precisa e acaba tendo falta de energia. CONSEQUÊNCIAS CLÍNICAS – DIABETES (PACIENTE DESCOMPENSADO) → Infecções de repetição: dermatites, vulvovaginites; → Incontinência urinária, enurese noturna em crianças; → Insuficiência vascular periférica – é o que faz o diabético ter que fazer amputações, porque vai ter dificuldade de cicatrização e vascularização da periferia; → Doença cardiovascular, acidentes vascular cerebral; → Retinopatia – muitas vezes irreversível; → Neuropatia periférica (começa a ter dormência), disfunção erétil; → Letargia, cansaço, desânimo, etc. *a neuropatia associada com a vasculopatia muitas vezes vai fazer um problema grave que é a pessoa ficar com dificuldade de propriocepção, perda de sensibilidade periférica, a pessoa começa a necrosar tecidos, ter que amputar órgãos (começa com uma feridinha no pé que não cicatriza) TRATAMENTO MÉDICO → Dieta e exercício – pro diabético tipo II, pro tipo I não adianta porque é insulino-dependente. → Medicamentos: - Insulina – diabético tipo I (paciente toma insulina de ação prolongada de manhã e toma insulina de ação curta antes das refeições, qual a grande implicação do dentista? Se esse paciente tiver alteração da dieta ele vai ter alteração da glicemia, trazendo problemas para o paciente) (ex.: se você vai fazer uma extração simples de um dente que não vai alterar a dieta muitas vezes não vai ter implicações adicionais, claroque vão ter todas as implicações cirúrgicas – problema na cicatrização, maior risco de infecção, maior problema de sangramento -, mas se esse paciente vai realizar um procedimento que compromete a mastigação e vai comprometer a dieta, tenho que mandar uma carta pro medico para explicar que o procedimento vai fazer uma alteração na função mastigatória e uma alteração na dieta e as vezes vai ter que ser feita uma adaptação na forma de ingestão de insulina. - Hipoglicemiantes orais (Clorpropamida DIABINESE®; Glibenclamida – DAONIL®; Metformina – GLIFAGE®; Repaglinida – PRANDIN®; etc.) A diabetes gera problema bucal, o paciente vai ter muito mais risco de cárie, periodontopatia, cicatrização deficiente. Hoje tem protocolos que dizer que após uma rar em um paciente diabético descompensado deve-se fazer terapia antimicrobiana por 14 dias (amoxicilina+metronidazol). E a infecção na boca faz piorar a diabetes. Então é o caminha é inverso também, é uma via de mão dupla. → A diabetes interfere: - Metabolismo de colágeno - Alterações de PMN – macrófago, neutrófilo... - < Citocinas – diminuição de respostas imunológicas específicas, ficando muito mais susceptível as infecções. O paciente diabético que tem periodontite, por exemplo, não consegue controlar de maneira correta a glicemia e isso acontece em função do aumento de mediadores inflamatórios na inflamação, que acontece na boca, e esses mediadores inflamatórios alteram o processo glicêmico, alteram a metabolização da glicose e a função da insulina. Toda infecção tende aumentar a glicemia, porque o organismo está combatendo uma infecção e aumenta a oferta de combustível no sangue, aumentando a glicemia no sangue porque precisa de mais energia para combater essa infecção. - Infecção metastática - o paciente diabético com alguma infecção bucal faz com que a sua diabetes piore significativamente, ele fica com mais risco de infecção metastática (a bactéria pode sair da boca e parar em outros tecidos fazendo infecção nesses tecidos) - > mediadores inflamatórios (IL, TNF, etc) alteram metabolismo glicêmico e lipídico – e isso faz com que a glicemia do paciente aumente. → Quanto mais descompensado o paciente estiver, mais mobilidade, mais perda óssea e mais avançada fica a doença periodontal. → Então quando você encontrar com um paciente diabético você tem que explicar que ele precisa tratar a gengiva e os dentes, primeiro porque tem que THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI manter o dente e segundo porque se ele ficar com o dente podre e com a gengiva sangrando vai piorar a glicemia dele. COMPLICAÇÕES ORAIS DO DM * Gengivite e doença periodontal – ou seja, tem que ter muito mais controle * Xerostomia – tem aspecto de desidratação – imagina o seguinte: tem mais glicose no sangue, tem menos atividade imunológica e tem xerostomia, com certeza tem mais risco de problema bucal * Aumento na incidência e severidade de cárie * Abscessos periapicais * Dificuldade de cicatrização – tem que fazer suturas mais oclusivas, tem que manter antibiótico por um período pós-operatório, em especial em extrações de dente quando fica com o alvéolo aberto * Infecções secundárias: candidíase * “Queimação” dos tecidos orais – xerostomia associada às deficiências imunológicas podem causar sensação de ardência na boca, língua despapilada * Sangramento aumentado – em especial quando está descompensado → Muitas vezes dependendo do grau que o paciente está descompensado, vai ser indicada profilaxia antibiótica para os procedimentos mais comuns e muitas vezes profilaxia antibiótica no pós-operatório, que é algo incomum, mas nesse caso se justifica porque o paciente tem dificuldade de fazer cicatrização. Ex.: chegou um paciente diabético descompensadíssimo e precisa fazer uma rar, muitas vezes eu faria 1g de amoxicilina 1h antes da intervenção, faz a rar e mantém o antibiótico por um dia porque não extraiu dente. Agora se for fazer extrações de um paciente diabético que tem mobilidade faz a dose de ataque (1g 1h antes), faz as extrações e mantém o antibiótico por pelo menos 2 dias. Isso vai varias de paciente para paciente e depende também do tipo de procedimento. COMPLICAÇÕES AGUDAS EM PACIENTES DIABÉTICOS: → quando tem diminuição da glicemia, é HIPOGLICEMIA... → quando tem aumento da glicemia, é HIPERGLICEMIA... HIPOGLICEMIA SINTOMAS SINAIS Fala mole/arrastada Salivação intensa Agitação Pele úmida Sonolência Tremores Dor de cabeça Sudorese Fome Taquicardia Confusão Coma HIPERGLICEMIA SINTOMAS SINAIS Poliúria Xerostomia Polidipsia Desidratação Perda de peso Hipotensão Nauseas/vômitos Taquicardia Dor abdominal Halito cetonico Visão embaçada Confusão Sonolencia Coma DIABETES – COMPLICAÇÕES AGUDAS: → nas complicações agudas o paciente pode caminhar para um status de hipoglicemia (falta glicose no sangue) ou hiperglicemia (sobra glicose no sangue). → A hipoglicemia é a falta de glicose no sangue, ou seja, falta glicemia no cérebro, e dependendo do tanto de glicose que falta no seu sangue e no cérebro, o seu cérebro começa a perder energia e isso faz com que você tenha uma depressão do SNC e pode desmaiar, vão ter várias síncopes que são hipoglicêmicas. A hipoglicemia é um quadro grave. → Por outro lado, quando a pessoa está descompensada, entra em um quadro de hiperglicemia, o diabético é hiperglicêmico, só que se essa glicose ficar muito elevada, como 300 mg/dl, o paciente começa a entrar em um quadro chamado cetoacidose (a célula usa glicose pra produzir energia só que usa a glicose que está dentro dela, e quem pega a glicose e joga pra dentro da célula é a insulina, quando não tem glicose dentro da célula o metabolismo começa a metabolizar carboidrato pra produzir energia e é mais difícil, e aí quando começa a usar carboidrato pra produzir energia você começa a metabolizar ele e gera um quadro de cetoacidose) e aí não é só aumento da glicemia, o sangue fica ácido, e essa cetoacidose vai gerar entre outros fatores, como vai ter mais glicose no sangue, vai ter mais glicose na urina, e vai começar a ter poliúria, polidipsia, perda de peso.... que são os sintomas da hiperglicemia, da própria diabetes. → Como trata um paciente hiperglicêmico? Insulina → Como trata um paciente hipoglicêmico? Glicose THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI → Se um paciente estiver com hipoglicemia e você der insulina, ele morre. → Se tiver com hiperglicemia e você der glicose, ele pior a hiperglicemia. → E muitas vezes os sinais e sintomas dos dois são confundidos, um dos sinais mais importantes para ver se é hipo ou hiper é que na hipo o paciente tem sialorreia (saliva muito, porque está faltando glicose) e na hiper geralmente tem xerostomia. → OBS.: Por que tratar um paciente que tem hiperglicemia como um paciente hipo? Porque se der glicemia não vai fazer uma alteração muito grande e muitas vezes um paciente hiperglicêmico tem surtos de hipoglicemia porque toma hipoglicemiante, e se ele faz alguma alteração da dieta ele não vai receber o nutriente e vai gerar um quadro de hipoglicemia. → OBSERVAÇÃO NA AULA: AVC é crônico, em um diabético acontece pela hiperglicemia, mas a hiperglicemia crônica, que vai gerando vasculopatia, alteração da formação de colágeno, o vaso vai ficando cada vez mais fino e menos elástico por conta do colágeno, e aí predispõe o paciente a um AVC. Não é a complicaçãoaguda que vai gerar um AVC em um diabético, e isso não é só o AVC, mas todas as complicações vasculares, como a perda do pé, retinopatia... → Então no caso de dúvidas, sempre trate como se fosse hipoglicemia. A principal complicação do diabético é a hipoglicemia (porque toma hipoglicemiante) → Essas complicações agudas acontecem quando a diabetes está muito avançada, provavelmente o paciente não toma medicamento e não se cuida: 1. Síndrome hiperosmolar hiperglicêmica não-cetótica (SHHNC) – caracteriza-se por hiperglicemia intensa, variando de 600 – 2000 mg/dl, ausência ou pequena quantidade de cetonas, desidratação importante. - geralmente ocorre em idosos com DM II - não é comum - tratamento inclui hidratação e insulina em pequenas doses 2. Cetoacidose diabética (CAD) – grave distúrbio dos metabolismos glicídicos, lipídicos e proteico. Ocorre em função da quantidade inadequada de insulina fazendo com que o organismo dependa da gordura para obtenção de energia, acarretando maior síntese de cetonas – o sangue fica ácido porque usou carboidrato, lipídio e proteína para a produção de energia, acaba fazendo com que o organismo dependa de gordura para a produção de energia, aumenta a síntese de cetona e isso faz com que o paciente tenha um quadro clinico muito grave, e se o paciente tiver arritmia e esse quadro, ele morre. - com frequência a glicemia esta maior 1250 mg/dl - o quadro clínico caracteriza-se por poliúria, polidipsia, hiperventilação, hálito cetonico, fadiga e desidratação - o tratamento é feito com insulina e reposição hidroeletrolítica HIPOGLICEMIA - Complicação mais comum no atendimento do paciente diabético, contudo pode ocorrer também com pacientes “normais”. - Ocorre quando a glicemia está abaixo de 40-50 mg/dl. - Pode ocorrer também em pacientes normais, por conta de dieta, jejum, entre outros. - administrar bebida açucara – paciente consciente. - CASO CLÍNICO: a hemoglobina glicada estava 6,96% e a glicemia em jejum estava 235, ou seja, estava descompensado. Ao avaliar a boca do paciente ele se encontrava na situação da foto, e ele pode estar descompensado pelo fato de ter uma infecção na boca, então tem que fazer o procedimento. Nesse caso foi feito: 1g de amoxicilina 1h antes, fez as extrações, manteve antibiótico por 1 semana porque é um momento crítico de cicatrização. Então não tem essa de não atender diabético, tem que atender, só tem que definir se é ASA 1, 2, 3 ou 4. → Quando considero um paciente descompensado? Quando está com a glicemia em jejum acima de 125 ou a glicada acima de 6%. → Não tem um protocolo para atendimento estabelecido, tem que ter bom senso. Um paciente com glicemia em jejum de 170 posso dar antibiótico 1 ou 2 dias após o procedimento, agora um paciente que está acima de 200 eu tenho que dar por mais tempo. Clorexidina é muito importante usar após os procedimentos. CONDUTA DE ATENDIMENTO → Anamnese dirigida – é muito importante saber qual é a diabetes, qual o tipo de diabetes, como é feito THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI o controle, se tem o aparelho de medida de glicose, tem aferição em jejum, tem exame recente → Cuidados com alimentação (evitar variações da glicemia) – não é obrigação nossa mas é nossa obrigação como profissional que vai alterar a potencia mastigatória do paciente, orientar o paciente com relação a isso e em alguns casos mandar carta de encaminhamento (encaminho o paciente para orientação nutricional porque será ferio a extração de vários dentes, alterando o padrão mastigatório e podendo alterar a dieta...) → Redução do estresse – o estresse pode aumentar a glicemia → Anestesia local* - alguns autores não indicam a epinefrina para diabético, porque o diabético, em especial o descompensado, também vai ter mais risco de doença cardiovascular por conta da cardiovasculopatia, mas principalmente pelo risco de necrose porque vai ter deficiência de cicatrização, deficiência de vascularização em periferia, na prática podemos usar anestésico em paciente descompensado, mesmo com epinefrina, restringindo numero de tubetes: 0,04mg por sessão. → Analgésicos e antiinflamatórios - Optar por Dipirona/ Paracetamol e Corticoesteróides (dose única) (embora o corticóide classicamente possa gerar diabetes, mas a dose única praticamente não altera a glicemia, não posso fazer repetições de corticóide, porque além do corticóide poder aumentar a glicemia, o paciente diabético é imunologicamente fraco e se der corticóide pode baixar a imunidade dele), Salicilatos e AINEs apresentam alto grau de ligação com as proteínas plasmáticas, competindo com hipoglicemiantes (glibecamida) (tomar muito cuidado com AINEs para pacientes diabéticos, principalmente para os que usam hipoglicemiantes orais, que tem uma alta taxa de ligação de proteína plasmática e os AINEs podem deslocar o hipoglicemiante, tendo mais hipoglicemiante livre, fazendo mais efeito, podendo gerar quadros de hipoglicemia. Sem contar que sobrecarrega rim, e o paciente com diabetes tem grande risco de desenvolver insuficiência renal por conta da vasculopatia), então não receitem AINEs para pacientes diabéticos. → Uso de antibióticos: - Avaliar risco/beneficio de profilaxia – diabético descompensado tem que fazer profilaxia antibiótica (não é para risco de endocardite) (faz dose de ataque pré-operatório e manutenção – que varia do grau glicêmico e do grau da cirurgia) - Antibioticoterapia agressiva* - em um paciente normal com abscesso, por exemplo, você receita só amoxicilina, em um paciente com diabetes você receita amoxicilina+metronidazol, porque as infecções no diabético são difíceis de tratar e podem evoluir intensamente. Então antibiótico terapia em diabético é sempre de maneira agressiva, então infecção leve posso tratar só com amoxicilina, infecção moderada faço amoxicilina com metronidazol, se for muito grave as vezes já entra com clindamicina ou interna o paciente. AULA 4 – HIPO E HIPERTIREOIDISMO TIREÓIDE: - Tireóide é uma glândula que fica na frente da traquéia, tem dois lobos laterais e um lobo central. → Os tumores da tireóide são muito comuns, ainda mais em mulheres, isso é em função de hormônio, de medicação, em especial medicamentos para emagrecer que geram hipotireoidismo, e os chamados nódulos da tireóide. → Nem todas as cirurgias da tireóide tiram toda ela, algumas tiram só um lobo. → Essa glândula produz 3 grandes hormônios: * Tiroxina (T4) – metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios, oferta de oxigênio * Triiodotironina (T3) – potencializa a ação de outros hormônios (catecolaminas e hormônio do crescimento) * Calcitonina – regulação de cálcio e fósforo → T3 e T4 são hormônios essenciais pra vida, que estão relacionados ao metabolismo de quase tudo. Eles funcionam como catalizadores de proteínas enzimáticas. → deficiência desses hormônios = hipotireoidismo → excesso desses hormônios = hipertireoidismo. → Quando não tem os hormônios de maneira adequada isso trás um problema serio na formação do bebê e em especial logo depois do bebê nascer, podendo gerar demência e má formação fetal (o teste do pezinho dosa t4 do bebê logo depois que ele nasceu, porque se tiver deficiência do t4 já começa a reposição). REGULAÇÃO DA TIREÓIDE: - Dentro do nosso cérebro temos outras duas glândulas importantes, o estresse e a demanda THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI metabólica fazem com que essa área do cérebro,especialmente onde temos o hipotálamo e a hipófise, seja estimulada. → Ex.: você está fazendo exercício e isso faz com o hipotálamo gere um hormônio TRH e mande esse hormônio para a hipófise pelo sistema porta- hipofisário (eu não vejo isso no sangue), a hipófise quando recebe o TRH vai produzir TSH e jogar o TSH na corrente sanguínea, quando ele chegar na tireóide, através da corrente sanguínea, estimula a tireóide a produzir t4, t3 e calcitonina. O que acontece é que ele tem o sistema de retroalimentação negativa, que quando eu fico com muito t3 e t4 no sangue esses hormônios chegam no cérebro e fazem um feedback -, diminuindo a produção de TRH e TSH e diminuindo depois a produção de t3 e t4. Relembrando: tenho um hormônio chamado TRH, que está só no cérebro e faz a comunicação entre o hipotálamo e a hipófise, tenho a hipófise produzindo um hormônio chamado TSH, que vai direto pra tireóide, e a tireóide quando encontra o TSH aumenta a produção de t3, t4 e calcitonina. - O que acontece quando toma um remédio que tem hormônio da tireóide? A concentração do t4 vai aumentar e seu organismo vai entender que tem muito t4 e vai parar de produzir TRH, consequentemente vai diminuir a produção do TSH, diminuindo a liberação endógena do hormônio da tireóide. E mexer em hormônio vai estar mexendo em um equilíbrio muito sutil do corpo, podendo gerar um quadro de falência da tireóide, porque ela entende que esta tendo muito hormônio e para de produzir, podendo ter falência do sistema hipófise-hipotálamo- tireóide. DISTÚRBIOS DA TIREÓIDE – DOENÇAS DA TIREÓIDE - Se tiver deficiência de iodo não produz hormônio da tireóide * Bócio: hipertrofia da tireóide – nem sempre o aumento é funcional, não significa necessariamente que com o aumento da tireóide aumenta a produção de hormônio * Tireoidites: inflamação da tireóide (Tireoidite de Hashimoto, mais comum – está relacionada à infecção viral, geralmente uma gripe ou algo assim) * Tumores da tireóide: benignos (adenomas) ou malignos (carcinomas) – câncer, cisto... → O que faz a diferença de uma doença para a outra é se a tireóide está trabalhando muito ou está trabalhando pouco, normalmente os bócios não são reversíveis, não voltam, se faz uma cirurgia para tirar a tireóide. A tireoidite entra com antibiótico para tratar a inflamação da tireóide. E os tumores fazem acompanhamento clínico e em alguns casos remove a tireóide. Quando remove a tireóide vai ter que fazer um tratamento de terapia de reposição (synthroid, puran T4) DISTÚRBIOS DA TIREÓIDE: → HIPOTIREOIDISMO: - deficiência de iodo - tireoidite crônica (doença de Hashimoto) - uso de hormônios tireoidianos - iodo radioativo - radioterapia → HIPERTIREOIDISMO: Primário: doença de Graves, bócio toxico multilocular Secundário: tireioidite subaguda e aumento de TSH. *uso de hormônios tireoidianos – é o mais comum na nossa região, se toma para emagrecer pois estimula a produção de endógeno e gera um quadro de THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI hipoglicemia *quando se tem hipertireoidismo trata gerando um quadro de hipotireoidismo, em que o paciente faz o uso do chamado iodo radioativo ou faz radioterapia na região, e isso seca e para a função da tireóide, e a pessoa entra em um quadro de hipotireoidismo. *é hipertireoidismo secundário quando a doença não está necessariamente relacionada com a tireóide, mas há tumores no curso desses hormônios (tumor na hipófise, tumor cerebral, tumor no hipotálamo) HIPOTIREOIDISMO - É o mais comum. → Faz o teste do pezinho para descobrir logo na infância. → Tem características bem marcantes, geralmente é em mulheres. A pessoa vai ter cansaço fácil, unha quebradiça, pele ressecada, cabelo fica quebradiço e caindo, ganha peso, tem dor abdominal, inchaço abdominal, infertilidade, parestesia, queda de pelo, perca de pelo de sobrancelha, braquicardia, pele fria e áspera, cor amarelada, inchaço palpebral, macroglossia, hemorragia menstrual. Mas em especial: aumento de peso e voz rouca. Sente muito frio. → Mixedema – em quadros graves → Fica com a cara inchada além de ganhar peso. “Frequentemente o evento precipitante do coma mixedematoso é uma infecção oculta ou declarada.” Esse coma mixedematoso é a complicação aguda, não vai acontecer de uma hora pra outra, vai acontecer em especial com pacientes que não tem o diagnostico do hipotireoidismo e as vezes estão com um tumor cerebral que parou a produção da tireóide. Isso pode ser desencadeado por uma infecção. Sobre o hipotireoidismo: → Diagnóstico: dosagem de TSH (↑ou normal) e T4 (↓) – ou seja, o hipotálamo está mandando hormônio para produzir a tireóide, t4, e mesmo assim o organismo está com quantidade de t4 baixa. → Tratamento: terapia de reposição da tireóide Dose variada: 25 até 250µg (avaliar o grau de comprometimento/ reposição) L-tiroxina (T4) Puran T4® Synthroid® *esse medicamento é feito pela manhã e em jejum *quanto mais insuficiente está o hormônio mais hormônio tem que tomar *Se a pessoa está tomando remédio e não tem sintomas se chama: normo-tireóide *Como avaliar: O que tem? Hipotireoidismo. Toma algum remédio? Sim, Puran t4 250µg. Tem aumento de peso? Não. Queda de cabelo? Não. Perdeu pelo da sobrancelha? Não. Unha quebradiça? Não. Pele ressecada? Não. Então está compensado, é normo- tireóide. Outra coisa é falar que toma 25µg e ter aumento de peso, por exemplo, isso indica que o paciente está tendo algum problema. → Achados bucais – lembrando que t4 é um hormônio que faz o metabolismo e tudo que está relacionado ao metabolismo vai estar mais baixo - Retardo na erupção dental - Reparo ósseo deficiente - Baixo tônus muscular - Protrusão de língua → Implicações clínicas: - Tratamento agressivo as infecções – lembra que esse paciente tem deficiência de metabolismo, então para montar a resposta de reparo de tecido vai ter muito mais deficiência - Resposta exagerada aos depressores de SNC – tem que cuidar muito com depressores do SNC. Uma grande contra-indicação do uso de benzodiazepínicos é se o cara tem depressão do SNC, ou seja, hipotireoidismo é uma grande contra-indicação. Observa em especial com braquicardia - “Coma” Mixedematoso – é um quadro agudo do hipotireoidismo que pode levar o paciente a óbito HIPERTIREOIDISMO - Exofiltamia: olho clássico de um paciente com hipertireoidismo. Isso acontece em função do excesso dos hormônios da tireóide. No hipertireodismo o paciente vai comer muito e não vai engordar. Tem crise de ansiedade, arritmia cardíaca. *O hipotireoidismo é confundido com depressão e o hipertireoidismo é confundido com ansiedade → Conceitos: * Hipertireoidismo: > (excesso) T3 e T4 devido à hiperfunção da própria glândula * Tireotoxicose: qualquer > hormônios tireoidianos - pode ser produzido pela tireóide ou não - pode ser de origem exógena (medicação) ou endógena *pode acontecer porque a tireóide está com problema THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI ou porque sistema hipófise-hipotálamo está com algum desvio e está produzindo, por exemplo, muito tsh e trh (um tumor no cérebro pode gerar um quadro de hipertireoidismo) → Ginecomastia: característica de hipertireoidismo em homens. Presença de mama no homem e não some, somente com cirurgia. → Os sintomas mais frequentes são: nervosismo, intolerância ao calor, tremores, perda de peso, palpitações cardíacas, fraqueza muscular e fadiga. Sente muito calor.*Não precisa saber tudo, saber que faz alteração em vários sistemas, como cardiovasculas, gastrointestinal, olhos, geniturinário e pele. →Tratamento médico * Diagnóstico: - dosagens hormonais do T3, T4 e TSH – zera a tireóide, para o hormônio da tireóide com cirurgia ou outra coisa e trata como hipotireoidismo - teste de estimulo em TRH - cintilografia e mapeamento tereoidiano (iodo 131 ou tecnécio 99) → Tratamento: * Medicamentoso: - Beta-bloqueadores – propanolol (sintomático) - Tiouréias: Propiltiuracil e Metimazol – normalmente não funciona e aí faz essas outras duas: * Radioiodoterapia * Cirurgia - Com a radioiodoterapia e a cirurgia o paciente entra em um quadro de hipotireoidismo e tem que fazer o controle com medicamento. → Achados bucais: * Cáries e periodontopatias * Esfoliação e erupção dental precoce* - inverso do hipo → Implicações clínicas: * Osteoporose, fibrilação atrial, hipertensão e ICC * “Crise tireotóxica” – todos os sintomas do hipertireoidismo de uma vez O grande problema são as conseqüências: vai ter arritmia, vai fica mais nervoso, vai poder ter fibrilação e tem o inverso do coma mixedematoso, que é a crise tireotóxica → TRATAMENTO AGRESSIVO AS INFECÇÕES: - Cuidado com aminas simpatomiméticas – não indica adrenalina para este tipo de paciente. O anestésico é sem vaso ou prilocaína com felipressina. Em casos extremos não está recomendado tratamento odontológico. DISTÚRBIOS DA TIREÓIDE Cuidados gerais no tratamento odontológico → Identificação da doença primaria - toma puran? Por que? Por que teve isso? Fez remoção da tireóide? Fez tratamento? Tem que saber tudo →Identificação da função tireoidiana (hipo ou hiper) – toda doença da tireóide caminha ou pro hipo ou pro hipertireoidismo, tem que saber qual – na maioria das vezes as doenças da tireóide são hipo → Avaliação dos sinais vitais e sintomatologias – muito importante → Grau de comprometimento da doença/ categoria de risco para atendimento – se está com sintoma ou não, é risco alto ou baixo → Emergências: mixedema (hipo); crise tireotóxica (hiper) – as duas condições vão gerar os sintomas da hipo e da hiper de maneira exacerbada → Prevenção e tratamento agressivo de infecções – tanto a criste tireotóxica quanto o mixedema podem ser desencadeados por infecções. O paciente pode estar controlado na tireóide mas teve um abscesso e isso alterou a produção dos hormônios dele. AULA 5 – GESTANTES → Mudanças pessoais – responsabilidades, a vida não é só sua. → Mudanças sociais/profissionais – tem preferência em quase tudo. Legislação para gestação – licença maternidade. → Alterações fisiológicas – vamos discutir essa parte aqui na aula. THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI Gestação é um momento fisiológico, não é uma patologia. No ser humano gira em torno de 9 meses, 40 até 42 semanas. Mas existem peculiaridades – 7/8 meses pode entrar em trabalho de parto. Algumas coisas podem interferir e uma coisa que é fisiológica pode vir com alguns problemas. MUDANÇAS FISIOLÓGICAS DURANTE A GESTAÇÃO: → Alterações funcionais no trato gastro-intestinal causam retardo no esvaziamento gástrico, indigestão, náusea, vomito. Alterações que acontecem por causa dos hormônios, no começo da gestação por ex, a mulher tem muito sono, tem alterações de humor etc. Depois de um tempo, começa a comprimir os órgãos abdominais, diminui a drenagem do sangue ... * trato gastro-intestinal: causa retardo, pressiona o estomago e ele não esvazia de maneira rápida, tem muito desconforto gástrico, fica empazinada com facilidade etc. Associa isso, barriga enorme perto de vários órgãos, compressão da bexiga. → Em torno da vigésima semana de gravidez, um aumento de aproximadamente 40% no volume de sangue é verificado = Vigésima semana é tipo o meio. No começo da gravidez as alterações são principalmente hormonais, alterações em função de sono, estresse, fome etc MAGIORITARIAMENTE hormonais. Meio da gestação é mais as alterações físicas, ai na vigésima semana aumenta o volume de sangue. O que acontece se eu tenho um aumento do volume de sangue sem aumentar o corpo nessa proporção? Aumenta a pressão arterial. TODA GESTANTE tende a ter hipertensão. Em caso mais graves pode trazer problemas para o feto = Eclapse. ALÉM DISSO: * Aumento da atividade hepática – indução enzimática, o que acontece se eu tenho aumento da atividade hepática - Vai ter metabolização e excreção mais rápida. - as vezes uma droga que teríamos bons resultados com a posologia tradicional na gestação a gravida está com o metabolismo acelerado e isso é bom por que se não ela estaria comendo pra caramba e engordar mais do que já engorda. * Metabolização e excreção mais rápidas. * Volume alterado da taxa de filtração glomerular. Aumenta metabolização, aumenta excreção e vai aumentar a taxa de filtração glomerular. Por que aumenta volume de sangue, aumenta metabolismo e passa mais sangue para o rim. → Em alguns casos esse aumento de fluxo sanguineo pode trazer a hipertensão; → Aumento da atividade hepática pode trazer perda de efetividade de alguns medicamentos; → Aumento da taxa de filtração glomerular pode fazer com que algumas drogas sejam excretadas mais rápidas e pode trazer complicações. → Nesse caso é uma hipertensão secundária – gestacional. Depois que tem o bebê GERALMENTE sessa. → O problema seria uma gestante que está com dor de dente, precisa de anestesia e tem a pressão alta. Essas são condições que temos de tomar cuidado. Não se observa em todas as gestantes hipertensão. A gestante tem mais sangue. Então mulher mais velha tende a ter mais hipertensão durante a gestação. → Drogas lipossolúveis e de baixo peso molecular – chega ao feto. Existem medicamentos que passam pouco a barreira placentária, então não faz tanta diferença – MÉDICO QUE DECIDE. → Aborto – coagulação mesmo que pequena pode causar, não usar anticoagulante. GRAVIDEZ NA ODONTOLOGIA: - TALIDOMIDA – causa má formação fetal → Existe relação direta entre as condições bucais e implicações na gravidez. Existem vários trabalhos que afirmam que gestante com doença periodontal está mais suscetível a ter parto prematuro. E a gestante muitas vezes para de fazer o cuidado odontológico. Nisso temos várias doenças que é associado a gravidez, como o granuloma gravidico, que está ASSOCIADO A GESTAÇÃO, em função de uma alteração de colágeno, uma alteração hormonal mas também tem relação com higiene. → Sempre que possível o tratamento invasivo não emergencial deve ser adiado para depois do nascimento da criança. TRATAMENTO ELETIVOS – feitos depois do nascimento da criança. Não tem por que fazer uma cirurgia de siso incluso em gestante. Implante, lente de contato, iniciar tratamento ortodôntico. Harmonização orofacial. OBVIO – um dente com lesão periapical, com infecção etc – tem que fazer. THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI Urgências devem ser solucionadas prontamente em qualquer época. → Mães que fumam – crianças nascem mais propensas a ter asma, bronquite, série de doenças respiratórias, → Mãe viciada em crack – a criança nasce com síndrome de abstinência. Primeiro que ela nasce desnutrida, parto prematuro e com todas as características de um viciado em crack – tremor, fotofobia etc 1º trimestre critico – fase de organogênese, formação dos tecidos. Nesse momento pode ter fenda palatina, teratrogenese. 2º trimestre – melhor época para atender a gestante. 3ºao 6º mês é o MAIS tranquilo 3º trimestre critico – risco de parto prematuro. Se a gestante estiver com dor de dente perto de ter o parto, tem que atender. Dor contribui para o parto prematuro. CUIDADOS NO TRATAMENTO ODONTOLÓGICO: Tempo e posição de atendimento; Prescrição medicamentosa; Utilização de raios X → A maioria dos medicamentos usados na odontologia é indicado para gestante. → A maioria dos que utilizamos pode ser usado em gestantes: amoxicilina, lidocaína, metronidazol → Antiinflamatorio (de maneira geral) deve ser evitado em gestante e dipirona (a primeira escolha aqui seria o paracetamol) Tempo e posição de atendimento * Sessões curtas: Evitar cansaço, estresse; São sessões mais rápidas, no caso mais “gambiarras”, depois da gestação faz o procedimento mais demorado * Posição: 45º, Semi-sentada ou decúbito lateral. Evitar decúbito dorsal. Se colocar deitada vai ser de lado, nunca de barriga para cima. Nunca deitada e em posição supina. No começo da gestação não tem muita implicação, mas no final da gestação causa dificuldade respiratória. Prescrição medicamentosa → A gravidez e a lactação podem ser consideradas como as únicas em que dois organismos diferentes (mãe e feto) são expostos a mesma droga Então é uma situação – diferente no raio x, no bucal não vai raio x no feto!!!!!!!!! – quando você anestesia a mãe, prescreve o paracetamol etc, está indo para o feto. → Vantagens/riscos – qualquer medicamento tem que cair nessa questão. → Relação entre médico e dentista – em especial em gestações de risco. - TIPO X – isotretinoína, exame de fígado, exame de gestação. Talidomida – é do tipo X. Anestésico local em gestante: Anestesicos locais com vasconstritores podem ser seguramente administrados em gravidas e lactantes. Tem problema usar vasoconstritor em gestante hipertensa? Se fizer intravascular sim. Aspiração previa: reduzir risco de injeção IV. Beneficios do uso de AL+VC justificam o seu uso DE MANEIRA GERAL, É CONTRAINDICADO!!!!! Usar com precaução: PRILOCAINA COM FELIPRESSINA – felipressina é proibida em alguns países Prilocaina: risco de metemoglobinemia – mepivacaina também tem. Felipressina: potencial ação de contração da musculatura lisa uterina – pode induzir parto prematuro e aborto, temos que usar com muita cautela Gestante hipertensa dependendo do grau não deve ser atendida – caso necessário ANESTÉSICO DE ESCOLHA: Lidocaina 2% com epinefrina 1:100.000 ou (1:200.00) - Se for procedimento que exige hemostasia 1:100.000 e se não existe hemostasia 1:200.000 Utilizamos o mesmo cuidado que o do cardiopata, THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI 0,04mg por sessão de epinefrina, 2 tubetes se for 1:100.000 e 4 tubetes se for 1:200.000. É muito pior a adrenalina do estresse do que a do tubete. Gravidas com hipertensão não controlada – ela pode estar como ASA 2, mas o bebe está em ASA 4. Avaliar risco/benefício do atendimento ambulatorial ou hospitalar, em conjunto com o médico. Opções anestésicas: EM URGÊNCIAS → Prilocaina 3% com felipressina 0,03 UI → Mepivacaina sem vasoconstritor –ALCIDES prefere essa PRESCRIÇÃO – GESTANTES Analgesicos e antiinflamatorios → Ordem de escolha: paracetamol e dipirona* - na pratica perguntamos se a gestante já tomou dipirona, se ela tomou e não teve problemas, prescreve dipirona em posologia normal, sempre a menor dose possível, temos que lembrar que o metabolismo dela está maior. AQUI a primeira escolha é o paracetamol. → Corticosteroides dose única – não tem implicações maiores, se for corticoterapia, criança nasce com baixo peso, pode dar má formação fetal etc. → AINEs e salicilatos devem ser evitados – não usa ibuprofeno por que é considerado AINE!!! Mas deve ser discutido com o médico. ANTIBIOTICOS Ordem de escolha: → INFECÇÕES LEVES E MODERADAS: Penicilinas (amoxicilina ou penicilina V); eritromicinas (estearato) → INFECÇÕES GRAVES: Amoxicilina + clavulanato de potássio; amoxicilina + metronidazol; clindamicina e azitromicina (alérgicos) MESMA POSOLOGIA QUE O PADRÃO!!!! Eritromicina não usa quase mais. Não prescreve na PRÁTICA. Ele falou da prescrição de flúor – capsula de flúor, comprimido. Causa fluorose aqui! Quadros severos normalmente foi por que a mãe tomou flúor durante a gestação. Utilização de raios X → Evitar exposições desnecessárias → Proteção de chumbo → A tomada radiográfica em odontologia Para 1% dos fetos apresentem algum problema é necessário receber uma quantidade de radiação equivalente à: 6 tomografias pélvicas 15 mil radiografias de tórax 500 mil periapicais Evitamos pra não falarem que a culpa é dos raio x odontológicos. LACTANTES - A mãe que está amamentando, a maioria dos medicamentos são excretados pelo leite, e ao ser excretado, o bebê toma o medicamento e pode causar algum tipo de complicação. Então temos que levar em consideração as lactantes e os lactentes. AULA 6 – PACIENTES ONCOLÓGICOS - o conceito de saúde é amplo! → ninguém é totalmente saudável, tem que ver os pontos físicos e mentais. - câncer é algo próprio, há doenças infecciosas que predispõe o câncer, mas ninguém pega o câncer do outro. O câncer é algo seu, é genético DIAGNÓSTICO: - Anamnese Exames Clínicos Exames Radiográficos Exames Laboratoriais THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI → MUITAS vezes conseguimos diagnosticar só com exame clínico. O câncer tem uma anamnese bem característica. → NÓS fazemos biópsia incisional, quem faz excisão é o oncologista. - BIÓPSIA = PADRÃO ouro! - diagnóstico = exercício de probabilidade (elenca uma série de hipóteses) - Temos que ter certeza pra dizer p/ o paciente que ele está com câncer. Não deve-se mutilar o tecido sem ter certeza do que está fazendo. - CANCER VEM DO GREGO KARKINOS = caranguejo, pois ia formando garra igual caranguejo! → CASO CLÍNICO DA FACUL: * paciente chegou com lesão no palato mole. Ulcerada, edemaciada... - ver se fuma, bebe...a lesão em si não dói, mas pode começar a morder a lesão, comprime tecido... começa a incomodar. - MAAAS, foi ver que a paciente usava prótese e era lesão traumática - BOA AVALIAÇÃO CLÍNICA É E S S E N C I A L. - tirou o trauma e não regrediu? OBSERVAR. - coletar o máximo de história clínica, avaliação, testes terapêuticos, testes histopatológicos, etc. → PACIENTE – sexo masculino, 50 anos, trabalhador rural, fumante... - tem a lesão faz tempo - nunca doeu - aumentou bem pouco de tamanho * lesão com margem indefinida, ulcerada... → displasia ou câncer. CÂNCER: - etimologia: grego karkinos (caranguejo) - atualmente, o câncer é o nome geral dado a um conjunto de mais de 100 doenças, que tem em comum o crescimento desordenado de células, que tendem a invadir tecidos e órgãos vizinhos (INCA). - o câncer se caracteriza pela perda do controle da divisão celular e pela capacidade de invadir outras estruturas orgânicas. → CARCINOMA = epitelial → MELANOMA = melanócitos → LINFOMA = vasos linfáticos → LEUCEMIA = sanguíneo - O QUE TEM EM COMUM?? Crescimento desordenado de células, que tende a invadir tecido do órgão vizinho. - por que uma pessoa morre de câncer?? Falta de nutrientes. - nós todos temos alguma célula tumoral, mas geralmente ela não sobrevive ou não consegue se multiplicar, fica parada ou outras células ocupam o lugar dela. MAS em algum momento pode alterar alguma célula, que começa a aumentar de tamanho...
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