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Pacientes especiais - P2

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THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI 
P2 - ODONTOLOGIA PARA PACIENTES ESPECIAIS 
AULA 1- CUIDADOS GERAIS/ODONTOLÓGICOS 
RELEMBRANDO QUESTÃO DA PROVA: Paciente de 50 
anos, usava PPA e precisava de várias exos, raspagem, 
confecção de PPA... Usava anticoagulante, tinha DAC. Quais 
cuidados?? 
- solicitar exame de RNI, sendo que tinha que estar abaixo 
de 3 
- restrição do nº de anestésico local com vasoconstritor, no 
máximo 0,04mg de epinefrina por sessão 
- sessões curtas e divididas 
- considerar protocolo de sedação 
- evitar AINEs 
- identificação do problema primário (por que o 
paciente faz uso de terapia anti-
agregante/anticoagulante?) 
- avaliar extensão do procedimento cirúrgico/grau 
de sangramento (obrigatoriamente aquele paciente eu 
não poderia fazer em uma sessão a exo de vários 
dentes, não só pq tem restrição de anestésico. Por 
exemplo, se eu usasse restrição de vaso, mepi sem 
vaso, poderia usar vários tubetes. MAS a questão não 
e essa, ele não pode ter várias abertas na cirurgia pq 
tem aumenta risco de sangramento) 
- se extrair 1, 2 dentes tem problema nesse paciente? 
Se o RNI tiver abaixo de 3 não, mas se for várias exos, 
as vezes pode ser necessário suspender a terapia 
anticoagulante. 
- de maneira geral, pacientes que fazem uso de 
anti-agregantes plaquetários* tem tempo de 
sangramento maior, mas medidas locais de hemostasia 
bastam para conter o sangramento 
(muitas vezes o paciente que toma anticoagulante o TS 
dele não vai estar tão alterado... o TS é a primeira 
etapa da hemostasia – agregação plaquetária – 
quando o cara toma anticoagulante, a agregação 
plaquetária tava normal.) 
- pacientes em uso de anticoagulantes orais devem 
ser monitorados quanto aos valores de RNI e 
apresentam maior risco de hemorragias trans e pós-
operatórias 
(quanto maior o RNI, maior risco de sangramento) 
- interações medicamentosas 
- em alguns casos, a realização de procedimentos 
odontológicos deve ser realizado em ambiente 
hospitalar e/ou discutido com equipe média. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
- medicamentos de uso odontológico que podem 
potencializar os efeitos da varfarina e aumentar RNI, 
com risco de hemorragia 
→ analgésicos e anti-inflamatórios: AAS, 
paracetamol, AINEs (em geral) e corticoesteróides 
→ antibióticos: metronidazol, eritromicina, 
cefalosporinas, azitromicina, tetraciclinas e 
ciprofloxacina. 
→ pontos chave: dose única de antibiótico sem 
maiores implicações; doses contínuas – avaliar RNI 
após 2-3 dias. 
Exemplo: paciente toma GINSENG (é um 
polivitamínico), muitas vezes é um medicamento que 
toma por conta própria. Ele inibe ação da varfarina e 
ele pode ter um episódio tromboembolítico. 
→ Professor mostrou o caso de um paciente dele, 
vários medicamentos, e neste caso em especifico, 
quando não tem certeza se tá de fato tomando esses 
medicamentos, ai se faz necessário envio de carta. 
→ Quando tá indicado enviar carta de 
encaminhamento, carta de referencia? Quando 
tem informação que você não sabe. Se você sabe, não 
precisa mandar... 
→ exemplo: quero saber tempo de sangramento. 
Você não vai mandar pro médico pro médico pedir 
MEDICAMENTOS QUE INTERAGEM COM A VARFARINA 
Medicamentos que potencializam a ação 
Acetaminofen Fluconazol 
Metronidazol Isoniazida 
Ácido acetilsalicílico Omeprazol 
Anti-inflamatórios não 
hormonais 
Fenilbutazona 
Eritromicina Piroxican 
Ciprofloxacina Propanolol 
Amoxicilina Quinidine 
Cefalosporina Tamoxifem 
Tetraciclina Indometacina 
Amiodarona Rofecoxib 
Cimetidina Esteóides Anabolizantes 
Clofibrato Miconazol 
Medicamentos que inibem a ação 
Barbitúricos Rifampicina 
Carbamazepina Ciclosporina 
Colestiramina Ginseng 
Griseofulvina Nutrientes ricos em vit K 
THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI 
exame, mas sim você vai solicitar o exame, interpretar 
e vai definir o que fazer. As cartas são necessárias 
quando tem informações que a gente não sabe. 
→ Paciente chegou no consultório e disse que é 
cardiopata. Ai você pergunta que tipo de cardiopatia 
ele tem e ele não sabe dizer. Ai você manda a carta. 
→ Paciente chegou falando que tem prolapso de valva 
sem regurgitação. Não precisa mandar carta pro 
médico. 
☺ Mostrou o caso de uma paciente que tomava 
dois tipos de antiagregante (AAS, e um outro que 
não consegui entender). O antiagregante não aumenta 
RNI, é plaqueta, então aumenta tempo de 
sangramento. Pq o prof mandou carta pro médico??? 
→ tempo de sangramento tava normal... então 
pq??? Não pq ele tava preocupado com o 
procedimento odontológico, mas sim pq ele estava 
preocupado com a situação clínica dela, pois ela estava 
tomando dois antiagregantes plaquetários e o TS dela 
tava normal. Ela tem risco de sangramento no 
procedimento? Não, TS tá normal. Então pq ele 
mandou a carta??? Pq ela ta tendo risco de acidente 
tromboembolítico... Apesar dela ta tomando dois 
antiagregantes plaquetários, ela tava com TS 
normal!!!!!! 
- as cartas de referencia são para referenciar alguém 
ou avisar que o paciente tem algum problema ou 
descobrir um problema que o paciente não consegue 
informar a você. Não é carta de autorização, isso não 
existe... 
CARTA DO PROFESSOR: 
ENCAMINHAMENTO MÉDICO 
A ............ necessitará ser submetida a cirurgia bucal em 
local altamente vascularizado (biópsia em assoalho 
bucal). De acordo com o histórico clinico, a paciente faz 
uso de dois medicamentos antiagregantes plaquetários 
(AAS 200mg e cilostazol 100mg). Gostaria de saber se, 
devido ao quadro clínico, seria possível a interrupção 
temporária do regime antiagregante para uma melhor 
hemostasia. Caso opte pela interrupção da AAS, a 
interrupção deverá ser pelo menos 7 dias (avaliar risco). 
Informo também que, de minha parte, pretendo utilizar 
solução anestésica com baixas concentrações de 
epinefrina (1:100.000), no máximo 0,04mg com 
cuidado para não fazer intravascular. Desde já coloco-
me a disposição para eventuais esclarecimentos. 
Risca, assina, data. 
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO 
ODONTOLÓGICO DE PACIENTES QUE 
FAZEM USO DE ANTICOAGULANTES: 
- detalhe que alguns desses fatores são equivalentes 
aos pacientes que tem problemas de sangramento, 
tipo a hemofilia. Ela é uma condição onde o paciente 
tem dificuldade de montar resposta hemostática, em 
especial por falta de fatores de coagulação (fator 8 e 9) 
→ continuidade da terapia anticoagulante: 
* quando a RNI for <3,5, não é necessário alterar a 
dosagem ou suspender o uso do anticoagulante, no 
caso de procedimentos cirúrgicos mais simples. 
(ele mostrou um artigo que vai por no class pra gente 
ler, mas falava basicamente de: 
→ Cirurgias odontológicas em usuários de 
anticoagulantes orais. Leu o seguinte trecho: “A 
avaliação do paciente com relação ao seu nível de 
anticoagulação através do Índice Normatizado 
Internacional (INR ou RNI) ou Tempo de 
Protrombina (TP) – sendo que se vc tiver o TP vc tem 
noção do RNI – e a classificação da amplitude do 
trauma cirúrgico são fatores importantes a serem 
avaliados antes do procedimento cirúrgico. Nosso 
levantamento mostrou que, em 47 cirurgias, sem 
alteração da medicação sistêmica, apenas um 
caso apresentou hemorragia pós-operatória, 
controlada por manobras de hemostasia local. 
Desse modo, observamos que, dentre os vários 
protocolos propostos na literatura, a manutenção 
da terapia anticoagulante, com a utilização de 
hemostáticos locais se necessário, parece o mais 
adequado à maioria dos casos cirúrgicos 
ambulatoriais.” 
THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI 
- Foi isso que falamos na aula. Mas precisa ter RNI? 
Sim. Pqtem paciente que tá com o RNI 
descompensado, tá la com RNI em 5. Se você fizer exo 
nesse paciente, ele morre. 
- normalmente o médico mantém o paciente com RNI 
de 2. Quando o RNI tá 3, geralmente já tá alto. Você 
deixa em 3 paciente que tá com efeito mais grave, que 
precisa estar mais anticoagulado. Medidas locais de 
hemostasia são suficientes para resolver o problema. 
- # VITAMINA K nesse caso não podemos fazer. 
Pois a varfarina é um antagonista da vitamina K. 
Funciona assim = quando dou vit K, melhora 
coagulação do paciente, mas ele não pode estar com 
coagulação normal. Eu uso vit K quando ele tá com 
hemorragia. 
- exemplo: paciente foi no seu consultório, você fez a 
exo, deu hemorragia, suturou, continuou com 
hemorragia, colocou gaze, foi embora, voltou 
reclamando que tava sangrando... Ai sim você entra 
com vit K. Agora se você entra com vit K em um 
paciente que tem que tá anticoagulado, ele pode ter 
TEV. Eu dentista não posso fazer vit K nesses 
pacientes, da mesma forma que não posso 
interromper a terapia anticoagulante. 
* quando a RNI foi > 3,5 e um procedimento cirúrgico 
mais complexo está sendo planejado, é imprescindível 
a troca de informações com o médico, para avaliar o 
risco/benefício da alteração da terapia anticoagulante. 
(ai sim preciso trabalhar intimamente com o médico, 
mas não pq ele não pode ser feito, mas pq as vezes é 
necessário fazer em ambiente hospitalar com vit K... as 
vezes vai ter que interromper momentaneamente. 
Quem? O médico... então por isso a gente manda carta 
pro médico. Se tiver RNI 2, precisa?? NÃO. Você já sabe 
o valor) 
Obs.: nas cirurgias eletivas de pacientes com baixo 
risco de tromboembolismo venoso (TEV) – (ele 
infartou, mas enfartou a 10 anos... ele toma 
medicação, mas voltou a fazer esporte, colocou stent... 
as vezes o médico pode sugerir suspensão por alguns 
dias. Quem faz isso é o MÉDICO APENAS) - é possível 
ao medico suspender ou substituir a varfarina pela 
heparina sódica, 4 a 5 dias antes do procedimento, 
mantendo a profilaxia antitrombótica com a heparina 
nas primeiras 24 horas do período pós-operatório, 
para depois retornar o uso da varfarina. 
→ uso de antibióticos: 
* em pacientes portadores de próteses valvares 
cardíacas ou outras condições de risco para 
endocardite bacteriana, o emprego de uma única dose 
profilática de amoxicilina ou clindamicina não requer 
alterações na terapia anticoagulante. 
* pacientes que requerem mais do que uma dose 
de antibiótico devem ter a RNI avaliada após 2-3 dias 
* se possível, evitar uso de metronidazol e 
eritromicina. 
→ lembrar que muitos desses pacientes eles tem 
valvulopatia, a maioria que toma anticoagulante ou 
tem risco de trombose profunda ou problema valvar. 
Quando o paciente tem risco de enfartar ou ter um 
AVC, ele tomar antiagregante. 
→ se for usar antibiótico em vários dias, é 
necessário avaliar, especialmente se tiver 
metronidazol e eritromicina, pois eles interferem na 
varfarina... 
→ esse é o esquema da substituição, não 
precisamos saber isso... 
→ imagina que vc quer fazer a exo de vários 
dentes de uma vez. Tá indicado, mas muitas vezes o 
cara vai ter que substituir a varfarina. Não adianta 
parar de tomar a varfarina aqui, pq no outro dia ele 
ainda vai tá anticoagulado... 
→ então você para a varfarina, ai fica tomando 
heparina (meia vida curta). No dia da cirurgia não 
toma nada, forma coágulo. No outro dia tbm não toma 
nada pra continuar formando coágulo. No outro dia 
volta tomando varfarina e heparina. 
→ então não adianta parar de tomar varfarina um 
dia antes da cirurgia. Igual com AAS... tem que parar 
pelo menos 1 semana antes, mas o ideal é 10 dias 
antes. Imagina 10 dias sem o antiagregante. E se nesse 
intervalo ele tem um AVC? Um infarto?? Entao o 
médico que decide tudo isso... O anticoagulante é mais 
grave... você para e tem risco de TEV. 
→ quando o cara toma antiagregante, de maneira 
geral não precisa parar nada. Vai ter 
THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI 
sangramento? Vai, mas medidas locais de hemostasia 
são suficientes. Agora o cara toma anticoagulante = 
obrigatoriamente tenho que ter o RNI. 
CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS: 
* obter informações sobre o estado de saúde geral 
do paciente, por meio de uma história médica 
completa, para saber se a condição é estável. Avaliar a 
presença de comorbidades, como doença hepática ou 
renal, distúrbios da medula óssea, etc. (muitas vezes 
avaliar se outra comorbidade, pq problema hepático 
por exemplo interfere... As vias de coagulação muitas 
vezes são produzidas no fígado, então se o paciente 
tem algum problema hepático associado ele pode ter 
algum problema de coagulação) 
* em pacientes que apresentam RNIs estáveis, é 
aceitável que a RNI seja avaliada 72h antes das 
cirurgias bucais. Caso contrário, a RNI deve ser 
avaliada no mesmo dia da intervenção. (preciso de 
RNI?? P R E C I S O. O que é um paciente com RNI 
estável?? Ele toma varfarina a anos e já tá lá 
controlado. Então você faz 3 dias antes. Senão, você 
pede no dia da cirurgia.) 
* se possível, agendas as cirurgias para o período 
da manhã. (pq?? Cortisol é uma, mas isso não é 
determinante... exemplo, você atendeu o cara e ele 
passou mal. Uma coisa é você levar o paciente ao 
hospital 10 horas da manha e outra é levar no hospital 
8 horas da noite) 
* nas urgências odontológicas, quando a 
expectativa é de que a intervenção poderá gerar 
sangramento excessivo, o atendimento deverá ser 
feito em ambiente hospitalar, após avaliação médica 
inicial. 
(você não tem RNI do cara, ele tá com um problema e 
você tem que resolver, então você atende no hospital. 
Pq? Pq você não tem ideia de quão anticoagulado esse 
paciente está!) 
MEDIDAS TRANSOPERATÓRIAS: 
* empregar solução anestésica local com 
vasoconstritor (preferencialmente a epinefrina com 
restrições) 
* evitar bloqueios nervosos regionais (QUANDO 
POSSÍVEL, exemplo, você vai fazer exo do 46, não tem 
como fazer infiltrativa... Agora veja só, se o paciente 
estiver MUITO ANTICOAGULADO, o próprio bloqueio 
pode gerar um sangramento interno, um hematoma 
que pode gerar uma hemorragia de difícil controle. O 
paciente hemofílico, por exemplo, ele toma o fator de 
coagulação que ele precisa antes do atendimento lá no 
hospital, esse paciente, criança em especial, a gente 
evita bloqueio). 
* na mandíbula, preferir a técnica infiltrativa ou 
intraóssea com uso da articaína. (Isso é preferível 
pra criança, infiltrativa em adulto pra molar inferior 
não dá) 
* evitar traumatismos físicos desnecessários 
* restringir a instrumentação periodontal e 
cirurgias de acesso para áreas menores. 
(obrigatoriamente, poderia fazer aquelas 10 exos? 
Não, não podia) 
* quando houver indicação de exodontias 
múltiplas, agendar maior número de sessões 
(lembrando que você tem restrição de anestésicos e 
restrição de medidas locais... quanto maior o trauma 
cirúrgico – mais sangramento vai ser proposto ali 
naquela região) 
* as suturas devem ser oclusivas 
* aplicar pressão no alvéolo dentário por meio de 
compressas de gaze por 15-30min. (hoje a gente 
evita fazer aquela manobra de Champret, pq com ela 
você quebra a parede do alvéolo que depois vai 
diminuir formação de osso. Hoje você não faz em 
todos os casos, você só faz limpeza. Mas faz em alguns 
casos ainda, como esse) 
→ alguns autores: pacientes estáveis RNI dos últimos 
15 dias (dependendo do procedimento). 
MEDIDAS LOCAIS DE HEMOSTASIA: 
* compressa com gaze 
* sutura compressiva – você vai unir borda a borda!! 
* materiais odontológicos (siliconas –faço moldagem 
com a pesadae deixo lá como se fosse um curativo, 
mas isso incomoda... e também o cimento cirúrgico) 
* esponja de gelatina liofilizada (barreira física que 
segura o coágulo, poe um ponto em X e ele não fica 
saindo) 
* selante de fibrina (caro, mas já tem essa opção...) 
* antifibrinolíticos (tópicos) 
- ácido tranexâmico (Transamin, Hemoblock) 
- bochecho/limpeza com gaze (colutório) – 10mL (5min), 3-
4x/dia 
- comprimido macerado com algum veículo (soro, líquido ou 
água potável) – colocar pasta sobre a ferida, comprimir com 
gaze (2-3 vezes ao dia) 
→ quando você tem a coagulação, você termina 
ela com a fibrinólise, que é a quebra de fibrina pra 
depois o sangue passar, senão a coagulação ia se 
estender pro corpo inteiro, pq ela é uma cascata. 
THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI 
→ medicamentos antifibrinolíticos = impedem 
degradação da fibrina... 
→ exemplo> Transamin, o mais comum. Pode ser 
usado tanto sistemicamente quanto topicamente. 
Pega esse comprimido, macera e faz uma pasta com 
soro fisiológico ou agua destilada, pega essa pasta e 
coloca no alvéolo, isso evita aumento de sangramento 
no alvéolo. 
→ quando o paciente tem varias áreas de ferida 
aberta, orientamos bochecho ou a realização de uma 
pasta para por nesses ferimentos. 
☺ CASO: exo de paciente hemofílico. Muito 
mais grave do que um paciente que tá só tomando 
varfarina. O que ta tomando varfarina tá anticoagulado 
pq ele ta tomando medicamento. O hemofílico tá 
anticoagulado pq ele tem uma deficiência do fator de 
coagulação. Então antes da cirurgia, ele tem que tomar 
o fator de coagulação injetável. 
→ alvéolo aberto = não coapta borda ali... pra isso, 
preciso criar meios pra isso, exemplo, quebrar osso da 
vestibular com um alveolótomo pra essa mucosa 
chegar lá na palatina, ou faço uma relaxante tipo 
fechamento de comunicação bucosinuosal. 
→ nesse caso, foi feito selante de fibrina. É um 
líquido, você passa a fibrina dentro do alvéolo, ele 
precisa de fibrina pra formar coágulo e faz uma sutura 
COMPRESSIVA, tipo essa da fotinha. 
→ o que podemos substituir?? Invés de selante de 
fibrina... esponja de gelatina de fibrina, cera pra osso, 
coloca ai dentro, sutura... 
- # NÃO PODE POR 
ANESTÉSICO AI, AMIGO... ele 
é vasodilatador. 
- mesmo com tudo isso, saiu 
um coágulo ali, vazou... tirou, 
promoveu novo sangramento, 
fez selante de fibrina e colocou o Transamin (com soro 
e macerado). 
- professor quando faz biópsia de paciente que toma 
anticoagulante, varfarina, pede RNI.. deu 2,5, pode 
fazer... tem problema de sangramento? Sim. Vai 
sangrar mais? Sim. Mas medidas locais de hemostasia 
conseguem coibir. 
- orienta o paciente a fazer esse curativo com 
Transamin CASO SEJA NECESSÁRIO. 
- e se o paciente tiver tomando SÓ antiagregante? 
Depois que o coágulo tá formado, tá ok... 
CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS: 
* considerar o uso de esponja hemostática de 
gelatina liofilizada (Gelfoam, Hemospon), 
completamente reabsorvível pelo organismo (tem 
tudo na facul... em alguns casos os profs orientam usar 
em paciente convencional, exemplo, extrai 46, alvéolo 
tá aberto, tem risco de ter alveolite seca... então vc 
cureta, espera sangramento e coloca) 
* prescrever solução de ácido tranexamico 8,4% 
(Transamin, Hemoblock) para realização de bochechos, 
por um período de 48 horas (na pratica acaba 
comprando o comprimido e macerando...) 
* remover suturas não reabsorvíveis após 4-7dias 
(se deixar em mais tempo PIORA a cicatrização...) 
* para o controle da dor pós-operatória, não 
prescrever aspirina (AAS) e anti-inflamatorios não 
esteroidais (inclusive os coxibes). Optar pela dipirona 
sódica. 
* considerar o uso de corticoesteróides em dose 
única (dexametasona ou betametasona), após troca 
de informações com o médico 
* não prescrever ou aplicar medicamentos pela via 
intramuscular, pelo risco de hemorragia e formação 
de equimoses ou hematomas. 
OUTROS CUIDADOS PODEM SER ADOTADOS 
DEPENDENDO DO GRAU DE HEMOSTASIA: 
* manutenção da higiene oral 
* crioterapia extra-oral (GELO... pelo menos nas 
primeiras 24h) 
* dieta liquida e fria (48h) 
* não realizar bochechos vigorosos, apenas enxague 
(pra nossa região tem um problema= tereré, o 
paciente faz uma pressão negativa na boca, o coagulo 
tende a sair) 
Sr. Alcides Moreira, 62 anos, chegou com ao 
consultório com queixa de dor e “amolecimento dos 
dentes”. Ao exame clínico, constatou que o paciente 
possui PT superior e PPA inferior, com dentes 
indicados para raspagem subgengival e exodontia de 
vários dentes. 
→ Toma Marevan (anticoagulante, varfarina), 
Moduretic (diurético) e Propanolol 
→ 140/92mmHg 
→ Relatou ter ido ao cardiologista a mais ou menos 1 
ano, em que o médico relatou que o mesmo possui um 
“sopro no coração”. 
→ Relata ter febre reumática 
→ As vezes dá “batedeira” no coração 
THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI 
CARTA DE 
ENCAMINHAMENTO 
Para: quem?? 
No caso acima relatado, seria ao clínico geral ou 
especificamente ao cardiologista 
 
Justificativa odontológica: o que vai 
fazer, por que vai fazer e como vai 
fazer 
- explicar para quem você ta falando o que precisa ser 
feito e por que precisa ser feito. 
Questionamento: o que quero saber? 
- Paciente pode ser submetido a cirurgia com anestesia 
local? 
→ Encaminho o paciente Alcides Moreira que, após 
avaliação odontológica, ficou constatada a 
necessidade de extração de 4 dentes que apresentam 
infecção e mobilidade, tornando-se condenados. O 
paciente relatou ser “cardiopata”, estar tomando 
Marevan, Moduretic e Propanolol, e relata ter ido ao 
cardiologista a mais ou menos 1 ano, sendo 
diagnosticado com “sopro no coração”. Gostaria de ser 
informado sobre as condições cardiovasculares desse 
paciente, se o mesmo precisa ser atendido em 
ambiente hospitalar, se posso utilizar 
benzodiazepínicos e em especial sobre qual o risco de 
desenvolvimento de endocardite bacteriana. Caso o 
paciente apresente risco de endocardite bacteriana, 
pretendo adotar o protocolo da sociedade americana 
de cardiologia, 2g de amoxicilina 1 hora antes da 
intervenção. Pretendo utilizar pequenos volumes de 
anestésico local, sendo lidocaína 2% com epinefrina 
1:100.000, utilizando no máximo 0,04mg de epinefrina 
por sessão, sem injeção intravascular e com aspiração 
prévia. Além disso, torna-se necessário solicitar exame 
de RNI. Caso esteja abaixo de 3, não será necessária 
intervenção do protocolo de anticoagulante, sendo 
utilizado medidas locais de hemostasia e limitação de 
tubetes anestésicos. 
 
 
 
 
AULA 2 – DIABETES pt 1 
→ É uma doença relativamente comum 
→ quem é diabético, que tem condições e quer 
controlar a doença tem um aparelho que compra na 
farmácia, a pessoa vai furar o dedo e coloca o sangue 
na fitinha que ao colocar no aparelho vai dar o valor da 
glicemia. 
→ A diabete é uma alteração metabólica 
→ DENTRE AS doenças endócrinas, a diabete é a mais 
prevalente (tem outras, como o hiper/hipotireoidismo) 
→ A diabete é uma doença caracterizada por 
hiperglicemia. 
*** Qual é a função da glicose no 
organismo? Fornecer energia. 
→ A glicose está presente no sangue de forma livre, 
quando livre ela não apresenta praticamente nenhuma 
função. 
→ A glicose precisa ser revertida em glicogênio, ela 
precisa ir do sangue para dentro da célula = hormônio 
que faz isso é a insulina. 
→ A glicose na corrente sanguínea funciona como um 
reservatório. 
→ A glicose dentro da célula é utilizada para a 
produção de energia. 
→ BASICAMENTE... Quem faz essa transformação do 
meio extra celular parao meio intra celular é um 
hormônio produzido no pâncreas, chamado insulina. 
 
1. Sabemos que diabetes é o estado de 
hiperglicemia, porém, isso deve ser crônico. Porque 
muitas vezes o paciente come alguma coisa doce, e se 
fizer o exame vai apresentar quadro de hiperglicemia, 
não significa que ele tem diabetes. Mas tem diferença 
de quando é um quadro de hiperglicemia, e quando 
essa hiperglicemia é crônica. 
2. Se você desconfiar que algo no paciente não 
está normal = exames. Caso esses exames dê alguma 
alteração simbólica = encaminhar ao endocrinologista. 
Caso o paciente seja controlado, porém você suspeita 
da resposta = solicitar os exames para atende-lo com 
mais segurança. 
LOGO, → Diabete- doença metabólica, sistêmica 
(é multifatorial) e crônica: Pode ser reação de 
hiperglicemia ao comer algo bem doce, a glicose vai 
estar acima do normal, mas não necessariamente você 
tem diabete. A diabete é uma glicemia aumentada 
crônica. Então a glicose no sangue em excesso começa 
a trazer problemas. 
THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI 
→ Hiperglicemia- é a quantidade de glicose no 
sangue (plasmática). 
QUADRO DE HIPERGLICEMIA: 
→ Diminuindo produção de insulina, comum no 
diabetes tipo I. 
(Em crianças com 6 anos de idade tem doença 
autoimune chamada Diabetes Melito Tipo I, que ataca 
o pâncreas e mata a células de langerhans e para de 
produzir insulina) 
→ As células estão insensíveis a ação de insulina. 
Isso no tipo II. 
(Diminuição da produção de insulina pelo desgaste 
funcional do órgão ou o paciente está tendo outra 
doença imune paralela, que diminui a função do 
pâncreas, ou ainda está acontecendo a resistência 
periférica a insulina) 
- A insulina é produzida pelo pâncreas e ela faz com 
que a célula pegue a glicose e jogue para dentro da 
célula, mas as células estão insensíveis a ação da 
insulina e isso é resistência periférica a insulina. 
QUADRO DE HIPOGLICEMIA: 
- Ao ficar em jejum durante muito tempo ou não come 
direito, tem mais risco de desenvolver diabete por que 
o organismo começa a desenvolver resistência à 
insulina. 
→ Se faltar glicose no sangue a pessoa morre, este é 
um quadro clássico de hipoglicemia. 
→ Se você não faz o consumo de glicose de maneira 
regular, o organismo para manter a glicose mínima no 
sangue, ela começa a parar de jogar glicose para 
dentro das células, e isso é chamado de resistência 
periférica de insulina. 
DIABETE TIPO I- normalmente o paciente tem 
característica de doença autoimune (célula de defesa 
atacou as células do pâncreas e o mesmo não produz 
mais insulina). Este é o clássico de diabete do tipo I, e 
esse cara tem que fazer uma terapia de reposição. 
DIABETE TIPO II- provocada pela resistência 
periférica insulina, que está relacionada a dieta, idade 
e sobrepeso. 
DIABETE SECUNDARIA: 
Ao ter quadro crônico de hiperglicemia, clinicamente 
implica que vai ter mais glicose na urina 
(+concentrada), e o paciente começa a ter que jogar 
mais água para a urina, para fazer isotomia/ 
osmolaridade. 
→ O paciente diabético descompensado vai muito ao 
banheiro, pois descontrola o equilíbrio orgânico. 
→ Ao ter mais glicose no sangue, na urina, na saliva = 
implica de forma direta ao ter mais substrato para 
crescimento microbiano (glicose = energia, é 
alimento). 
→ Ao ter sangue com mais glicose, o paciente tem 
mais risco de desenvolver neuropatia, vasculopatia e 
infecção. 
→ Nosso organismo tem que gerar energia, e ao ter 
muita glicose no sangue, mas não tem glicose dentro 
da célula, o organismo começa a usar mecanismos 
paralelos para a produção de energia e vem a 
alteração de metabolismo de carboidrato, lipídios e 
proteico. 
→ O diabético tem restrição de açúcar e 
principalmente o carboidrato. 
→ O paciente diabético nunca vai ser o mais fortão, 
por que ele tem limitação na metabolização de 
carboidrato para se tornar proteína, e precisa de 
proteína para gerar musculo. Mas se estiver 
compensado já é outra história. 
DIABETE TIPO I- chamada de juvenil ou insulino 
dependente, e este termo de diabete juvenil quase 
não usa mais. 
→ é uma doença autoimune, onde descobre a doença 
quando criança 
→ Este é chamado de insulino dependente por que é 
uma condição autoimune, então as células de defesa 
atacam as células do pâncreas e com isso o pâncreas 
perde produção de insulina e consequente o paciente 
faz reposição de insulina. Ao fazer biopsia vê célula 
infamatória e presença de anticorpo relacionado a 
doença autoimune. Tratamento: transplante de 
medula, mas é agressivo. 
→ Cetose- é o acumulo de ácido acético em função do 
metabolismo do carboidrato. Como você não tem 
glicose dentro da célula você acaba usando o 
carboidrato para fazer a metabolização de energia. 
DIABETE TIPO II- que é a do adulto, e de maneira 
geral não apresenta cetose, e isso é importante pelos 
equilíbrios hidroeletrolíticos. Está relacionado a idade, 
sobrepeso e a obesidade, fatores genéticos e 
alterações do próprio perfil metabólico. 
DIABETE SECUNDARIA- é provocada por outra 
condição. Por ex tumor em pâncreas, o mesmo para 
de produzir insulina e desenvolve a diabete. Pode ter 
diabete pelo cara tomar corticoide, pois aumenta 
resistência periférica a insulina. Ou gestacional, pois 
THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI 
durante gestação altera produção de hormônios e 
nisso entra a insulina. 
EXAME LABORATORIAIS 
→ GLICEMIA EM JEJUM (mínimo de 8h): 70-99mg/dl 
* 100 a 125 mg/dl: indicio de intolerância a glicose 
* > ou =126 mg/dl → DIABETES 
→ GLICEMIA EM HORÁRIO ALEATÓRIO > ou = 200 
mg/dl (com sintomas) 
→ GLICEMIA 2h após 75g de glicose: 
* normal <140 
* intolerância a glicose > ou = 140/ < 200mg/dl 
* diabetes > ou = 200 mg/dl 
→ HEMOGLOBINA GLICADA (A1c): normal 4-6% 
Nível de glicemia no sangue em jejum (8 
horas): 
- 70 e 99 mg/dl NÍVEL IDEAL 
- Entre 100 e 125 mg/dl PRÉ-DIABÉTICO 
- > 126 mg/dl QUADRO DIABÉTICO 
O exame TOTG (teste oral de intolerância a 
glicose) confirma a diabete. 
Como funciona esse teste? O médico pede para 
você ir lá fazer a glicemia em jejum. Depois do teste, o 
paciente recebe uma dose de sacarose padronizada 
(geralmente 75g de glicose). Faz uma nova coleta de 
sangue 2 horas depois da ingestão para observar se o 
organismo conseguiu produzir insulina suficiente pra 
reduzir glicemia. Geralmente dá abaixo de 140mg/dl. 
Se tiver entre 140 e 200 mg/dl, indícios de tolerância a 
glicose. Se der acima de 200 mg/dl, é confirmado a 
diabetes. 
→ em horário aleatório, é comum dar abaixo de 200... 
Outro teste é a Hemoglobina Glicada, ou 
glicosilada ou glico hemoglobina- ideal estar entre 4 a 
6%. Qual é a vantagem? Ela não mede a glicemia no 
sangue, mas a glicemia na hemácia. A vantagem é que 
uma hemácia vive de 90 a 120 dias. Você mede a 
glicemia que ficou e torno de 120 dias no seu corpo. O 
cara pode estar com a glicemia em jejum alterada e a 
glicada normal. Ou pode estar com a glicada normal e 
a glicemia normal. Podemos solicitar esse exame, para 
ter uma ideia da condição do paciente, mas quem 
decide é o médico depois. 
CASO DE CLÍNICA 
→ Glicemia em jejum 92.2= ótimo 
→ Hemoglobina glicada 11,4 = está descompensado 
MANIFESTAÇÕES CLINICAS CLÁSSICAS DO 
DIABETE 
- Hiperglicemia (sinal), poliuria (muita urina), 
polidipissia (sede) e polifagia (muita fome → clássico 
em diabete tipo I) e o paciente tem perda de peso e 
cansaço. 
- Ao fazer exercício a pessoa melhora da diabete, por 
que o musculo começa a aumentar as reservas de 
glicogênio e o musculo começa a exigir mais glicose, ea glicose do sangue abaixa. 
→ por urinar muito, o paciente fica desidratado 
gerando xerostomia, junto com vasculopatia... 
→ além disso, na saliva tem mais glicose, aumentando 
risco de doença periodontal. 
CONSEQUÊNCIAS CLINICAS 
- infecções de repetição: dermatite (vaginite- mulheres 
tem muita infecção urinaria), 
- na boca tem candidíase, queilite angular, 
- incontinência urinaria (acontece muito em idoso, 
principalmente em mulher acima de 60 anos), 
- senorese noturna em criança (urina na cama)- ocorre 
pelo aumento da diurese, insuficiência vascular 
periférica predispõe maior risco de doença 
periodontal, onde uma papila tem menos sangue do 
que um paciente convencional. Quando passa um fio 
dental em um paciente convencional é uma coisa, já 
em um diabético pode necrosar a papila. 
→ O paciente fica predisposto a doença cardiovascular 
cerebral e acidente vascular cerebral, retinopatia. Da 
mesma maneira que você tem doença cardiovascular, 
você tem deficiência também na retina, e este 
retinopatia diabética é relacionado com a perda de 
visão, e um detalhe a retina é célula nervosa e não tem 
reparo. Outro problema que gera é a neuropatia 
(nervo- dores em forma de fisgada) periférica e 
disfunção erétil. Letargia, cansaço e desanimo. 
TRATAMENTO MÉDICO DA DIABETE- 
dieta e exercício físico. Na dieta restringe açúcar, 
álcool, carboidratos, bebidas dietéticas (tem baixa 
concentração de açúcar, mas tem muito sódio, arroz 
integral tem a mesma caloria que o normal, mas o 
integral mante saciado por mais tempo). Paciente tem 
que mudar hábito. 
MEDICAMENTOS: a insulina e todos derivados- 
é injetável, subcutâneo, tem bombas de insulina onde 
mede glicose por aplicativo, tem bombas de infusão de 
insulina, insulina em forma de deposito, e a insulina 
THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI 
tem meia a vida super curta onde você tem insulina de 
ação curta, intermediaria e longa. Normalmente o 
paciente diabético faz uma serie de reposição de 
insulina, que é uma de ação longa, e toma insulina de 
ação curta previamente as refeições para tentar 
manter o nível de insulina regular. 
→ O grande problema da insulina é manter estável, e 
isso é difícil de manter por que depende também da 
alimentação. 
Ex- um senhor foi e tomou a insulina as sete da manhã 
e as 11:30 estava programado para almoçar, mas deu 
um imprevisto, no momento em que a insulina fizer 
pico o mesmo vai ter hipoglicemia. O maior problema 
do diabético em tratamento, em especial quem toma 
insulina, não é a hiperglicemia é a hipoglicemia. No 
ponto de vista odontológico, isso tem complicação? O 
cd interfere na carga mastigatória, onde o paciente 
tem que ficar um tempo sem prótese, então o cd deve 
mandar uma carta informando isso ao medico e 
nutricionista. Vai explicar na carta que o paciente vai 
ter mudança no padrão alimentar, que vai perder 
dente e que não vai conseguir fazer uso de 
alimentação solida, que pode ter alteração dietica e 
você quer saber se o paciente vai manter a mesma 
dose. 
Os hipoglicimiantes orais= aumentam a produção de 
insulina e/ou diminui a resistência periférica a insulina, 
onde deixa a célula mais sensível a ação da insulina. É 
usado na diabete secundaria ou na diabete tipo II. E a 
insulina é utilizada sempre na diabete tipo I e em 
alguns casos na hiperglicemia recorrente na diabete II 
e secundária. 
→ Em uma criança de 7 anos de idade, tem a diabete 
tipo I, adianta ela tomar hipoglicimiantes oral? Não 
adianta, pois ela não produz insulina. Então não 
adianta dar um remédio tipo metiformina que 
aumenta a produção de insulina, pois ela não tem mais 
pâncreas atuante na produção de insulina. 
→ A contraindicação da insulina, são os riscos na 
aplicação local, infecção ou cruzada, hematoma, e a 
hipoglicemia. 
DIABETE ALTERA: 
→ colágeno dos vasos, altera polimorfo nuclear (tem + 
risco de infecção), e – citocina inflamatória. 
→ O cara que tem diabete tem uma série de 
problemas odontológicos, onde tem mobilidade 
dentaria, tem mais risco de doença periodontal e 
progride de maneira mais agressivo. Atender o 
paciente diabético tem mais risco de infecção, 
cicatrização, e assim por diante, mas o inverso 
também é verdadeiro. Onde o cara é diabético e tem 
problema de gengiva e infecção em boca, o mesmo 
tem problemas em melhorar da diabete por conta da 
infecção da boca, e cai em um círculo vicioso. 
→ O paciente diabético tem contraindicação de 
utilização de medicamentos anti-inflamatórios pela 
metabolização renal. 
AULA 3 – DIABETES pt 2 
EXAMES LABORATORIAIS 
→ Glicemia em jejum (mínimo de 8h): 70-99mg/dl 
- 100 a 125 mg/dl: indicio de intolerância a glicose 
- > ou = 126mh/dl: diabetes 
→ Glicemia em horário aleatório: > ou = 200 mg/dl 
(com sintomas) 
→ Glicemia 2h após 75g de glicose: 
- normal: <140 
- Intolerância à glicose: > ou = 140/ < 200mg/dl 
- Diabetes: > ou = 200 mg/dl 
→ Hemoglobina glicada (A1c): normal (4-6%) 
MOSTROU UM CASO DE UM PACIENTE QUE na 
glicemia em jejum estava “não diabético”, isso indica 
que o paciente nos últimos dias conseguiu controlar a 
glicemia e o resultado ficou 96,2 mg/dl, mas no exame 
de hemoglobina glicada, que era pra dar até 6%, deu 
11,4%, ou seja, nos últimos 90-120 dias, que é o tempo 
que fica essa hemácia, o paciente ficou com a glicemia 
267. Então podemos ter situações em que no 
momento o paciente não está diabético, mas ele 
passou essa diabete e ficou diabético durante um 
grande período e isso é tão problemático quanto a 
glicemia em jejum aumentada. 
→ O prof acha que a hemoglobina glicada alta é até 
pior, porque as vezes o paciente teve uma infecção e 
fez a glicemia em jejum e ficou alta, mas nesse exame 
indicava nos últimos meses, ou seja, consegue ver se o 
paciente está realmente descompensado. 
THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI 
MANIFESTAÇÕES 
CLÍNICAS 
CLÁSSICAS – 
DIABETES: 
Hiperglicemia 
associada a: 
poliúria (urina 
aumentada); polidipsia (sede excessiva); polifagia 
(aumento do apetite); perda de peso (diabetes tipo I); 
cansaço fácil (diabetes tipo I) – pq não tem glicose 
onde precisa e acaba tendo falta de energia. 
CONSEQUÊNCIAS CLÍNICAS – DIABETES (PACIENTE 
DESCOMPENSADO) 
→ Infecções de repetição: dermatites, vulvovaginites; 
→ Incontinência urinária, enurese noturna em 
crianças; 
→ Insuficiência vascular periférica – é o que faz o 
diabético ter que fazer amputações, porque vai ter 
dificuldade de cicatrização e vascularização da 
periferia; 
→ Doença cardiovascular, acidentes vascular cerebral; 
→ Retinopatia – muitas vezes irreversível; 
→ Neuropatia periférica (começa a ter dormência), 
disfunção erétil; 
→ Letargia, cansaço, desânimo, etc. 
*a neuropatia associada com a vasculopatia muitas 
vezes vai fazer um problema grave que é a pessoa ficar 
com dificuldade de propriocepção, perda de 
sensibilidade periférica, a pessoa começa a necrosar 
tecidos, ter que amputar órgãos (começa com uma 
feridinha no pé que não cicatriza) 
TRATAMENTO MÉDICO 
→ Dieta e exercício – pro diabético tipo II, pro tipo I 
não adianta porque é insulino-dependente. 
→ Medicamentos: 
- Insulina – diabético tipo I (paciente toma insulina de 
ação prolongada de manhã e toma insulina de ação 
curta antes das refeições, qual a grande implicação do 
dentista? Se esse paciente tiver alteração da dieta ele 
vai ter alteração da glicemia, trazendo problemas para 
o paciente) (ex.: se você vai fazer uma extração 
simples de um dente que não vai alterar a dieta muitas 
vezes não vai ter implicações adicionais, claroque vão 
ter todas as implicações cirúrgicas – problema na 
cicatrização, maior risco de infecção, maior problema 
de sangramento -, mas se esse paciente vai realizar um 
procedimento que compromete a mastigação e vai 
comprometer a dieta, tenho que mandar uma carta 
pro medico para explicar que o procedimento vai fazer 
uma alteração na função mastigatória e uma alteração 
na dieta e as vezes vai ter que ser feita uma adaptação 
na forma de ingestão de insulina. 
- Hipoglicemiantes orais (Clorpropamida DIABINESE®; 
Glibenclamida – DAONIL®; Metformina – GLIFAGE®; 
Repaglinida – PRANDIN®; etc.) 
A diabetes gera problema bucal, o paciente vai ter 
muito mais risco de 
cárie, periodontopatia, 
cicatrização deficiente. 
Hoje tem protocolos 
que dizer que após uma 
rar em um paciente diabético descompensado deve-se 
fazer terapia antimicrobiana por 14 dias 
(amoxicilina+metronidazol). E a infecção na boca faz 
piorar a diabetes. Então é o caminha é inverso 
também, é uma via de mão dupla. 
→ A diabetes interfere: 
- Metabolismo de colágeno 
- Alterações de PMN – macrófago, neutrófilo... 
- < Citocinas – diminuição de respostas imunológicas 
específicas, ficando muito mais susceptível as 
infecções. 
O paciente diabético que tem periodontite, por 
exemplo, não consegue controlar de maneira correta a 
glicemia e isso acontece em função do aumento de 
mediadores inflamatórios na inflamação, que acontece 
na boca, e esses mediadores inflamatórios alteram o 
processo glicêmico, alteram a metabolização da glicose 
e a função da insulina. Toda infecção tende aumentar 
a glicemia, porque o organismo está combatendo uma 
infecção e aumenta a oferta de combustível no 
sangue, aumentando a glicemia no sangue porque 
precisa de mais energia para combater essa infecção. 
- Infecção metastática - o paciente diabético com 
alguma infecção bucal faz com que a sua diabetes 
piore significativamente, ele fica com mais risco de 
infecção metastática (a bactéria pode sair da boca e 
parar em outros tecidos fazendo infecção nesses 
tecidos) 
- > mediadores inflamatórios (IL, TNF, etc) alteram 
metabolismo glicêmico e lipídico – e isso faz com que a 
glicemia do paciente aumente. 
→ Quanto mais descompensado o paciente estiver, 
mais mobilidade, mais perda óssea e mais avançada 
fica a doença periodontal. 
→ Então quando você encontrar com um paciente 
diabético você tem que explicar que ele precisa tratar 
a gengiva e os dentes, primeiro porque tem que 
THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI 
manter o dente e segundo porque se ele ficar com o 
dente podre e com a gengiva sangrando vai piorar a 
glicemia dele. 
COMPLICAÇÕES ORAIS DO DM 
* Gengivite e doença periodontal – ou seja, tem que 
ter muito mais controle 
* Xerostomia – tem aspecto de desidratação – imagina 
o seguinte: tem mais glicose no sangue, tem menos 
atividade imunológica e tem xerostomia, com certeza 
tem mais risco de problema bucal 
* Aumento na incidência e severidade de cárie 
* Abscessos periapicais 
* Dificuldade de cicatrização – tem que fazer suturas 
mais oclusivas, tem que manter antibiótico por um 
período pós-operatório, em especial em extrações de 
dente quando fica com o alvéolo aberto 
* Infecções secundárias: candidíase 
* “Queimação” dos tecidos orais – xerostomia 
associada às deficiências imunológicas podem causar 
sensação de ardência na boca, língua despapilada 
* Sangramento aumentado – em especial quando está 
descompensado 
→ Muitas vezes dependendo do grau que o paciente 
está descompensado, vai ser indicada profilaxia 
antibiótica para os procedimentos mais comuns e 
muitas vezes profilaxia antibiótica no pós-operatório, 
que é algo incomum, mas nesse caso se justifica 
porque o paciente tem dificuldade de fazer 
cicatrização. 
Ex.: chegou um paciente diabético 
descompensadíssimo e precisa fazer uma rar, muitas 
vezes eu faria 1g de amoxicilina 1h antes da 
intervenção, faz a rar e mantém o antibiótico por um 
dia porque não extraiu dente. Agora se for fazer 
extrações de um paciente diabético que tem 
mobilidade faz a dose de ataque (1g 1h antes), faz as 
extrações e mantém o antibiótico por pelo menos 2 
dias. Isso vai varias de paciente para paciente e 
depende também do tipo de procedimento. 
COMPLICAÇÕES AGUDAS EM PACIENTES 
DIABÉTICOS: 
→ quando tem diminuição da glicemia, é 
HIPOGLICEMIA... 
→ quando tem aumento da glicemia, é 
HIPERGLICEMIA... 
 
 
HIPOGLICEMIA 
SINTOMAS SINAIS 
Fala mole/arrastada Salivação intensa 
Agitação Pele úmida 
Sonolência Tremores 
Dor de cabeça Sudorese 
Fome Taquicardia 
 Confusão 
 Coma 
HIPERGLICEMIA 
SINTOMAS SINAIS 
Poliúria Xerostomia 
Polidipsia Desidratação 
Perda de peso Hipotensão 
Nauseas/vômitos Taquicardia 
Dor abdominal Halito cetonico 
Visão embaçada Confusão 
 Sonolencia 
 Coma 
 
DIABETES – COMPLICAÇÕES AGUDAS: 
→ nas complicações agudas o paciente pode caminhar 
para um status de hipoglicemia (falta glicose no 
sangue) ou hiperglicemia (sobra glicose no sangue). 
→ A hipoglicemia é a falta de glicose no sangue, ou 
seja, falta glicemia no cérebro, e dependendo do tanto 
de glicose que falta no seu sangue e no cérebro, o seu 
cérebro começa a perder energia e isso faz com que 
você tenha uma depressão do SNC e pode desmaiar, 
vão ter várias síncopes que são hipoglicêmicas. A 
hipoglicemia é um quadro grave. 
→ Por outro lado, quando a pessoa está 
descompensada, entra em um quadro de 
hiperglicemia, o diabético é hiperglicêmico, só que se 
essa glicose ficar muito elevada, como 300 mg/dl, o 
paciente começa a entrar em um quadro chamado 
cetoacidose (a célula usa glicose pra produzir energia 
só que usa a glicose que está dentro dela, e quem 
pega a glicose e joga pra dentro da célula é a insulina, 
quando não tem glicose dentro da célula o 
metabolismo começa a metabolizar carboidrato pra 
produzir energia e é mais difícil, e aí quando começa a 
usar carboidrato pra produzir energia você começa a 
metabolizar ele e gera um quadro de cetoacidose) e aí 
não é só aumento da glicemia, o sangue fica ácido, e 
essa cetoacidose vai gerar entre outros fatores, como 
vai ter mais glicose no sangue, vai ter mais glicose na 
urina, e vai começar a ter poliúria, polidipsia, perda de 
peso.... que são os sintomas da hiperglicemia, da 
própria diabetes. 
→ Como trata um paciente hiperglicêmico? Insulina 
→ Como trata um paciente hipoglicêmico? Glicose 
THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI 
→ Se um paciente estiver com hipoglicemia e você der 
insulina, ele morre. 
→ Se tiver com hiperglicemia e você der glicose, ele 
pior a hiperglicemia. 
→ E muitas vezes os sinais e sintomas dos dois são 
confundidos, um dos sinais mais importantes para ver 
se é hipo ou hiper é que na hipo o paciente tem 
sialorreia (saliva muito, porque está faltando glicose) e 
na hiper geralmente tem xerostomia. 
→ OBS.: Por que tratar um paciente que tem 
hiperglicemia como um paciente hipo? Porque se der 
glicemia não vai fazer uma alteração muito grande e 
muitas vezes um paciente hiperglicêmico tem surtos 
de hipoglicemia porque toma hipoglicemiante, e se ele 
faz alguma alteração da dieta ele não vai receber o 
nutriente e vai gerar um quadro de hipoglicemia. 
→ OBSERVAÇÃO NA AULA: AVC é crônico, em um 
diabético acontece pela hiperglicemia, mas a 
hiperglicemia crônica, que vai gerando vasculopatia, 
alteração da formação de colágeno, o vaso vai ficando 
cada vez mais fino e menos elástico por conta do 
colágeno, e aí predispõe o paciente a um AVC. Não é a 
complicaçãoaguda que vai gerar um AVC em um 
diabético, e isso não é só o AVC, mas todas as 
complicações vasculares, como a perda do pé, 
retinopatia... 
→ Então no caso de dúvidas, sempre trate como se 
fosse hipoglicemia. A principal complicação do 
diabético é a hipoglicemia (porque toma 
hipoglicemiante) 
→ Essas complicações agudas acontecem quando a 
diabetes está muito avançada, provavelmente o 
paciente não toma medicamento e não se cuida: 
1. Síndrome hiperosmolar hiperglicêmica 
não-cetótica (SHHNC) – caracteriza-se por 
hiperglicemia intensa, variando de 600 – 2000 mg/dl, 
ausência ou pequena quantidade de cetonas, 
desidratação importante. 
- geralmente ocorre em idosos com DM II 
- não é comum 
- tratamento inclui hidratação e insulina em pequenas 
doses 
2. Cetoacidose diabética (CAD) – grave 
distúrbio dos metabolismos glicídicos, lipídicos e 
proteico. Ocorre em função da quantidade inadequada 
de insulina fazendo com que o organismo dependa da 
gordura para obtenção de energia, acarretando maior 
síntese de cetonas – o sangue fica ácido porque usou 
carboidrato, lipídio e proteína para a produção de 
energia, acaba fazendo com que o organismo dependa 
de gordura para a produção de energia, aumenta a 
síntese de cetona e isso faz com que o paciente tenha 
um quadro clinico muito grave, e se o paciente tiver 
arritmia e esse quadro, ele morre. 
- com frequência a glicemia esta maior 1250 mg/dl 
- o quadro clínico caracteriza-se por poliúria, polidipsia, 
hiperventilação, hálito cetonico, fadiga e desidratação 
- o tratamento é feito com insulina e reposição 
hidroeletrolítica 
HIPOGLICEMIA 
- Complicação mais comum no atendimento do 
paciente diabético, contudo pode ocorrer também 
com pacientes “normais”. 
- Ocorre quando a glicemia está abaixo de 40-50 
mg/dl. 
- Pode ocorrer também em pacientes normais, por 
conta de dieta, jejum, entre outros. 
- administrar bebida açucara – paciente consciente. 
- CASO CLÍNICO: a 
hemoglobina glicada 
estava 6,96% e a glicemia 
em jejum estava 235, ou 
seja, estava 
descompensado. Ao 
avaliar a boca do paciente ele se encontrava na 
situação da foto, e ele pode estar descompensado pelo 
fato de ter uma infecção na boca, então tem que fazer 
o procedimento. Nesse caso foi feito: 1g de amoxicilina 
1h antes, fez as extrações, manteve antibiótico por 1 
semana porque é um momento crítico de cicatrização. 
Então não tem essa de não atender diabético, tem que 
atender, só tem que definir se é ASA 1, 2, 3 ou 4. 
→ Quando considero um paciente 
descompensado? Quando está com a glicemia em 
jejum acima de 125 ou a glicada acima de 6%. 
→ Não tem um protocolo para atendimento 
estabelecido, tem que ter bom senso. Um paciente 
com glicemia em jejum de 170 posso dar antibiótico 1 
ou 2 dias após o procedimento, agora um paciente que 
está acima de 200 eu tenho que dar por mais tempo. 
Clorexidina é muito importante usar após os 
procedimentos. 
CONDUTA DE ATENDIMENTO 
→ Anamnese dirigida – é muito importante saber 
qual é a diabetes, qual o tipo de diabetes, como é feito 
THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI 
o controle, se tem o aparelho de medida de glicose, 
tem aferição em jejum, tem exame recente 
→ Cuidados com alimentação (evitar variações da 
glicemia) – não é obrigação nossa mas é nossa 
obrigação como profissional que vai alterar a potencia 
mastigatória do paciente, orientar o paciente com 
relação a isso e em alguns casos mandar carta de 
encaminhamento (encaminho o paciente para 
orientação nutricional porque será ferio a extração de 
vários dentes, alterando o padrão mastigatório e 
podendo alterar a dieta...) 
→ Redução do estresse – o estresse pode aumentar 
a glicemia 
→ Anestesia local* - alguns autores não indicam a 
epinefrina para diabético, porque o diabético, em 
especial o descompensado, também vai ter mais risco 
de doença cardiovascular por conta da 
cardiovasculopatia, mas principalmente pelo risco de 
necrose porque vai ter deficiência de cicatrização, 
deficiência de vascularização em periferia, na prática 
podemos usar anestésico em paciente 
descompensado, mesmo com epinefrina, restringindo 
numero de tubetes: 0,04mg por sessão. 
→ Analgésicos e antiinflamatórios 
- Optar por Dipirona/ Paracetamol e Corticoesteróides 
(dose única) (embora o corticóide classicamente possa 
gerar diabetes, mas a dose única praticamente não 
altera a glicemia, não posso fazer repetições de 
corticóide, porque além do corticóide poder aumentar 
a glicemia, o paciente diabético é imunologicamente 
fraco e se der corticóide pode baixar a imunidade 
dele), Salicilatos e AINEs apresentam alto grau de 
ligação com as proteínas plasmáticas, competindo com 
hipoglicemiantes (glibecamida) (tomar muito cuidado 
com AINEs para pacientes diabéticos, principalmente 
para os que usam hipoglicemiantes orais, que tem uma 
alta taxa de ligação de proteína plasmática e os AINEs 
podem deslocar o hipoglicemiante, tendo mais 
hipoglicemiante livre, fazendo mais efeito, podendo 
gerar quadros de hipoglicemia. Sem contar que 
sobrecarrega rim, e o paciente com diabetes tem 
grande risco de desenvolver insuficiência renal por 
conta da vasculopatia), então não receitem AINEs para 
pacientes diabéticos. 
→ Uso de antibióticos: 
- Avaliar risco/beneficio de profilaxia – diabético 
descompensado tem que fazer profilaxia antibiótica 
(não é para risco de endocardite) (faz dose de ataque 
pré-operatório e manutenção – que varia do grau 
glicêmico e do grau da cirurgia) 
- Antibioticoterapia agressiva* - em um paciente 
normal com abscesso, por exemplo, você receita só 
amoxicilina, em um paciente com diabetes você 
receita amoxicilina+metronidazol, porque as infecções 
no diabético são difíceis de tratar e podem evoluir 
intensamente. Então antibiótico terapia em diabético é 
sempre de maneira agressiva, então infecção leve 
posso tratar só com amoxicilina, infecção moderada 
faço amoxicilina com metronidazol, se for muito grave 
as vezes já entra com clindamicina ou interna o 
paciente. 
AULA 4 – HIPO E HIPERTIREOIDISMO 
TIREÓIDE: 
- Tireóide é uma glândula que 
fica na frente da traquéia, tem 
dois lobos laterais e um lobo 
central. 
→ Os tumores da tireóide são muito comuns, ainda 
mais em mulheres, isso é em função de hormônio, de 
medicação, em especial medicamentos para 
emagrecer que geram hipotireoidismo, e os chamados 
nódulos da tireóide. 
→ Nem todas as cirurgias da tireóide tiram toda ela, 
algumas tiram só um lobo. 
→ Essa glândula produz 3 grandes hormônios: 
* Tiroxina (T4) – metabolismo de carboidratos, 
proteínas e lipídios, oferta de oxigênio 
* Triiodotironina (T3) – potencializa a ação de outros 
hormônios (catecolaminas e hormônio do 
crescimento) 
* Calcitonina – regulação de cálcio e fósforo 
→ T3 e T4 são hormônios essenciais pra vida, que 
estão relacionados ao metabolismo de quase tudo. 
Eles funcionam como catalizadores de proteínas 
enzimáticas. 
→ deficiência desses hormônios = hipotireoidismo 
→ excesso desses hormônios = hipertireoidismo. 
→ Quando não tem os hormônios de maneira 
adequada isso trás um problema serio na formação do 
bebê e em especial logo depois do bebê nascer, 
podendo gerar demência e má formação fetal (o teste 
do pezinho dosa t4 do bebê logo depois que ele 
nasceu, porque se tiver deficiência do t4 já começa a 
reposição). 
REGULAÇÃO DA TIREÓIDE: 
- Dentro do nosso cérebro temos outras duas 
glândulas importantes, o estresse e a demanda 
THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI 
metabólica 
fazem com que 
essa área do 
cérebro,especialmente 
onde temos o 
hipotálamo e a 
hipófise, seja 
estimulada. 
→ Ex.: você está fazendo exercício e isso faz com o 
hipotálamo gere um hormônio TRH e mande esse 
hormônio para a hipófise pelo sistema porta-
hipofisário (eu não vejo isso no sangue), a hipófise 
quando recebe o TRH vai produzir TSH e jogar o TSH na 
corrente sanguínea, quando ele chegar na tireóide, 
através da corrente sanguínea, estimula a tireóide a 
produzir t4, t3 e calcitonina. O que acontece é que ele 
tem o sistema de retroalimentação negativa, que 
quando eu fico com muito t3 e t4 no sangue esses 
hormônios chegam no cérebro e fazem um feedback -, 
diminuindo a produção de TRH e TSH e diminuindo 
depois a produção de t3 e t4. Relembrando: tenho um 
hormônio chamado TRH, que está só no cérebro e faz 
a comunicação entre o hipotálamo e a hipófise, tenho 
a hipófise produzindo um hormônio chamado TSH, que 
vai direto pra tireóide, e a tireóide quando encontra o 
TSH aumenta a produção de t3, t4 e calcitonina. 
- O que acontece quando toma um remédio que tem 
hormônio da tireóide? A concentração do t4 vai 
aumentar e seu organismo vai entender que tem 
muito t4 e vai parar de produzir TRH, 
consequentemente vai diminuir a produção do TSH, 
diminuindo a liberação endógena do hormônio da 
tireóide. E mexer em hormônio vai estar mexendo em 
um equilíbrio muito sutil do corpo, podendo gerar um 
quadro de falência da tireóide, porque ela entende 
que esta tendo muito hormônio e para de produzir, 
podendo ter falência do sistema hipófise-hipotálamo-
tireóide. 
DISTÚRBIOS DA TIREÓIDE – DOENÇAS DA 
TIREÓIDE 
- Se tiver deficiência de iodo não produz hormônio da 
tireóide 
* Bócio: hipertrofia da tireóide – nem sempre o 
aumento é funcional, não significa necessariamente 
que com o aumento da tireóide aumenta a produção 
de hormônio 
* Tireoidites: inflamação da tireóide (Tireoidite de 
Hashimoto, mais comum – está relacionada à infecção 
viral, geralmente uma gripe ou algo assim) 
* Tumores da tireóide: benignos (adenomas) ou 
malignos (carcinomas) – câncer, cisto... 
→ O que faz a diferença de uma doença para a outra é 
se a tireóide está trabalhando muito ou está 
trabalhando pouco, normalmente os bócios não são 
reversíveis, não voltam, se faz uma cirurgia para tirar a 
tireóide. A tireoidite entra com antibiótico para tratar 
a inflamação da tireóide. E os tumores fazem 
acompanhamento clínico e em alguns casos remove a 
tireóide. Quando remove a tireóide vai ter que fazer 
um tratamento de terapia de reposição (synthroid, 
puran T4) 
DISTÚRBIOS DA TIREÓIDE: 
 
→ HIPOTIREOIDISMO: 
- deficiência de iodo 
- tireoidite crônica (doença de Hashimoto) 
- uso de hormônios tireoidianos 
- iodo radioativo 
- radioterapia 
→ HIPERTIREOIDISMO: 
Primário: doença de Graves, bócio toxico multilocular 
Secundário: tireioidite subaguda e aumento de TSH. 
*uso de hormônios tireoidianos – é o mais comum na 
nossa região, se toma para emagrecer pois estimula a 
produção de endógeno e gera um quadro de 
THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI 
hipoglicemia 
*quando se tem hipertireoidismo trata gerando um 
quadro de hipotireoidismo, em que o paciente faz o 
uso do chamado iodo radioativo ou faz radioterapia na 
região, e isso seca e para a função da tireóide, e a 
pessoa entra em um quadro de hipotireoidismo. 
*é hipertireoidismo secundário quando a doença não 
está necessariamente relacionada com a tireóide, mas 
há tumores no curso desses hormônios (tumor na 
hipófise, tumor cerebral, tumor no hipotálamo) 
HIPOTIREOIDISMO 
- É o mais comum. 
→ Faz o teste do pezinho para 
descobrir logo na infância. 
→ Tem características bem 
marcantes, geralmente é em 
mulheres. A pessoa vai ter cansaço 
fácil, unha quebradiça, pele 
ressecada, cabelo fica quebradiço e 
caindo, ganha peso, tem dor 
abdominal, inchaço abdominal, 
infertilidade, parestesia, queda de 
pelo, perca de pelo de sobrancelha, 
braquicardia, pele fria e áspera, cor 
amarelada, inchaço palpebral, 
macroglossia, hemorragia menstrual. Mas em especial: 
aumento de peso e voz rouca. Sente muito frio. 
→ Mixedema – em quadros graves 
→ Fica com a cara inchada além de ganhar peso. 
“Frequentemente o evento precipitante do coma 
mixedematoso é uma infecção oculta ou declarada.” 
Esse coma mixedematoso é a complicação aguda, não 
vai acontecer de uma hora pra outra, vai acontecer em 
especial com pacientes que não tem o diagnostico do 
hipotireoidismo e as vezes estão com um tumor 
cerebral que parou a produção da tireóide. Isso pode 
ser desencadeado por uma infecção. 
Sobre o hipotireoidismo: 
→ Diagnóstico: dosagem de TSH (↑ou normal) e 
T4 (↓) – ou seja, o hipotálamo está mandando 
hormônio para produzir a tireóide, t4, e mesmo assim 
o organismo está com quantidade de t4 baixa. 
→ Tratamento: terapia de reposição da tireóide 
Dose variada: 25 até 250µg (avaliar o grau de 
comprometimento/ reposição) 
 L-tiroxina (T4) Puran T4® Synthroid® 
*esse medicamento é feito pela manhã e em jejum 
*quanto mais insuficiente está o hormônio mais 
hormônio tem que tomar 
*Se a pessoa está tomando remédio e não tem 
sintomas se chama: normo-tireóide 
*Como avaliar: O que tem? Hipotireoidismo. Toma 
algum remédio? Sim, Puran t4 250µg. Tem aumento 
de peso? Não. Queda de cabelo? Não. Perdeu pelo da 
sobrancelha? Não. Unha quebradiça? Não. Pele 
ressecada? Não. Então está compensado, é normo-
tireóide. Outra coisa é falar que toma 25µg e ter 
aumento de peso, por exemplo, isso indica que o 
paciente está tendo algum problema. 
→ Achados bucais – lembrando que t4 é um 
hormônio que faz o metabolismo e tudo que está 
relacionado ao metabolismo vai estar mais baixo 
- Retardo na erupção dental 
- Reparo ósseo deficiente 
- Baixo tônus muscular 
- Protrusão de língua 
→ Implicações clínicas: 
- Tratamento agressivo as infecções – lembra que 
esse paciente tem deficiência de metabolismo, então 
para montar a resposta de reparo de tecido vai ter 
muito mais deficiência 
- Resposta exagerada aos depressores de SNC – 
tem que cuidar muito com depressores do SNC. Uma 
grande contra-indicação do uso de benzodiazepínicos 
é se o cara tem depressão do SNC, ou seja, 
hipotireoidismo é uma grande contra-indicação. 
Observa em especial com braquicardia 
- “Coma” Mixedematoso – é um quadro agudo do 
hipotireoidismo que pode levar o paciente a óbito 
HIPERTIREOIDISMO 
- Exofiltamia: olho clássico de um paciente com 
hipertireoidismo. Isso acontece em função do excesso 
dos hormônios da tireóide. No hipertireodismo o 
paciente vai comer muito e não vai engordar. Tem 
crise de ansiedade, arritmia cardíaca. 
*O hipotireoidismo é confundido com depressão e o 
hipertireoidismo é confundido com ansiedade 
→ Conceitos: 
* Hipertireoidismo: > (excesso) T3 e T4 devido à 
hiperfunção da própria glândula 
* Tireotoxicose: qualquer > hormônios tireoidianos 
- pode ser produzido pela tireóide ou não 
- pode ser de origem exógena (medicação) ou 
endógena 
*pode acontecer porque a tireóide está com problema 
THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI 
ou porque sistema hipófise-hipotálamo está com 
algum desvio e está produzindo, por exemplo, muito 
tsh e trh (um tumor no cérebro pode gerar um quadro 
de hipertireoidismo) 
→ Ginecomastia: 
característica de 
hipertireoidismo em 
homens. Presença de 
mama no homem e não 
some, somente com 
cirurgia. 
→ Os sintomas mais frequentes são: nervosismo, 
intolerância ao calor, tremores, perda de peso, 
palpitações cardíacas, fraqueza muscular e fadiga. 
Sente muito calor.*Não precisa saber tudo, saber que faz alteração em 
vários sistemas, como cardiovasculas, gastrointestinal, 
olhos, geniturinário e pele. 
→Tratamento médico 
* Diagnóstico: 
- dosagens hormonais do T3, T4 e TSH – zera a 
tireóide, para o hormônio da tireóide com cirurgia ou 
outra coisa e trata como hipotireoidismo 
- teste de estimulo em TRH 
- cintilografia e mapeamento tereoidiano (iodo 131 ou 
tecnécio 99) 
→ Tratamento: 
* Medicamentoso: 
- Beta-bloqueadores – propanolol (sintomático) 
- Tiouréias: Propiltiuracil e Metimazol – normalmente 
não funciona e aí faz essas outras duas: 
* Radioiodoterapia 
* Cirurgia 
- Com a radioiodoterapia e a cirurgia o paciente entra 
em um quadro de hipotireoidismo e tem que fazer o 
controle com medicamento. 
→ Achados bucais: 
* Cáries e periodontopatias 
* Esfoliação e erupção dental precoce* - inverso do 
hipo 
→ Implicações clínicas: 
* Osteoporose, fibrilação atrial, hipertensão e ICC 
* “Crise tireotóxica” – todos os sintomas do 
hipertireoidismo de uma vez 
O grande problema são as conseqüências: vai ter 
arritmia, vai fica mais nervoso, vai poder ter fibrilação 
e tem o inverso do coma mixedematoso, que é a crise 
tireotóxica 
→ TRATAMENTO AGRESSIVO AS 
INFECÇÕES: 
- Cuidado com aminas simpatomiméticas – não indica 
adrenalina para este tipo de paciente. O anestésico é 
sem vaso ou prilocaína com felipressina. Em casos 
extremos não está recomendado tratamento 
odontológico. 
DISTÚRBIOS DA TIREÓIDE 
Cuidados gerais no tratamento 
odontológico 
→ Identificação da doença primaria - toma puran? Por 
que? Por que teve isso? Fez remoção da tireóide? Fez 
tratamento? Tem que saber tudo 
→Identificação da função tireoidiana (hipo ou hiper) – 
toda doença da tireóide caminha ou pro hipo ou pro 
hipertireoidismo, tem que saber qual – na maioria das 
vezes as doenças da tireóide são hipo 
→ Avaliação dos sinais vitais e sintomatologias – muito 
importante 
→ Grau de comprometimento da doença/ categoria 
de risco para atendimento – se está com sintoma ou 
não, é risco alto ou baixo 
→ Emergências: mixedema (hipo); crise tireotóxica 
(hiper) – as duas condições vão gerar os sintomas da 
hipo e da hiper de maneira exacerbada 
→ Prevenção e tratamento agressivo de infecções – 
tanto a criste tireotóxica quanto o mixedema podem 
ser desencadeados por infecções. O paciente pode 
estar controlado na tireóide mas teve um abscesso e 
isso alterou a produção dos hormônios dele. 
AULA 5 – GESTANTES 
→ Mudanças pessoais – responsabilidades, a vida 
não é só sua. 
→ Mudanças sociais/profissionais – tem 
preferência em quase tudo. Legislação para gestação – 
licença maternidade. 
→ Alterações fisiológicas – vamos discutir essa parte 
aqui na aula. 
THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI 
Gestação é um momento fisiológico, não é uma 
patologia. No ser humano gira em torno de 9 meses, 
40 até 42 semanas. Mas existem peculiaridades – 7/8 
meses pode entrar em trabalho de parto. Algumas 
coisas podem interferir e uma coisa que é fisiológica 
pode vir com alguns problemas. 
MUDANÇAS FISIOLÓGICAS DURANTE A 
GESTAÇÃO: 
→ Alterações funcionais no trato gastro-intestinal 
causam retardo no esvaziamento gástrico, 
indigestão, náusea, vomito. Alterações que 
acontecem por causa dos hormônios, no começo da 
gestação por ex, a mulher tem muito sono, tem 
alterações de humor etc. Depois de um tempo, 
começa a comprimir os órgãos abdominais, diminui a 
drenagem do sangue ... 
* trato gastro-intestinal: causa retardo, pressiona o 
estomago e ele não esvazia de maneira rápida, tem 
muito desconforto gástrico, fica empazinada com 
facilidade etc. Associa isso, barriga enorme perto de 
vários órgãos, compressão da bexiga. 
→ Em torno da vigésima semana de gravidez, um 
aumento de aproximadamente 40% no volume de 
sangue é verificado = Vigésima semana é tipo o 
meio. No começo da gravidez as alterações são 
principalmente hormonais, alterações em função de 
sono, estresse, fome etc MAGIORITARIAMENTE 
hormonais. Meio da gestação é mais as alterações 
físicas, ai na vigésima semana aumenta o volume de 
sangue. O que acontece se eu tenho um aumento 
do volume de sangue sem aumentar o corpo 
nessa proporção? Aumenta a pressão arterial. 
TODA GESTANTE tende a ter hipertensão. Em caso 
mais graves pode trazer problemas para o feto = 
Eclapse. ALÉM DISSO: 
* Aumento da atividade hepática – indução 
enzimática, o que acontece se eu tenho aumento da 
atividade hepática - Vai ter metabolização e excreção 
mais rápida. 
- as vezes uma droga que teríamos bons resultados 
com a posologia tradicional na gestação a gravida está 
com o metabolismo acelerado e isso é bom por que se 
não ela estaria comendo pra caramba e engordar mais 
do que já engorda. 
* Metabolização e excreção mais rápidas. 
* Volume alterado da taxa de filtração glomerular. 
Aumenta metabolização, aumenta excreção e vai 
aumentar a taxa de filtração glomerular. Por que 
aumenta volume de sangue, aumenta metabolismo e 
passa mais sangue para o rim. 
→ Em alguns casos esse aumento de fluxo sanguineo 
pode trazer a hipertensão; 
→ Aumento da atividade hepática pode trazer perda 
de efetividade de alguns medicamentos; 
→ Aumento da taxa de filtração glomerular pode fazer 
com que algumas drogas sejam excretadas mais 
rápidas e pode trazer complicações. 
→ Nesse caso é uma hipertensão secundária – 
gestacional. Depois que tem o bebê GERALMENTE 
sessa. 
→ O problema seria uma gestante que está com dor 
de dente, precisa de anestesia e tem a pressão alta. 
Essas são condições que temos de tomar cuidado. Não 
se observa em todas as gestantes hipertensão. A 
gestante tem mais sangue. Então mulher mais velha 
tende a ter mais hipertensão durante a gestação. 
→ Drogas lipossolúveis e de baixo peso molecular 
– chega ao feto. Existem medicamentos que passam 
pouco a barreira placentária, então não faz tanta 
diferença – MÉDICO QUE DECIDE. 
→ Aborto – coagulação mesmo que pequena 
pode causar, não usar anticoagulante. 
GRAVIDEZ NA ODONTOLOGIA: 
- TALIDOMIDA – causa má formação fetal 
→ Existe relação direta entre as condições bucais e 
implicações na gravidez. Existem vários trabalhos que 
afirmam que gestante com doença periodontal está 
mais suscetível a ter parto prematuro. E a gestante 
muitas vezes para de fazer o cuidado odontológico. 
Nisso temos várias doenças que é associado a 
gravidez, como o granuloma gravidico, que está 
ASSOCIADO A GESTAÇÃO, em função de uma alteração 
de colágeno, uma alteração hormonal mas também 
tem relação com higiene. 
→ Sempre que possível o tratamento invasivo não 
emergencial deve ser adiado para depois do 
nascimento da criança. 
TRATAMENTO ELETIVOS – feitos depois do 
nascimento da criança. Não tem por que fazer uma 
cirurgia de siso incluso em gestante. Implante, lente de 
contato, iniciar tratamento ortodôntico. Harmonização 
orofacial. 
OBVIO – um dente com lesão periapical, com infecção 
etc – tem que fazer. 
THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI 
Urgências devem ser solucionadas prontamente em 
qualquer época. 
→ Mães que fumam – crianças nascem mais 
propensas a ter asma, bronquite, série de doenças 
respiratórias, 
→ Mãe viciada em crack – a criança nasce com 
síndrome de abstinência. Primeiro que ela nasce 
desnutrida, parto prematuro e com todas as 
características de um viciado em crack – tremor, 
fotofobia etc 
1º trimestre critico – fase de organogênese, 
formação dos tecidos. Nesse momento pode ter fenda 
palatina, teratrogenese. 
2º trimestre – melhor época para atender a gestante. 
3ºao 6º mês é o MAIS tranquilo 
3º trimestre critico – risco de parto prematuro. 
Se a gestante estiver com dor de dente perto de ter o 
parto, tem que atender. Dor contribui para o parto 
prematuro. 
CUIDADOS NO TRATAMENTO 
ODONTOLÓGICO: 
Tempo e posição de atendimento; Prescrição 
medicamentosa; Utilização de raios X 
→ A maioria dos medicamentos usados na odontologia 
é indicado para gestante. 
→ A maioria dos que utilizamos pode ser usado em 
gestantes: amoxicilina, lidocaína, metronidazol 
→ Antiinflamatorio (de maneira geral) deve ser 
evitado em gestante e dipirona (a primeira escolha 
aqui seria o paracetamol) 
Tempo e posição de atendimento 
* Sessões curtas: Evitar cansaço, estresse; São 
sessões mais rápidas, no caso mais “gambiarras”, 
depois da gestação faz o procedimento mais 
demorado 
* Posição: 45º, Semi-sentada ou decúbito lateral. 
Evitar decúbito dorsal. Se colocar deitada vai ser de 
lado, nunca de barriga para cima. Nunca deitada e em 
posição supina. No começo da gestação não tem muita 
implicação, mas no final da gestação causa dificuldade 
respiratória. 
Prescrição medicamentosa 
→ A gravidez e a lactação podem ser consideradas 
como as únicas em que dois organismos diferentes 
(mãe e feto) são expostos a mesma droga 
Então é uma situação – diferente no raio x, no bucal 
não vai raio x no feto!!!!!!!!! – quando você anestesia 
a mãe, prescreve o paracetamol etc, está indo para o 
feto. 
→ Vantagens/riscos – qualquer medicamento tem 
que cair nessa questão. 
→ Relação entre médico e dentista – em especial 
em gestações de risco. 
- TIPO X – isotretinoína, exame de fígado, exame de 
gestação. Talidomida – é do tipo X. 
Anestésico local em gestante: 
Anestesicos locais com vasconstritores podem ser 
seguramente administrados em gravidas e 
lactantes. Tem problema usar vasoconstritor em 
gestante hipertensa? Se fizer intravascular sim. 
Aspiração previa: reduzir risco de injeção IV. 
Beneficios do uso de AL+VC justificam o seu uso 
DE MANEIRA GERAL, É CONTRAINDICADO!!!!! 
Usar com precaução: PRILOCAINA COM 
FELIPRESSINA – felipressina é proibida em alguns 
países 
Prilocaina: risco de metemoglobinemia – 
mepivacaina também tem. 
Felipressina: potencial ação de contração da 
musculatura lisa uterina – pode induzir parto 
prematuro e aborto, temos que usar com muita 
cautela 
Gestante hipertensa dependendo do grau não deve 
ser atendida – caso necessário 
ANESTÉSICO DE ESCOLHA: 
Lidocaina 2% com epinefrina 1:100.000 ou 
(1:200.00) 
- Se for procedimento que exige hemostasia 1:100.000 
e se não existe hemostasia 1:200.000 
Utilizamos o mesmo cuidado que o do cardiopata, 
THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI 
0,04mg por sessão de epinefrina, 2 tubetes se for 
1:100.000 e 4 tubetes se for 1:200.000. 
É muito pior a adrenalina do estresse do que a do 
tubete. 
Gravidas com hipertensão não controlada – ela 
pode estar como ASA 2, mas o bebe está em ASA 
4. 
Avaliar risco/benefício do atendimento 
ambulatorial ou hospitalar, em conjunto com o 
médico. 
Opções anestésicas: EM URGÊNCIAS 
→ Prilocaina 3% com felipressina 0,03 UI 
→ Mepivacaina sem vasoconstritor –ALCIDES prefere 
essa 
PRESCRIÇÃO – GESTANTES 
Analgesicos e antiinflamatorios 
→ Ordem de escolha: paracetamol e dipirona* - na 
pratica perguntamos se a gestante já tomou dipirona, 
se ela tomou e não teve problemas, prescreve dipirona 
em posologia normal, sempre a menor dose possível, 
temos que lembrar que o metabolismo dela está 
maior. AQUI a primeira escolha é o paracetamol. 
→ Corticosteroides dose única – não tem 
implicações maiores, se for corticoterapia, criança 
nasce com baixo peso, pode dar má formação fetal 
etc. 
→ AINEs e salicilatos devem ser evitados – não usa 
ibuprofeno por que é considerado AINE!!! Mas deve 
ser discutido com o médico. 
ANTIBIOTICOS 
Ordem de escolha: 
→ INFECÇÕES LEVES E MODERADAS: Penicilinas 
(amoxicilina ou penicilina V); eritromicinas (estearato) 
→ INFECÇÕES GRAVES: Amoxicilina + clavulanato de 
potássio; amoxicilina + metronidazol; clindamicina e 
azitromicina (alérgicos) 
MESMA POSOLOGIA QUE O PADRÃO!!!! 
Eritromicina não usa quase mais. Não prescreve na 
PRÁTICA. 
Ele falou da prescrição de flúor – capsula de flúor, 
comprimido. Causa fluorose aqui! Quadros severos 
normalmente foi por que a mãe tomou flúor durante a 
gestação. 
Utilização de raios X 
→ Evitar exposições desnecessárias 
→ Proteção de chumbo 
→ A tomada radiográfica em odontologia 
Para 1% dos fetos apresentem algum problema é 
necessário receber uma quantidade de radiação 
equivalente à: 
6 tomografias pélvicas 
15 mil radiografias de tórax 
500 mil periapicais 
Evitamos pra não falarem que a culpa é dos raio x 
odontológicos. 
LACTANTES 
- A mãe que está amamentando, a maioria dos 
medicamentos são excretados pelo leite, e ao ser 
excretado, o bebê toma o medicamento e pode causar 
algum tipo de complicação. Então temos que levar em 
consideração as lactantes e os lactentes. 
 
AULA 6 – PACIENTES ONCOLÓGICOS 
- o conceito de saúde é amplo! → ninguém é 
totalmente saudável, tem que ver os pontos físicos e 
mentais. 
- câncer é algo próprio, há doenças infecciosas que 
predispõe o câncer, mas ninguém pega o câncer do 
outro. O câncer é algo seu, é genético 
DIAGNÓSTICO: 
- 
 
 
 
 
 
Anamnese 
Exames 
Clínicos 
Exames 
Radiográficos 
Exames 
Laboratoriais 
THAINA NOGUEIRA; THAINARA STEFANELLI 
→ MUITAS vezes conseguimos diagnosticar só com 
exame clínico. O câncer tem uma anamnese bem 
característica. 
→ NÓS fazemos biópsia incisional, quem faz excisão é 
o oncologista. 
- BIÓPSIA = PADRÃO ouro! 
- diagnóstico = exercício de probabilidade (elenca uma 
série de hipóteses) 
- Temos que ter certeza pra dizer p/ o paciente que ele 
está com câncer. Não deve-se mutilar o tecido sem ter 
certeza do que está fazendo. 
- CANCER VEM DO GREGO KARKINOS = caranguejo, 
pois ia formando garra igual caranguejo! 
→ CASO CLÍNICO DA 
FACUL: 
* paciente chegou com lesão 
no palato mole. Ulcerada, 
edemaciada... 
- ver se fuma, bebe...a lesão 
em si não dói, mas pode 
começar a morder a lesão, 
comprime tecido... começa a incomodar. 
- MAAAS, foi ver que a paciente usava prótese e era 
lesão traumática 
- BOA AVALIAÇÃO CLÍNICA É E S S E N C I A L. 
- tirou o trauma e não regrediu? OBSERVAR. 
- coletar o máximo de história clínica, avaliação, testes 
terapêuticos, testes histopatológicos, etc. 
→ PACIENTE – sexo 
masculino, 50 anos, 
trabalhador rural, 
fumante... 
- tem a lesão faz tempo 
- nunca doeu 
- aumentou bem pouco de tamanho 
* lesão com margem indefinida, ulcerada... → displasia 
ou câncer. 
CÂNCER: 
- etimologia: grego karkinos (caranguejo) 
- atualmente, o câncer é o nome geral dado a um 
conjunto de mais de 100 doenças, que tem em comum 
o crescimento desordenado de células, que tendem a 
invadir tecidos e órgãos vizinhos (INCA). 
- o câncer se caracteriza pela perda do controle da 
divisão celular e pela capacidade de invadir outras 
estruturas orgânicas. 
→ CARCINOMA = epitelial 
→ MELANOMA = melanócitos 
→ LINFOMA = vasos linfáticos 
→ LEUCEMIA = sanguíneo 
- O QUE TEM EM COMUM?? Crescimento 
desordenado de células, que tende a invadir tecido do 
órgão vizinho. 
- por que uma pessoa morre de câncer?? Falta de 
nutrientes. 
- nós todos temos alguma célula tumoral, mas 
geralmente ela não sobrevive ou não consegue se 
multiplicar, fica parada ou outras células ocupam o 
lugar dela. MAS em algum momento pode alterar 
alguma célula, que começa a aumentar de tamanho...

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