Buscar

PROCESSO DO TRABALHO (2)

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

PROCESSO DO TRABALHO- 1° AULA- 08/08
Vocês já tiveram direito do trabalho semestre passado então vejam só, aqui nas nossas aulas vamos precisar mais até do processo civil do que do direito do trabalho propriamente dito, mas de resto, vamos estudar a prática trabalhista, tanto da teoria trabalhista quanto da prática. Para você chegar hoje em processo do trabalho e para a gente conseguir aproveitar a aula, claro que eu não vou dar aula aqui de novo de conhecimento, de execução nem de procedimentos especiais porque vocês já tiveram isso, então isso que vocês já tiveram e agora mós vamos aprender como se aplica no mundo do trabalho. Então o nosso objetivo aqui é entender como é o processo civil dentro do processo do trabalho, o meu objetivo é alinhar o mundo aí fora da advocacia com essa teoria.
O que é processo?
Nós temos o Direito Penal, Civil, Constitucional e Trabalho, nós podemos afirmar que isso é um direito material, matéria? Ou é direito adjetivo? 
É matéria, é substantivo, é o direito material da substancia, então veja para você conseguir aplicar a técnica que está escrita lá no código civil você precisa de um processo, você precisa do processo civil. Gente quebre todo preconceito de vocês quando se fala assim você tem todos os ingredientes para fazer o bolo, ok, mas como é que você vai fazer esse bolo? Precisa de um processo para fazer esse bolo, não adianta você ter a substancia, a matéria do bolo se você não souber o processo para fazer o bolo. Aqui é a mesma coisa, não adianta você saber a matéria de direito civil e não souber manusear a técnica para aplicar aquilo em um caso de alguém por exemplo com problema de despejo ou alimentos e você não souber aplicar aquilo, eu preciso mentalizar o direito civil.
	Penal, você sabe o direito penal, ok, tiro, porrada e bomba, mas você vai precisar o que? Mentalizar ele na pratica e vai precisar de um processo, se você não souber que você tem que colocar o fermento no bolo não vai crescer, se você não souber a hora de apresentar o recurso, a hora de intervir no processo, se você não souber as técnicas não vai servir de nada o direito material a matéria, precisa instrumentalizar.
Direito Constitucional a mesma coisa e obviamente trabalho, então trabalho tem toda matéria de trabalho, exemplo, você trabalhava de 8 até 20 horas você tinha 12 horas de trabalho e a Constituição diz que só pode trabalhar 8 horas por dia e eu faço como doutor? Você vai precisar de um processo para instrumentalizar o direito que aquela pessoa tem dentro da CLT ou da CF. Então vejam só para dirigir um carro, você vai precisar de um processo, vamos supor que você esta fazendo o exame do DETRAN para dirigir um veículo, qual processo que a gente precisa, o que é necessário? Primeira coisa cumprir a aula teórica, agora estou no carro o que tenho que fazer? Coloca o cinto, ajusta retrovisor, deixo no ponto morto, ligo o carro. É todo um processo para ligar o carro, porque se você não souber pode até matar alguém.
Lá no processo penal existe o perdão penal, mas até para isso você precisa de um processo para conceder esse perdão. E o direito do trabalho não é diferente, só que diferente do ser humano, o direito do trabalho e os direitos nós vamos ter um olhar cientifico e não um olhar apaixonado, porque nós vamos utilizar a ciência do direito, vamos usar a técnica e já esta escrita essa técnica em algum lugar que é na CLT e em outras legislações que nós vamos estudar aqui que é o Código de Processo Civil, então a técnica já está escrita assim como tem o código que é a parte teórica, aqui a técnica também estará em algum lugar a gente só precisa entender essa técnica para aplicar.
Quem é o direito material e quem é o direito processual?
Esse caminhão está carregando um monte de mercadoria, eu poderia afirmar que esse caminhão aqui , as duas figuras que vamos nos concentrar é a carga do caminhão e o caminhão, eu quero que vocês me ajudem a definir o que é o processo, então processo é um direito adjetivo e as matérias é o direito substantivo é a substancia, então eu quero que vocês me ajudem a criar um conceito, eu quero que vocês me digam o que é o processo e o que é o adjetivo e o que é a substancia.
	Eu digo que o direito processual é o caminhão, e a substancia é a carga ou eu digo que a substancia é o caminhão e o processo é a carga. Quem leva o que? Quem carrega o que?
O caminhão é o processo e a matéria é a carga. Pronto! Vocês entenderam o objetivo da aula de hoje que era vocês entenderem o conceito do processo, então o processo nada mais é que esse veículo que vai instrumentalizar a concretização do direito substancial. Na prática nós vamos usar esse veículo que é instrumentalizado em um conjunto de atos e procedimentos, e quais são esses atos? Você tem um prazo para contestar, você tem um prazo para recurso, você tem que ter um prazo para entrar com embargos de declaração, 10 dias pra isso, 15 dia para aquilo outro. O bom que aqui no processo do Trabalho os prazos são tudo 8, então aqui esse conjunto de atos e procedimentos que visa dar a cada um o que é seu na matéria é a nossa disciplina processo do trabalho.
Então aqui nós não vamos mais estudar a carga porque vocês já estudaram essa carga o que nós vamos estudar aqui é como dirigir esse veículo. É entender esse veiculo que é o conjunto de atos e procedimentos por meio de ouvir o que tem que fazer, como é uma compensação, como que é uma petição inicial, ah eu precisei fazer uma compensação durante a audiência posso fazer uma contestação oral excelência? Claro que pode. Agora se não tomar cuidado, eu sou juiz, vocês são advogados se deixar eu vou ficar contestando o dia inteiro, pode isso? Tem tempo, você precisa estudar o processo para saber qual é o tempo que o advogado pode falar já que ele não trouxe a contestação escrita, ele tem 20 minutos para falar.
Estamos vivendo agora um período no nosso país em que o trabalhador sempre foi quem movimentou a economia e estamos com a proposta da reforma trabalhista que é uma reforma para beneficiar as empresas, mas mesmo sendo para beneficiar as empresas alguma coisa deu errado, porque o emprego não diminuiu. Ah vou fazer a reforma trabalhista porque a CLT que é a culpada, o desemprego a culpa é da CLT! Não é! A reforma principal que deve acontecer no nosso país é com a política, com os gastos dos políticos e com o salário que o trabalhador vive daria para pagar 10 anos de salário, um tratamento dentário de um deputado daria para pagar 10 anos de salário de alguém. Então é a reforma política que vai mudar o estado que se encontra o país. Mas o povo acreditou que a culpa era deles e aí não tem quando o namorado ou a namorada trai é o traidor e convence que a culpa é sua? É o que acontece no nosso país. Então houve a reforma da CLT e nós vamos estudar o impacto da reforma no processo do trabalho e é impressionante agora com a reforma da previdência, estão nos convencendo de que a culpa é da previdência. Mas se o dinheiro e o brasileiro fossem destinados corretamente, todos teriam escola de qualidade.
Vamos estudar também qual foi o impacto da reforma trabalhista aqui dentro do processo que é esse veículo, porque aqui pode ter certeza, furou o pneu do veículo e essa carga ela passa um pouco agora dependendo do seu ponto de vista para o direitos humanos, para o direito do trabalhador essa vaga vai avaliada. Agora, olha eu sou seu empregador e eu tenho interesse numa reforma trabalhista, talvez o seu discurso como empregador hoje deveria ser u acho que deve haver uma reforma tributária, porque se a sua empresa falir não é o direito do trabalhador é o tributo que você vai pagar. Porque se você pensar bem se você remunera bem seu trabalhador ele não enriquece somente sua própria empresa mais enriquece o restaurante dela, a loja de roupa dela e aí a loja de roupa vai compra tecido na outra loja e é um ciclo e a riqueza aumenta. Então se você gerar desemprego você empobrece, não tem lógica o que esta acontecendo.
2° AULA- 15/08
O que nós vamos falar hoje é um conteúdo
que vocês já têm conhecimento por conta da bagagem que vocês já possuem seja lá na área do processo civil, seja na área do processo penal. Então vamos começar a pensar aqui quais são no nosso país no nosso jurídico contemporâneo quais são as formas da gente solucionar conflitos? Está com um conflito, está com um litígio, nós vamos solucionar esse litígio, nós vamos procurar quem para solucionar o litígio em nosso país? Nós temos no nosso país a jurisdição então são as formas de compor conflito, nós temos jurisdição, ah mais eu não quero procurar o judiciário tem alguma outra hipótese? Nós temos a conciliação que pode ser feita na jurisdição ou fora da jurisdição, o que mais? A arbitragem.
Jurisdição;
Conciliação;
Arbitragem.
Então são formas de compor os conflitos, então nós podemos propor conciliação judicial ou extrajudicial, ah a loja X lá está com um problema não está me entregando a mercadoria que eu preciso, então eu mando uma notificação extrajudicial escrevo lá uma cartinha com o titulo “notificação extrajudicial”, olha se você não solucionar eu vou ingressar judicialmente e aí judicialmente vai utilizar a conciliação, também tem um conforto mediante lei que é a arbitragem, as câmaras arbitrais que tem lei própria de arbitragem que vai tratar e tentar compor aquele conflito, no âmbito cível isso é muito comum, as pessoas comporem um conflito por meio de uma câmara arbitral, mas a questão é que a arbitragem é um processo célere, lá há custo e é bem caro para correr o processo de arbitragem, o arbitro ele é praticamente o perito naquele caso ele domina completamente aquele assunto, é sobre o direito bancário? Então nós temos uma câmara de arbitragem do direito bancário se é sobre outro assunto nós temos uma câmara para outro assunto então nós vamos perguntar:
No direito do trabalho cabe arbitragem?
No direito do trabalho nós temos o direito individual do trabalho que é aquele que vai tratar de assuntos individuais do trabalhador e empregador e nós temos também direitos coletivos. Quando é assunto coletivo que envolve sindicato é possível sim ir para câmara arbitral então nós não vamos necessariamente procurar a jurisdição, porque posso utilizar a câmara de arbitragem, a câmara de arbitragem e é caro, o sindicato “tem dinheiro” e a empresa também tem dinheiro então eles recorrem à câmara de arbitragem. 
	Câmara de arbitragem na medida em que houve uma sentença arbitral, e eu não concordo com aquela sentença, sou do sindicato dos petroleiros não concordamos com a sentença eu posso entrar com um recurso lá do judiciário? Eu saio da arbitragem, teve a sentença arbitral, pego aquela sentença e falo “eu não concordo com essa sentença” pego essa sentença e vou recorrer agora lá na jurisdição, no judiciário, no TRT, posso fazer isso? Sim ou não? NÃO, não porque na medida que você escolheu a arbitragem você eliminou as outras hipóteses, esse é um problema também, porque a sentença arbitral é irrecorrível, você vai recorrer pra quem? Não tem duplo grau de jurisdição, é aquilo que esta ali, você confiou.
	Com a reforma trabalhista, por incrível que pareça os nossos líderes governamentais entenderam que os dissídios individuais também podem entrar na arbitragem se as partes assim entenderem. Então imagina, você é empregado de uma empresa e aquela empresa diz, olha é o seguinte assina essa cláusula aqui contratual, se lá no futuro nós tivermos alguma desavença trabalhista você está concordando que nós vamos nos socorrer da câmara arbitral e não do judiciário, você assinou, você concordou. “Ah mas ele não precisava assinar se não quisesse” não é bem assim né gente, você vai assinar? Não! Então eu não vou nem te contratar. Lógico que a pessoa vai assinar, ela acaba assinando. E acaba que hoje com a reforma trabalhista de 2017 é possível nós solucionarmos o conflito por meio também da câmara arbitral se as partes assim escolherem. Esse é o capítulo 1 do texto que mandei para vocês que fala sobre TGP.
PRINCÍPIOS DO DIEITO DO TRABALHO
Princípio da Proteção;
Princípio do Devido Processo Legal;
Publicidade dos Atos Processuais;
Princípio da Motivação das decisões;
Princípio do Duplo Grau de Jurisdição;
Princípio da Celeridade Processual;
Princípio da Segurança Jurídica.
1)Nós temos que saber que o direito do trabalho, não estou falando do processo do trabalho, o direito do trabalho ele nasceu para proteger, o princípio da proteção que é o principal principio do direito do trabalho que é o principio que protege o empregado ou protege o empregador? O empregado! O direito do trabalho nasceu para proteger o empregado o problema é a reforma trabalhista que a reforma trabalhista está desmantelando esse exílio de proteção ao empregado, todo mundo fala que o empregado late, cacareja, mia e já ganha na justiça do trabalho, mas gente é que talvez há certos exageros e o juiz está ali para filtrar, mas o liberalismo, o capitalismo massacra o empregado, tem gente que vai trabalhar a vida inteira e não vai ter uma casa própria que é o mínimo do direito constitucional que é ter uma moradia, tem gente que trabalha a vida inteira, trabalha de sol a sol e não tem chance de jantar fora uma vez por ano, não que isso seja bom ou ruim, isso não muda nada na vida mas as vezes a pessoa queria ir comer em algum lugar fora, satisfazer um prazer interior dela. Então o capitalismo, nós não estamos falando das pequenas e medias empresas, nós estamos falando dos grandes conglomerados econômicos que macetam o proletariado e aí cada vez mais, e então o país subdesenvolvido ele se estende para países desenvolvidos e a gente fica alustrando a nossa cultura acaba alustrando os privilégios de culturas desenvolvidas e a reforma trabalhista é isso, é desmantelar o direito do trabalhador que não é classe media alta, o trabalhador mesmo a grande massa é classe média baixa no nosso país e os dados do IBGE mostra.
	“Ah professor mas eu sou trabalhador e não sou classe média baixa”, você é a exceção porque nós trabalhadores que temos um pouco mais de instrução a gente esta em outro nível, mas a grande massa do país ganha um salário mínimo, ganha 1000,00 por mês e aí a gente vai fazer o calculo por exemplo, porque o nosso país está doente porque se você liga o UOL, G1 liga a televisão é só tragédia é só coisa ruim se você fica lendo e assistindo isso, você vai se contaminando e vai se tornar uma pessoa negativa e reclamona e acaba ficando doente porque o país está assim, porque é só noticia bombástica e tem outras coisas para falar mais ninguém mostra a mídia não dá um enfoque no cara que salvou alguém ou a mulher que fez uma boa ação o que está dando enfoque é tiro, porrada e bomba e todos estamos abraçando isso e está ficando uma coisa grotesca então tem noticias que eu só vejo a manchete e nem clico, e ontem eu estava vendo, não sei quantos deputados e os caras já gastaram não sei em quantos meses de governo não sei quantos milhões de reais de passagens, os deputados com o nosso dinheiro gente, de passagem só esse ano e então se a gente for calcular, o trabalhador ganha 1000,00 por mês e aí você vê o Feliciano semana retrasada ele foi no dentista e gastou 150 mil reais no dentista pra arrumar a boca dele e aí ele falou “ah eu gastei tudo isso porque eu trabalho com a boca”, aí foram pegar o que ele fez lá no dentista e em um dentista popular comum ele gastaria 500 reais o que ele fez na boca e ele gastou 150 mil, ele levou para a câmara e a câmara devolveu o dinheiro para ele, ele apresentou a nota, pagou ele reembolsou ele e esse 150 mil é dinheiro nosso é daquele trabalhador que está desempregado mas paga imposto e se você for calcular 150 mil, 1000 reais por mês da 150 salários dá 15 anos gente de salário desse trabalhador se ele ganhar 1000 reais, uma ida no dentista de um cara que poderia ter gasto 500 reais.
	Então o nosso país que é um país carente as pessoas gastam dinheiro a rodo e aí entra a reforma trabalhista que é para piorar a vida do trabalhador e a reforma trabalhista contemplou a arbitragem que a empresa que tiver
dinheiro vai impor a arbitragem ao invés do judiciário, porque o judiciário protege quem? O trabalhador pelo principio da proteção. E a arbitragem tende a ser mais neutra ela não protege o direito do trabalhador como deveria ser a justiça do trabalho.
	Já o processo do trabalho não tem o principio da proteção porque o processo do trabalho é técnico, é prazo igual pra todo mundo, é você ter prazo para ampla defesa, para contraditório, tem recurso, recurso adesivo, tem agravo. Então o processo do trabalho são os instrumentos para que todo mundo tenha direito igual, agora lá no direito do trabalho é um pouco diferente, tem que proteger o empregado. 
	Leia o texto que enviei que mostra o processo em outros países, Japão, países mulçumanos e no alcorão e mostra a evolução do processo aqui no nosso país, no sistema como o nosso vai falar o que é jurisdição e nós sabemos que é o Estado chamando para si e como solucionar o conflito porque outrora pessoal antes disso aqui, existia quem? A auto tutela, a auto tutela é você ir lá e fazer justiça com as próprias mãos é o exercício da sua própria justiça conforme eu vou lá e faço o que eu acho que tenho que fazer e isso é perigosíssimo porque quem vai ganhar sempre é o mais forte e aí acontece um monte de arbitrariedade, então na auto tutela as pessoas fazem os exercícios com as próprias mãos, justiça com as próprias mãos e aí nós organizamos em estado e o Estado falou assim “opa, se você acha que tem direito você vem falar comigo e eu vou dizer de quem é o direito eu vou solucionar isso fique tranquilo, vou solucionar num tempo razoável que é usado no processo” aí surgiu a figura da jurisdição.
	Nós estamos em um momento da vida que está tudo tão desmantelando, que esses recursos foram criados para que parasse de se desmantelar, e temos que tomar cuidado porque se tem levantado vozes dizendo que precisamos fazer exercício com as próprias mãos porque as pessoas já não confiam mais no judiciário e na demora. 
	Há uma reportagem do New York times que mostra a programação feita para o liberalismo se levantar, vozes liberalistas se levantaram em nosso país e então tudo isso que está acontecendo em nosso país já foi desenhado de achatar a previdência, achatar a reforma trabalhista, achatar a CLT e achatar um monte de situações sociais. Isso tudo foi desenhado antes e tem essa reportagem bem interessante que mostra o desenho estratégico e aí fala de um cara que tem 16 anos é baterista em Niterói, é estudante de bateria e aí mostra o poder do Youtube nisso porque um dia ele estava estudando com um cara lá que ensina a tocar bateria e esse professor falava muito de movimento de extrema direita nos vídeos dele e o professor sugeriu para esse aluno assistir um vídeo de extrema direita e ele assistiu e com isso o Youtube começou a mostrar vídeo de extrema direita e indicar todas pessoas que ele conhecia e uma galera começou assistir. Precisamos começar a estudar sobre isso.
2) E então nós começamos a falar um pouco dos princípios do direito processual, qualquer processo nós temos que ter um principio especial, que é o principio do devido processo legal, que significa que nos vamos ter que garantir a todos uma justiça justa com ampla defesa, com contraditório sem criar tribunal de exceção. Professor até hoje eu não entendi o que é um tribunal de exceção? O que é um juiz de exceção? Por exemplo eu vou ser julgado por um juiz de família numa causa trabalhista, não tem nada a ver. Ou tribunal de exceção, hoje tomar café na sala de aula não é crime mas vamos supor que cria-se uma lei que fale não pode tomar café na sala de aula , desde hoje, vigência imediata da lei, aí vem um policial aqui e fala “ah você tomou café na sala de aula”, e eu falo sim mas foi semana passada, e ele fala mas mesmo assim você vai ser punido vai ser julgado, ou seja, tribunal de exceção também você vai ser julgado por um crime que supostamente você praticou essa ação lá atrás e passou ser crime depois e você esta sendo julgado por algo feito lá trás, isso também é um tribunal de juízo de exceção, gera situações excepcionais obvio isso fere o devido processo legal. E esse principio vem em todas as áreas, processo penal, processo civil, processo constitucional.... você tem que respeitar o principio de um devido processo. 
	Analisando de uma forma muito critica e uma forma de suspensão de suspender o processo, o objeto esta ali e vamos analisar o objeto ali, quando analisamos esse objeto da ampla defesa e o contraditório, vamos pensar na figura do Lula, é o caso aí emblemático que tem circulado aí e sido bastante discutido em nosso país, então por exemplo o Lula, alguns falam assim ah ele esta sendo preso injustamente...” o fato é se nós formos analisar aqui tecnicamente, processualmente falando nós vamos analisar o processo não vamos analisar nesse caso o que está acontecendo ou não, se formos analisar processualmente falando foi cumprido o principio do acesso ao judiciário? Sim. Teve principio do contraditório? Teve, então eu disse e você pode contradizer o que eu disse. Teve ampla defesa? Teve, você pode aplicar uma serie de recursos, contrarrazões. Então teve observância de procedimento irregular? Teve pericia, teve provas, teve prazo pra você falar, prazo pro outro falar, teve tudo. Então processualmente falando houve um cumprimento do processo. Ele está lá preso houve recurso mas o recurso não foi aceito. Então houve ustiça dentro do processo legal. Agora material já é outra história, se praticou mesmo se não praticou, pois cadê Collor, Aécio, Temer, Sarney, ninguém esta preso, é só ele, então talvez gente, eu acho que todo mundo que pegou 1,00 do dinheiro público tem que ir pra cadeia sim e mofar lá dentro porque pegou dinheiro público, porque 1,00 que você pega de alguém você mata uma galera aí fora porque deixou de comprar remédio publico, escola publica, deixou de ajudar as pessoas, então não importa quem seja se é filho de Bolsonaro, se é Bolsonaro, se é Lula... pegou dinheiro tem que ir para a cadeia, se tem prova tem que ir para a cadeia. 
	Agora, porque que a prisão é seletiva? Seletivamente em nosso país prende-se quem? Negro e Pobre, isso é histórico em nosso país, prender gente do colarinho branco, políticos, é uma coisa muito recente na nossa história, e prender empresário é mais recente ainda, então pode existir sim uma prisão de perseguição e prisão montada. Ou prende todo mudo ou não prende ninguém.
	Então independentemente do que a gente acredita ou não em qualquer tipo de processo nós temos aqui um devido processo legal com todos os tramites processuais e nesse caso foi dado todos os processos de ampla defesa e contraditório; 
3) E aí nós temos a publicidade dos atos processuais que é um outro princípio geral, todos os atos processuais devem ser públicos não pode ser nada em segredo, como o Sarney fazia antes os “Atos Secretos” tudo que é do governo tem que ser público, “ah mais isso aqui é pra segurança do país”, não pode, como a Dilma também fez, colocou um dinheiro lá na Venezuela tal como Sarney criou uma forma lá com nosso dinheiro e era secreto, ninguém sabia que nosso dinheiro estava em Cuba, não podia mas ela deu a justificativa dela lá pra aquilo.
	Então nós temos os atos de um processo judicial ele tem que ser publico qualquer pessoa pode presenciar a realização dos atos processuais, os atos da parte do juiz devem ser comunicados a parte contraria, então por isso que se você chegar lá e pedir a opinião sobre algum caso ele não pode dar a opinião porque ele não é um consultor jurídico e se ele tiver te dando opinião ele vai ter que ir lá na frente e se declarar suspeito, impedido, porque como assim o juiz esta dando opinião ? Porque tudo daquele processo tem que estar nos autos, ou seja, eu tenho que saber o que você falou e tem que ser dado um prazo pra mim falar também no processo pra equilibrar o processo, a presença apenas das partes e do advogado quando o processo correr em segredo de justiça. Então vocês que vão lá assistir audiência da vara X, Y e Z
se é uma audiência de família, vocês não vão conseguir, porque geralmente de família corre em segredo ou se alguém estiver sendo violentado. Família é um negocio pesado você precisa ser mais psicólogo do que advogado propriamente. Porque é pesado, é mãe querendo explorar pai, pai querendo explorar mãe, filho sem comida, filho violentado e não envolve só amor envolve ódio que é aquela linha tênue que explica a filosofia o amódio é a linha que separa o amor e o ódio, então quando você escuta um discurso de ódio de alguém odiando aquela coisa, aquele objeto, cuidado porque aquela pessoa tende a fortemente amar aquilo que ela tanto odeia, isso a filosofia explica, então cuidado com o discurso de ódio, porque o discurso de ódio para o discurso de amor é muito fácil, ela pode até não manifestar mas ela pode sentir.
4) Um outro principio geral para vocês é a motivação das decisões o juiz pode chegar lá simplesmente e falar assim, “nesse conflito entre a Marcella e a Naiara a sentença é parcialmente procedente, metade pra Naiara, metade pra Marcella.” Ele pode fazer só isso em 2 linhas? Não, ele vai ter que motivar, ele tem que colocar quais são os fatos e as provas e os argumentos que o motivaram pra ter sido dessa forma. Vai ter que fundamentar, vai ter que motivar sua decisão. Porque está no artigo 93. IX da CF, que é preciso motivar, não dispensa a motivação da decisão, tem que dizer o que te fundamentou, o que te levou a acreditar naquilo.
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:
IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
	
5) Outra, garantia de assistência judiciaria, duplo grau de jurisdição, ou seja gente o duplo grau de jurisdição ele é a previsão da sentença de um juiz por um colegiado, porque um só pensando na cabeça dele pode ser uma pessoa fora do planeta, porque ela estudou pra caramba e se afastou da realidade é um problema, porque as vezes a pessoa esta estudando tanto as técnicas que ela acaba se afastando das feridas sociais e o tecido social a gente tem que rasgar e jogar pra ver o que esta acontecendo. Então a gente se coloca, principalmente quem tem muita chance de estudar a maior parte muitas vezes tem uma chance privilegiada de dedicar exclusivamente aos estudos e aí quando ela se dedica exclusivamente ela vai se afastando dos problemas sociais e ela acha que no país dela não tem pobreza, acha que todo bandido é um criminoso, que trabalhador tem mais que se ferrar mesmo e aí começa a ter alguns problemas nisso, portanto nós temos a questão do segundo grau de jurisdição que pode ser um juiz decidindo uma coisa bizarra e ai tem que abrir um recurso para que um órgão colegiado um colégio de pessoas decidam, que é uma turma, vai lá no juizado é uma turma, vai lá no TJ é outra turma, TRT, enfim nas instancias superiores. No STJ temos 33 discutindo aquele assunto, se for parar no STF são 11 discutindo aquele assunto, porque um juiz só pode desencadear um probleminha de interpretação. No duplo grau de jurisdição mós temos um problema nessa palavra não é, duplo grau porque? Qual problema nesse nome duplo grau de jurisdição? Então nós temos aqui vara do trabalho, não deu certo nós vamos reclamar onde? No TRT ( Tribunal Regional do Trabalho) não deu certo nós vamos reclamar no TST, é uma clausula da constituição, é, então vamos lá pro STF, vara cível normal se eu estou na vara cível ou penal e não deu certo entra com um recurso especial pro TJ, aí não deu certo vou por meio de uma apelação pro STJ e se não der certo eu vou por recurso extraordinário lá pro STF, então vejam só eu entrei aqui na vara de trabalho no 1° grau, o segundo grau é o TJ, o STJ já é o 3° grau, então porque é duplo grau se eu posso ter mais de um grau de análise até no STF, então a palavra duplo não parece a mais adequada pra essa analise essa analise não se extingue no segundo grau, uma enxurrada de recurso. 
6) Depois nós temos também a celeridade processual o processo tem que ter um tempo razoável, a distribuição é ate imediata, o distribuidor vai enviar pra alguma das varas, tem cidades que tem mais de uma vara outras tem vara única, quando há uma cidade igual Volta Redonda que tem 3 varas de família, então vai para o distribuidor, o distribuidor vai fazer, hoje entrou 8 processos esse 1° vai pra 1° vara, o 2° vai pra 2° vara, o 3° vai pra 3° vara, o 4° vai pra primeira, o 5° pra segunda e assim vai sucessivamente. Ele vai distribuindo de uma maneira unânime para que no final todo mundo seja tenha a mesma quantidade de distribuição. Agora quando é uma cidade de vara única vai tudo para o mesmo processo, vai tudo para uma vara. Todo mundo tem que ter celeridade processual.
	Mas vamos falar da realidade, celeridade não existe, o processo muitas vezes fica 20 anos lá. Recentemente saiu um processo decidido lá no STJ que as partes já morreram, os advogados já morreram e quem vai receber é os herdeiros do processo. Cadê a celeridade? Então assim são os processos. 
	Meu pai, por exemplo, morreu em 2010 e ele entrou com um processo em 1985 e até hoje não saiu e minha mãe às vezes liga pro advogado que meu pai tinha. E o pior é quando há um processo de litisconsórcio e tem aquele monte de polo ativo, se uma daquelas partes morrerem vai atrasar todos os outros. Se não morrer, só atrasa o dele, agora se morrer atrasa todos os outros. 
7)Outro princípio é o da segurança jurídica que é o princípio em respeito a coisa julgada, então tem que respeitar se já houve outro processo julgado. Porque você está reclamando da mesma coisa aqui no judiciário? Não pode porque já tem coisa julgada disso e é por isso que tem-se o principio da segurança jurídica.
PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO
1)Princípio da Subsidiariedade;
2) Princípio da Concentração dos Recursos;
3) Princípio da Instrumentalidade das formas;
4) Princípio da Oralidade;
5) Princípio do Convencimento Fundamentado;
6) Princípio da Celeridade Processual;
7) Princípio da Concentração;
8) Princípio da Conciliação;
9) Princípio da Lealdade Processual;
10) Princípio da Eventualidade;******** ( IMPORTANTE)
11) Princípio da Indisponibilidade de Direitos;
12) Princípio da Identidade Física do Juiz;
13) Princípio da Reformatio in Pejus;
1)Princípio da Subsidiariedade do processo do trabalho que é um princípio muito importante pois significa que primeiramente nós vamos utilizar a CLT, tudo está dentro da CLT. Se não der certo a análise na CLT, se na CLT nós não encontrarmos o dispositivo nós vamos utilizar qual código de processo? Processo Civil. Então nós vamos utilizar:
1°) CLT; e subsidiariamente o:
2°) Código de Processo Civil.
2) Princípio da Concentração dos Recursos significa que nós não vamos entrar, por exemplo, com agravos para combater a decisão interlocutória, porque não é possível? Você não concorda com qualquer coisa você entra com recurso, com agravo de instrumento, agravo disso, agravo daquilo, tem vários tipos de agravo lá no processo civil. AQUI NÃO! Aqui você vai ter que esperar o recurso específico para você reclamar até das decisões interlocutórias. Porque aqui, na decisão interlocutória não cabe recurso. Por que? Por que aqui nós cancelamos os agravos como tem lá no processo civil? Por que aqui nós não vamos agravar, vamos esperar o recurso, por exemplo, de recurso ordinário? Por que aqui não cabe agravo? Por que aqui tem que ser mais rápido? Por que tem menos recursos que no cível? PORQUE ENVOLVE SALÁRIO E SALÁRIO ENVOLVE ALIMENTO, se salário é alimentar “sal”, salário vem de “sal” e sal aqui vale mais que ouro, porque se pagava salário em sal para
as pessoas daí veio a palavra salário porque salário é alimentar.
	Cheguei aqui na justiça do trabalho pra pedir meu salario e salário é alimentar, eu elimino a parte dos recursos para ser mais rápido. 
3) Princípio da instrumentalidade das formas, pensem comigo... O que importa em um processo? É o meio ou é o fim? O que é mais importante, atingir o objetivo ou o nome do recurso que está ali? ATINGIR O OBJETIVO. O nome do recurso, às vezes até errou o nome, não é mais aquele recurso, mas você está entrando com o recurso e cumpriu os requisitos dele ali, nós vamos aceitar? Vamos aceitar pelo princípio da instrumentalidade das formas, porque tem que trazer celeridade. 
	Se você errou na OAB, não cabe esse princípio, mas no dia a dia se você atingiu o objetivo no seu escopo, cabe mudar o seu recurso para outro, mas vai ter que avaliar a situação concreta. 
4) Aqui no processo do trabalho predomina-se a palavra sobre a escrita que é o princípio da oralidade. Por que no processo do trabalho a oralidade é mais importante que a escrita lá no cível que é ao contrário pelo principio das formas, no cível a escrita é mais importante do que você fala. E aqui é muito importante a oralidade, por que? É FUNDAMENTAL COM BASENA CELERIDADE. Como nós temos que ser céleres pois estamos mexendo com alimento, então a gente tem que ser mais rápido, então vamos falar!
	A audiência é muito mais falada, alguém vai digitando. Lá no cível abre prazos para fazer por escrito, 5 dias, mais 5 dias pra responder, aqui não, aqui é 5 minutos pra um falar mais 5 minutos pro outro responder então a gente já vai aumentando o que, a celeridade porque tem o salario de alguém envolvido.
5) Convencimento fundamentado, a gente já falou, o juiz tem que fundamentar.
6) Celeridade processual também já falamos.
7) Concentração já falamos também.
8) Princípio da conciliação, isso aqui poderia estar lá nos princípios gerais, por que que é importante o princípio da conciliação? PARA DESAFOGAR O JUDICIÁRIO, TAMBÉM PORQUE É MAIS RÁPIDO. Cede um pouco uma parte, cede um pouco outra, conciliamos e acaba por consequência desafogando o judiciário logo conciliar é sempre mais importante do que manter o litígio, manter o conflito.
9) Outro princípio é o da lealdade processual, significa que as partes tem que ser leais ao processo, você não pode mudar a realidade dos fatos, as provas, sumir com prova, sumir com caderno, quando o processo não era eletrônico era físico tinha gente que sumia com o volume processual. Você sumia com aquilo ali porque tinha um monte de provas e ninguém tirava xerox, um ou outro começou a tirar uma cópia do processo, mas uma galera sumia com o processo e você ia responder com o que? Você sumiu com o caderno, não tinha cópia, algumas pessoas passaram tirar cópias outros fotos, princípio da lealdade processual. Você não pode alterar a verdade dos fatos.
	Isso gente é honestidade, seja você da parte da empresa, seja você empregado ou lá no cível ou penal, o ideal é que nós sejamos o que? Leais processualmente falando, não altere a verdade não incentive as testemunhas a mentir, você vai chegar lá a testemunha vai falar a verdade, tudo que você sabe. Se você falar “Oh testemunha você tem que falar que ele fazia hora extra sim”, você vai induzir a testemunha, alguns marcam até reunião com a testemunha antes da audiência, só tem que tomar cuidado porque se você chegar lá o juiz perguntar “você foi no escritório do advogado antes da audiência ?” e o juiz vai ser bem bonzinho né, ele vai sorrir vai falar e vai induzir a testemunha afalar, “Fui”, “ah você foi quando?”, “tal dia!”, “ah é, o que vocês conversaram?” aí a testemunha vai dizer e já era inclusive é perigoso o advogado levar uma multa por litigância de má fé, esta induzindo a testemunha vai denunciar para a OAB e tudo mais. Então se você convidou a testemunha no seu escritório ou combinou reunião antes da audiência você fala “olha se o juiz perguntar se a gente conversou antes fala que não, ta bom?” aí lá na gente se o juiz perguntar não vai dar problema.
10) Princípio da Eventualidade (IMPORTANTE!!! VAI CAIR NA PROVA), isso está aqui mas está lá no cível também, o que significa? Vocês já pegaram uma contestação onde fala assim, “Excelência eu peço isso, mas por amor ao argumento se o senhor não der isso me dá aquilo”, já viram isso? “Por amor ao argumento eventualmente se o senhor não der tal coisa eu quero tal coisa”. Então vejam só, direito do trabalho, tem o princípio da eventualidade.
	Teve um caso em que eu trabalhei que o cara pedia vale transporte ele estava pedindo vale transporte no valor de R$ 10,00 por dia sendo R$ 5,00 de ida e R$ 5,00 de volta todos os dias nos últimos 5 anos de trabalho dele. Ele processou essa Universidade que eu era advogado, aí eu me mudei e sai de lá e não era mais advogado dele, mas uma das relações era no sentido desse. Ele estava pedindo 5 anos de vale transporte nos últimos 5 anos de volta R$ 10,00 por dia. Aí nós fizemos nossa contestação dizendo que ele entregou uma folha para a empresa dizendo que ele abdicava do vale transporte no momento da contratação porque ele iria com veículo próprio. 
	Tem uma lei na CLT, vocês devem ter estudado isso em algum momento que quando o funcionário vai com o veículo próprio a empresa não vai pagar para ele o vale transporte porque nessa lei o vale transporte só recebe aquele que vai com o ônibus, como ele vai com carro o vale transporte não precisa. E aí nós juntamos também a filmagem dele chegando todo dia com o carro próprio dele lá e estacionava o veículo no pátio da empresa, no estacionamento. Agora, imaginem que a juíza, diz assim “ok, mas mesmo assim eu condeno a empresa a pagar o vale transporte pra esse empregado no valor de R$ 10,00 por dia, porque o empregado também juntou provas dizendo que ia de ônibus.” Gente, eventualmente eu no meu primeiro argumento eu falo “ele não tem direito ao vale transporte” porque ele ia de carro e abdicou do vale transporte, no segundo paragrafo eu vou ter que colocar “Excelência eventualmente se a senhora entender que ele tem direito ao vale transporte apenas por amor ao argumento” o que eu vou alegar agora? Esta certo gente, eu pagar nos últimos 5 anos o valor de R$ 5,00 de ida e R$ 5,00 de volta? Não, o valor da passagem foi alterado, então “Doutora, ele não tem direito ao vale transporte mas eventualmente se a senhora entender que ele tem então vamos lá”:
Em 2013 o vale transporte era R$ 1,50 ida e R$ 1,50 volta;
Em 2014 o valor era R$ 2,50 ida e R$ 2,50 volta;
Em 2015....
Eu vou demonstrando e juntando as portarias, porque senão Doutora, sob pena de enriquecimento ilícito, que a senhora respeite e limite o valor da condenação nessa decadência de valores, nessa evolução de valor, porque o que ele está pedindo é litigância de má fé para enriquecimento ilícito. E pode-se inverter ali para litigância de má fé e dizer que o advogado não está sendo honesto. 
Então gente sempre nós vamos ter que utilizar o princípio da eventualidade lá no cível, aqui no processo do trabalho onde couber a gente coloca porque senão se a Doutora entender que ele tem direito a Doutora vai condenar em R$ 5,00, porque eu não impugnei o valor dele, e na contestação é o momento que a gente tem que impugnar TUDO até os valores e o que você não impugnar você está concordando. ( art. 342, CPC e faz parte da matéria de defesa, sob pena de preclusão).
Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando:
I - relativas a direito ou a fato superveniente;
II - competir ao juiz conhecer delas de ofício;
III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição.
Sob pena de preclusão porque se Doutora Beatriz condenar em R$ 5,00 pra ir e R$ 5,00 pra voltar e depois lá em recurso eu entrar com recurso e falar assim “EI! TRT! Não pode ser R$5 e R$10 reais por dia porque olha os valores das passagens quanto era”. E o TRT vai responder, “Mas na sua primeira oportunidade pra falar nos autos sobre isso
era lá na contestação coleguinha, porque você não falou lá?” PRECLUIU, porque sempre que você tiver a primeira oportunidade pra impugnar a argumentação de alguém é ali que você tem que falar, SEMPRE! SE VOCÊ NÃO FALOU, PRECLUIU!
“Ah mais eu não falei porque ele nem tinha direito!”, Ok! Mas cadê o principio da eventualidade? Porque se ela entender que ele tinha direito então você falhou na função do principio da eventualidade. 
Isso você vê muito em contestações quando o advogado escreve lá, “por amor ao argumento, entende-se excelência....” “ele não tem direito mas apenas por argumentar se o senhor entender que TEM direito então é assim, assim, assado...”.
11) Princípio da Indisponibilidade de Direitos, quando eu tenho um direito, por exemplo, eu tenho direito a determinadas regras trabalhistas, são irrenunciáveis aquela regra, por exemplo, férias. Eu tenho direito a férias já vencidas, eu tenho um direito irrenunciável a férias vencidas de R$1333,00. Aí eu venho aqui na vara do trabalho quero receber minhas férias vencidas, vamos fazer um acordo? Vamos! Posso receber o valor de R$800,00, e vamos imaginar que eu também tenho as horas extras e eu tenho direito a mais R$2000,00 de horas extras, eu poderia abdicar as minhas férias? NÃO, PORQUE FÉRIAS JÁ É INCONTESTÁVEL QUE VOCÊ NÃO SAIU DE FÉRIAS. E O MÍNIMO É R$1000,00, NÃO POSSO RECEBER MENOS.
12) Princípio da Identidade Física do Juiz, significa que o mesmo juiz que ouviu as testemunhas que teve contato com as provas esse juiz portanto já está sensível a causa logo é ele que vai ter que fazer a sentença. Você não mexeu nas provas? Mexi. Você não ouviu as testemunhas? Ouvi. “Ah mas eu vou sair de férias! Vou ficar 6 meses de férias, ok! O processo vai ficar parado 6 meses, porque só você quem vai poder dar essa sentença, porque você que ouviu as testemunhas e olhou no olho delas, você que teve contato lá na perícia, você visitou a empresa.” Isso é lá no cível gente mas aqui no processo do trabalho ocorre também.
	Então o mesmo juiz que teve contato com as provas e testemunhas é o juiz que vai prolatar a sentença. Não interessa. “Ah mais agora ele está de licença médica, quando ele voltar ele vai dar a sentença”. A parte pode até pedir um juiz substituto entrar no caso, mas tudo vai depender do argumento e da necessidade para ser aceito ou não. Não existe esse recurso, é feito por petição normal. 
13) Princípio da Reformatio in Pejus, eu entrei com recurso vai piorar a situação? Não vai. 
	São essas as principais do processo do trabalho, no material tem uma série de artigos do processo do trabalho no novo CPC que é para ler a título de curiosidade! 
	Mas o que chama a atenção que eu quero falar com vocês é:
PROCESSO DO TRABALHO E A REFORMA TRABALHISTA
	VAI DA LETRA “A” À “Z”, ISSO É MUITO IMPORTANTE LER, O PROCESSO DO TRABALHO E A REFORMA TRABALHISTA É IMPORTANTE DAR UMA ATENÇÃO ESPECIAL. ENTÃO LER TANTO OS PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO QUANTO OS PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO E A REFORMA TRABALHISTA. 
Esse desenho tem que te seguir pro resto da vida profissional:
	É uma ilha, se você entender esse desenho, você vai entender a gênese da aula de hoje, olha:
O barco é o chamado barco do direito, no barco do direito nós temos lá a Beatriz, o Álvaro, a galera toda da turma. Então todo mundo aqui está dentro do barco do direito;
A ilha nós vamos chamar de Lei, prestem bem atenção porque vocês vão compreender a nossa matéria aqui como uma luva, a matéria de princípios.
Geralmente uma ilha é um pedaço de terra cercada de água por todos os lados, podemos dizer que essa ilha é um pedaço de terra flutuante? NÃO! Ela é presa, ela é presa porque embaixo dela nós temos o que? Nós temos mais terras. Está invisível, a gente não vê, está lá embaixo. A ilha é só uma pontinha dessa montanha.
Olha o problema do acadêmico de direito, nós ficamos 5 anos aqui na sala de aula estudando as Leis. Então a Beatriz e qualquer um de nós se tiver um cliente no nosso escritório o barco do direito é levado a enxergar as leis que é esse pedacinho de terra a olho nu, então a gente fica 5 anos treinando artigos, em um criadouro positivista, ficamos olhando sempre o vade mecum e somos incentivados a estuda-lo durante 5 anos. Então somos aqui profissionais positivistas, que são aqueles que ficam presos ao texto da lei. 
Eu posso afirmar que a lei é justa sempre? Não, tem um monte de lei injusta, nem sempre a lei é justa. Então o operador contemporâneo é aquele operador que pula do barco, mergulha e ele vai analisar o que está antes da lei, ele conhece a lei mas ele pula, mergulha na profundidade do conhecimento e ele investiga aquilo que vem antes do texto, da CLT, da Constituição... Temos as leis e antes das leis nós temos o que? OS PRINCÍPIOS! E OS PRINCÍPIOS QUE REGEM AQUELA LEI!
O operador do direito que entender o principio da matéria que ele se propõe a estudar vai entender completamente as leis. Tudo vem naquela lei fundamentam pelos princípios. Esses princípios que vão nortear e sustentar essas leis!
3° AULA- 22/08
COMPETÊNCIA EM RELAÇÃO À MATÉRIA
	Se nós formos protocolar uma ação, onde vou protocolar uma ação trabalhista? 
Onde é que eu protocolo uma petição inicial da vara de família? Na Vara de Família lá no Fórum.
Agora eu entro com uma ação contra uma empresa da Ana Beatriz eu protocolo essa ação trabalhista onde? Na Vara do trabalho. 
Existe um fórum estadual e existe um fórum federal, mais existem 2 fóruns federais, o fórum da magistratura federal vai cuidar das varas cíveis e penal, mas algumas cidades tem a justiça federal, além da justiça federal existe um outro prédio que também é justiça federal mas não é ligada a essas causas que não é pra essas causas da justiça federal ela é inclusiva da justiça do trabalho, aqui em VR tem justiça do trabalho. 
Então olha que interessante, nós temos a Justiça Estadual, nós temos a Justiça Criminal que é lá em um prédio, separados. Justiça do trabalho é um prédio específico. Na justiça do trabalho eu procuro o distribuidor protocolo lá a reclamação trabalhista, a reclamação trabalhista portanto vai para a vara do trabalho, então toda vez que eu tenho uma duvida algum conflito trabalhista eu vou lá na 1° vara, na 2° vara. Aqui em VR tem 3 varas, então aqui meu processo vai cair em alguma das 3 varas do trabalho, então é dali que nós temos o inicio da nossa organização do poder judiciário.
Se eu não concordo com o resultado que o juiz me deu na sentença eu vou procurar onde? Onde é que eu vou entrar com o recurso? No TRT, que é o Tribunal Regional do Trabalho, o TRT aqui do RJ qual é a região? Cada TJ lá na vara cível é na capital de um Estado, então eu tenho o TJ de SP, TJ do RJ, TJ de SC, TJ do PR, quando a gente estiver falando de direito do trabalho nós dividimos o Brasil em regiões, então cada Estado tem um TRT, com exceção do Acre, Rondônia que formam um único TRT, um único tribunal para analisar os 2 estados porque são poucas pessoas lá, então vejam só:
O primeiro TRT, em cada estado eu tenho um TRT e cada TRT tem um numero, então nós temos o primeiro estado que formou o TRT foi São Paulo, então lá nós temos o TRT da primeira região então quando eu vou fazer um recurso eu vou escrever assim “Egrégio Tribunal do Trabalho da 1° Região” porque é o Tribunal de São Paulo. Se eu estiver aqui no RJ eu vou escrever “ Egrégio Tribunal do Trabalho da 2° Região” foi o segundo tribunal realizado por nós. Só que como Acre e Rondônia tem um TRT só, SP é tão grande que eles tem dois TRT, tem o TRT da 1° região que é da Capital de SP e o TRT da região de Campinas que é a 14° Região, então lá tem dois tribunais no mesmo estado, porque é muita gente. São Paulo é o único estado do país onde tem dois TRT.
	E aí não concordo com a decisão de um TRT daqui do RJ do prolator eu vou ingressar com outro recurso, onde é que eu vou protocolar isso? No TST, que não é STJ porque STJ é lá no cível. Aqui vai vir do TRT e vai para o TST, que é Tribunal superior do trabalho, do TST eu vou pra onde? Para o
STF.
Quantos ministros tem no TST? 27 ministros.
TST= Trista sem Três são quantos? 27.
Quantos ministros tem no STJ? 33 ministros.
Jesus morreu com quantos anos? 33.
STJ= Somos todos Jesus. 33.
Quantos ministros tem no STF? 11 ministros.
No futebol tem quantos jogadores? 11.
STF= Somos todos futebolistas. 11.
Quantos ministros tem no STM (superior tribunal militar)? 15 ministros.
STM= Somos todos mocinhas. 15. 
Quantos ministros tem no TCU (tribunal de contas da união)? 9 ministros.
TCU= Tomar no seu CU. 9.
Quantos ministros tem no TRT? Cada estado tem seu TRT, então não terá o mesmo número de ministros em todos os estados. Quanto mais populoso o estado mais desembargadores nós teremos no TRT, logo não dá pra gente afirmar que temos os mesmos números, cada estado vai ter seu numero de desembargadores. 
COMPETÊNCIA
		Justiça do Trabalho- Competência. Eu estou com um problema, porque eu sou advogado de um vereador da cidade e estão tentando impugnar a candidatura dele, um candidato da oposição quer impugnar e eu falo “aí excelência estão querendo fazer uma injustiça com meu cliente eu vou lá e reclamo em qual justiça? Na justiça eleitoral, na justiça do trabalho, justiça estadual, justiça do federal, qual a justiça competente pra analisar essa questão? Justiça Eleitoral.
	Então gente, nós entendermos que a justiça competente pra exercer a jurisdição, pra exercer a justiça, o direito dos envolvidos, é justiça do trabalho, a justiça do trabalho portanto tem competência para arguir qualquer conflito dentro dessa seara, só que aqui ocorre um pequeno detalhe tem um outro exemplo de qualquer espécie de trabalhador um motorista de ônibus, por exemplo, vamos imaginar que seja um empregado além do empregado nós temos quais outras espécies de trabalhadores? 
Empregado;- CLT
Autônomo;
Doméstica;
Rural;
Estagiário;
Temporário;
Aprendiz;
Voluntário;
Terceirizado; 
Eventual; aquele que só trabalhar de vez em quanto.
Vocês viram o escândalo recentemente que teve dos pastores, que a justiça do trabalho está condenando a igreja à pagar 300 mil reais aos pastores, porque os pastores foram convidados em sua formatura a fazerem uma vasectomia, pastores da Universal. Foi a mais de 300 pastores que ingressaram com ação porque eles podem se casar, mas não podem ter filhos e aí eles fazem uma cirurgia por conta da prosperidade, então a justiça do trabalho está tendo uma enxurrada de decisões. O pastor pode ter filho mais na filosofia da igreja universal, mas a igreja se manifestou e disse não é que eu obrigo ele a não ter filho eu sugiro que ele não tenha porque vai atrapalhar ele nas missões da igreja, a gente só sugere, não obriga. Só que todos diziam que eram obrigados a fazer, mas se você dá dizimo ou faz a vasectomia você prospera na igreja, então é uma decisão polemica, o assunto está evadindo o seu direito personalíssimo, direito civil, não pode fazer isso. Então o pastor, por exemplo, tem um trabalho voluntário.
	Então vamos juntos, a CLT se chama consolidação das leis trabalhistas e a CLT trás uma série de artigos para resguardar qual tipo desses trabalhadores? Dos empregados. Por isso CLT está na frente dos empregados, porque a CLT não está preocupada com nenhum dos outros tipos de trabalhadores. Ah, mais a domestica é assinada, mas a CLT não está preocupada com ela, o estagiário tem carteira assinada e deve ter, o trabalhador temporário tem a carteira assinada mas ele não é empregado. O terceirizado ele tem carteira assinada mas ele é terceirizado, então a CLT não está preocupada com quem tem carteira assinada e quem não tem, a CLT está preocupada única e exclusivamente com os empregados.
	Quem são os empregado? Art. 2° e 3°, CLT
Art. 2º [reforma trabalhista 2017]
Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.
§ 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 13.7.2017)
§ 3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 13.7.2017)
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.
	A CLT portanto tem o nome errado, porque todos são trabalhadores, mas empregado é só uma espécie de trabalhador, trabalhador todo mundo é, um é voluntario, autônomo, estagiário. Agora a CLT só está preocupada com o empregado, logo a CLT tem a nomenclatura errada, porque a CLT é a consolidação das leis trabalhistas, mas deveria ser consolidação das leis empregatícias é a lei que se preocupa só com os empregados não com os trabalhadores, sabe por que? Por que domestica tem uma lei própria para domestica, estágio tem uma lei própria para o estágio, rural tem uma lei própria que não é a CLT, tem lei para voluntário, tem lei para representante comercial que não é a CLT, então a nomenclatura dela é equivocada.
	Agora vamos falar da competência, eu vou lá no fórum reclamar se eu vou lá no fórum reclamar de um conflito trabalhista, é um trabalhador voluntário e o voluntario está reclamando que ele tinha horário para chegar e horário para ir embora, tinha horário de almoço tinha até um beneficio pecuniário no final do mês, no final se for contar ele era emprego não é? Aí a pergunta é, esse voluntário ele não é empregado ele é voluntario ele pode ir lá na justiça do trabalho reclamar de algum conflito? Ou ele vai na justiça cível? 
	Outra pergunta, o estagiário, o estagiário vem falando que a lei do estagio não foi cumprida corretamente e ele quer receber uma série de diretos lá, ele vai na justiça do trabalho ou ele vai na justiça cível comum?
	Aí nós temos uma outra hipótese de trabalhador que possa ter, a doméstica, ela é empregada doméstica, o rural é a mesma coisa, eles vão na justiça do trabalho ou na justiça comum?
	E o eventual? Que é aquele cara que limpa o meu jardim uma vez a cada 2 meses, ele vai na justiça do trabalho ou na justiça comum? 
	E você que é futura advogada, o seu cliente não lhe pagou os honorários, se ele não lhe pagou os honorários e você prestou um trabalho pra ele, você é autônomo e se você prestou um trabalho pra ele, ele tem que te pagar, você vai na justiça do trabalho ou na justiça comum?
Viu como uma serie de confusões, então vamos lá, art. 114, CF:
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
        I -  as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
        II -  as ações que envolvam exercício do direito de greve;
        III -  as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;
        IV -  os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;
        V -  os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;
        VI -  as ações de indenização
por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;
        VII -  as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;
        VIII -  a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;
        IX -  outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.
    § 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
    § 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.
    § 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.
	Inciso I- Se é as relação oriundas da relação de trabalho, lá na justiça do trabalho nós vamos reclamar de todos os trabalhadores ou só do empregado? De todos os trabalhadores. Então nós vamos pelo gênero trabalho e não pela espécie emprego. Então compete a justiça de trabalho julgar tudo que é relacionado ao mundo do trabalho, então é justiça do trabalho não é justiça do emprego, embora a CLT seja voltada para os empregados, emprego a justiça do trabalho está voltada para os trabalhadores e não só para o emprego e não só para o empregado então qualquer espécie dessa que nós relacionamos aí eles vão reclamar na justiça do trabalh.
	Só que gente parece fácil porque isso dá um nó na cabeça da galera porque isso é uma emenda constitucional de 2004 que transformou a justiça do trabalho sempre se chamava justiça do trabalho, mas a justiça do trabalho embora se chamada justiça do trabalho só era para causas oriundas do emprego todas as outras hipóteses tinha que ir na justiça comum não era justiça do trabalho então a partir de 2004 um passado muito recente, a justiça do trabalho ampliou esse leque e passou a ter competência sobre outras demandas, ou seja, qualquer hipótese de trabalho vai ser julgada na justiça do trabalho.
	Só há exceção do advogado, o advogado a gente tem que analisar, depende, eu contratei você para ser o meu advogado eu te contratei como? Como foi esse contrato? Eu te contratei porque te conhecia, você era amigo do meu amigo então é uma relação muito intima de amigos entre amigos, e você é meu advogado. Diferente daqueles casos que o advogado vai lá na Fátima Bernardes anuncia e faz uma propaganda dele ali que não pode, mas ele deu a opinião dele em determinado assunto e apareceu na TV e ele ganha aquele monte de cliente, isso aí parece muito mais uma relação de consumo, de consumidor, você está prestando serviço pra essa galera consumo já não é mais aquela relação de confiança. Se for uma relação de advogado, mas uma relação mais voltada para essa massa de consumo aí é lá no âmbito do direito do consumidor, ela lá na justiça comum que eu vou entrar se houve problema. Agora se há aquela relação de advocacia pura mesmo que não é aquela coisa de massa que eu contratei por televisão então é na justiça do trabalho. Foi um trabalho individual que eu fiz pra você, não é aquela coisa que eu entrei com ação pra 100 pessoas ao mesmo tempo. 
	Não sei se vocês viram lá no Chile que 132 mil pessoas em 5 dias se organizaram no país inteiro para entrar com uma ação contra a Apple, em 5 dias porque eles mandam uma atualização que o seu celular começa a ficar lento e própria Apple falou que mandou uma atualização pra Apple falando que quem tem iphone 5, 6, 7 pro celular ficar mais lento e a bateria durar mais e eles confessaram que mandaram uma atualização pro seu telefone ficar lento sob a justificativa que é pra bateria durar mais só que na verdade a gente sabe que a lentidão vai te trazer perda de tempo útil que é o tal do desvio produtivo então você podia estar fazendo tal coisa, mas você está aqui esperando o celular, você precisa ligar pra alguém e você esta esperando o celular funcionar e isso esta te causando perda de tempo, qual a consequência disso? O iphone fica velho antes da hora e se fica velho antes da hora, não sou eu que vou comprar outro, o negocio esta novinho e não funciona mais porque travou aí você fica com problema de memoria, não cabe nenhuma foto, problema de memoria porque eles estão te forçando comprar outro, isso é uma enganação aí a galera do Chile se organizou todo mundo e entrou com uma ação e eles estavam pedindo outro celular além de indenização pelo desvio produtivo pela perda de tempo útil que poderia estar fazendo outra coisa e esta olhando pro celular esperando ele roda, isso é passível de responsabilidade civil. 
	Aqui no Brasil nós temos o desvio produtivo quando você liga pro 0800 e fica horas, ou horas na fila do banco e é algo sendo discutido, então veja se eu sou advogado dessa galera de 132 mil pessoas e eu não recebi o honorário deles certamente eu vou lá na justiça comum porque é uma coisa de comercio é a advocacia mercantilista, agora se é uma advocacia individual é na justiça do trabalho.
	Então no artigo 114 gente fica claro em dizer que competência da justiça do trabalho é pra julgar as relações oriundas da relação de trabalho e todas as espécies estão aí e não só de emprego. Agora eu pergunto a vocês um funcionário da ONU que trabalha aqui no RJ, então nós temos Ana que é funcionária da ONU e trabalha na sede da ONU aqui no RJ, a Ana está fazendo hora extra mas a sede central é lá em Nova York lá nos EUA, a ONU não é brasileira, mas a Ana trabalha na ONU que é um direito publico externo e aí ela quer processar, a ONU não paga as horas extras dela, ela vai entrar com uma ação onde? É uma causa de direito internacional, mas quero receber horas extras, verbas trabalhistas, na justiça do trabalho, na justiça federal, na justiça comum? Ela trabalha no escritório da ONU. Está no inciso I:
        I -  as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
	Então o que seja de direito público externo prestando serviço para outro país é de competência da justiça do trabalho, “ah mais eu sou funcionário aqui de VR, trabalho na prefeitura de VR e não recebi as horas extras sou contratado pelo regime celetista não sou estatutário, sou celetista e a prefeitura não está me pagando as horas extras”, é contra a prefeitura agora, eu vou entrar com uma ação trabalhista contra a prefeitura na justiça do trabalho, inciso I, ah mais eu trabalho numa sociedade de economia mista abrangendo a economia publica direta ou indireta, então indireto nós temos aí uma autarquia, uma sociedade de economia mista, empresa publica e vamos pra onde? Justiça do trabalho, não tem distinção.
	Depois nós temos o inciso II:
  II -  as ações que envolvam exercício do direito de greve;
	O inciso II, tudo que envolver greve quem é que vai julgar? Se a greve é abusiva ou não? Justiça do Trabalho. E abra um parênteses tentem declarar quantas guerras foram declaradas legitimas e quantas foram declaradas abusivas pela justiça do nosso país? Vocês tem alguma sugestão? As greves em geral são declarada legitimas ou abusivas em geral? Podem reparar que a maior parte são declaradas abusivas, o lixeiro, volta, o gari, volta, o bancário, volta a trabalhar, o professor, volta a trabalhar.
	O ônibus não pode parar todos porque é um serviço essencial e está na lei de greve, tem uma porcentagem que pode parar 100%, mas mesmo assim depois de tudo a maior parte das decisões a greve é abusiva e desconta do salário dessa galera que ficou de greve.
	Se chegar em um acordo aí não tem sentença, aí a gente consegue tabular um acordo agora se vai para a sentença a maior
parte o juiz entende ser abusiva, mas isso é estranho né gente você ter um direito e não poder exercer, eles te dão mas na pratica se você usufruir vai ser descontado isso é uma forma de coibir a não ser quando tem acordo aí não desconta. Então tudo que for pra greve nós vamos dar também pela Justiça do Trabalho.
Inciso III:
        III -  as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;
	Então tudo que envolver sindicato, representante do sindicato, a é sindicato da empresa contra o sindicato dos empregados não estou conseguindo tabular o valor para gente corrigir o salário da categoria, então vamos você no sindicato dos trabalhadores e você quer dar 10% e ele quer dar 5% então tem que tentar chegar em um denominador, não chegou, então vamos lá na justiça do trabalho pra ver o que a justiça vai falar.
	Estamos com problema de representação sindical porque você quer ser representante do sindicato dos bancário e ela também e aí teve uma fraude nas urnas ali e a gente não sabe quem vai ser, teve um problema e não sabe quem vai ser o representante sindical daquela categoria que é que vai dirimir isso? Juiz do trabalho.
Inciso IV:
        IV -  os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;
	Então aqui envolve justiça do trabalho, jurisdição trabalhista, um exemplo de mandado de segurança na justiça do trabalho, quando cabe mandado de segurança? Quando viola-se o direito líquido e certo de alguém ou ameaça esse direito liquido e certo então eu vou entrar com esse Mandado de segurança preventivo ou normal porque eu violei o seu direito liquido e certo, por exemplo, eu violei o seu direito liquido e certo vamos supor que lá na justiça do trabalho você tinha o direito de ser notificado para uma sentença, para abrir prazo e eu não te notifiquei nesse prazo simplesmente fui direto para a execução, você não vai me dar nem a chance de fazer um recurso? Não, então eu vou entrar com um mandado de segurança contra essa decisão do juiz porque o juiz é a autoridade coatora o juiz me impediu de ingressar com um remédio de recurso, o juiz está coagindo está violando o seu direito liquido e certo de recursar então mandado de segurança porque a autoridade coatora está dentro da justiça do trabalho, o secretário que não subiu o processo, alguém foi a autoridade coatora. Então o mandado de segurança está na justiça do trabalho.
	Cabe também Habeas Corpus, quando é que cabe habeas corpus na justiça do trabalho? Habeas corpus, serve pra que? Direito fundamental de liberdade. Vocês viram o cara de Salvador que entrou com habeas corpus porque o carro dele foi apreendido? O carro dele foi apreendido ano passado, e ai ele entrou com habeas corpus pro carro dele ser solto, o juiz deu improcedência e mandou notificar a OAB pra cancelar a inscrição dele pra ele se submeter a novos exames porque ele estava pedindo habeas corpus pra direito de ir e vir com carro. A OAB respondeu que diariamente tem diversos erros no judiciário e se essa moda pega a OAB vai começar a pedir pro CRJ cancelar a inscrição dos juízes pra que os juízes se submetam a novos concursos toda vez que o juiz errar. 
	Então o advogado ele errou, porque direito de liberdade é direito fundamental do ser humano de liberdade, então quando é que aqui na justiça do trabalho nós vamos entrar com habeas corpus? O habeas corpus é quando é violado pelo Estado, o Estado está violando a sua liberdade, porque não se pede habeas corpus pra quem prende o marido em casa ou mantem escravos presos, uma hipótese dentro da justiça do trabalho é quando o juiz manda prender a testemunha porque essa testemunha esta mentindo, se o juiz me prende meu advogado vai entrar com habeas corpus pra me livrar da cadeia. E entramos com o habeas corpus na vara do trabalho.
	Próximo inciso:
        V -  os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;
	Porque as vezes pessoal, imaginem aqui a empresa é muito grande e ela fica um pedaço no RJ e metade em MG, ou sindicato que fica um pedaço no RJ e um pedaço em ES, e aí o judiciário vai dizer sou eu o competente, não sou competente, então quem vai resolver esse conflito de competência, se é você RJ ou ES que vai julgar é o TST que envolve 2 TRT diferentes, quando importa dois TRT diferentes, o conflito de competência é na esfera trabalhista no TST. Ah mais está uma confusão se é Volta Redonda ou se é RJ, é um conflito entre a gente, são dois juízes diferentes querendo decidir quem é que vai decidir? É o TST, é competência sua aí VR, não é do RJ.
Próximo inciso:
        VI -  as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;
	Tudo que for dano moral decorrente da relação de trabalho ou dano patrimonial é a justiça do trabalho que vai julgar, teve um caso de um cara que subiu em um poste e morreu eletrocutado ele não estava usando IPI, pegou no fio caiu e morreu eletrocutado, ai a família entrou com uma ação na justiça do trabalho pedindo dano moral porque a família perdeu um ente, mas a empresa conseguiu provar que ele não usou o IPI e era fiscalizado e ele já tinha varias advertências mas não usou, morreu e não ganhou o dano moral. A noiva dele também entrou com ação pedindo dano moral que lá no cível você estuda dano moral reflexo e que ela já ia se casar, só que ela também não ganhou porque o erro foi dele. Então tudo que for dano moral, dano patrimonial, vamos supor que aqui no Unifoa deu briga com computador eu trago o meu computador é roubado e quebra quem vai ter que pagar por dano patrimonial é a Unifoa porque eles estão me obrigando a trazer o computador. Se houve dano patrimonial vai ter que pagar.
Pra finalizar:
        VII -  as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;
	Se eu vou lá e recebo uma multa, as relações relativas a essa multa eu vou lá na justiça do trabalho também.
        VIII -  a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;
	Tudo que for relacionado ao INSS girou em torno do trabalho também vai ser feita pela justiça do trabalho.
        IX -  outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.
	Tudo que surgir que for uma controvérsia decorrente da relação de trabalho nós vamos lá para a justiça do trabalho.
4° AULA- 05/09
COMPETÊNCIA TERRITORIAL
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. (Vide Constituição Federal de 1988)
	Pensem aqui comigo, você está com uma ação trabalhista, o cliente procura e quer entrar com uma ação, você vai entrar com uma ação onde ele trabalha em Angra dos Reis e mora em Volta Redonda, metade da semana ele fica lá na capital do Rio de Janeiro e você vai entrar com a ação onde? Onde ele fica metade da semana, onde ele trabalha ou onde ele mora? 
Regra geral, na localidade da prestação de serviços, essa é a regra base. 
	Agora imagine o seguinte, o cara morava em Vitória-ES foi contratado em Vitória para trabalhar em Volta Redonda, ele trabalha em Volta Redonda aí ele quer entrar com uma ação, mas foi contratado em Vitória, onde entramos com a ação? Onde ele foi contratado em Vitória ou aqui em Volta Redonda?
Aqui em Volta Redonda pois o artigo 651 está dizendo: ainda que tenha sido contratado em outra localidade ou mesmo no estrangeiro. Imagina que o cara foi contratado em Nova York, foi contratado na Inglaterra, mas foi trabalhar no Brasil aí ele mora aqui no Brasil e ele vai entrar com ação onde?
Regra geral, no local da prestação de serviços. Então é sempre aqui, no local da prestação de serviços. Onde
ele prestava serviços? Essa é a primeira coisa que nós vamos tentar retificar, o local de prestação de serviços é a regra geral. 
1° EXCEÇÃO- Gente imagine o seguinte que o cara, a gente disse que é no local da prestação de serviços, mas imagine que ele é viajante comercial, então imagine que hoje ele está em Volta Redonda, depois ele está em São Paulo, depois em Recife, depois em Curitiba cada dia esse cara está em um lugar, cada semana em um lugar e aí você vai entrar com ação onde? Porque se a gente for ver também cada semana ele mora em um lugar, mas ele deve ter uma casa não é? E a gente também tem que pensar assim, ok ele esta trabalhando mas ele é subordinado de alguma filial, ok ele viaja mas ele está vinculado a alguma sede, por exemplo, ele trabalha para coca-cola, ele é subordinado a qual sede da coca-cola? Ah ele trabalha pra Ambev mas ele está subordinado a qual escritório da Ambev? Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre qual filial ele está subordinado? Então essa é uma hipótese porque se a gente for falar é o local que ele presta serviço, mas cada dia esse cara está em um lugar.
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. (Redação dada pela Lei nº 9.851, de 27.10.1999) (Vide Constituição Federal de 1988)
	Então está bem claro, quando a questão do conflito for com um indivíduo que é agente ou viajante comercial a competência é na localidade onde a empresa tem agencia ou onde tenha filial e a essa agencia ou filial o funcionário esteja subordinado.
	E se não tem agencia ou filial? Vamos imaginar que a agencia ou filial da empresa onde ele trabalha é lá em Nova York ele trabalha numa empresa americana aí cada dia ele viaja aqui no Brasil em um lugar diferente, mas não tem agencia ou filial no país, onde será a competência? 
	Aí será no domicilio ou residência? Qual a diferença? Ele pode ter um domicílio e várias residências? Ele pode ter uma residência e vários domicílios? 
Domicílio: é onde você tem animo definitivo e onde você aufere renda.
Residência: e residência eu posso ter várias no país, eu posso ter uma residência em Salvador, uma em Piauí, uma no RJ e uma em Volta Redonda, mas qual é o meu domicílio? Meu domicílio é no RJ que é a minha principal fonte que eu aufiro renda, nos outros locais eu posso até auferir renda, mas o meu domicílio necessariamente, o domicilio necessário está lá no Código Civil. 
Residência eu posso ter varias mas o domicílio eu tenho um só, o domicilio é o local onde o Oficial de Justiça vai te encontrar, é a principal residência que você tem.
	Agora no nosso caso, nós vamos pensar agora, se o dissídio é quando o agente ou viajante a competência será da Junta Comercial que o indivíduo seja subordinado, agora na falta da agencia ou dessa filial o próprio parágrafo primeiro diz “será competente a junta da localidade em que o empregado tenha domicílio”. Professor mais esse individuo aqui mora em Pinheiral, tem domicílio em Pinheiral a junta é onde ele tem domicílio e ele tem domicílio em Pinheiral, lá em Pinheiral não tem justiça do trabalho e agora? Onde vai ser? Na localidade mais próxima. Porque não é toda cidade que tem vara do trabalho.
É um raciocínio lógico:
Regra geral, local onde ele presta serviço;
Mas ele é viajante comercial, então é o local onde ele é subordinado;
Ah mas não tem local onde ele é subordinado, então é o domicílio;
Ah mas o domicilio dele não tem vara do trabalho, então eu vou pra localidade mais próxima.
2° EXCEÇÃO- §2°
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. (Vide Constituição Federal de 1988)
Em se tratando da competência da Junta, varas do trabalho estende-se aos problemas em agencia ou filial no estrangeiro, então a agencia ou filial está lá na Bolívia e o empregado seja brasileiro então a competência desse artigo o cara é subordinado de uma agencia ou filial da Bolívia desde que o empregado seja brasileiro para julgar o problema vai ser na Bolívia ou vai ser no Brasil?
Vai ser no Brasil, “ah mas ele é subordinado em uma agencia da Bolívia, foi contratado na Bolívia, é subordinado na Bolívia e foi mandado embora, veio para o Brasil e está aqui no Brasil”, nós vamos entrar com ação onde? Lá na Bolívia? Não tem agencia ou filial aqui. 
	Regra Geral, no local da prestação de serviços; Art. 651, caput
	Na ausência de local, na filial onde ele for subordinado; Art. 651 § 1°
	Na ausência de filial, no domicílio. Art. 651 § 1°
	Na ausência de vara de trabalho no domicílio, protocola a ação no local mais próximo. Art 651 §1°
	Estende-se aos problemas trabalhistas estrangeiro desde que o empregado seja brasileiro. Art 651 § 2°
O que quer dizer? 
Ele é brasileiro, é, trabalha em uma filial estrangeira, sim, então a competência é aqui no local da prestação de serviço;
Ah mas ele trabalha em uma filial que não é do Brasil, então eliminou a primeira hipótese. Ah na agencia ou filial onde ele está subordinado mas ele é subordinado da Bolívia, não rola. Qual a terceira hipótese?;
Sobra o domicílio, mas não tem vara de trabalho, então qual é a outra hipótese?
No local mais próximo.
Isso é o que está falando o parágrafo 2°.
	
	O parágrafo 2° tem uma observação no final, que só é do Brasil se não houver uma Convenção Internacional em sentido contrário, porque as vezes por exemplo o Mercosul que com certeza tem essa convenção, o cara esta trabalhando na Argentina com uma filial da Argentina ele não vai conseguir protocolar aqui, provavelmente se tiver uma convenção que diga, trabalhou na Argentina você vai ter que protocolar lá na Argentina, “ah mais eu não tenho como ir na Argentina”, ok, você protocola aqui no Brasil, aí você vai aqui na vara trabalhista brasileira, a vara do trabalho vai aceitar mais o processo vai ter que correr lá na Argentina porque tem uma convenção internacional que diz que não é pelo seu domicilio, você vai no seu domicilio e protocola porque é o princípio do acesso a justiça, e o juiz da vara do trabalho daqui vai ter que mandar esse processo lá para a Argentina. Como ele manda esse processo para a Argentina? Por meio de que? Qual nome disso? CARTA ROGATÓRIA.
	Se for de um Estado para outro é carta precatória, para outro país carta rogatória.
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.
Um exemplo, o empregador que realiza atividades fora do local de trabalho, agora não é mais o empregado, é o empregador. Circo por exemplo, todo mundo aqui trabalha no circo Solé e o espetáculo acontece com a gente, e aí vejam, agora a gente viaja, ok, mas quem viaja também é o empregador, porque hoje ele está aqui, semana que vem ele está lá, na outra semana lá, onde é que vai ser essa ação porque esse empregador viaja pra caramba. 
O contrato ele celebrou aqui, ele fez um teste seletivo aqui em Volta Redonda, me contratou como palhaço do circo dele estávamos em Volta redonda, mas cada semana ele está em um lugar diferente onde é que nós vamos entrar com a ação? Eu posso vir aqui em Volta Redonda onde foi feito o contrato e entrar com ação ou onde eu estiver prestando serviço.
Professor porque não pode ser no seu domicilio? Eu tenho domicilio? Se eu estou trabalhando no circo e viajo pra caramba cadê o meu domicílio? Então virou bagunça eu tenho várias residências eu vou ser citado para ir lá no Código civil eu vou ser citado onde o circo tiver vão ter que me procurar, então é difícil citar uma pessoa

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando