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Manual do Advogado Iniciante © Sabrina Dourado, Isadora Sapucaia e Cristiano Brandão J. H. MIZUNO 2019 Revisão: Paulo de Moraes Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (eDOC BRASIL, Belo Horizonte/MG) D739m Dourado, Sabrina. Manual do advogado iniciante / Sabrina Dourado, Isadora Sapucaia, Cristiano Brandão. – Leme (SP): JH Mizuno, 2019. 156 p. : 14 x 21 cm ISBN 978-85-7789-435-2 1. Advocacia – Brasil. 2. Direito – Brasil. I. Sapucaia, Isadora. II.Brandão, Cristiano. III. Título. CDD 340.0981 Elaborado por Maurício Amormino Júnior – CRB6/2422 Nos termos da lei que resguarda os direitos autorais, é expressamente proibida a reprodução total ou parcial destes textos, inclusive a produção de apostilas, de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, reprográficos, de fotocópia ou gravação. Qualquer reprodução, mesmo que não idêntica a este material, mas que caracterize similaridade confirmada judicialmente, também sujeitará seu responsável às sanções da legislação em vigor. A violação dos direitos autorais caracteriza-se como crime incurso no art. 184 do Código Penal, assim como na Lei n. 9.610, de 19.02.1998. O conteúdo da obra é de responsabilidade do autor. Desta forma, quaisquer medidas judiciais ou extrajudiciais concernentes ao conteúdo serão de inteira responsabilidade do autor. Todos os direitos desta edição reservados à J. H. MIZUNO Rua Prof. Mário Zini, 880 – Cidade Jardim – CEP: 13614-230 – LEME/SP Fone/Fax: (19) 3571-0420 Visite nosso site: www.editorajhmizuno.com.br e-mail: atendimento@editorajhmizuno.com.br http://www.editorajhmizuno.com.br/ mailto:atendimento@editorajhmizuno.com.br Impresso no Brasil Printed in Brazil Sobre os Autores Sabrina Dourado Possui graduação em Direito pela Universidade Salvador – UNIFACS. É especialista em Direito Processual Civil pelo Juspodivm em parceria com a Unyahna. É mestre em Direito Público pela Universidade Federal da Bahia – UFBA. Advogada e consultora jurídica. Palestrante. Autora de obras jurídicas. Membro do CEAPRO (Centro de estudos avançados de processo). Mentora de advogados iniciantes. Professora do Complexo de Ensino Renato Saraiva (CERS). Professora de Direito Processual Civil da Escola de Magistratura do Estado da Bahia (EMAB). Professora dos cursos de pós-graduação da Faculdade Baiana de Direito, Escola Paulista de Direito (EPD – SP). Coordenadora de pós-graduação em mediação de conflitos da Escola do Legislativo do Piauí. Membro do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Processual Civil). Isadora Sapucaia Advogada, graduada pela Faculdade 2 de Julho, especialista em Direito Processual Civil pela Faculdade de Direito Damásio de Jesus, sócia do escritório de Advocacia Dourado & Sapucaia, Palestrante e Life Coach com certificação internacional pela Sociedade Latino Americana de Coaching - SLAC. Cristiano Brandão Life e Profissional Coach. Executive Coach. Master Coach. Especialista em vendas – Positional Selling. Professor da pós-graduação na Escola do Legislativo do Piauí. Especialista em Marketing. Especialista em Gestão de Tempo e Produtividade. Analista comportamental DISC. Analista ASSESS. CEO da Fábrica de Produtividade. Dedicatórias Sabrina Dourado @sabrinadourado Dedico o presente livro ao meu PAI. Jadir Dourado França, és minha inspiração. Obrigada por ser meu exemplo e guia. Obrigada por estar sempre conosco. A meu esposo e coautor, que não me deixa desistir e está comigo em todos os momentos. Aos meus filhos, por terem me trazido luz, garra e mais determinação. Por fim, dedico aos colegas que irão nos brindar com a leitura das nossas singelas linhas. Isadora Sapucaia @isadorasapucaia Dedico esta obra, primeiramente à minha sócia, Sabrina Dourado, que tanto me inspira e me faz querer ser melhor a cada dia, minha eterna professora; hoje, uma irmã. A toda minha família, mãe, irmãos, marido e, agora, a minha Isabela que está chegando. E dedico a vocês, advogados e advogadas que, assim como eu, enfrentam grandes desafios na prática da advocacia. Cristiano Brandão @cristianobrandaocoach Dedico à minha esposa linda e amada, que me fez o convite. Estou muito grato por ter a experiência de escrever um trecho do presente livro. Foi muito importante e substancial para meu crescimento. Dedico, especialmente, ao leitor. Bons estudos! Sumário INTRODUÇÃO CAPÍTULO 1 1.1 Quero advogar, e agora? 1.2 Como começar – Primeiros passos 1.3 O método OPA CAPÍTULO 2 2.1 Empreendedorismo Jurídico / Marketing Jurídico 2.2 Código de Ética e Disciplina – O que pode e o que não pode CAPÍTULO 3 3.1 Missão, Visão e Valores 3.1.1 Missão 3.1.2 A importância da visão 3.1.3 Valores, sua verdadeira importância CAPÍTULO 4 4.1 Como captar os primeiros clientes 4.2 Networking 4.3 Quatro Estratégias de Marketing Jurídico Lícito 4.3.1 Aposte na comunicação 4.3.2 Participe de entidades e associações empresariais 4.3.3 Crie uma rede de relacionamento 4.3.4 Invista na profissionalização CAPÍTULO 5 5.1 Como aumentar sua produtividade e o seu desempenho 5.2 Priorizar 5.3 Planejamento 5.3.1 Conhecimento 5.3.2 Prática 5.3.3 Repetição 5.4 Foco CAPÍTULO 6 6.1 Prerrogativas do Advogado CAPÍTULO 7 7.1 Atendimento ao Cliente 7.2 Modelos de Fichas de Atendimento 7.2.1 Modelo de ficha de atendimento previdenciário 7.2.2 Modelo de atendimento trabalhista 7.2.3 Modelos de atendimento aplicado a Divórcio, Reconheciment Dissolução de União Estável CAPÍTULO 8 8.1 Precificação 8.1.1 Cobrar ou não cobrar consulta 8.1.2 Tabela de Honorários Advocatícios – Seguir ou não seguir? 8.1.3 Precificação logo após a consulta x Proposta de Honorários 8.2 Modelo de proposta de Honorários CAPÍTULO 9 9.1 Contrato de Honorários 9.1.1 Como elaborar um Contrato de Honorários de Sucesso 9.2 Modelo de Contrato de Honorários CAPÍTULO 10 10.1 Procuração. Como elaborar uma Procuração corretamente 10.2 Modelo de procuração, conforme o CPC/15 CAPÍTULO 11 11.1 Gratuidade Judiciária 11.2 Declaração de Hipossuficiência 11.3 Do pagamento de Custas Processuais CAPÍTULO 12 12.1 Construindo a petição inicial 12.2 Decisões do juiz ao analisar a exordial 12.3 Audiência de autocomposição CAPÍTULO 13 13.1 Elaborando a contestação 13.2 Reconvenção 13.3 Revelia 13.4 Providências preliminares e julgamento conforme o estado do processo CAPÍTULO 14 14.1 Desmistificando a audiência de instrução e julgamento 14.2 Lições de sentença e noções de recorribilidade ÍNDICE ALFABÉTICO REMISSIVO Introdução Um dos grandes desafios quando colamos grau em um curso de Direito é decidir qual caminho seguir. Alguns já se decidem logo no início do curso, que nasceu para advogar, ou já entram na Faculdade, decididos a prestar concurso. Há também casos em que, na vida, todos os caminhos levam à prática da advocacia, seja por uma indicação de um grande cliente, seja pelo fato de que em sua família já existem advogados militantes, com escritórios montados, aguardando apenas a sua aprovação no Exame de Ordem, para que ingresse na carreira. Há também situações em que você decide advogar por conta própria, sem influências familiares, apenas pela vocação, pelo amor, pela admiração, pela ânsia de atuar como advogado militante. Esta magnífica obra foi elaborada pensando em todas estas hipóteses, como uma forma de estimular, facilitar e orientar os advogados que queiram ingressar na advocacia e, muitas vezes, se deparam com dúvidas que a Faculdade de Direito não consegue sanar, não é da sua alçada. Somente a vida prática e o tempo de experiência poderão lhe trazer. 1.1Quero advogar, e agora? A certeza de querer advogar e seguir na vida da militância causídica lhe traz o que é preciso: a plenitude de saber o que quer e que vai trabalhar para o resto da vida com algo que realmente gosta. Talvez este seja o principal detalhe, que fará toda a diferença e irá transformá-lo em um grande profissional. Para ilustrar, nósvamos contar um pouquinho das nossas histórias. Eu me chamo Isadora Sapucaia e, desde logo, lhes digo que eu, praticamente, já ingressei na Faculdade de Direito sabendo que queria advogar! Eu nunca quis fazer concurso público, embora a minha mãe sempre insistisse nisso, por conta da estabilidade financeira, aposentadoria, dentre outros benefícios inerentes a um cargo público. Acontece que eu não seria feliz fazendo exatamente a mesma coisa para o resto da minha vida, ali, naquela rotina que a maioria dos cargos públicos proporciona. Formei-me, fui aprovada no Exame de Ordem, e aí veio o susto. Uma das maiores frustrações que eu senti em minha vida foi logo depois que eu passei na OAB. Vocês devem estar perguntando: “Mas como assim, frustração, Isadora?! Quando passamos na OAB, ficamos felizes, eufóricos, gritamos, choramos, comemoramos”. Sim, eu fiz tudo isso! Mas minha felicidade durou, mais ou menos, umas 3 semanas, um mês praticamente, afinal, eu tinha sido aprovada numa prova que não é assim tão fácil. Vocês já entenderão o motivo da minha frustração. Antes, porém, vou lhes contar como veio a minha certeza. A convicção plena de que eu queria ser uma advogada, tive quando comecei a estagiar num escritório de advocacia no 3º semestre da Faculdade, por admirar muito o meu irmão, que já era advogado, e também as outras advogadas, de quem eu era estagiária. Foi uma fase de grande aprendizado. Aprendi coisas que Faculdade nenhuma ensina. Até então eu não tinha visto nenhuma matéria de processo nem de direito material que me desse um norte do que era advogar. Comecei a estagiar apenas com conhecimentos de Introdução ao Estudo do Direito, Filosofias e Sociologias infinitas que pareciam não mais acabar. Nesse escritório eu estagiava na parte de Direito do Consumidor. Eu achava mágico as fases do processo, os andamentos, até mesmo organizar pastas, eu achava o máximo! Um fato engraçado: Eu acreditava que aquelas pastas que eu organizava eram os processos originais, não sabia que eram cópias e que ficavam no arquivo do escritório, isso na época dos processos físicos! Processos eletrônicos ainda não existiam. Por acreditar que aquelas pastas iriam para a mão do juiz, eu as deixava arrumadas, de forma impecável. Esse trabalho teve uma importância imensa na minha vida acadêmica. Facilitou muito quando comecei a estudar as matérias processuais na faculdade, pois já estava familiarizada com as peças, fatos e atos. Mas onde eu quero chegar com isso? Apenas mostrar a importância do estágio. E, por isso, eu lhes digo: Estagie! Voluntariamente, se for o caso, mas faça um estágio durante a sua graduação! O tempo foi passando e finalmente me formei, trabalhei em dois escritórios de advocacia como associada, fui escravizada sim! Trabalhava como louca, e ganhava quase nada! Mas foi onde eu adquiri a experiência necessária para voar com minhas próprias asas! Eu estava, cada vez mais, decidida: teria, sim, meu próprio escritório um dia! Voltando, lembram que eu disse, a pouco, que um mês depois da minha aprovação na OAB eu comecei a me frustrar? Eis o motivo: Como eu podia ter lutado tanto para passar na OAB e trabalhar tanto daquele jeito, para ganhar um salário ruim daqueles, que mal dava para pagar as contas, sem que minha mãe me ajudasse? Eu queria mais, queria independência, queria ir além! E sim, nós precisamos de um pouco de ambição para vencermos na vida, me referindo àquela ambição boa, que não atropela os outros, não passa por cima de ninguém para chegar onde queremos. Pois bem, a OAB eu tinha, a vontade louca de advogar também, mas não tinha o principal: OS CLIENTES! Eis a lição: Passar na OAB não é tudo. Que todo início é difícil, todo mundo sabe, e quando montamos o nosso escritório, ou a nossa carreira na advocacia, a princípio, não se tem uma equipe, não se tem funcionários ou estagiários, então quem montará as pastas, atenderá o telefone e servirá água e cafezinho seremos nós! Mas Isadora, por que você está nos contando isso? Para que vocês possam perceber como foi a minha trajetória e como cheguei à certeza pela advocacia. Talvez muitos de vocês também tenham passado ou passam, atualmente, pelo que passei e isto, de alguma forma, lhes inspire. A trajetória da Sabrina foi diferente, mas, ao final, vamos concluir que, apesar de caminhos diferentes, a conclusão que chegaremos será idêntica. Vamos conhecer um pouquinho da história dela. Eu comecei a minha vida profissional cedo. Ainda no chamado ensino médio, comecei a dar aulas de reforço escolar. Iniciei a Faculdade e continuei ministrando as aulas para diversos alunos. Assim, eu auxiliava meu pai com as despesas. No terceiro semestre, surgiu a oportunidade de estágio e eu passei a cumular as duas atividades. Confesso-lhes que estranhei. Não sabia como fazer as consultas processuais. Esperava, por longos períodos, nas Varas e não tinha a oportunidade de peticionar. Sonho de todo estagiário, não é? Apesar do aparente desânimo, eu resolvi seguir. Ao longo dos dias, ao checar um processo, eu revivia a situação fática das partes, pensava em saídas jurídicas, me emocionava e me via fazendo aquelas peças. Fiquei no estágio mais algum tempo. Na sequência, estagiei na maior escola de humanidade do planeta. A Defensoria Pública. Amei estar em contato com o Direito de Família e com pessoas que careciam de suporte jurídico, mas, especialmente, carinho e amor. Passados alguns meses, eu soube de uma dificílima seleção para estágio na CAIXA. Apesar do medo, eu encarei de frente e consegui ser aprovada. Muitas horas de estudo para fazer uma prova daquelas. Ali, eu tive certeza que iria advogar. Passei a cuidar dos processos, como um todo. Controlava os prazos, elaborava petições, me dirigia à Justiça, com um motorista fantástico, que conduzia os estagiários. Nunca me esquecerei dele, Sr. Alberto. Estagiei lá por dois anos e aprendi muito. Ao final do curso de Direito, me preparei para o exame e consegui a minha aprovação. No entanto, me vi cheia de questionamentos e dúvidas sobre como e de que forma começaria a advogar! Imaginamos que muitos de vocês podem ter a seguinte dúvida: “O que fazer depois que eu for aprovado na OAB?” E aqui você precisa buscar no fundo da sua alma, o que realmente lhe faz feliz! É aquele ditado velho e clichê, mas que traz uma verdade imensa: “Trabalhe com o que ama e não terá que trabalhar nem um só dia em sua vida”. É preciso que você pare e analise o que realmente quer, até para dar continuidade a esta leitura. Lá na frente você vai entender os motivos da importância desta certeza. Foi a partir desta certeza que construí meu próprio escritório, juntamente com minha sócia, com quem agora estou dividindo um livro, recheado dos capítulos mais especiais, elaborados carinhosamente para vocês. Eu consegui. Você também consegue, colega! 1.2Como começar – Primeiros passos Pronto! Advogar é o que você ama! E agora? O que fazer? Opção 1: Você é advogado (a) e não tem condições de investir no aluguel e manutenção de uma sala, logo de início, até que os clientes comecem a aparecer. Você vai precisar de, pelo menos, um e-mail e um número de telefone. A advocacia moderna permite que você trabalhe onde quer que esteja. Seria bom ter um cantinho em sua própria casa (home office), onde você possa armazenar os processos físicos (pasmem, algumas comarcas ainda funcionam com processos físicos) e demais documentos dos seus clientes. Será preciso um cuidado especial, principalmente com estes documentos, para não correr o risco de perdê-los. Quando conseguir um possível cliente, marque com ele uma consulta, cobrando ou não por ela. Esta consulta pode acontecer num restaurante ou numa cafeteria, por exemplo. Caso você prefira um local mais reservado, pode contratar os serviços de um escritório virtual. Há várias opções espalhadas por todo o Brasil. E aqui vale explanar, um pouco, acerca desta ferramenta. Escritório virtualé um serviço para empresas, profissionais e empreendedores que inclui, basicamente, o atendimento telefônico, transferência de chamadas e um endereço físico e fiscal. O serviço é complementado, em alguns casos, com a disponibilidade de estações de trabalho para coworking, salas de reunião e até auditórios para serem usados nos momentos em que o usuário os solicite. Esta modalidade de trabalho em que a empresa terceiriza certas atividades permite a empresários e colaboradores trabalharem em qualquer lugar, usando meios tecnológicos, como celular e internet. Ao contratar os serviços de um escritório virtual, pequenas empresas e empreendedores obtêm, por um preço acessível, um atendimento telefônico profissional e um endereço de prestígio. O serviço também é usado por grandes empresas para realizar atividades em cidades onde não dispõem de escritórios. Dessa forma, você terá todo o amparo que um advogado precisa, sem ter aquele compromisso de, todo mês, pagar aluguel de uma sala, pois sabemos que iniciar na advocacia, do zero, não é a certeza de retorno financeiro imediato. Opção 2: Você não só tem condições, como já montou sua sala, sua estrutura e agora lhe falta o principal: O cliente. Nós trataremos de captação de clientes nos próximos capítulos. Enquanto isso, vamos focar nas duas opções acima, pois o que você vai aprender agora se aplica a ambas as situações. Ser responsável pela gestão de um escritório de advocacia, ainda que ele seja virtual, não é uma missão simples e nem deve ser a parte mais fácil da sua rotina, não é mesmo? Você pode não ter ouvido isso durante a graduação, mas, certamente, já sentiu na prática, desde que decidiu iniciar o próprio negócio jurídico. A constante preocupação com o cumprimento dos prazos, a baixa procura pelos serviços do escritório e a falta de organização financeira são alguns sintomas que surgem a partir de falhas na gestão jurídica estratégica. Mas não se desespere! Aprender com os erros é um passo fundamental para o aperfeiçoamento profissional e para a formação empreendedora. Muitas vezes achamos que estar habilitado a advogar (ter a carteira da OAB) é o suficiente para que possamos começar. Ledo engano. O mundo da advocacia é cheio de surpresas e pegadinhas, no qual, a cada dia, nos é dada a oportunidade de novas descobertas e novas experiências. Aí vocês podem perguntar: Meninas, é possível que alguém atinja o “suprassumo” da experiência prática no mundo da advocacia? Não! E jamais será! O Direito está em constante mudança, logo, a advocacia também passa por processos de transições contínuos, que nunca irão se findar, pois assim é o mundo, assim é a vida e estaremos em constante evolução. O que devemos buscar é a capacidade para fazer bem feito aquilo a que nos propusermos. É ter a humildade de reconhecer que se não souber como realizar algo, procurar se informar, sem nenhum tipo de vergonha ou timidez. 1.3O método OPA Para que a sua decisão pela advocacia não possua um final trágico, precisamos entender o significado de três palavrinhas mágicas: Organização, Planejamento e Ação. Importante aqui não confundirmos Organização e Planejamento como sendo expressões sinônimas, pois neste método elas são bem diferentes! Na organização é que se torna possível perseguir e alcançar objetivos que seriam inatingíveis para uma pessoa, sem que houvesse uma concentração de esforços, num único objetivo. É a definição da sua meta! Onde você quer chegar? A meta nada mais é do que o caminho percorrido, partindo de onde você está agora, até onde você quer ir. E aí surge o planejamento! É nesta fase que você vai criar um plano para chegar a um objetivo. O planejamento consiste em uma importante tarefa de gestão e administração, que está relacionada com a preparação, organização e estruturação de um determinado objetivo. Estou falando de colocar tudo na ponta do lápis, criar um roteiro do que você pretende fazer para alcançar seu objetivo! Um cronograma mesmo, com as suas metas escritas e estruturadas. Por último, e não menos importante, vem a ação! Colocar a mão na massa. Realizar. Atuar. Fazer acontecer. Correr atrás. Fazer a sua parte. Determinar prazos! Aqui fazemos uma observação que pode ser adotada em todas as áreas da vida de vocês: Quando nós criamos prazos, criamos junto com ele um comprometimento! Porque então você pensa: Eu tenho até TAL dia para concluir essa tarefa! E, automaticamente, você se compromete, ainda que de forma inconsciente, simplesmente vai lá e faz! Experimente! Funciona! Por derradeiro, temos a Opção 3 , que é aquela onde você quer muito advogar, mas nunca estagiou em escritórios de advocacia, não tem qualquer experiência prática e no fundo sente um pouco de medo de começar algo sozinho (a). Nesse caso, o recomendado é que você adquira esta experiência antes de montar o próprio negócio jurídico. Mas, como? Se puder e quiser, conseguindo um emprego como advogado associado em um grande escritório. O salário não é alto, o trabalho é, por vezes, realizado em demasia. No entanto, o que se busca aqui não é ficar rico, mas, sim, aprender como se faz para ficar rico. Nesta terceira opção, é muito importante que se tenha preservada a paciência e a resignação, para que não haja uma desistência por conta do imediatismo que é inerente a maioria dos seres humanos. Aguente firme, absorva tudo o que puder, desde a forma como são confeccionadas as peças, até a parte administrativa do escritório. Na hora certa você vai saber quando sair e seguir sozinho (a). 2.1Empreendedorismo Jurídico / Marketing Jurídico Muito se ouve falar, hoje em dia, em empreendedorismo jurídico. Arrisco até dizer que este nome está na moda. Se você perguntar para o “Dr. Google” qual a definição de empreendedorismo, você vai se deparar com uma variedade enorme de definições. Muito provavelmente vai aparecer a foto do Steve Jobs, conhecido como o maior empreendedor de todos os tempos. O criador do mundo i: iPhone, iPad, iMac, iPod, dentre tantos outros aparelhos de alta tecnologia. Mas o que Steve Jobs fazia de tão importante para ser o maior empreendedor do universo? E afinal, o que é empreender? Empreender é resolver um problema ou situação complicada. É um termo muito usado no âmbito empresarial e, muitas vezes, está relacionado com a criação de empresas ou produtos novos. Empreender é também agregar valor, saber identificar oportunidades e transformá-las em um negócio lucrativo. Certo, mas o que isso tem a ver com advocacia? TUDO! O que pretendemos aqui é mostrar a vocês, e fazer com que percebam, de uma vez por todas, que a advocacia é, sim, um negócio, o seu escritório, seja ele como for, virtual, físico, home office, é uma empresa e essa empresa precisa de uma gestão! Precisa de um empreendedor, precisa de você. O que queremos que fique claro é que, tudo o que foi trazido sobre empreender, nós vamos aplicar à advocacia, respeitados os devidos limites impostos pelo código de ética. Certo, mas como eu aplico? A primeira regra é: Capacitação: Você precisa ser bom no que faz. E como isso é possível? Estudando, se especializando e PRA-TI-CAN-DO. Se você não tem experiência nenhuma como advogado, é recomendável que você trabalhe num grande escritório, temporariamente – repito, temporariamente –, antes de começar a advogar por conta própria, para ter uma noção do que é a administração de um escritório, quais rotinas de organização de processos são adotadas, controle de prazos, audiências, etc., ainda que você seja escravizado. Lembre-se que esses grandes escritórios de massa podem ser uma grande escola. Além disso, assista a audiências, principalmente as de instrução! Quando se sentir seguro, depois de acompanhar algumas, experimente fazer uma, sozinho. Não tem mistério, está na hora de perdermos o medo de Juiz, o medo de errar. Todo mundo erra, meus amigos e algumas coisas dentro da advocacia, ninguém vai lhes ensinar! Porque ninguém sabe tudo!A advocacia se renova a cada dia. Certas coisas você só aprende fazendo e errando. A segunda regra é: Investir em um bom marketing Jurídico: Só que antes vamos entender o que é o Marketing. Marketing nada mais é do que um conjunto de técnicas e meios utilizados para aproximar uma pessoa – cliente ou não – de um produto, marca ou empresa. Como esses meios podem ser aplicados ao mundo jurídico, mais precisamente à advocacia? Um escritório de advocacia nada mais é do que uma empresa, isso nós já percebemos e já entendemos. Uma empresa precisa ser bem administrada, senão afunda! Então, concluímos que essas técnicas e meios de divulgação podem sim serem aplicadas dentro dos serviços jurídicos. De que forma? Nós já vamos descobrir. Antes disto, nos deparamos com um grande porém: O CED – Código de Ética e Disciplina. 2.2Código de Ética e Disciplina – O que pode e o que não pode É preciso saber bem o que é permitido e o que não é pelo CED1, para que possamos seguir com um marketing jurídico seguro, sem infringir qualquer norma legal: O QUE PODE • É permitido veicular anúncio da sociedade de advogados, contendo nomes e registro na OAB dos advogados, número de registro da sociedade de advogados, endereço eletrônico e horário de atendimento; • É permitido ao advogado ter website e veicular anúncios na Internet, observando a mesma moderação da veiculação em jornais e revistas especializadas; • Escritório de Advocacia ou Advogado unipessoal pode divulgar seu site pela Internet. É permitida a publicação de anúncios do website do Advogado ou do Escritório em outros sites na Internet; • É permitido o uso de logotipos, mas têm de ser compatíveis com a sobriedade da Advocacia; • É permitida a veiculação em espaços para publicidade de Advogados ou Escritórios de Advocacia em página de revista jurídica na Internet; • É permitida a participação do advogado em revistas jurídicas na Internet; • É permitida a participação em página de cadastro de profissionais jurídicos na Internet; • É permitido “…fazer referência a títulos ou qualificações profissionais, especialização técnico-científica e associações culturais e científicas, endereços, horário do expediente e meios de comunicação,…” (art. 29 do CED); • É considerada “apenas informativa” e moderada reportagem jornalística informando sobre a participação de advogados em seminário jurídico; • A publicidade deve se dar por “veículos especializados”, sendo “vedado o anúncio de escritório de advocacia em revista não jurídica”; • É permitido veicular anúncios de serviço de apoio a advogados em revistas e jornais. O advogado “deve” utilizar revistas e jornais especializados em Direito, dirigidos aos profissionais, para veicular seus anúncios; • É permitido mencionar a especialidade do escritório ou advogado em anúncio; • É permitido o uso de fotografias nas home pages, mas estas devem ser compatíveis com a “sobriedade da advocacia”; • É permitido comparecer a eventos que premiem o advogado pelo seu trabalho e o noticiário do prêmio é considerado uma consequência lógica do evento; • É permitida a divulgação de eventos nos quais o advogado irá participar como palestrante; • É permitida a participação em página de cadastro de profissionais jurídicos na Internet. O QUE NÃO PODE • É proibido anunciar em catálogos empresariais, além de rádio e televisão. Também não é permitido em locais de utilização pública; • As placas de identificação do escritório não podem ter cores extravagantes ou estampas do nome profissional fazendo uso de objetos estranhos ao Direito, como chaveiros e calendários. A regra também não permite utilizar fotos de edifícios de tribunais em qualquer material de comunicação; • Na internet, o advogado ou escritórios de advocacia devem se limitar apenas à divulgação de conteúdo de importância ao leitor, não sendo permitido oferecer consultas gratuitas no ambiente on-line; • É proibido fornecer informações do valor cobrado, bem como fixar honorários e manter pagamento após depósito bancário; • Não é permitido oferecer os serviços do advogado através de e-mail. Com as regras estabelecidas e melhor explicadas, fica mais fácil elaborar planos de marketing para, de alguma maneira, conseguir levar a conhecimento de um maior número de pessoas possível, que você é um advogado e um especialista em determinada área. Observando e analisando atentamente cada uma das leis expostas, pode-se concluir que hoje a internet é a uma excelente alternativa para escritórios de advocacia, dispondo de opções gratuitas, sendo a criação de blogs ou redes sociais com conteúdo jurídico gratuito, um excelente mecanismo. Vale ressaltar que não existem impedimentos em relação à publicidade do advogado ou do escritório de advocacia. Criar um site, mostrar um bom serviço, elaborar bons conteúdos e fazer a divulgação é uma saída que tem dado certo em diversos casos. Vivemos num momento em que a área da Justiça e do Direito no Brasil possui e exige diferentes especializações no setor, assim como outras profissões, por isto a capacitação é tão importante. As pessoas procuram profissionais capazes de atuar em áreas específicas. A maioria das empresas vai em busca de escritórios especializados. Porém, nem todas as pessoas conseguem encontrar com facilidade o perfil desejado. É justamente essa a função de um site ou blog. Quanto mais informações e conteúdos oferecer, maior será a chance de possíveis clientes encontrarem seu escritório de advocacia. Além de conquistar uma audiência, os escritórios de advocacia em geral conseguem encontrar uma linha de atuação, diante de solicitações e comentários advindos dos próprios seguidores. * Leia na íntegra o código de ética e disciplina da OAB. 3.1Missão, Visão e Valores Aliadas às lições de marketing jurídico, não deixe de montar a missão, visão e valores do seu modelo de negócio. Não temos como falar de uma empresa, de um escritório, de um profissional sem iniciar definindo a MISSÃO, VISÃO e VALORES. Mas, o que são, realmente, MISSÃO, VISÃO e VALORES? Qual a sua importância? E como isso fará fazer a diferença no seu negócio? Podemos dizer que esse é o “tripé estratégico”, de uma empresa/profissional. Alguns especialistas definem estratégia como a forma de tratar o futuro, planejando no presente, sempre com foco, onde a empresa quer chegar. Ou seja, é um conjunto de ações que irão determinar: o nicho de mercado a ser explorado, a direção e as possibilidades da empresa, como a empresa será vista e lembrada e como irá executar todo o planejamento. A partir dessas definições (Missão/Visão/Valores) e possibilidades é possível fazer o direcionamento de funções de todas as pessoas envolvidas e criar laços com os clientes. O propósito da empresa irá te posicionar no mercado, tanto para seus clientes quanto para colegas. Apesar de muitos empresários não saberem identificar a diferença e importância da missão, visão e valores, é fundamental sua definição para a vida da empresa ou, como já dito, de um profissional. E quando falo empresa, estou falando do escritório de advocacia, ou você não precisou criar e registrar uma marca e um CNPJ? Então, passe a encarar seu escritório como uma empresa, saiba que irá saber aprender e se qualificar em algumas competências que você não aprendeu na Faculdade. O que mais encontramos no mercado são empresários que não encaram seu escritório como uma empresa e não entendem que precisam aprender a gerir uma empresa. Esses entendimentos são extremamente importantes para que a empresa possa descobrir o porquê de sua existência, para onde ela vai e o que é realmente importante para ela. Pensando nisso, vamos aprender a definir a missão, visão e valores. 3.1.1Missão Segundo Peter Drucker, considerado o “pai” da administração moderna, uma empresa não pode ser definida apenas pelo seu nome ou produto e, sim, pela sua missão. Que é criada pela sua razão de existir. A missão orienta, objetivamente,como a empresa deve atuar, declara a razão de ser, hoje. Está contido com a definição do negócio e na visão da organização. Toda e qualquer empresa tem que ter uma estratégia do negócio, um plano de negócio que serve de suporte para que possa colocar em prática sua missão. A missão da organização liga-se diretamente com sua criação, e aos seus objetivos. Podemos dizer que a missão é a carteira de identidade da empresa, é como o documento. Todos precisam saber e entender exatamente o que a empresa é, e para qual direção ela vai. Qual seu propósito. E quando falamos, todos, os funcionários são os primeiros que precisam saber e entender isto. Eles devem ser questionados periodicamente, em reuniões ou quando uma nova estratégia está sendo montada, para que seja avaliada a compreensão de todos sobre a empresa. E para isso separamos algumas perguntas muito usadas para definir e/ou achar sua missão: • O que a empresa deve fazer? • Para que ela deve fazer? • Para quem deve fazer? • Como deve fazer? • Onde deve fazer? • Como ela deve fazer? • Qual a responsabilidade social a empresa tem? Respondendo essas perguntas, com base no que os seus criadores querem e pensam, pode-se definir uma MISSÃO. E se você está pensando que é uma tarefa fácil, você está completamente enganado. Pois é! Se você, dono ou sócio de um escritório, empreendedor, sempre achou que missão fosse apenas uma frase vaga, geralmente formada por clichês e estampada na parede da recepção das empresas, você está completamente enganado. Já vi empresas levarem 3 dias para definir e responder essas 7 perguntas. É muito comum encontrar nas empresas, muitas pessoas envolvidas com suas atividades, comprometidas com seu trabalho, de sócios a funcionários, porém, cada um tentando fazer uma coisa, pensando e olhando para uma direção diferente, cada um com o seu próprio pensamento e “estratégia de ação”. Não tenho medo de dizer que as empresas que não têm muito bem definido sua missão, estão fadadas a ter muitos problemas e não alcançar seus objetivos e, por fim, o fracasso. Justamente porque não existe o objetivo da empresa, apenas os objetivos pessoais. Quero deixar claro que ter objetivos pessoais dentro da empresa não está errado, muito pelo contrário, está certíssimo, porém, ele deve estar alinhado com o objetivo maior, a missão da empresa. Por fim, separamos alguns exemplos. Alguns bancos definem sua missão como: “Ajudar no crescimento de organizações e pessoas”, assim como “contribuir para o desenvolvimento do Estado” e “fazer de nosso cliente um parceiro”. Exemplos da missão de grandes empresas: Walmart: “Nós economizamos o dinheiro das pessoas para que elas possam viver melhor”. Google: “Organizar as informações do mundo todo e torná-las acessíveis e úteis em caráter universal”. Mercedez-Bens: “Aperfeiçoar o nosso negócio de automóveis, fornecendo veículos de alta performance e confiabilidade”2. Como falamos anteriormente, perceba que uma missão bem definida e clara é o motivo da sua existência e torna possível e realista seus objetivos. 3.1.2A importância da VISÃO Bom, depois de definir a missão, chegou a hora e entender a importância da visão. E uma pergunta perfeita para entender e definir a visão é: Qual a visão de futuro da empresa? Ou seja, quais os objetivos de pequeno, médio e longo prazo? É de extrema importância que tenham indicadores, como, a empresa quer ser a melhor, ou a maior, ou ter o melhor atendimento ou o que a empresa vai proporcionar para seu cliente! Diferente da missão, a visão é mais complexa para se definir, justamente porque agora o empreendedor precisa olhar para o futuro. O que ele irá transformar naquela empresa, e como. Por conta disso, é muito difícil elaborar a visão, e muitas empresas acabam simplesmente colocando uma frase qualquer. Quando a visão é bem definida, o empresário sabe em qual direção ele e a empresa precisam seguir! Imagine se uma empresa define sua visão como, “uma empresa que quer proporcionar excelência no atendimento”. Mas sua missão é “atender o maior número de clientes”. Pensando que assim ele irá aumentar o faturamento”. As informações, as ações, irão se chocar, os resultados não irão aparecer, e, com isso, o proprietário não terá ideia do que está acontecendo e o que ele precisa fazer. Agora, se você definiu a missão, sabe exatamente o que a empresa deve ser. E sabe o conceito e a importância da visão, fica muito mais fácil elaborar o que a empresa irá proporcionar para seus clientes a curto, médio e longo prazo. O correto ficaria assim: Missão: Proporcionar excelência no atendimento… Visão: Duplicar o valor da companhia, ampliando a liderança em cada um dos mercados. Ficou claro isso para você? E como você pode planejar sua visão: “Duplicar o valor da empresa”. Em quanto tempo? Qual é o planejamento para o primeiro ano? O que a empresa vai ter conquistado até o terceiro ano de vida? E por aí vai! Um grande exemplo que podemos usar é uma empresa americana, cujo foco é agilidade na entrega dos seus lanches. Envolver a agilidade com um conjunto diferente de atividades, sempre foi o seu diferencial. Já teve até uma propaganda que o cliente, ao ser atendido, pegava seu lanche em menos de 8 minutos. Esse diferencial sempre foi tão forte que seus clientes nunca reclamaram do valor dos seus produtos, porque a agilidade que é oferecida sobressai. Depois de um tempo, dentro do seu plano de metas, essa empresa americana que atua com lanches passou a ter um atendimento de intimidade com o cliente. Oferecendo uma quantidade maior de “combos” para atender todo tipo de cliente, criou também uma promoção com brinde infantil para atender às crianças. E a longo prazo retornou para a estratégia da agilidade, com a excelência operacional, unindo uma combinação matadora. Agilidade, preço e qualidade (dentro do que ela se propõe). Ou seja, a visão é o que se espera para o futuro da empresa. Precisamos lembrar também, que devem ser metas atingíveis e realistas, focadas naquilo que a empresa quer se tornar. Exemplos de visão de grandes empresas: Apple: “Produzir produtos de alta qualidade, baixo custo e fácil uso que incorporam alta tecnologia para o indivíduo, provando que alta tecnologia não precisa ser intimidadora para aqueles que não são experts em computação”. Samsung: “Se dedica a desenvolver tecnologias inovadoras e processos eficientes que criam novos mercados e enriquecem as vidas das pessoas e continuam a fazer da Samsung um líder digital”. Microsoft: “Disponibilizar às pessoas software de excelente qualidade – a qualquer momento, em qualquer local e em qualquer dispositivo”.3 3.1.3Valores, sua verdadeira importância Vários especialistas afirmam que a definição de valores é de extrema importância para os objetivos da empresa. Podemos traduzir valor, de uma forma bem ampla, como o conjunto de princípios e normas, aceitos e/ou mantidos. Os valores, podemos dizer que são o coração da cultura organizacional. O que corresponde ao comportamento do dia a dia da organização, considerando, principalmente, o que seus funcionários fazem. Os valores definem o sucesso em termos concretos para seus colaboradores e estabelecem os padrões que devem ser destacados. A ordem que falamos – Missão, Visão e Valores – deve ser mantida para elaboração das mesmas. Já vimos que tendo uma missão bem definida e entendendo o conceito de visão nela compreendido, conseguimos montar uma estratégia na qual os objetivos, metas e ideias vão se unindo. Não é diferente com a definição dos valores. Se a empresa não soube definir a missão, definiu a missão de forma completamente equivocada, não terá base para criar seus valores. Mas, se o processo de construção seguiu a ordem e o conceito de forma correta, definir os valores não será tão complicado. Precisamos entender que os valores, em termos práticos, quando interligados missão e visão, geram autoconfiança e comprometimento de todaa equipe. Os valores de uma empresa funcionam como um guia, orientando o comportamento dos colaboradores, destacando, principalmente, o comportamento ético. Um detalhe muito importante é que os valores devem ser desenhados e definidos para resistir ao “modismo”. Podemos entender que valores são a filosofia de trabalho que a empresa visa destacar. Exemplos de valores de grandes empresas: Walmart: “Sempre respeitando o indivíduo – seja funcionário, cliente, fornecedor ou membro da comunidade em geral, independentemente de etnia, gênero ou orientação sexual”. Google: • “Integridade e honestidade. • Empenho para com os clientes, parceiros e tecnologia. • Abertura e respeito para com os outros e empenho para contribuir para o seu desenvolvimento. • Capacidade para aceitar grandes desafios e conduzi-los até ao final. • Atitude crítica, dedicação para com a qualidade e melhoramento pessoal. • Assumir plena responsabilidade dos compromissos, resultados e da qualidade perante os clientes, acionistas, parceiros e colaboradores.” Mercedez-Bens: • “Ética: compromisso com a verdade, transparência e honestidade. • Respeito aos colaboradores: Comprometimento mútuo entre funcionários e organização. • Excelência de serviços aos clientes: busca constante de melhorias e satisfação. • Responsabilidade ambiental. • Orientação para resultados que garantam a perenidade”4. 4.1Como captar os primeiros clientes Muitos advogados, volta e meia, se deparam com um grande dilema: O desejo de seguir na advocacia, mas e a dificuldade em captar clientes? A resposta que temos para este impasse pode parecer muito simplória, mas é a mais pura realidade: Conquiste-os! Primeiro: O cliente não tem bola de cristal para adivinhar que você é advogado, em que área você atua, muito menos irá adivinhar o seu número de telefone. Nos primeiros anos, inclusive, o cliente não vai bater à sua porta! Segundo: O que vou dizer agora pode parecer um pouco triste, mas é a mais pura verdade: Todo mundo tem problemas! E todo mundo precisa de um advogado! Como chegar a estas pessoas é uma cadeia que envolve todo um planejamento, afinal, a montagem da sua advocacia, na qual você ainda não definiu sua área, exige foco. A primeira lição é definir o seu campo de atuação, ante a amplitude de áreas existentes dentro do Direito Brasileiro. Delinear o nicho de mercado vai lhe ajudar a definir como captar clientes na advocacia e como posicionar-se naquele segmento escolhido. Para isso, ressaltamos, mais uma vez, a importância da atualização e especialização e na definição clara de todas as necessidades e do perfil do cliente. E quais são as expectativas e como vou consolidar minha marca no mercado? Para isso, você precisa construir o seu Networking! Você precisa aparecer no mercado. Se mostrar. Se vender! 4.2Networking Networking, palavra de origem norte-americana, cuja definição é a capacidade de estabelecer uma rede de contatos ou uma conexão com algo ou com alguém. Essa rede de contatos é um sistema de suporte no qual existe a partilha de serviços e informações entre indivíduos ou grupos que têm um interesse em comum. Além disso, se apresentar ao mercado como referência de conteúdo específico em determinada área é um bom começo para aumentar o networking. Um belo exemplo é o advogado que leciona em Faculdades de Direito ou faz palestras gratuitas. Dessa forma passa a ser visto como um expert no assunto, podendo aumentar o interesse na contratação para uma demanda específica. A própria OAB realiza vários eventos presenciais em cada seccional, por todo o Brasil, voltada para jovens advogados! Participar, ainda que como espectador, é incrivelmente válido. Quando o advogado se torna especialista em uma área, tudo começa a fluir. É convidado a escrever artigos para revistas, jornais ou blogs e até mesmo chamado a dar entrevistas para programas de televisão. Dessa forma, o advogado se torna uma referência no assunto e passa a produzir conteúdo rico, o que gera bons resultados para clientes que buscam uma autoridade para resolver uma questão jurídica. Dito isto, lhes apresentamos 4 estratégias para implementar no seu escritório o quanto antes, que atrairá a atenção de um possível cliente. 4.3Quatro Estratégias de Marketing Jurídico Lícito 4.3.1Aposte na comunicação Quer ser visto? Comece aproveitando bem os canais digitais. Um site bem construído, com todas as informações sobre a atuação do escritório de advocacia, é uma porta de entrada para clientes. Grande parte dos brasileiros consulta a internet antes de comprar um produto ou serviço. Tudo isso sem falar nas redes sociais. Ter uma conta no Instagram e no Facebook, oferecer conteúdo jurídico gratuito é algo que está ao alcance de todos e de graça. Ali na sua lista de seguidores pode ter muito cliente em potencial! Criar um layout que represente a sua marca, o seu escritório é uma ferramenta fundamental. Logotipos e cores bem aplicados farão parte da composição visual do que você representa e estarão presentes em cartões de visita, materiais de escritório, placas e no site da empresa. 4.3.2Participe de entidades e associações empresariais Para aumentar a carteira de clientes, também é fundamental ser presente no meio. Quanto mais o advogado é conhecido, mais será procurado para consultas e prováveis ações judiciais. Uma forma de estar sempre presente é participar de entidades e associações empresariais. Conversando com os outros participantes, ministrando palestras sobre assunto que domina, mesmo que de forma gratuita, com o simples intuito de se tornar conhecido. Dessa forma, o advogado, além de conhecer mais pessoas, poderá demonstrar seu conhecimento e autoridade em alguma área, gerando confiança e colhendo, como resultado, o aumento da clientela. Muitos dos que participam dessas entidades e associações têm negócios, possuem empresas e lidam, diariamente, com questões que envolvem leis e normas, dessa forma, o advogado pode conseguir uma rápida captação de clientes, tanto para representação processual como para prestação de consultorias. 4.3.3Crie uma rede de relacionamento Uma sugestão é propor serviços de consultoria para empresas de conhecidos, ou ainda buscar na rede de relacionamento pessoas com problemas trabalhistas, previdenciários, família ou como consumidor, por exemplo. É o famoso caso das festinhas de crianças: Sempre vai ter uma rodinha de mães comentando sobre alguém que se separou recentemente. Nesse momento, esteja com seu cartão de visitas em mãos, tenha-os sempre a postos, onde quer que você vá, e não deixe de entregar e oferecer seus serviços como um especialista em Direito das Famílias. Normalmente, se um conhecido tem problema com divórcio, inventário ou alimentos, ou com questões trabalhistas ou previdenciárias pendentes, outras pessoas que trabalham com ele devem ter os mesmos problemas e ele pode indicar você. Basta você se mostrar um profissional eficiente e íntegro. Lembrando que ser eficiente não significa garantir resultado de êxito. 4.3.4 Invista na profissionalização Vamos supor que você seguiu essas primeiras dicas e resolveu o dilema de como captar clientes na advocacia. De nada adianta triplicar a carteira se o atendimento não for bem feito. Uma equipe especializada vai servir como apoio para o crescimento do negócio. Conte com o apoio de um software jurídico (falaremos disto mais adiante) para organizar a demanda e de um profissional que entre em contato com os clientes, entenda suas necessidades e as transfira para você – que será o advogado responsável – como, por exemplo, um estagiário. 5.1Como aumentar sua produtividade e o seu desempenho Não podemos iniciar, sem entender o que realmente é ser produtivo! Produtividade não é objetivo final e, sim, o processo, o caminho, o meio. Todos vivem, hoje, em uma luta sem fim, querendo ser mais produtivo. E, sabemos, ser produtivo não é algo fácil. Hoje, temos muitas informações chegandoao mesmo tempo, e muitas tarefas a desempenhar. E para complicar ainda mais, crescemos ouvindo “tempo é dinheiro”! Porém, precisamos entender, e isso faz toda a diferença, posso dizer que é o primeiro pilar da alta produtividade. Estar ocupado não é o mesmo que ser produtivo. Muitas pessoas nos dias de hoje, reclamam que o dia precisava ter mais 2horas, mais 5 horas, e, por que não?, mais 12horas. Caro leitor, isso não é falta de tempo, é falta de organização, falta de prioridade na execução das tarefas. Arriscamos a dizer que temos uma “base” que não deixa as pessoas evoluírem. As pessoas querem tudo ao mesmo tempo, o tempo todo. Conseguiu visualizar? Vamos lá: 1- As pessoas querem TUDO. 2- Ao mesmo TEMPO. 3- O TEMPO TODO. E não é assim que as coisas funcionam; precisamos aprender a priorizar, planejar e ter foco é o melhor caminho. E é exatamente sobre isso que iremos falar um pouco. A importância de você saber priorizar suas atividades, suas ações e, mais ainda, em que você despeja sua energia. Vamos falar o porquê o planejamento é fundamental para você alcançar a alta produtividade. E, por fim, não menos importante, a importância de ter FOCO! Porque algumas pessoas atingem seus objetivos e outras não. 5.2Priorizar A maioria de nós quando tem uma ideia desperta nosso perfil megalomaníaco. Ficamos doidos, achando que é a melhor ideia do mundo, que aquela ideia irá revolucionar o mundo e mudar todo o mercado. Queremos tirar do papel e a ansiedade nos toma para ver aquela ideia dominar o mundo. Parece até que estou brincando e contando algo que não existe, não é mesmo? Mas é exatamente porque as pessoas não conseguem priorizar e, o mais importante, fatiar esse objetivo, que as coisas não andam. O pensamento não saiu do papel, você ficou completamente frustrado, e quando vir outra pessoa colocando em prática, vai usar a desculpa que “ela teve sorte”! Desculpem-me, e tenho certeza que muitos de vocês devem estar visualizando essa experiência que acabamos de falar e continuam achando que a outra pessoa teve sorte. Não existe sorte! Existe trabalho, saber priorizar, planejamento e foco. Quando você coloca isso em prática as coisas começam a acontecer, e uma situação que você acaba conquistando de forma “fácil”, você e as outras pessoas acham que é “sorte”. Mas, na verdade, como estava preparado, tinha um plano estratégico, as coisas simplesmente aconteceram, sem resistência. Vamos lá, vamos entender o que eu quero dizer sobre PRIORIZAR. Qual seu objetivo? Qual foi sua ideia, aquela que irá mudar o mundo? Pronto, esse é o seu objetivo, onde você quer chegar! Agora, qual o primeiro passo para você conquistar isso? O que as pessoas que já tem sucesso fizeram? Ou, se for a ideia de um milhão de dólares, qual o primeiro passo na direção do objetivo final? Um exemplo: Você quer abrir seu escritório, sua empresa. Primeira coisa, trate seu escritório como uma empresa e saiba que irá precisar de várias competências de gestão para conduzi-lo para o sucesso. Qual o Primeiro passo? Criar uma identidade visual. Quais as cores que você irá trabalhar, o que essas cores representam para seus clientes? Qual a “logo”, o que ela transmite? Montar um plano de negócio, definir MISSÃO, VISÃO e VALORES! Estruturar um plano de marketing, pensando em todo o calendário, sazonalidade e diferenças por região. Outra coisa muito importante é definir em quanto tempo você irá juntar essas informações e colocar em prática essas ações? Essas são as suas METAS. Quando você estipula e define os prazos para execução dessas tarefas, você está “fatiando seu objetivo”. Criando pequenas metas que irão te levar até o objetivo final. Definir e estipular esses prazos fazem toda a diferença. Espero que tenha ficado claro, e que quando você tiver a próxima ideia de um milhão de dólares, coloque em prática essas dicas. Ah! E se der certo, nos convide para o coquetel de inauguração da sua ideia de um milhão de dólares. 5.3Planejamento Você já tentou imaginar fazer um bolo sem seguir o passo a passo, a orientação da receita? Já pensou em montar uma estante sem mapa que indique o lugar de cada parafuso? Muitas coisas exigem uma imagem, uma orientação, um mapa, que o guie desde o início do processo da caminhada até onde você quer chegar. E é exatamente sobre isso que vamos falar agora, de um método, em que você irá conseguir planejar melhor suas atividades e aumentar sua produtividade. Gostaria de destacar que para você potencializar sua produtividade você irá precisar de 3 pilares. 5.3.1Conhecimento Você precisa saber, conhecer, dominar a competência que você deseja potencializar. E neste momento você deve estar se perguntando: “mas, se eu já sei tudo, domino essa competência, não é com ela que eu devo me preocupar”. Não, é exatamente aí que a maioria das pessoas erra; muitos se preocupam apenas com o conteúdo teórico de uma competência, mas se esquecem de pensar em como transportar isso para a prática. 5.3.2Prática Depois que você estiver dominando tudo sobre aquela competência ou habilidade, é a hora de colocar em prática. Justamente aí, muitas pessoas emperram e ficam bloqueadas e, por muitas vezes, tentam delegar para outras pessoas, por não saberem, e o processo, com isso, não decola, não passa para o próximo nível. Para colocar em prática você precisa ter clareza do que você quer alcançar. Pior do que não saber tudo sobre aquela competência ou habilidade em questão é não saber como aquele conhecimento pode te ajudar. E o que a clareza tem a ver com colocar em prática? Acredito que para realizar qualquer tarefa precisamos de algo nos conduzindo, como um mapa. Você abre um aplicativo de locomoção (maps), e ele lhe diz para onde você vai? Você precisa dizer para onde quer ir e ele mostrará o melhor caminho. Precisamos ter clareza do que queremos para colocar em prática da melhor forma. Podemos seguir na estratégia da tentativa e erro? Não acho a mais assertiva. Em alguns casos você não terá uma segunda ou terceira tentativa. Existem algumas ferramentas que irão te dar mais tranquilidade e assertividade para colocar em prática, iremos falar sobre essas ferramentas mais para frente. Uma dica para esse pilar, que é o da prática, é: Nunca esqueça que o progresso precisa vencer a perfeição. E o último pilar, não menos importante, é a repetição. 5.3.3Repetição Muitas vezes, por não ter a clareza necessária do objetivo ou por não saber exatamente como executar aquela competência ou habilidade, agimos sem perceber, e, por isso, não repetimos a ação que nos fez alcançar o sucesso. Nós precisamos refletir sobre todas as ações que estão sendo executadas. Para poder aproveitar, entender e repetir! Quantas vezes já aconteceu aquela situação na qual você comenta assim: “não sei nem como eu fiz, só sei que fiz e deu certo”? E por conta desta falta de atenção, não repetem o que precisa ser feito… Irão tentar novas possibilidades, e, com isso, ficam patinando e acabam desistindo. Gosto muito de dizer que a repetição é a mãe de todas as habilidades. Pronto, conhecemos os três pilares fundamentais para você aumentar sua produtividade. Porém, existem algumas habilidades que precisamos encaixar em cada momento. Depois que você entender e colocar no início do seu “mapa” os três pilares que acabamos de falar, é preciso saber a importância de planejar. O planejamento irá dar a clareza para executar o seu objetivo. Nem todas as pessoas sabem planejar suas tarefas, suas atividades. Primeira coisa é você saber dividir o que Urgente X Importante. Vai começar o seu dia, seu trabalho, seus estudos. Você precisa ter o planejamento do que irá fazer. Não podemos deixar a nossa agenda aberta, simplesmente apagar incêndios, no velho e conhecido “o que ocorrer”. Temos que ter controle e saber exatamente o que fazer, a hora de fazer e como fazer. Será que os seus dias seriam mais fáceis se você soubesse exatamente o que fazer?Se tivesse um manual passo a passo? Tente pensar e lembrar, todas as vezes que você teve várias atividades durante o dia, se programou, você conseguiu cumprir. Porque você se programou, se planejou e sabia exatamente o que iria fazer. Mesmo sendo extremamente importante, o planejamento ainda é evitado e até mesmo mal interpretado por muita gente. A maioria das pessoas não gosta de planejar. Existem várias desculpas para não gostar do planejamento e evitar esse processo. Como falei, existem vários motivos, um deles é achar que planejando, mapeando tudo o que será feito, a pessoa irá ficar com suas ações, seu trabalho “engessado”. Um pensamento completamente equivocado, porque justamente quando você sabe o que fazer, a hora de fazer e como fazer, você terá mais tempo livre para fazer outras coisas. Outras pessoas simplesmente alegam não ter tempo para se planejar. E temos uma grande porcentagem que “acha” que tem planejamento, mas, na prática, é um desastre. Ponto básico e importantíssimo para um planejamento eficaz. Tenha uma agenda, aprenda a gerir de forma correta a sua agenda. Descreva exatamente tudo que você irá realizar. Determine o tempo de cada atividade, que horas você irá iniciar e que horas irá finalizar. Comece planejando seu dia de forma bem detalhada. Quando isso se tornar um hábito, tente fazer o planejamento para dois dias e assim por diante. Particularmente, gosto de trabalhar com planejamento de, no mínimo, três dias. Justamente porque, desta forma, você saberá quando, e que horas, encaixar aquela atividade que era importante e que não pode deixar de ser realizada. Exemplo: Segunda-feira, você planejou sua agenda e identificou que teria 2 atividades que você poderia transferir para quarta-feira, que não iria ter problemas com o prazo de suas entregas e que sua agenda de quarta-feira era muito mais vazia. Uma regra muito importante para um planejamento com excelência é a flexibilidade. Por essa razão, gosto e prefiro fazer o planejamento dos meus clientes com três dias no mínimo. Quando você tem um planejamento bem-feito e detalhado, os efeitos de possíveis contratempos são identificados bem antes. Existe um grande desafio para quem quer criar o hábito de planejar sua agenda, que é manter essa rotina de sempre estar elaborando, de forma correta, sua agenda. Uma maneira muito boa para você elaborar seu planejamento é utilizar a ferramenta SMART. Quando você tiver um objetivo, a ferramenta SMART irá ajudar a planejar sua realização e não deixar você perder o foco. Traduzindo a sigla SMART: S – Específico = Precisão nos detalhes do objetivo. M – Mensurável = O objetivo deve ser possível de medir. A – Atingível = Deve ser possível de realizar, ainda que em partes. R – Relevante = Deve ser importante, alinhado com o FOCO. T – Temporal = Deve ter um prazo para ser alcançado, ainda que em partes. Planejar significa definir um conjunto de ações. Quando for o momento para planejar seu dia, sua semana, seu mês, procure estar totalmente concentrado. E quando for avaliar como foi sua produtividade naquela semana ou naquele período que você estipulou, outra ferramenta que gosto e utilizo muito é a SWOT. Entendendo a ferramenta SWOT: Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças. Pegue a meta que você tinha estipulado, analise o que você tinha proposto para realizar naquele período e observe quais foram as forças: O que lhe ajudou? O que lhe motivou? Depois, sempre pensando em como foi a sua semana ou período que você estipulou, quais foram as oportunidades que você aproveitou e lhe ajudaram? Seguindo, quais foram as fraquezas. O que foi muito difícil para realizar? E o que você não fez por não saber? Por fim, quais foram as ameaças? O que tentou lhe atrapalhar? Com o quê você teve que dobrar a atenção? Todas essas informações irão servir para você montar sua nova META, para você montar seu novo planejamento. E assim, você irá caminhando, dia após dia, semana após semana, priorizando suas ações e planejando suas metas. 5.4 Foco Para muitos, ter mais de uma atividade é extremamente estressante, e isso reduz sua produtividade de uma forma gigantesca. E quando me refiro a várias formas de atividade, estou incluindo, também, ações básicas como: maneiras de conversar, rotinas, expectativas e formas de trabalhar com outras pessoas. Sabendo disso, como gerenciar seu tempo e manter o foco? Vou trazer algumas dicas de como você pode manter o foco mesmo tendo um ambiente divergente. 1- Tenha uma agenda. 2- Saiba gerir essa agenda. 3- Tenha METAS do dia. 4- Defina o tempo de cada atividade. 5- Aprenda a delegar tarefas. 6- Separe o que é Importante X que é Urgente. 7- Dê pausas. 8- Aprenda a dizer não. 9- Faça uma coisa de cada vez. Cada pessoa tem que encontrar a sua maneira para melhor fazer o Gerenciamento do Tempo. Uma coisa é certa: Independente do número de horas que se tenha pela frente, sem foco não há como administrar o tempo. Ficou claro para você? A intenção é fazê-lo refletir sobre como seu tempo está sendo organizado e planejado, para, assim, ajudá-lo a executar suas tarefas com mais qualidade. 6.1Prerrogativas do Advogado Antes de tudo, para ser um bom advogado, é preciso que se conheça as prerrogativas inerentes à profissão. As prerrogativas dos advogados estão previstas pela Lei nº 8.906/94, em seus artigos 6º e 7º. Esta lei garante ainda que o profissional tem “o direito de exercer a defesa plena de seus clientes, com independência e autonomia, sem temor do magistrado, do representante do Ministério Público ou de qualquer autoridade que possa tentar constrangê-lo ou diminuir o seu papel enquanto defensor das liberdades.”5 Fica garantido, por exemplo, que um advogado tenha acesso a qualquer processo, até mesmo sem uma procuração, desde que não esteja em segredo de justiça, ou nos casos de ações penais e inquéritos protegidos por sigilo judicial. São garantias fundamentais, previstas em lei, criadas para assegurar o amplo direito de defesa. As prerrogativas profissionais não devem, de forma nenhuma, se misturar ou comparar com privilégios, tendo em vista que tratam apenas de estabelecer garantias para o advogado enquanto representante dos direitos de seus clientes. Separamos uma lista com as mais importantes prerrogativas, para lhe servir de auxílio: • Receber tratamento à altura da dignidade da advocacia. Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratarem-se com consideração e respeito recíprocos. • Exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional. • a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia. • Estar frente a frente com o seu cliente, até mesmo quando se tratar de preso incomunicável. A comunicação não se limita ao contato físico, mas abrange também a troca de correspondências, telefonemas ou qualquer outro meio de contato, aos quais deve igualmente ser resguardado o sigilo profissional. • Ter a presença de representante da OAB, sob pena de nulidade do ato praticado, quando preso em flagrante no efetivo exercício profissional. • Não ser preso cautelarmente, antes de sentença condenatória transitada em julgado, senão em sala de Estado-Maior, com instalações e comodidades condignas, e, na ausência desta, em prisão domiciliar. • Ter acesso livre às salas de sessões dos tribunais, inclusive ao espaço reservado aos magistrados. • Ter acesso livre nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares. • Ingressar livremente em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviçopúblico em que o advogado deva praticar ato, obter prova ou informação de que necessite para o exercício de sua profissão. • Ingressar livremente em qualquer assembleia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deve comparecer, desde que munido de poderes especiais. • Permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados nos 4 itens anteriores, independentemente de licença. • Dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de chegada. • Usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas. • Reclamar, oralmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento. • Permanecer, sentado ou em pé, bem como de se retirar, sem necessidade de pedir autorização a quem quer que seja. • Ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais. • Retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias. * Confira a íntegra da lei nº 8.906/94. Importante fazer a ressalva de que, em sua rotina de trabalho, os advogados enfrentam graves restrições para fazer valer suas prerrogativas, a ponto de não ser difícil encontrar cidadãos mantidos presos, por razões que seus advogados desconhecem. Quem vive da advocacia sabe muito bem que, diariamente, em todo Brasil, no interior e nas capitais, profissionais são constrangidos e maltratados por autoridades. E não são poucos os advogados que já receberam voz de prisão ao insistir em fazer valer suas prerrogativas profissionais para defender um cliente. Por isso a importância da informação e da conscientização como caminhos lícitos para fazer valer esta iniciativa de defender as prerrogativas dessas violações. Você que é advogado, não deixe de baixar o aplicativo Prerrogativas Mobile6: 7.1Atendimento ao Cliente Vamos supor que você aplicou todas as técnicas de Empreendedorismo e Marketing dentro da sua advocacia que até aqui foram ensinadas e que o seu primeiro cliente finalmente entrou em contato para marcar um atendimento. O atendimento ao cliente dentro da advocacia exige cuidados essenciais para que você, como profissional, transmita uma boa imagem e para que haja o devido reconhecimento por sua capacidade profissional e administrativa. Principalmente em início de carreira, o advogado deve investir na qualidade do atendimento ao cliente, dando- lhe a atenção necessária e atendendo suas necessidades. O primeiro contato no atendimento ao cliente é o divisor de águas num relacionamento que pode durar muito tempo. Para o cliente, este é o momento em que ele poderá comprovar tudo o que imaginou a respeito do advogado e, para o advogado a oportunidade ideal para conseguir a confiança do cliente e lhe mostrar o quanto é capaz de ajudá-lo, profissionalmente. Para melhorar o atendimento ao cliente, é necessário, antes, trabalhar a insegurança e o nervosismo, naturais das primeiras tratativas. Tenha sempre em mente que você é um profissional capacitado e confie no seu taco. A constante prática do bom atendimento é que pode melhorar o relacionamento com o cliente, permitindo que, com o tempo, você possa fazer todos os ajustes de comportamento e de conduta, mostrando sua competência e habilidade. Passe confiança ao seu cliente. Mostre-lhe possíveis soluções para o seu problema, afinal, o trabalho de um advogado nada mais é do que resolver problemas e o seu cliente não lhe procuraria se não tivesse um. Seja íntegro e honesto. Não garanta resultado. Quando você é honesto com seu cliente sobre eventuais possibilidades de êxito em determinada demanda, ao contrário do que muitos imaginam, você o aproxima mais de colocar a assinatura dele no seu contrato de honorários, por ter sido claro e lhe explicado as reais possibilidades. Lembre-se, a advocacia é uma atividade meio e não uma atividade fim. É antiético garantir qualquer resultado, por mais óbvio que seja o seu êxito. Também é preciso sempre ter o cuidado de usar o vocabulário correto com a pessoa correta. Ao falar com uma pessoa mais humilde, procure manter uma conversa sincera, certificando-se que o cliente entenda o que está ouvindo. O cliente é especial – esta deve ser a principal regra! Em qualquer atendimento, o cliente precisa sentir que é uma pessoa especial, que está sendo respeitado e valorizado. Esse atendimento ao cliente é feito desde as menores atitudes e, portanto, sempre que surgir um novo cliente, ele deve ser respeitado como uma pessoa que precisa ter seus problemas resolvidos. É preciso demonstrar interesse pela sua história, ouvir atentamente o que ele tem a dizer, tratá-lo pelo nome, fazer com que se sinta confortável, deixá-lo tranquilo e com capacidade de se expressar. Lembre-se, ainda, que você precisa estar, pelo menos, apresentável, bem vestido. Não estamos falando de roupas caras ou de grife, mas, sim, de roupas discretas, que passem um ar de seriedade, uma maquiagem ajuizada ou uma gravata bem posta. Invista numa advocacia que cuida do atendimento ao cliente, certamente terá melhores condições de mostrar a capacidade e a habilidade do advogado que o comanda. 7.2Modelos de Fichas de Atendimento 7.2.1Modelo de ficha de atendimento previdenciário: FICHA DE ATENDIMENTO A CLIENTE – DIREITO PREVIDENCIÁRIO (1) Dados do cliente Nome do segurado: Nome do dependente (se for o caso): Endereço completo: Profissão: Data de Nascimento: ___________________________________ Grau de escolaridade: _________________________ Telefone: _______________________________________ E-mail: ________________ Estado civil: _____________________________________________ NIT: _________________________ NIT: _________________________ (observar se há mais de um NIT). Nome da mãe: RG: _________________________ CPF: _______________________ CTPS*: __________________ Série: __________________________ * (tirar cópia de todas as páginas que tenham algo escrito) NB (Número do Benefício): NB (Número do Benefício): NB (Número do Benefício): CADSENHA**: _____________________________** se não tiver, ir ao INSS requerer. (2) Entrevista 1) Exerceu atividade rural? ( ) SIM ( ) NÃO Descreva: 2) Já trabalhou em atividade especiais (insalubres)? ( ) SIM ( ) NÃO Descreva: 3) Estudou em escola técnica (SENAI/SENAC) como aluno-aprendiz? (pegar certidão em caso positivo) ( ) SIM ( ) NÃO 4) Já foi ministro de confissão religiosa (seminarista)? ( ) SIM ( ) NÃO 5) Exerceu serviço militar obrigatório? ( ) SIM ( ) NÃO 6) Já entrou com ação trabalhista contra empresa? ( ) SIM ( ) NÃO Descreva: 7) Trabalhou sem registro na carteira? ( ) SIM ( ) NÃO Se sim, qual(is) período(s)? 8) Já foi pescador artesanal? ( ) SIM ( ) NÃO 9) Já fez pedido administrativo de benefício no INSS? ( ) SIM ( ) NÃO Descreva: 10) Já entrou com ação contra o INSS? ( ) SIM ( ) NÃO Descreva: (3) Agendar ( ) Acerto de CNIS (atualização de cadastro / senha) ( ) CADSENHA ( ) Processo administrativo ( ) Benefício por incapacidade ( ) Aposentadoria __________________ ( ) LOAS ( ) Idoso ( ) Deficiente ( ) Outro(s): (4) Requerer Documentos ( ) Documentos pessoais (RG e CPF) ( ) Comprovante de residência recente (últimos 30 dias) ( ) Requerimento administrativo / negativa do INSS ( ) Processo Administrativo – PA ( ) CTC – Certidão de tempo de contribuição (caso tenha trabalhado no serviço público) ( ) PPP / Laudo Técnico De Atividades Especiais (em caso de insalubridade) ( ) Certidão de trabalho como aluno aprendiz em escolatécnica ( ) Provas de atividade de seminarista ou similar ( ) Certificado de reservista (para provar serviço militar obrigatório) ( ) Documentos médicos (exames, laudos, receituários) (em caso de benefício por incapacidade) ( ) Provas de trabalho rural (em caso de haver tempo rural). Exemplos de documentos para comprovação de trabalho rural (os documentos podem ser próprios ou do pai ou marido – arrimo de família) ( ) Documentos de posse ou propriedade de terra ( ) Certidão de casamento ( ) Certidão de nascimento (própria, dos filhos, dos irmãos) ( ) Diploma / cadastro / livro de presença de escola rural ( ) Certidão eleitoral ( ) Certificado de reservista ou de dispensa da incorporação, etc. Ver Art. 54 da IN 77/2015 ( ) Provas de trabalho urbano ( ) Ficha de registro de empregado ( ) Folha de pagamento / holerites ( ) Extrato de FGTS ( ) Termo de rescisão contratual Ver art. 10 da IN 77/2015 ( ) Provas de união estável – ver art. 135 da IN 77/2015 ( ) Provas de dependência econômica. Obs.: ajuda pontual não gera direito. Exemplos de documentos para comprovação de dependência econômica ( ) Cartões de lojas (Renner, etc.), supermercados (em nome do titular, com extra para o dependente) ( ) Transferências bancárias constantes ( ) Pagamentos de cuidadores / asilo ( ) Pagamento de condomínio ( ) Pagamento de farmácia, cesta básica ( ) Convênio funerário ( ) Dependente morar no imóvel do falecido ( ) Carteirinha de clube, no qual conste como dependente do titular ( ) Conta em mercado (caderneta), etc. Ver art. 135 da IN 77/2015 ( ) Certidão de nascimento (em caso de salário-maternidade) ( ) Holerite ( ) CNIS (completo – vínculos e contribuições) ( ) Microfichas de contribuições (contribuições anteriores a 1985 que não aparecem no CNIS) Obs.: nas microfichas, às vezes, aparece o número de contribuições feitas por determinado segurado, mas não aparecem cada uma delas discriminadas. O INSS costumava considerar apenas as contribuições discriminadas. Caso o número de contribuições indicadas na microficha sejam maiores que as discriminadas, solicite que o INSS abra um chamado na Dataprev, para discriminar contribuições indicadas e não mostrada na microficha. ( ) CADSENHA ( ) Carta de Concessão e Memória de Cálculo ( ) Extrato de pagamentos (valor do último benefício) ( ) HISCRE detalhado / ( ) INFBEN / ( ) CONBAS / ( ) REVSIT / ( ) CONREV ( ) Outros: (5) Indicação de testemunhas 1) Nome:_______________________________________________ RG: _________________________ CPF: ______________________ Endereço completo: Profissão: Data de Nascimento: _____________ Estado civil: _______________ Telefone: _____________________________ E-mail: _________________________________________________ Resumo do que esta testemunha sabe sobre os fatos: 2) Nome:________________________________________________ RG: _________________________ CPF: ______________________ Endereço completo: Profissão: Data de Nascimento: _____________ Estado civil: _______________ Telefone: _____________________________ E-mail: _________________________________________________ Resumo do que esta testemunha sabe sobre os fatos: (6) CNIS ou CTPS Período de vínculo – Admissão: ___/___/______ Demissão: ___/___/______ Foi registrado em carteira? ( ) SIM ( ) NÃO Data do registro: ___/___/______ Função exercida: ____________________________ Último salário: R$ ______________________ Teve alteração salarial durante o período contratual? ( ) SIM ( ) NÃO Tipo de dispensa: ( ) justa causa ( ) sem justa causa ( ) outro motivo Motivo da demissão (relatar): Horário contratual de trabalho: Horário efetivamente cumprido: Dias da semana: Tinha intervalo para refeições? ( ) SIM ( ) NÃO Quanto tempo?______________________ Marcava cartão ( ) SIM ( ) NÃO ou assinava livro de ponto? ( ) SIM ( ) NÃO Registrava os horários corretos no cartão ( ) SIM ( ) NÃO ou no livro ( ) SIM ( ) NÃO Se não registrava, explique os motivos: (7) Quais direitos pretende reclamar? (assinale com x o item desejado) 1) ( ) Concessão de benefício. Tipo: 2) ( ) Revisão de benefício. Tipo: 3) ( ) Outros. Especifique: 4) ( ) Documentos. Quais? (8) Outras informações / Histórico da lide Assumo total responsabilidade pelos dados e informações aqui prestados. Data: ___/___/______ Local: _______________________________ Nome completo por extenso: Assinatura: 7.2.2Modelo de atendimento trabalhista: FICHA DE ENTREVISTA COM O CLIENTE RECLAMANTE / TRABALHISTA DATA DA ENTREVISTA: _______/_______/_______ RESPONSÁVEL: ____________________________ I - QUALIFICAÇÃO DO RECLAMANTE Nome ______________________________________; Nacionalidade _________________; Naturalidade ___________________; Estado Civil _______________; Profissão __________________________; RG __________________; órgão emissor ________, CPF ______________; PIS _______________; CTPS _________, SÉRIE __________________; Endereço: __________________________________________________________ __________________________________________________________ _______________________; Nome da Mãe:___________________________________________; II - QUALIFICAÇÃO DA RECLAMADA Réu/Ré_________________________________________________ Endereço:______________________________________________; CNPJ __________________________________________________; Chamar sócios à lide? _______, Se positivo, colocar nomes e endereços em folha anexa. III – CASO CONTADO PELO CLIENTE – SEMPRE CONFERIR COM DOCUMENTAÇÃO (SE POSSÍVEL). A) Informações sobre admissão e demissão: Admitido em ___/_____/______; Dispensado em _____/_______/__________; Motivo da dispensa: _______________________________________; Foi pré-avisado? _____; Teve a CTPS anotada? ____________________; Recebeu o pagamento das verbas rescisórias? _____, quando? _____/___/____; Remuneração: ______________; Função: ______________________; Quais atribuições desempenhava na empresa? ____________________ _______________________________________________________; B) Informações sobre possível equiparação salarial: Havia alguém que desempenhasse as mesmas atribuições e ganhasse salário maior? __________, Quem? ___________________________; Quanto ele(a) ganhava? ____________________________________; Sabe há quanto tempo essa pessoa desempenhava a função antes de você passar a exercê-la? ______________; Havia diferença de produtividade entre o (a) Sr.(a) e essa pessoa? ____________________, havia diferença de perfeição técnica entre o (a) Sr. (a) e essa pessoa __________________, ela tinha alguma capacitação técnica além daquela que o (a) Sr. (a) tem? _____________, qual? _______________________; Tinha alguma atribuição ou responsabilidade inerente a esta pessoa e que o (a) Senhor (a) não exercesse? _______, Qual (is)?________________________________________; C) Informações sobre jornada de trabalho e horas extras: Horário de trabalho: __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ ______________________________; Tinha intervalo para descanso e refeição? ___, quanto tempo? _______________; Trabalhava aos domingos? ___, em qual horário? ___________________________; Trabalhava em dias de feriados? , em qual horário? ______________________; Recebia pagamento de horas extras? ___________________________________; Recebia algum valor por fora? ________________________________ Recebia comissões? ________________________________________ Havia algum tipo de controle de ponto? _________________________; Eram registrados corretamente os horários de entrada e saída? _______________________; Assinou algum acordo para compensação de jornada? _____________; Qual o Sindicato da sua Categoria? ____________________________; Sabe dizer se existe acordo, convenção ou dissídio coletivo
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