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Unidade I

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Prévia do material em texto

Gestão de Projetos
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Edson Nunes
Revisão Textual:
Profa. Ms. Alessandra Fabiana Cavalcanti
Conceitos Básicos
• Introdução
• Fases de um Projeto
• Ciclo de Vida de Projetos
• Tipologias de Projetos
 · Conhecer os conceitos básicos de projetos e de processos.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Conceitos Básicos
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Conceitos Básicos
Introdução
Inicialmente, você entrará em contato alguns conceitos básicos sobre projetos 
e processos, pois como veremos nesta unidade ambos estão intimamente ligados.
Projeto
É um processo coordenado com data de início e de fim, visando a alcançar um objetivo, 
uma meta, uma ideia, um serviço ou um objeto material com o maior êxito ou 
satisfação possível. Um projeto atende a um tema específico, objetivando um resultado 
pré-estabelecido e utilizando quantidades de recursos e de tempo definidos.
O processo é um conjunto de atividades, que se desdobram em operações, de 
forma organizada e metodológica, ou seja, é o meio para o cumprimento de um 
projeto. A Figura1 a seguir exemplifica a relação entre projeto e processo:
Projeto
Processo
Operações
Atividades
AtividadesAtividades
Figura 1 – Figura 1: Relação entre projeto e processo
Fonte: Elaborado pelo autor
Como você pode observar na Figura 1, o projeto possui um processo que por 
sua vez é composto de operações e de atividades, a fim da efetivação do projeto.
Importante!
Cada projeto é único, sujeito a limitações de prazos, de custos e de recursos com o 
objetivo de atender às necessidades dos clientes.
Importante!
8
9
Um exemplo prático da aplicação de um projeto seria a abertura de um 
empreendimento no Brasil, conforme Figura 2 a seguir:
Pesquisar nome 
e endereço
Encontrar um 
contador
Elaborar 
Contrato Social
Registrar na 
Junta Comercial
Cadastrar e 
obter o CNPJ
Fazer Inscrição 
Estadual
Registrar na 
Previdência Social
Autorização para 
Emissão de Nota Fiscal
Figura 2: Passos para a abertura de uma empresa no Brasil
Fonte: Elaborado pelo autor
Importante!
Por que a abertura de uma empresa se encaixa em um projeto e não em um processo?
Por que a abertura de uma empresa atende a um objetivo, possuindo começo e fi m 
programados (neste caso, em média, 5 meses após ao início do processo de abertura de 
uma empresa).
Trocando ideias...
Após a abertura da empresa, ela possuirá operações em seus departamentos 
ou em seções de forma a reproduzir, permanentemente, um bem ou serviço, ou 
seja, pode-se considerar que a empresa terá um processo rotineiro e metódico com 
várias atividades para a elaboração de seu produto ou serviço.
A Tabela 1 a seguir exemplifica as principais características de Projetos e 
Operações:
Tabela 1 – Características de projetos e de operações
Características Projeto Operação corrente
Finalidade Criação Reproduzir (bem ou serviço)
Duração Transitória Permanente
Atividade Inovadora Repetitiva
Equipe Multidisciplinar Funcional
Gerenciar/Administrar Pessoas Processos
Valoriza Diversidade Similaridade
Procurar Eficácia Eficiência
Sincronização Difícil Fácil
Integração Vários grupos especializados Um grupo especializado
Fonte: Adaptação de Valeriano (2015)
9
UNIDADE Conceitos Básicos
Ainda debatendo sobre as características do projeto, Carvalho (2012) cita que 
a ação humana coordenada em forma de projeto visa a obter uma mudança no 
mundo real e para tanto é recomendável compreender as principais características 
do projeto que são a temporariedade, a exclusividade e a progressividade, a serem 
analisadas a seguir:
• Temporariedade: esta característica está relacionada ao tempo correspon-
dente para a conclusão do projeto que pode ser mensurado em dias, horas 
ou minutos. Embora pareça ser um tema simples, há dúvidas a respeito da 
temporariedade, pois existem projetos que podem se alongar por vários anos, 
não tendo que ser encerrado, necessariamente, em curto período de tempo. 
É de vital importância que os projetos tenham uma data de término, mesmo 
que o projeto passe por constantes atualizações e/ou renovações. Além disso, 
o produto não pode ser confundido com o projeto, por exemplo, um prédio 
que permanecerá estático, no mesmo local onde foi construído, mesmo depois 
que o projeto que o iniciou ser encerrado.
• Exclusividade: uma vez estabelecido o que o projeto irá conter é de se 
esperar por todas as partes envolvidas um resultado específico, portanto os 
produtos ou serviços originários de um determinado projeto são exclusivos 
a ele, por exemplo, a partir da autorização de um projeto de obras públicas, 
o mesmo deve ser conduzido da maneira como foi descrito sob pena de 
responsabilidade do gestor público.
• Progressividade: este princípio reza que o projeto não é finalizado em um 
único ato. Assim é razoável que para a realização do projeto final houve diversos 
encontros, reuniões, espaço e dedicação de forma coordenada e organizada. 
Como você verá, ainda nesta unidade de ensino, um projeto é dividido em fases, 
sendo que as equipes constantes em cada uma das fases se utilizam de meios e 
de recursos para a superação e o encerramento definitivo do projeto. Podem 
existir fases sendo realizadas em paralelo a outras como, por exemplo, quando 
a indústria automobilística decide lançar um novo modelo para o próximo ano 
e mediante a um planejamento correto várias equipes começam a trabalhar 
simultaneamente de modo a lançar o modelo conforme previsto. A progressividade 
está relacionada às fases do projeto e ao seu consequente desempenho, portanto 
é altamente recomendável que sejam criados sistemas de controle e de indicadores 
de desempenho em cada uma das fases, para que possam sofrer eventuais ajustes 
e a alta administração possa acompanhar o desenvolvimento do projeto.
Em geral, um projeto responde a uma demanda ou a uma necessidade de mu-
danças em um empreendimento, a fim de manter ou de aumentarsua competivi-
dade em um mercado cada vez desafiador e com novas oportunidades de negócios.
Vale a pena ressaltar que, em geral, um empreendimento possui um ou mais 
projetos simultâneos e esta característica deve ser cuidadosamente observada 
pelas pessoas que trabalham com gestão de projetos, pois exigem habilidades e 
técnicas específicas como negociação e comunicação para que os objetivos sejam 
atingidos. Torna-se necessária uma visão corporativa para garantir a coexistência 
pacífica, organizada e estruturada entre os diversos projetos das organizações. 
10
MARBIO_NOTE
Highlight
MARBIO_NOTE
Highlight
MARBIO_NOTE
Highlight
11
A estes projetos simultâneos, juntamente com outras atividades agrupadas, de 
modo a facilitar o gerenciamento e atingir os objetivos estratégicos do negócio 
denominamos portfólio de projetos.
A Figura 3 a seguir exemplifica a estruturação do portfólio de projetos:
Portfólio
Subportifólios Projetos Programas
Programas Projetos Programas Projetos
Projetos Projetos Projetos
Figura 3: Estruturação do portfólio de projetos
Fonte: Adaptado de (PMBOK, 2008)
Note que na ilustração da estruturação do portfólio de projetos consta a palavra 
Programas. Um programa é um grupo de projetos relacionados, coordenados, 
integrados e gerenciados, a fim da obtenção de objetivos em comum. Pode não 
haver uma data definida de término, mas possui uma meta.
Os programas de estágios e de trainees de várias empresas, o programa Bolsa Família, do 
Governo Federal, ou um conjunto de projetos orientados para a meta de faturamento de um 
empreendimento, são bons exemplos de programas.
Ex
pl
or
Fases de um Projeto
Segundo Valeriano (2015), as fases do projeto são:
• Iniciação: a partir de seus elementos básicos define-se um projeto a fim da 
obtenção de um resultado, nesta fase também são observadas as necessidades 
de recursos, as partes interessadas internas e externas do empreendimento e 
a necessária autorização para o estabelecimento e a execução do projeto.
• Planejamento: é a atividade que tem como objetivo direcionar os rumos e 
fornecer sustentabilidade ao projeto, produzindo respostas consistentes a 
questões fundamentais como: o que fazer? (o resultado a obter); Como fazer?; 
Quem, onde e quando deverá fazer?; Com que recursos: humanos, materiais e 
financeiros?; Como aceitar o produto e demais critérios de execução?.
• Plano: é o documento gerado do planejamento, geralmente o plano do pla-
nejamento é alterado durante as fases de execução e de controle, devido às 
oscilações entre o que foi planejado e o que foi realizado, razão pela qual 
deve ser constantemente atualizado.
11
UNIDADE Conceitos Básicos
Importante!
Alguns autores consideram a fase do Plano como parte integrante da fase do 
planejamento, a partir de agora neste material didático, também consideraremos deste 
modo. O importante é você ter em mente que deve haver uma documentação referente 
ao planejamento a ser constantemente atualizada.
Importante!
• Execução: é o cumprimento das prescrições e dos requisitos dos planos. 
A execução é descentralizada e realizada pelos componentes dos diversos níveis 
funcionais e chefiadas pelo respectivo responsável que pode ser o gerente de 
cada projeto.
• Monitoramento e Controle: processo que tem por objetivo alinhar o que foi 
planejado com o realizado. Dependendo dos resultados de monitoramento 
e controle há necessidade de alteração(ões) do planejamento, a fim de 
alinhamento com as possíveis restrições, limitações e objetivos do projeto.
• Encerramento: ocorre quando o projeto cumpriu sua finalidade com a en-
trega do produto ao cliente, ou encerrado por razões superiores quando, por 
exemplo, o projeto demonstrar sua inviabilidade ou não mais contribuir com 
os objetivos estratégicos.
Importante!
É recomendável que o projeto seja encerrado de maneira formal de modo que todas 
as partes interessadas e envolvidas sejam comunicadas, por meio de documentos 
expressos e amplamente divulgados do encerramento do projeto.
Importante!
O esquema a seguir exemplifica a relação do projeto e suas fases, conforme 
Figura 4:
Iniciação Processo 1, processo 2, processo n..
Planejamento Processo 1, processo 2, processo n..
Execução Processo 1, processo 2, processo n..
Monitoramento e Controle Processo 1, processo 2, processo n..
Encerramento Processo 1, processo 2, processo n..
Pr
oj
et
o
Figura 4: Relação do projeto e suas fases
Fonte: Elaborado pelo autor
12
13
Como vimos anteriormente, um projeto tem que ter um início e um fim 
programados, certo? Caso o tempo não seja devidamente administrado ao longo 
da iniciação e do encerramento do projeto, todo o esforço pode ser consumido 
pelo tempo. Para isto, utilizamos uma ferramenta muito conhecida denominada 
Cronograma, que você verá a seguir.
De uma forma resumida cronograma é uma representação gráfica em que estão 
descritas as metas e os procedimentos a serem alcançados em um tempo futuro, 
ao longo da execução do projeto. No cronograma, também, são demonstradas as 
datas de execução, os recursos necessários e as suas disponibilidades.
Elaborar um cronograma exige mais do que agrupar atividades e datas pré-
fixadas, trata-se de criar um documento capaz de solucionar situações críticas 
ao longo do projeto, de acordo com o espaço de tempo requerido. Para tanto, 
há necessidade de identificação das fases mais complexas do projeto; além de 
dispensar maior atenção em termos de tempo e de recursos disponíveis.
Segundo Carvalho (2012) existem alguns tipos de cronogramas:
• Cronograma de barras (gráfico de Gantt): representação gráfica constituída 
de uma lista vertical no canto esquerdo do documento, na qual estão descritas 
as atividades ou outros elementos do projeto e no topo do documento, na 
horizontal, estão as datas e as durações previstas para as atividades listadas. 
O diagrama de Gantt é uma ferramenta tão onipresente nos gerenciamentos de 
projetos, que é muito raro se presenciar um acompanhamento de prazos sem que tal 
gráfico seja minimamente utilizado. Seu uso é tão generalizado, que frequentemente 
ele é chamado simplesmente de “cronograma”. Aprofunde o seu conhecimento no link: 
https://goo.gl/yzsJvR
Ex
pl
or
Figura 5 - Exemplo cronograma de barras (Gráfi co de Gantt)
Fonte: PMTOOLBOX
• Cronograma de marcos: documento gráfico composto de sumários os quais 
identificam os principais marcos (pontos) do desenvolvimento do projeto.
13
UNIDADE Conceitos Básicos
Importante!
Gráficos de marcos. Estes gráficos são semelhantes aos gráficos de barras, mas 
identificam somente o início ou o término agendado das principais entregas e das 
interfaces externas importantes. (WPM)
Importante!
Figura 6: Cronograma do Projetos - Exemplo Gráficos
Fonte: WPM – Cronograma do Projeto
14
15
• Cronograma do projeto: documento gráfico que indica as principais datas 
nas quais deverão estar realizadas as tarefas planejadas, são os marcos ou os 
pontos de controle a serem alcançados. 
Tarefa 1
Tarefa 2
Tarefa 3
Tarefa 4
Tarefa 5
Tarefa 6
02/fev 07/fev 12/fev 17/fev 22/fev 27/fev
Figura 7: Exemplo de cronograma do projeto
• Cronograma limitado por recursos: também conhecida por corrente crítica, 
é representado graficamente pelas datas de início e de fim em que estão 
compreendidos os recursos esperados a serem alocados nesta fase. Toda a 
orientação do cronograma é a limitação do projeto pelos recursos, conforme 
figura 8 a seguir.
Figura 8: Exemplo de cronograma limitado por recursos
15
UNIDADE Conceitos Básicos
• Cronograma mestre: apresenta as principais atividades e marcos fundamen-
tais para a execução com êxito do projeto em sua totalidade. É elaborado na 
fasede preparação do projeto, a fim de se transformar em cronogramas me-
nores referentes a diversas atividades seguintes, conforme figura 9 a seguir:
Figura 9: Exemplo de cronograma mestre
Fonte: Acervo do Conteudista
O tipo de cronograma a ser utilizado dependerá da fase em que se encontra o 
projeto, de sua complexidade e de suas restrições, o importante é ter em mente 
que, em geral, o fator tempo em um projeto é uma variável crítica. Uma indústria 
automobilística pode ter sérios prejuízos se um lançamento de um automóvel não se 
concretizar no tempo previsto, uma construtora pode incorrer em pesadas muitas 
por atrasos em seus projetos, a população sofre quando há atrasos em obras de 
infraestrutura, etc.
Importante!
Vimos a importância do cronograma no planejamento e nas fases de um projeto, é 
importante salientar que antes de se falar em quais recursos serão empregados para a 
realização do projeto é necessário saber qual o valor dos produtos resultantes do projeto, 
a fim de evitar desperdícios de tempo e de dinheiro.
Trocando ideias...
Ainda falando sobre o tempo, abordaremos a seguir outro assunto muito 
importante que é o ciclo de vida dos projetos.
16
17
Ciclo de Vida dos Projetos
Segundo Carvalho (2012), o ciclo de vida do projeto está relacionado às fases 
do projeto e, conforme abordado anteriormente, as fases do projeto se interagem 
e se sobrepõem, conforme figura 10 a seguir:
Grupos
de processos
de iniciação
Grupos
de processos
de planejamento
Grupos
de processos
de execução
Grupos de processos
de monitoramento
e controle
Grupos de
processos de 
encerramento
Nível de
interação entre
processos
TEMPO TérminoInício
Interação de grupos de processos em um projeto
Figura 10: Gráfi co da interação entre os macroprocessos do ciclo de vida do projeto
Observando o gráfico, vemos que a fase de Monitoramento e Controle está 
presente de forma efetiva em todas as fases, o que exige grandes esforços. Embora 
as fases de Iniciação e Encerramento tenham menor intensidade e tempo, elas 
apresentam grande relevância na gestão da qualidade do projeto. Finalmente, a 
fase de execução é a que demanda maior intensidade, porém, quando comparada 
à fase de planejamento, a diferença de intensidade e de esforço não é significativa.
Ainda observando o gráfico, vemos que os modelos lineares, ou seja, aqueles 
que aguardam o término de uma atividade para início de outra, não têm muita 
aplicabilidade em situações reais. Por exemplo: se na iniciação de um determinado 
projeto há a informação de que parte da equipe irá participar de programas de 
capacitação para absorver novas tecnologias envolvidas, é possível então adiantar 
o planejamento e a execução de treinamento para minimizar os efeitos das curvas 
de aprendizagem e otimizar o tempo de execução do projeto.
A respeito do ciclo de vida de projetos, vale a pena ressaltar alguns detalhes 
muito importantes:
• existem vários modelos de ciclo de vida para diferentes tipos de projetos;
• não existe somente uma única e melhor forma de defini-los, o recomendável é 
seguir as políticas das organizações;
• cada indústria ou empreendimento, de acordo com seu segmento ou ramo de 
atividade pode ter uma prática comum;
17
UNIDADE Conceitos Básicos
• cada fase podem se referir a marcos ou pontos de transferências de respon-
sabilidades, mudanças de tecnologia, etc.;
• ciclo de vida pode ser utilizado na definição de marcos de revisão técnica e/
ou de aprovações;
• finalmente, conforme demonstrado, o ciclo de vida aceita sobreposição de 
fases, ou seja, não há necessidade do término efetivo da fase anterior para a 
inicialização da fase seguinte.
Tipologias de Projetos
Segundo Lima (2010), para a obtenção de bons resultados é necessária a 
aplicação de conhecimentos, de habilidades e de técnicas que sejam adequadas 
às atividades do projeto; além disso, é importante se utilizar de metodologias, 
de gestão de pessoas, bem como compreender quais os impactos que podem 
ocorrer durante o decorrer do processo e muita experiência nas áreas de 
aplicação do projeto.
Para a aplicação das metodologias, da gestão de pessoas e da compreensão dos 
impactos na gestão de projeto é recomendável conhecer qual o tipo de projeto e 
a sua respectiva classificação, a fim de facilitar o gerenciamento, a avaliação e as 
implicações do projeto.
Segundo Batalha (2007), existem algumas classificações encontradas sobre 
os diversos tipos de projeto, podendo haver alguma superposição parcial entre 
as classes:
Projeto Original Criação de um novo produto totalmente diferente dos demais, como é o caso do forno de micro-ondas e o CD player, quando de seus desenvolvimentos;
Projeto Adaptativo
Uso de uma metodologia de solução já conhecida para projetar e desenvolver 
novos produtos. Nesse tipo de projeto utiliza-se a concepção de um produto já 
existente e adapta-se uma solução, como é o caso dos comandos de uma versão 
nova de um televisor ou de um celular;
Projeto Variante
Trata-se dos casos em que se modifica o tamanho ou o arranjo para criar um novo 
produto, podendo ser citado o caso de um projeto de um cilindro hidráulico, em 
que é requerido um curso maior para o êmbolo a partir de outro cilindro diferente 
do desejado.
Os tipos de projetos, que em geral são utilizados na indústria, são os projetos 
adaptativos e os projetos variantes, ambos envolvendo estratégias conhecidas para 
obtenção de soluções novas de projetos. Em outras palavras, a percepção inicial 
da estrutura do projeto é conhecida e mapeada para as soluções dos problemas, 
como é o caso de projetos de casas populares e apartamentos padronizados que 
já se sabe, antecipadamente, qual a estrutura necessária como, por exemplo, a 
quantidade de mão de obra a ser contratada, a área a ser construída, materiais a 
serem empregados, etc.
18
19
Existem outras propostas de classificação que propõem como classificação os 
aspectos de complexidade e inovação. A complexidade é medida de acordo com o 
porte do projeto e pela frequência e quantidade de problemas envolvidos; enquanto 
a inovação é caracterizada pelo grau de estruturação do problema.
Considerando estes dois fatores (complexidade e inovação) podem-se classificar 
quatro tipos de projetos:
Projeto Incremental
Consiste na modificação de componentes ou partes do produto, mantendo o 
conceito original. É uma concepção estruturada como no exemplo dado das casas 
populares e apartamentos padronizados;
Projeto Complexo
Projetos de grande porte que envolvem uma grande quantidade de recursos e um 
sistema de informação extremamente complicado, como no caso da construção de 
um Estádio de Futebol;
Projeto Criativo
Projetos com baixo grau de estruturação e com problemas tecnológicos 
relativamente simples, como nos casos em que o design do produto é o fator mais 
relevante;
Projeto Intensivo Projetos que envolvem situações novas e complexas como é o caso do projeto de estruturação das Olímpiadas de 2016 no Brasil.
Outra estrutura de classificação leva em consideração as modalidades de ativida-
des que estão no projeto de um produto: seleção, configuração e parametrização.
• Seleção: envolve a escolha de um ou mais itens de um catálogo, aparentemente 
é uma tarefa simples, porém se o catálogo apresentar várias possibilidades e 
parâmetros a tarefa pode ficar muito complexa.
• Configuração: é semelhante ao projeto de seleção; a diferença consiste nos 
componentes do produto que já estão projetados, como no caso do brinquedo 
LEGO. O problema do projeto está em arranjar os componentes de forma 
compatível com as propriedades e as características desejadas no produto final.
• Parametrização: consiste na definição de valores para variáveis previamente 
selecionadas (parâmetros) de modo a atender a um objetivo previamente 
definido, um exemploé a determinação do diâmetro e da altura de um tanque 
que deve conter 10m3. Existem infinitas soluções para este problema que 
deverá levar em conta outras restrições como, por exemplo, o espaço que o 
tanque deverá ocupar.
O link do Project Management Knowledge Base (PMKB), a seguir, traz um breve resumo do 
tema “Tipologias e uma proposta de classifi cação de projetos” disponível em: 
https://goo.gl/g5WcBA
Ex
pl
or
Estes conceitos permitem a você realizar diversas considerações em relação aos 
tipos de projetos e com isto melhorar a seleção dos métodos, das técnicas e das 
ferramentas para auxiliar no projeto.
Até a próxima unidade!
19
MARBIO_NOTE
Highlight
MARBIO_NOTE
Highlight
UNIDADE Conceitos Básicos
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Introdução à engenharia de produção
BATALHA, M.O. Introdução à engenharia de produção. São Paulo: Elsevier, 2007.
Gestão de Projetos
CARVALHO, F. C. A. Gestão de Projetos. 1. ed. São Paulo: Pearson Education do 
Brasil, 2012. (e-book)
Gestão de Projetos
LIMA, R. J. B. Gestão de Projetos. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 
2010. (e-book).
A guide to the Project management body of Knowledge: PMBOK® guides
PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. A guide to the Project management body 
of Knowledge: PMBOK® guides. Pennsylvania: PMI, 2008.
Moderno Gerenciamento de Projetos
VALERIANO, D. 2 ed. Moderno Gerenciamento de Projetos. São Paulo: Pearson 
Education do Brasil, 2015. (e-book)
20
21
Referências
CARVALHO, M. M.; RABECHINI JUNIOR, R. Fundamentos em Gestão de 
Projetos: Construindo Competências para Gerenciar Projetos. 3. ed. São Paulo: 
Atlas, 2011.
DO VALLE, A. B. et al. Fundamentos do Gerenciamento de Projetos. 2. ed. 
Rio de Janeiro: FGV, 2012.
KANABAR, V.; WARBURTON, R. D. Gestão de Projetos. São Paulo: Saraiva, 2012.
21

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