Buscar

TEORIA DA LITERATURA I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO LICENCITATURA EM LETRAS ‘LÍNGUA PORTUGUESA’ 
DISCIPLINA TEORIA DA LITERATURA I 
PROFESSOR (A) TUTOR (A): MILCA DA SILVA TSCHERNE 
TÍTULO DA ATIVIDADE ESTRUTURADA: O COTIDIANO DE UM TODO 
ALUNO (A) AUTOR (A) DA ATIVIDADE: GEOVANA LENCI DE SOUZA 
DATA: 28/11/2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEORIA DA LITERATURA I 
O COTIDIANO DE UM TODO 
 
No trecho seguinte retirado do livro O primeiro beijo e outros contos de Clarice 
Lispector, percebe-se como a autora utiliza a linguagem poética para descrever, 
para representar a mulher e o seu órgão sexual relacionando-o com a “sede” da 
personagem: “O instinto animal dentro dele não errara: na curva inesperada da 
estrada, entre arbustos estava... o chafariz de onde brotava num filete a água 
sonhada.” (LISPECTOR, 1995: 21) 
O momento epifânico da personagem de Clarice Lispector nesta obra, 
segundo Eloísa Nogueira Aguiar no artigo “A experiência do ‘súbito’ nas ficções 
de Lispector e Sartre” (2007) desencadeia a epifania através de um fato banal do 
dia-a-dia, uma ação rotineira, como o menino e o beijo na estátua de pedra. A partir 
do beijo, o menino “passa a ver o mundo e a si mesmo de outro modo” (AGUIAR, 
2007) como na sequência do conto em que o menino caminha para a maturidade, 
desperta a sexualidade e descobre-se então homem. 
Assim, o leitor acompanha a conversa entre um casal em crise, um homem 
se gabando de suas conquistas virtuais, um rapaz que demora a voltar e deixa a mãe 
preocupada, a mensagem na secretária eletrônica de uma mulher traída para a 
amante, orações de santos para proteção, simpatias para arranjar namorado. 
Ao intitular o livro com o trecho do poema “Eles eram muito cavalos”, 
Ruffato se refere aos milhões de brasileiros que participam ativamente do fluxo que 
movimenta esse grande centro urbano e cultural, porém permanecem no 
anonimato. 
 Fatos do cotidiano, vivenciados pelos habitantes anônimos das cidades 
grandes, quase sempre no piloto automático. Mesmo os textos não narrativos 
pressupõem um leitor de jornal ou revista, sobre o qual é possível tirar conclusões. 
Pela exposição desses fatos na literatura, o leitor se obriga a prestar atenção em seu 
dia a dia, a desnaturalizar o olhar e perceber os pequenos dramas cotidianos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
 
https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/download/11440/8050/ 
https://www.youtube.com/watch?v=yFpoG_htum4 
http://contobrasileiro.com.br/o-primeiro-beijo-conto-de-clarice-lispector/ 
https://www.companhiadasletras.com.br/trechos/87031.pdf 
https://www.youtube.com/watch?v=rq8i1tRjkx0 
https://novaescola.org.br/conteudo/11685/ensinar-aprender-leitura-do-mundo-
leitura-da-palavra

Continue navegando