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Resumo/Possíveis Questões
Ortodontia I – Prova 1
Aula 1 – Métodos de estudo do crescimento ósseo e crescimento crânio facial e da base do crânio
Do que a ortodontia se ocupa?
Estudo do crescimento e desenvolvimento do complexo crânio-facial. Da evolução da oclusão dentária normal (em todas as dentições). Dos fatores etiológicos das maloclusões. Do diagnóstico, prevenção e interceptações. Tratamento das maloclusões (anomalias dento faciais).
Quais são os métodos utilizados para estudar o crescimento ósseo? Qual é o melhor?
Métodos diretos: craniometria, antropometria, corantes vitais, implantes metálicos, histopatológicos e histométricos.
Métodos indiretos: modelos, fotografias, radiografias (cefalometria).
Associação de métodos: cefalometria e implantes metálicos (a partir daí descobriram como crescia, para onde crescia e as áreas estáveis).
A associação de métodos (cefalometria e implantes metálicos) fornece as informações mais precisas macroscopicamente até o momento do crescimento crânio facial.
Crescimento x Desenvolvimento
Crescimento: aumento de tamanho ou número. Processo de mudanças e anatômico.
Desenvolvimento: aumento no grau de organização, complexidade. Processo fisiológico.
Como ocorre aumento de um tecido?
Hiperplasia: aumento do número de células
Hipertrofia: aumento do tamanho de células
Aumento da substância extracelular
Como ocorre o crescimento ósseo em tecido mole?
Hiperplasia, Hipertrofia, aumento de substância extracelular e ossificação intersticial (a ossificação invade o tecido mole e forma osso). A ossificação intersticial pode endocondral (em cartilagem) e intramembranosa (em tecido conjuntivo).
Após a formação do tecido calcificado
Crescimento aposicional: a adição do novo osso ocorre; proliferação das células do periósteo na superfície do osso existente e nas suturas. Ocorre através de deposição de osso de fora para dentro. Quando for às bordas das suturas é aposicional sutural e quando for à camada abaixo do periósteo, ou seja, nas superfícies do osso, é aposicional periosteral ou subperiosteal.
Tipos e locais de crescimento
Intersticial endocondral: osso da base do crânio, occipital, septo nasal, côndilo.
Intersticial intramembranosa: calota craniana, maxila e mandíbula.
Aposicional: células do periósteo e superfícies, suturas dos ossos.
Crescimento da base do crânio
A base do crânio aumenta em tamanho pela proliferação das células cartilaginosas das sincondroses (são faixas de cartilagem que permanecem abertas durante o período de crescimento) e consequente ossificação.
Teorias do crescimento
1 – O osso é o principal determinante do seu próprio crescimento. Nessa teoria o controle genético está no osso, suturas e periósteos.
2 – A cartilagem é o principal determinante de crescimento esquelético. Controle genético está na cartilagem.
3 – A matriz funcional (tecidos moles) nos quais o osso está envolvido, é a principal determinante do crescimento. O controle genético está nos tecidos moles, matriz funcional.
Aula 2 – Crescimento da maxila e mandíbula e surto do crescimento puberal
Tipos de ossificação no crescimento da maxila
Ossificação intramembranosa, ocorreu numa área de tecido conjuntivo e depois que ocorre a formação do tecido mineralizado o crescimento se dá de duas formas. Por aposição óssea nas suturas ou por aposição direta (ocorre deposição de íons de cálcio de um lado e do outro ocorre reabsorção óssea).
Quais são os sítios de crescimento na maxila e qual o tipo de crescimento em cada sítio
Suturas
Sutura frontomaxilar e zigomaticomaxilar – crescimento do tipo aposicional sutural. Há um aumento no sentido vertical ântero-posterior (baixo e para frente).
Sutura palatina mediana – crescimento do tipo aposicional sutural. Aumento no sentido transverso
Sutura palatina transversa – crescimento do tipo aposicional sutural. Aumento no sentido ântero-posterior.
Processo alveolar: importante área de crescimento maxilar. Crescimento aposicional subperiostal (aposição de osso na região inferior do processo alveolar). Aumento no sentido vertical e lateral. Aumenta na lateral pois o processo alveolar não está totalmente na vertical, principalmente o superior, então à medida que ele cresce em altura vai crescer também em largura, pela sua disposição divergente. Esse é o princípio de V – todos os ossos que foram divergentes, com um formato mais triangular, sempre que tiver ganho em altura terá ganho em largura.
Tuberosidade da maxila: importante área de crescimento maxilar. Crescimento aposicional subperiosteal. Grande aumento no sentido ântero-posterior, pequeno aumento em largura, desloca a maxila para frente (a partir do momento que há deposição na porção posterior a maxila vai se deslocando para frente), ocorre aumento do arco dentário para acomodação dos dentes suplementares.
Palato: crescimento do tipo aposicional subperiosteal. Princípio de crescimento em V. Absorção óssea no assoalho. Aumento de volume no sentido vertical (cresce e se desloca para baixo).
Face externa da maxila: na região anterior ela é quase toda de reabsorção óssea, com exceção da espinha nasal anterior, que tem deposição.
RESUMINDO
Crescimento em largura: sutura palatina mediana, processos alveolares, abóboda palatina, borda posterior da tuberosidade.
Crescimento em altura: suturas frontomaxilar e zigomaticomaxilar, processos alveolares e abóboda palatina ou palato.
Crescimento em comprimento: suturas frontomaxilar e zigomaticomaxilar, sutura palatina transversa e borda posterior da tuberosidade.
Tipos de ossificação no crescimento da mandíbula
Ossificação intramembranosa e endocondral, o tecido ósseo vai se originar tanto de tecido conjuntivo quanto de tecido cartilaginoso. A cartilagem que cobre a superfície do côndilo é responsável pelo crescimento endocondral; as outras áreas crescem diretamente na superfície por aposição e reabsorção óssea.
Quais são os sítios de crescimento na mandíbula e os tipos de crescimento em cada sítio
Côndilo: é a primeira área mais importante do crescimento mandibular. Crescimento do tipo endocondral. Grande aumento no sentido transverso, vertical e ântero-posterior. Crescimento na direção da cavidade glenóide.
Apófise coronóide: área adaptativa, acompanha o crescimento do ramo. Crescimento aposicional subperiosteal. Bordo anterior (reabsorção) e bordo posterior (deposiçao). Aumento nos sentidos ântero-posterior.
Borda posterior e anterior (ramo): segunda área mais importante do crescimento mandibular. Crescimento aposicional subperiosteal. Bordo anterior (reabsorção) e bordo posterior (deposição), a medida que vai ocorrendo esse processo o corpo da mandíbula vai crescendo para acomodação dos dentes suplementares. Aumento nos sentidos ântero-posterior e transverso.
Face externa: crescimento aposicional subperiosteal. Pequeno aumento no sentido ântero-posterior e transverso. Há deposição no mento.
Processo alveolar: terceira área importante do crescimento mandibular. Crescimento aposicional subperiosteal. Aumento nos sentidos vertical (maior) e transversal (menor).
Bordo inferior: Crescimento aposicioal subperiosteal, aumento no sentido vertical da mandíbula.
RESUMINDO
Crescimento em largura: côndilo, bordo posterior do ramo, aposição nas superfícies externas e reabsorção.
Crescimento em altura: côndilo, processo alveolar, bordo inferiore
Crescimento em comprimento: côndilo, borda posterior do ramo, mento.
Resultante de crescimento
A resultante do crescimento crânio-facial vai sempre para frente e para baixo.
Todo crescimento acaba deslocando a maxila para frente e para baixo por conta das suturas, dispostas de forma oblíqua já que a maxila precisa fazer seu crescimento independente do crânio. 
N mandíbula a direção do crescimento também será para frente e para baixo, uma vez que existe um importante crescimento adaptativo que é o côndilo, que está crescendo de encontro a eminência articular que estarásempre deslocando a mandíbula para frete e para baixo.
Maxila
No sentido ântero-posterior: tuberosidade para a acomodação dos dentes suplemetares
No sentido vertical: processo alveolar.
Mandíbula
O crescimento do côndilo é importante nos três sentidos.
No sentido ântero-posterior: ramo, onde tem deposição óssea no bordo posterior e reabsorção no bordo anterior para acomodar os dentes suplementares.
Crescimento vertical: processo alveolar.
O que é surto do crescimento puberal?
Período de rápido crescimento durante a puberdade.
O surto de crescimento ocorre, em média, 2 anos antes nas meninas do que nos meninos. Durando em média, 3 a 5 anos nas meninas e 5 anos nos meninos. 
Radiografia de mão e punho (método ouro) / Estágios da curva de crescimento
Fase G1 – gancho: tem um osso na região do carpo, que começa a modificar a sua anatomia, ele começa com uma ponta, e nesse momento é possível identificar que o indivíduo está no início do crescimento puberal.
Fase S – sesamóide: quando o osso sesamóide (que é bem na articulação) começa a se desenvolver, indica que já iniciou o surto.
FMcap e FMcap – capeamento da falange proximal e da falange média: paciente está no pico de crescimento
FDui – início da união epifisária coincide com a menarca nas meninas: é a união da falange distal, quando começa a não ter mais a epífise, tornando-se um osso único. Diminuição do surto de crescimento.
FDcap – união total das falanges distais: final do surto de crescimento puberal.
Rut – união total epifisária do radio, que já é no punho. Fim do crescimento puberal.
A discrepância entre os maxilares resultam
No sentido ântero-posterior: protrusão maxilar (controlar esse crescimento maxilar), retrusão maxilar (estimular esse crescimento maxilar), protrusão mandibular (restringir crescimento mandibular), retrusão mandibular (estimular o crescimento mandibular). 
No sentido vertical: mordida aberta e sobremordida exagerada.
No sentido transversal: mordida cruzada.
Controle do crescimento ântero-posterior da maxila
Aparelho ortodôntico extrabucal, que vai ter um apoio extrabucal cervical e um bucal, porque internamente tem um arco apoiado nos primeiros molares, fazendo uma força para trás, transferindo essa força para maxila e restringindo o crescimento que seria para frente e para baixo.
Controle do crescimento vertical da maxila
Deve haver uma puxada mais alta, colocando um casquete na cabeça para o elástico ter uma direção mais vertical para conseguir conter o crescimento vertical da maxila.
Controle do crescimento ântero-posterior e vertical da maxila
Aparelho numa posição intermediária, que é a puxada combinada, utilizando o elástico cervical mais o casquete.
Controle do crescimento ântero-posterior e vertical da mandíbula
Mentoneira, que vai tentar restringir o crescimento para frente e para baixo da mandíbula.
Aula 3 – Oclusão normal nas dentições temporária e mista
Sequência de formação dos dentes decíduos (período pré natal)
Incisivos centrais – 14ª semana
Primeiros molares – 15,5ª semana
Incisivos laterais – 16ª semana
Caninos – 17ª semana
Segundos molares – 18ª semana
Qual o formato do arco dentário do recém-nascido?
O superior tem forma de ferradura e o inferior tem forma de “U”. Existem os roletes gengivais, cada um dividido com 10 segmentos, onde vão nascer os dentes. E exista um espaço mesial anterior, que permite que a língua se interponha entre os roletes gengivais, já que nessa fase a língua participa da deglutição.
Dentes natais x dentes neonatais 
Dentes natais: presentes ao nascimento
Dentes neonatais: dentes que podem surgir até 30 dias após o nascimento.
Cronologia e sequência de erupção dos decíduos
Na maxila: incisivo central (com 7 meses), incisivo lateral (com 9 meses), canino (com 18 meses), primeiro molar (com 14 meses) e segundo molar (com 24 meses).
Na mandíbula: incisivo central (com 6 meses), incisivo lateral (com 7 meses), canino (com 16 meses), primeiro molar (com 12 meses) e segundo molar (com 20 meses).
Características anatômicas dos dentes temporários
São menores; os segundos molares são maiores que os primeiros molares; raízes mais longas e afiladas do que dimensões da coroa; raízes são mais divergentes; câmara mais ampla; cornos pulpares mais altos nos molares; forma dos arcos mais ampla – semicircular ou ovoides.
O que são espaços primatas de Baume
No arco superior é o espaço ente a distal do incisivo lateral e a mesial do canino e no arco inferior é o espaço entre a distal do canino e a mesial do primeiro molar. 
O espaço primata corresponde exatamente onde a ponta do canino antagonista oclui, então não deixa de ser uma proteção da oclusão, pois os caninos são dentes mais longos.
Esses espaços estão presentes pois o diâmetro mesio-distal dos incisivos permanentes é maior que o diâmetro mesio-distal dos decíduos. Logo, esses espaços vão atuar na acomodação dos incisivos centrais e laterais permanentes.
Espaços fisiológicos de Baume
Arco tipo I de Baume – com espaços interdentais. Além dos espaços primatas, há diastemas generalizados, principalmente entre os incisivos, podendo haver também nos posteriores. Mais favorável a um bom posicionamento dos incisivos permanentes. 
Arco tipo II de Baume – sem espaços interdentais. Apresentam espaço primata, mas não possuem os diastemas generalizados. Maior tendência de apinhamento principalmente dos incisivos permanentes.
Inclinações axiais 
180º nos incisivos decíduos, dentes são mais retos. E 131º nos incisivos permanentes, dentes mais inclinados para a vestibular.
Plano oclusal na dentição temporária
Curva de Spee e Curva de Wilson inexistentes. 
Sobremordida x sobressaliência
Sobremordida ou overbite: é uma medida do quanto os incisivos superiores trespassam os incisivos inferiores no sentido vertical.
Sobressaliência ou overjet: é o trespasse no sentido horizontal dos incisivos superiores sobre os incisivos inferiores. Praticamente inexistente na dentição decídua, o incisivo superior está encostado praticamente no inferior no sentido horizontal.
Contatos proximais e oclusais entre os dentes temporários
Em geral: 2 dentes vizinhos e 2 dentes antagonistas. 
Exceções: incisivo central decíduo inferior com 2 vizinhos (lateral e central) e 1 antagonista (central). Segundo molar decíduo inferior com 1 vizinho (primeiro molar) e 2 antagonistas (primeiro e segundo molar). Segundo molar decíduo superior com 1 vizinho (primeiro molar) e 1 antagonista (segundo molar).
Chave de oclusão na dentição temporária
Cúspide mesio-vestibular d segundo molar decíduo superior oclui com o sulco vestibular do segundo molar decíduo inferior. 
Plano terminal dos segundos molares decíduos
Reto: face distal do segundo molar superior com face distal do segundo molar inferior.
Degrau para mandíbula: segundo molar inferior está mais mesial do que o superior.
Degrau distal para mandíbula: segundo molar inferior está mais distal do que o superior.
Erupção dos primeiros molares temporários
Ocorre o primeiro levantamento da mordida (dimensão vertical), diminui a sobremordida, primeiro sentido de oclusão, primeira definição de ATM, início dos verdadeiros movimentos de mastigação e da deglutição madura.
Erupção dos caninos temporários
Estabelecimento dos espaços primatas, guia dos caninos.
Erupção dos segundos molares temporários
Estabiliza o primeiro ganho de dimensão vertical, padrão mastigatório definido.
Importância dos dentes decíduos
Manutenção natural de espaço, guia de erupção, mastigação, deglutição, fonação, estética, manutenção e desenvolvimento do processo alveolar.
Para ocorrer a troca dos dentes decíduos pelos permanentes é necessário que haja:
Reabsorção da raiz do decíduo (rizólise), alongamento da raiz do permanente, crescimento do processo alveolar, permanente movimenta-se através do osso.
Estágios de Nolla
Estagio 0: início da calcificação do germe do dentepermanente
Estágio 6: coroa completa. Início da erupção.
Estágio 8: 2/3 da raiz completa. Muito perto de erupcionar, praticamente emergindo na cavidade oral.
Estágio 9: raiz quase completa. Está erupcionando, porém com rizogênese incompleta.
Estágio 10: já está com a raiz completa e provavelmente em oclusão com o seu antagonista.
Sequência de erupção dos permanentes
Maxila: primeiro molar, incisivo central, incisivo lateral, primeiro pré-molar, segundo pré-molar, canino e segundo molar.
Mandíbula: primeiro molar ou incisivo central, incisivo lateral, canino, primeiro pré-molar, segundo pré-molar e segundo molar.
Fase do patinho feio de Broadbent
De 9 aos 12 anos. O início da erupção dos caninos aos 9 anos faz com que as raízes dos incisivos sejam exprimidas e os incisivos superiores ficam com uma inclinação axial labial exagerada, inclinação axial distal, diastemas. E a sobremordida volta a ficar exagerada. Aos 12 anos os caninos irrompem e a pressão nas raízes diluem e começam a ficar sem diastemas, sem inclinação distal. Aos 14 anos a oclusão está normal.
Leeway Space
É a soma da distância mesio-distal de cannos e molares decíduos, e essa distância é maior do ue os dentes que lhes irão substituir, que são os caninos e pré-molares. No arco superior a média é de 1,8mm e no arco inferior de 3,4mm. É através do Leeway Space que é possível estabelecer a chave de oclusão na dentição permanente. 
Aula 4 – A oclusão normal na dentição permanente
Segundo Angle, 1907 qual o conceito de oclusão normal
Seria a relação normal dos planos inclinados oclusais dos dentes quando os maxilares estão fechados.
Características que determinam uma oclusão normal
Número, forma e tamanho de dentes; forma dos arcos; disposição dos dentes nos arcos; nivelamento dentário; relação vertical e ântero-posterior; chave de molar; relações oclusais; alinhamento dentário entre as arcadas; curvas de compensação (Spee e Wilsoon); equilíbrio muscular.
Arquitetura crânio facial 
Dolicocéfalos: arcos dentários estreitos, porque a face é mais estreita no sentido tranverso e mais longa no sentido ântero-posterior. Rosto mais fino.
Mesocéfalo: arcos dentários de forma parabólica, intermediário, com uma proporção de largura (no sentido transverso) proporcional no sentido ântero-posterior. 
Braquicéfalos: arcos dentários largos no sentido transverso, porque a face também é mais9 larga no sentido transverso e curtos no sentido ântero-posterior.
O que é linha de oclusão e onde ela está localizada
Linha de oclusão é uma linha imaginária através da qual, em forma e posição, os dentes devem estar em harmonia quando em oclusão normal.
Na maxila: a linha nos anteriores está localizada no terço incisal da face palatina, existe um contorno regular. E nos posteriores no sulco central.
Na mandíbula: nos anteriores borda incisal dos incisivos e caninos. Nos posteriores ponde de cúspides vestibulares.
Sobremordida x sobressaliência
Sobremordida ou overbite: é o trespasse vertical dos incisivos superiores sobre os incisivos inferiores quando as arcadas estão fechadas. É medida através do bordo incisal superior até o bordo incisal do inferior.
Sobressaliência ou overjet: é o trespasse o sentido horizontal dos incisivos superiore sobre os incisivos inferiores. Mais ou menos 3mm são considerados normais. É medida através da face vestibular do incisivo superior até a face vestibular do incisivo inferior.
Chave de oclusão 
Cúspide mesio-bucal do primeiro molar superior oclui ente as cúspides mesio-bucal e disto-bucal do primeiro molar inferior.
Razões da escolha do primeiro molar como chave de oclusão
São os primeiros dentes a se formar e a irromper na cavidade bucal; são os maiores dentes permanentes; surgem na boca independente da presença de dentes decíduos; são guiados para uma posição correta pela bases dos arcos decíduos e são considerados marcos estáveis dentro da anatomia crânio-facial por irromperem em uma base óssea fixa na base do crânio.
Curva de Spee
Curvatura no sentido ântero-posterior das superficies oclusais com início na cúspide distovestibular do segundo molar inferior passando pela ponta de cúspide dos caninos, seguindo ate os bordos dos incisivo inferiores, caracterizada por uma depressão na região de pré-molares em relação a região de incisivos e molares. 
Funções: estabelecer a quantidade correta de overbite e overjet na região anterior do arco; conferir poder de corte aos dentes anteriores através do correto overbite; determina uma separação paralela e uniforme dos planos oclusais dos dentes superiores e inferiores, permitindo uma melhor acomodação dos mesmos quando há excursões laterais da mandíbula; permitem a manutenção de superfície de contato uniformes durante a protrusão mandibular.
Curva de Wilson
Curvatura do arco inferior no sentido transverso, que contacta as pontas das cúspides vestibulares e linguais de cada lado do arco, caracterizada pela inclinação axial lingual dos dentes posteriores inferiores. 
Funções: resistência a carga mastigatória, através do alinhamento axial dos dentes posteriores paralelo as forças musculares, possibilitando a mastigação; proporciona acesso direto do bolo alimentar a face oclusal dos dentes posteriores, formando o bolo alimentar; auxiliar na desoclusão dos dentes posteriores do lado de balanceio, quando da movimentação dos movimentos de lateralidade.
Pré requisitos para uma oclusão dinâmica
Os resultados das forças oclusais devem seguir uma direção axial biologicamente favorável às estruturas de suporte – os dentes devem estar bem inclinados para conseguir todas as funções adequadas; apresentar uma estabilidade mandibular em relação cêntrica igual a máxima intercuspidação; ausência de interferência nos posteriores no lado de trabalho nos movimentos de lateralidade; desoclusão dos dentes posteriores no movimento protrusivo – determinada pela curva de Spee; desoclusão do lado de balanceio quando a mandíbula se move lateralmente; os contatos proximais têm que estar bem distribuídos entre si; com os movimentos de excursão da mandíbula bem determinados.
Aula 5 – Classificação das maloclusões
Objetivos do sistema de oclusão
Agrupar grande número de casos em pequeno número de grupos; orientar plano de tratamento dos casos agrupados; facilitar conclusões em relação à etiologia, prognóstico preventivo e contenção; fornecer meios de comunicação.
Classe I de Angle
Relação antero-posterior dos ossos maxilares e dos seus respectivos arcos dentários superpostos. A cúspide mesio-vestibular do primeiro molar superior oclui no sulco mesio-vestibular do primeiro molar inferior, originando a chave de oclusão.
Irregularidades que podem estar presentes: apinhamentos, diastemas, biprotrusão (incisivos muito inclinados para a vestibular), mordida aberta, mordida cruzada, sobremordida exagerada.
Classe I é o mesmo que oclusão normal?
Não é o mesmo que oclusão normal, pois podemos ter anormalidades mesmo tendo chave de oclusão.
Classe II de Angle
Relação ântero-posterior incorreta dos ossos maxilares dos seus respectivos arcos dentários superpostos, com os dentes inferiores ocluindo distalmente a posição normal. Mandíbula está para trás do que deveria estar. A cúspide mesio-vestibular do primeiro molar superior oclui anteriormente ao sulco mesio-vestibular do primeiro molar inferior.
Características classe II 1ª divisão: inclinação vestibular exagerada dos incisivos superiores; arco superior estreito e alongado; overjet aumentado; curva de spee acentuada; função anormal dos lábios (respirador bucal); perfil retrognata. Pode ter subdivisão direita ou esquerda (refere-se ao lado do arco que apresenta a disto oclusão).
Característica classe II 2ª divisão: incisivos centrais superiores verticalizados ou com inclinação lingual; incisivos laterais superiores com inclinação labial; overbite exagerada; overjet quase normal; lábios geralmente têm função normal; perfis menos retrognata. Também pode ter subdivisão(direita ou esquerda).
Irregularidade que podem estar presentes: mordida cruzada, apinhamento dentário, diastemas, sobremordida exagerda.
Classe III de Angle
Relação ântero-posterior incorreta dos ossos maxilares e dos seus respectivos arcos dentários superpostos, com os dentes inferiores ocluindo mesialmente a posição normal. Mandíbula está para frente do que deveria estar. A cúspide mesio-vestibular do primeiro molar superior oclui posteriormente ao sulco mesio-vestibular do primeiro molar inferior. O perfil é geralmente prognata.
A classe III se manifesta de três formas: retrusão maxilar, protrusão maxila e a combinação das situações.
Irregularidades que podem estar presentes: mordida cruzada anterior e posterior, apinhamento, diastemas, mordida aberta, perfil prognático. Pode ou não ter subdivisão.
Aula 6 – Etiologia das Maloclusões
Fatores etiológicos gerais
Hereditariedade (tendência familiar, raça, tipo facial), defeitos congênitos (síndromes, fenda labiais e palatinas, paralisia cerebral, sífilis congênita), causas ambientais (pré natais e pós natais), doenças metabólicas endócrinas e infecciosas (hipopituitarismo, hiperpituitarismo, hipotireoidismo, hipertireoidismo, hipoparatireoidismo e polimelite), deficiência nutricional, hábitos deletérios (amamentação artificial, sucção de chupeta, sucção digital, interposição lingual, deglutição atípica, respirador bucal), postura, acidentes ou trauma.
Doença metabólica, endócrina e infecciosa
Hipopituitarismo: erupção e esfoliação atrasadas, arcos dentários enormes, dentes menores, crescimento e desenvolvimento atrasados.
Hiperpituitarismo: muito hormônio de crescimento, gigantismo e acromegalia, erupção acelerada, grande crescimento alveolar, grande altura vertical da face, grande crescimento da língua.
Hipotireoidismo: retenção de decíduos, erupção atrasada dos permanentes, mandíbula subdesenvolvida, mordida aberta, língua edemaciada e flácida.
Hipertireoidismo: esfoliação precoce dos decíduos, erupção acelerada dos permanentes, atrofia alveolar, aplasia e hipoplasia dos dentes.
Hiperparatireoidismo: inclinação de dentes, diastemas, osteoporose generalizada, osso neoformado pode ser reabsorvido.
Hábitos deletérios
As consequências vão estar relacionadas quanto a: duração, frequência e intensidade (tríade de Graber).
Consequências da amamentação artificial: desequilíbrio da hemostasia muscular, pressões musculares anormais, deglutição atípica, introdução de outro hábito de sucção, tenta imitar a anatomia humana, auxilia o vedamento labial, maior apoio aos lábios, favorece a pressão negativa intra-oral, coordenação sucção-respiração-deglutição.
Consequências da sucção de chupeta: mordida aberta anterior, inclinação vestibular dos incisivos, diastemas nos incisivos superiores, aumento de sobressaliência, atresia da arcada superior e palato profundo, interposição lingual e labial e deglutição atípica.
Consequências de sucção digital: mordida aberta anterior, inclinação vestibular e diastemas nos incisivos superiores, retroinclinação dos incisivos inferiores, hipotonicidade do lábio superior, aumento da sobressaliência, atresia da arcada superior e palato profundo, mordida cruzada posterior, interposição lingual e labial e deglutição atípica.
Consequências da interposição lingual: sobressaliência aumentada, mordida aberta anterior, vestibuloversão dos incisivos, mordida cruzada posterior, mordida aberta lateral.
Consequência da deglutição atípica: sobressaliência aumentada, diastemas entre incisivos superiores ou inferiores, protrusão dos incisivos, mordida aberta, mordida cruzada posterior.
Consequências do respirador bucal: palato profundo, atresia maxilar mordida cruzada posterior, deglutição atípica, mordida aberta anterior, sobressaliência aumentada, posição baixa da língua, gengiva inflamada e ressecada. Rosto alongado e estreito, olhos caídos, olheiras profundas, sulcos genianos marcados, lábios entreabertos, sulco nasolabial profundo.
OBS: 
Mordida cruzada anterior: os dentes na posição adequada na região anterior os superiores estão à frente dos inferiores, quando está ao contrário, cruzado, chamamos de mordida cruzada anterior.
Mordida cruzada posterior: na região posterior as cúspides vestibulares dos superiores estão mais externas do que dos inferiores, se estiver ao contrário é chamado de mordida cruzada posterior.
Fatores etiológicos locais
Anomalias dentárias, freio labial anormal, perda precoce de dentes decíduos, retenção prolongada de dentes decíduos, erupção retardada de permanentes, erupção ectópica, anquilose, cáries, restaurações inadequadas.
Anomalias dentárias
Consequências de dentes supranumerários: impacção dentária, erupção ectópica, formação cística, separação ou reabsorção das raízes de dentes vizinhos, desvio axial dos dentes adjacentes, diastemas.
Consequências da ausência congênita: migrações dentárias, perda de espaço, estética, diastemas, alterações de funções, extrusão do antagonista, retenção prolongada do decíduo.
Consequências de tamanho: estérica, apinhamento, diastemas, desvio axial e migração dos dentes adjacentes.
Consequências de forma: apinhamentos, diastemas, alteração no comprimento do arco, desvio axial dos dentes e mau posicionamento dentário, extrusão do antagonista e interferências oclusais.
Consequências de posição: redução do perímetro do arco, reabsorção de dentes adjacentes, desvio axial dos dentes adjacentes, diastemas, interferências oclusais, retenção prolongada do dente decíduo, comprometimento periodontal.
Freio labial anormal
Consequências: diastema interincisal, impacção alimentar.
Perda precoce de dentes decíduos
Consequências: redução do perímetro do ardo e perda de espaço, migração dentária, desvio de linha média, alteração na sequência de erupção, instalação de hábitos viciosos, extrusão do antagonista.
Retenção prolongada de dentes decíduos
Consequências: desvio axial do dente sucessor, impacção do dente sucessor, migração dos dentes adjacentes, interferências nos ajustes oclusais.
Erupção retardada dos permanentes
Consequências: desvio axial e erupção ectópica, migração dos dentes adjacentes e perda de espaço, impactação do dente.
Erupçao ectópica
Consequências: redução do perímetro do arco, reabsorção radicular do dente adjacente, diastemas, migração dos dentes adjacentes, retenção prolongada do decíduo, perda precoce do decíduo.
Anquilose
Consequências: migração dos dentes adjacentes, impactação ou ectopia do dente sucessor, extrusão do dente antagonista, interferência nos ajustes oclusais.
Cárie
Consequências: perda do perímetro do arco, migração dentária, extrusão dos antagonistas, perda dentária, distúrbios na sequência de erupção.
Restaurações inadequadas
Consequências de restaurações em excesso: interferências (excesso vertical), apinhamentos (excesso mesiodistal), comprometimento periodontal
Consequências da falta de restauração: extrusão do antagonista, perda de espaço.

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