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Doença renal crônica Aula i: 15/02/2019 Prof. Esp. Pedro vinicius leite de Sousa DiscIplina de nefrologia Definição Queda da taxa de filtração glomerular associada ao dano glomerular caracterizada pela presença TFG menor que 60 ml/min/1,73 m² e/ou albuminúria maior ou igual a 30 mg/dia, por um período superior a 3 meses. definição Trata-se de uma perda crônica, progressiva e irreversível da função renal; Velocidade variável da queda da TFG; Fator prognóstico: presença de proteinúria. epidemiologia No Brasil, cerca de 1,5 milhão de pacientes com DRC em estágios variáveis; No Brasil, cerca de 126.000 pacientes em terapia renal substitutiva (TRS): 35.000 pacientes novos/ano Tx Renal: 8.000 pacientes/ano - 758 clínicas de HD no Brasil; No Brasil, cerca de 31.000 pacientes na fila de Transplante Renal; Dados Sociedade Brasileira de Nefrologia (2017) Sobrevida média em 5 anos: 35% Inicidência elevada de complicações cardiovasculares epidemiologia DRC Terminal – principais causas no Brasil: 1º) Hipertensão arterial sistêmica 2º) Diabetes Melito 3º) Glomerulopatias primárias; 4º) Outras ou indeterminada; 5º) Rins policísticos 70% casos Fisiopatogênese da drc Independente da causa base Perda irreversível de néfrons Fase adaptativa: Hiperfiltração de néfrons remanescentes Lesão por hiperfiltração => Glomeruloesclerose segmentar e focal SECUNDÁRIA Fibrose glomerular e túbulo intersticial progressiva Queda da TFG DRC progressiva Global Difusa DRC terminal NORMAL Glomeruloesclerose focal e segmentar SECUNDÁRIA estadiamento da drc Baseado na TFG e na presença de albuminúria; Diagnóstico da drc Dosagem de creatinina sérica Clearance de creatinina Proteinúria de 24 horas Microalbuminúria - amostra isolada US de rins e vias urinárias. Clearance de creatinina medido: ClCr = Cr urinária x Volume de diurese (24 h) _________________________________ Cr sérica X 1440 minutos Drc terminal => síndrome urêmica Sinais e sintomas de uremia surgem com TFG < 30 ml/min Mais intensos TFG < 15 ml/min Devido ao: Acúmulo de toxinas “urêmicas” (nitrogenadas) Retenção hidrossalina; Perda da homeostase eletrolítica; Acidose metabólica; Distúrbio endócrino-metabólico (Anemia / HPTS ) Quadro clínico Sintomas gastrintestinais: Hiporexia Naúseas Vômitos (preferencialmente matinal); Diarréia Sintomas cardiovasculares: Hipertensão descontrolada Pericardite urêmica; Edema agudo de pulmão Sintomas pulmonares: Derrame pleural Sintomas Neurológicos: Encefalopatia urêmica; Neuropatia periférica. Disfunção hematológica: Hemorragia digestiva; Disfunção plaquetária; Anemia de doença crônica Predisposição à infecção Desequilíbrio Ácido-básico Hipercalemia Acidose metabólica Hipervolemia: Edema de MMII Congestão sistêmica Cutâneo: - Prurido Anemia na drc Avaliar necessidade de reposição de Ferro e/ou análogo da eritropoietina: Alfaepoetina humana (Hemax®) 50 – 100 UI/kg: 1 a 3 vezes por semana, via SC ou EV. Distúrbio mineral ósseo da doença renal crônica (DMO-DRC) Também conhecida como Osteodistrofia renal Predispõe: Perda de massa óssea Desmineralização óssea Fraturas patológicas Deformidades ósseas Distúrbio mineral ósseo da doença renal crônica (DMO-DRC) Início: TFG < 60 ml/min Distúrbio mineral ósseo da doença renal crônica (DMO-DRC) Doença óssea de alta remodelação (alto “turn over”) Hiperparatireoidismo secundário Doença óssea de baixa remodelação: (baixo “turn over”) - Doença óssea adinâmica DMO: HPTS Fosfato Calcitriol Cálcio feedback sobre a Paratireóide + - Paratormônio (PTH) TFG < 40 ml/min Acúmulo de Fosfato (P) Inibe o produção renal de calcitriol Redução Calcitriol Feedback positivo PTH Rebsorção óssea TFG < 30 a 20 ml/min Hiperfosfatemia Feedback positivo PTH Reabs. Óssea Hiperfosfatemia Quela o cálcio sérico Hipocalcemia Feedback + PTH Redução da absorção intestinal de Calcio pela def. de calcitriol HipoCalcemia Distúrbio mineral ósseo da doença renal crônica (DMO-DRC) Hiperparatireoidismo secundário: PTH reabsorção óssea Neoformação PTH elevado (> 100 pg/dL) Hiperfosfatemia ( P> 5,5) Hipocalcemia Elevação da fostase alcalina E o TRATAMENTO DMO: HPTS Complexo!!! Dieta hipoprotéica (< 800 mg/dia) – ajustada pela nutricionista Quelante de fósforo: Carbonato de Cálcio / Sevelamer Reposição de Vitamina D: Colecalciferol / Calcitriol Calciomimético: Cinacalcete Paratireoidectomia subtotal? Distúrbio mineral ósseo da doença renal crônica (DMO-DRC) Doença óssea de baixa remodelação: (baixo “turn over”) Doença óssea adinâmica (PTH < 150 pg/dL) Fatores de risco: Diabéticos Idosos Tratamento do HPTS Uso de quelantes de fósforo a base de Alumínio E o TRATAMENTO DMO: d. adinâmica Suspender tratamento para HPTS; Não há tratamento eficaz. Tratamento da síndrome urêmica Terapia renal substitutiva; Modalidades: Hemodiálise Dialise Peritoneal; Transplante renal (Doador Falecido X Doador Vivo) Quando indicar: Se paciente sintomático => TODOS!!! Se pacientes assintomáticos => Se TFG < 7 ml/min/1,73 m² FÍSTULA ARTÉRIOVENOSA P/ HEMODIÁLISE C.A.P.D. DIÁLISE PERITONEAL AUTOMÁTICA Medidas gerais para drc Controle dos fatores de risco: Tratamento da Hipertensão arterial sistêmica (PA 140x90 vs. 130x80 mmHg) Tratamento do Diabetes Melito (HbA1c < 7,0 %) Não usar anti-inflamatórios não esteroidais; Tratar HPB; Perda de peso; Cessar tabagismo; Dieta hipoprotéica? Uso de Bloqueadores da Angiotensina II e IECA: tratar albuminúria Ieca / bra Sabidamente “nefroprotetores”: Utilizados para: controle da Pressão arterial; Redução da proteinúria; Redução de mediadores pró-inflamatórios Redução da fibrogênese parenquimatosa renal. Ieca / bra Alvo: Proteinúria < 0,5 g a 1,0 g/24 h Redução de 50% da proteinúria inicial. prognóstico Evolução para DRC terminal dependerá da intensidade da proteinúria; 30 a 40% dos pacientes morrem no 1º ano de TRS Cuide do seu rim!
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